Capela Tremere - Chácara em Vargem Grande

A perda da capacidade de ouvir qualquer coisa além do grito de Cláudia faz com que outras vozes ensurdecidas comecem a sussurrar no ouvido da malkaviana. Emilie passa a ouvir vozes de outras pessoas, de outras epocas. O choro suplicante de uma menina, o tom malicioso de um homem mais velho. O mesmo que baforava todos os dias a fumaça daquele nojento charuto... As mãos de Emilie se crisparam. A fúria começava a encher o coração da bailarina e em suas veias se espalhava a vontade enérgica de destruir todos aqueles que haviam roubado sua vida...

Uma criança revirava os instintos ensandecidos e violentos de Emilie, mas ao mesmo tempo, era uma criança que fazia ressurgir, com um resquício fraco, mas mesmo assim, insistente, o idealismo protetor da lunática. "Precisamos de você..." diziam as crianças. O olhar de súplica que Cláudia lhe estende, era também o olhar delas, engrossando o coro. "Precisamos de você!" bradavam elas, e com isso, por mais que a raiva se debatesse dentro de seus músculos, Emilie é capaz de se conter. Por elas.

Não consegue evitar um grunhido esbravejado pela dor daquelas provocações, mas seu corpo, trêmulo permanece sob seu domínio.
A mesma coisa não pode ser dita pelos membros que estão perto dela. Vê os olhos vermelhos e coléricos de Cláudia, as presas e os músculos saltados de Guille, e a compreensão do que viria à seguir faz um medo tremendo tomar a malkaviana. Não havia tempo para pensar em salvar alguém. Se não saísse da linha de perigo seria ela quem precisaria ser salva. A fúria que erguia nos cainitas iria torná-los tão perigosos quanto dragões, e só havia uma opção para a bailarina.



Emilie corre, tentando sair do alcance dos vampiro em frenesi e achar algum lugar de altitude mais elevada onde pudesse avaliar a situação, ao mesmo tempo que impulsiona seu sangue para agilizar ainda mais seus membros, tornando seus movimentos ainda mais velozes.*

*OFF: 1 Ponto de sangue para Rapidez.

Haviam chegado à Capela Tremere e Claudia estava tendo um surto psicótico ou estava realmente vendo pessoas que os estavam seguindo? Não sabia ao certo o que estava acontecendo. Tenso, ele dirige para dentro da Capela, ainda seguindo Filippi. Queria muito que ele tivesse entendido as luzes dos faróis piscando e se preparasse para qualquer eventualidade.

Vincent se identifica e pede permissão para adentrarem. Assim que lhe é permitido a entrada, ele recebe as palavras de Natanael muito bem. Saber que François estava bem e estava a caminho da Capela lhe trazia alívio em meio àquela confusão toda. Sorrira de volta à Natanael e olha pelo retrovisor do carro tentando identificar possíveis perseguidores.

Ao estacionar o automóvel ao lado do automóvel que Luiz dirigia. Natanael informa sobre a chegada de Xica e ele meneia a cabeça positivamente. Voltaria com Natanael se fosse preciso. Ouvira o poeta dizer que Xica era uma linda rosa. Questões invadem a mente do Toreador. Ele a conhecia de outra corte? Não ficara preocupado com isso, não muito. A intenção de um ménage a trois era deveras interessante.

Claudia ainda permanecia quieta. Talvez as palavras dela fossem dos amigos imaginários que provavelmente rodeavam a lunática. Os Malkavianos eram conhecidos por suas psicoses e ataques sem motivo aparente. Claudia havia se mostrado bem estranho durante o percurso e ainda mais no submarino. Ela teria tomado os remédios naquela noite?

Ao sair do automóvel ele abre a porta para a pequena criança que havia se colocado em seu lugar e não irritava mais Vincent por tentar dividir a atenção dele com o pintor e ela cai de joelhos. Vincent arqueia uma sobrancelha e percebe que ela chorava sangue. Duas linhas rubras cortavam a face pálida da menina.  E então o grito ensurdecedor da criança vem à tona. Ela estava tão doida a este ponto?

”Maldita. Terei que ficar dando chilique para que Natanael me pegue no colo também? Era só o que me faltava.”

Ele fecha a porta do carro e segue Natanael meio que a contragosto. Mas o grito era algo que fazia com que Vincent sentisse que perderia o controle imediato. Aquele som arremetia a lembranças das quais ele desejava esquecer e o descontrole parece tocar seu coração aos poucos. E como uma onda ela vem sutil como uma brisa e começa a tomar o controle de Vincent.

As mãos do Toreador começam a perder o controle. Elas parecem tremer um pouco e depois começam a ter espasmos. O olhar do pintor fica descontrolado. Ele começa a piscar de um olho e depois os dois ao mesmo tempo, sem nenhum nexo. Parecia afetado por algum descontrole facial, pois sua feição começa a ter espasmos parecidos com os que ocorrem na sua mão. Ele urra no jardim da Capela Tremere, mas seu urro não é nada se comparado ao grito de Claudia.

Sentindo o instinto mais primal tomar conta de seu ser, Vincent perde completamente o controle. O frenesi havia tomado conta do Toreador e a besta havia invadido não somente seu coração e seu corpo, como também sua alma.

Após terem chegado ao local indicado para a reunião do que havia da Camarilla na cidade, a capela dos macumbeiros, Paolo certifica-se de que sua mochila está bem fechada enquanto Lampião dá as últimas instruções já do lado de fora e Stevie desce do carro. O careca era meticuloso com suas coisas, e novamente, enfiando a mochila debaixo do banco, ele sente um pouco de segurança em deixar seus pertences.

Antes que ele pudesse fazer menção de descer do carro, o grito ensurdecedor lhe atordoa os sentidos, o que lhe causa uma irritação tão grande que seus olhos chegam a fechar-se e seus dentes a rangerem, tamanha a força da mandíbula. Ele leva ambas as mãos aos ouvidos, tapando-os numa pressão que quase poderia deixá-lo surdo com o impacto. A "língua da besta" chega a causar-lhe um estremecimento quando quase toca sua mente, o que seria um problema, pensa ele assim que consegue reajustar os pensamentos. Já chegou a ser levado por ela uma vez, e sabia bem que um vampiro era responsabilizado pelos atos da besta, ainda que não pudesse evitar o que se passou.

O mesmo pensamento o leva a dar uma breve olhada na direção de onde o grito veio, e pasmo, ele percebe que a merda foi grande e pela fisionomia de alguns a qual seus olhos puderam alcançar, seria melhor não descer do carro. Por um momento, ele chegou a se esquecer que ainda estava dentro do carro com Joanna. Com os punhos cerrados e prontos para uma reação hostil, ele volta seus olhos para ela, focando no rosto dela e em qualquer evidência de perigo possível.

(OFF: 2014-03-24 08:16:31 Paolo Auristos rolls 2 dice to Resistir ao frênesi ( Diff 8 )= 4,9 [1 success] Caguei-me todo!)

Joanna observava Miguel no Banco Traseiro, sabia que algo iria acontecer, a intensidade de sua aparição era forte, parecia que finalmente este anjo vingativo iria depositar toda a sua fúria divina e hipócrita por tudo pelo o que Joanna virou as costas, ela pensava com um ódio tremendo dentro de si, mas sua expressão continuava vazia, mentalmente queria que sua mensagem chegasse aos ouvidos do arcanjo do senhor de merda que ela já foi devota um dia:

* Quem virou as costas para quem seu verme?! Onde você estava naquela noite em que implorei pelos seus sinais?! Eu estava chorando, eu estava sangrando, lembre-se bem das minhas súplicas: Apenas SALVE-ME! Salve minha vida esta noite!! Mas eu não vou mais te culpar, aquela noite eu perdi a minha vida, mas eu a tomarei de volta! Tomarei de Volta...*

E ela num surto de determinação sussura com os olhos cerrados borrados em sangue:

- Vou toma-la de volta!

A imagem do anjo começou a farfalhar em meio as trevas, e logo após sumiu subitamente, aparecendo em cima da Capela Tremere, com suas asas brancas abertas, e sua espada flamejante em punhos, sua voz começou a ecoar pelo local, em um tom altivo e irado, mas apenas Joanna podia ouvir:

* O que vai ser tomado esta noite serão todas as suas almas amaldioçoadas, aprecie enquanto o poder de Deus coloca os amaldiçoados contra os amaldiçoados! *

Joanna subitamente olha para o local onde o anjo estava e sente a besta dentro de si entrando em descontrole, ela puxou fundo o ar para os seus pulmões mortos, deixando que toda a sua determinação a mantivesse em si diante daquele momento terrível, ela sai do carro com o pulmão inflado e caminha com o peso de todo o Éden sobre as costas na direção de Lampião, e diz com a voz determinada, porém em muita dificuldade:

- Vão... tentar nos jogar uns... contra os outros, porém eu NÃO... vou deixar que esse filho da puta... consiga o que quer...

E a voz de Miguel era ouvida apenas por Joanna com a Espada em Chamas erguida aos céus, orando de um modo ensurdecedor na língua dos anjos...

OFF: Teste de Auto Controle: 2014-03-24 11:44:57 Auto Controle rolls 2 dice to Resistir ao Frenesi (Diff Cool 3,8 [1 success]

*Filippi desce do carro e verifica que um outro carro para atrás do deles. Já montara sua cara amarrada quando reconhece que o motorista é Lampião, e um sorriso amplo surge no rosto do militar. Dá dois passos na direção do ancião*

- Camarada... que bom vê-lo!

*Mas não tem tempo para mais nada. A menininha malkaviana, Cláudia, dá um grito que faz o brujah instintivamente levar as mãos aos ouvidos. Um mau humor horrível toma conta dele, e a irritação vem num crescendo, subindo-lhe à garganta, fazendo-o crispar as mãos, as presas expostas, os olhos escurecidos e fundos, numa visão realmente terrível. Até que por fim a racionalidade se põe de lado e um urro se faz ouvir*

- Cale a boca, porra!

*Ao escutar a própria voz ecoando em seus ouvidos, Filippi se dá conta de que não sucumbira. Seus olhos e sua visão voltam a clarear, e o brujah rapidamente percebe a gravidade da situação. Guille, a seu lado, não tivera o mesmo controle, ou a mesma sorte, que ele. Filippi não hesita um segundo: rodeando-o agilmente, tenta agarrá-lo por trás e contê-lo. Grita*

- Emilie! Emilie, consegue agarrar a guria?

*Então percebe que Vincent também está perdendo o controle e começa a calcular mentalmente o que teria que fazer para que o mínimo de pessoas se machucasse. Ainda lutando para agarrar Guille, dá um berro o mais alto que consegue, vendo que o povo no carro de Lampião parece bem*

- Merda, deixa de frouxice e vem dar uma mão aqui! Loira! *grita para Joana, apontando Vincent com o queixo* Consegue pegar esse aí?

Joanna olha com ódio para o homem que havia chamado ela de Frouxa, suas presas se expõe e ela grita com o orgulho totalmente ferido:

" - Frouxa é o CARALH*, PORR*!! Fecha o Cu pra falar comigo!!"

Ativando o seu dom dos movimentos Rápidos, ela investe contra o Homem que foi mencionado e tenta Imobiliza-lo pelas costas, abraçando-o por debaixo das axilas, com toda a sua Força...
Ela olha para Miguel em cima do telhado, alguém tinha que para-lo, e tinha que ser ela, mas no momento o que tinha que ser finalizado era aquele berreiro desgraçado, Joanna estava tão puta, que até mesmo resmungava como uma velha senil, quando uma bola de um moleque cai em seu quintal.
Ela olha em volta e grita:

" - SE EU ACHAR QUEM TÁ FAZENDO ESSE ESCANDALO EU VOU ARRANCAR A LINGUA E ENFIAR NO RABO DELA!! ALGUEM CALA ESSA MATRACA INFERNAL PORQUE TÔ OCUPADA!!"

Ela reclamava do Escandalo, mas ela mesma estava fazendo um, a calma não era um dos fortes de seu sangue...

OFF: Gasto 1 Ponto de Sangue para a Rapidez, 3 Pontos de Sangue para Bombar Força e 1 Ponto de Força de Vontade Caso seja necessário para Ignorar maiores problemas da Perturbação.

Teste para usar sangue sem gastar turno: 2014-03-24 12:59:37 Joanna D'Arc rolls 9 dice to Vigor + Sobrevivência (Diff 7) 3,4,4,9,2, 3,1,3,9 [1 success]

O Toreador era apenas uma Besta, apenas um ser, não mais pensante, ele era garras e presas e fúria. Ele se vira para trás, onde o Brujah que antigamente Guille identificaria como Luiz, rosnando enquanto salta, o Toreador parte em velocidade e tromba com o Brujah, o derrubando no chão, suas presas expostas, muito próximas ao pescoço do Cainita, um peso muito grande por cima de Luiz, era todo o corpo de Guille fazendo força para mantê-lo no chão enquanto tentava a todo custo morder o Cainita, urrando por sangue, por Vitae.

Ainda quando aguardava dentro da chácara François ouve um grito ensurdecedor, resiste fundo, quase entra em frenesi, porém o toreador resiste, luta e não deixa que a besta saia e tome conta do seu corpo, ou pior, faça um estrago na capela...
Após lutar consigo mesmo o toreador olha a volta do carro e ve que alguns dos membros não tiveram muita sorte e acabaram deixando a besta tomar conta...

Jogador: François Durriex
Habilidade: Frenesi(Re-rolado)
N. Dados: 3
Dificuldade: 8
Acertos: 2 sucesso(s)
Explodiu 10: Não
Dia da Rolagem: 24/03/2014
Hora da Rolagem: 23:31:32
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Dados retirados do site www.segredosdoapocalipse.tk

Of.: Refiz o teste pois joguei com apenas um dado na primeira vez e com dificuldade superior a mandada, peço desculpas, rolei os 3 dados de FV para o resultado do Frenesi.

Não era Cláudia quem estava ali. A malkaviana fora possuída pelo instinto mais primal que amaldiçoara os vampiros: a besta estava à solta e tomara conta da criança. Sem pensar, seguindo apenas pelo instinto ela saltou. No primeiro que estava à sua frente. E este era Natanael Lacerda. Não parecia, de forma alguma, a criança angelical ou demoníaca que convivera com os outros por algumas horas. Por trás de seus olhos havia uma luz gutural, que carregava todos os medos da humanidade.

E como uma fera ela saltou. Consciente a lunática seria incapaz de realizar aqueles feitos. Mais diziam que a loucura dava forças para os mortais. E claramente a besta o fazia com os imortais. Em um ou dois saltos, pequenos, mas eficientes, ela estava com as presas a mostra, cravadas no pescoço do toreador Lacerda. Ela tentava estraçalho-lo. E fora bem sucedida nos golpes. Feriu a rosa, que não parecia ter espinhos, produzindo um rasgo considerável no braço dele.

OFF: Natanael, mon chèr, absorva 3 de agravado. ^^

Emilie correra em direção á uma árvore, mas na verdade havia se lançado muito além dos galhos de sua copa. Não que ela não tivera tempo de ver as névoas se formando ao seu redor. Não eram névoas brancas, eram névoas de sangue, de escuridão, de escarro, balançando em formas de rostos torcidos pela agonia, cercando-a com o som de suas vozes estridentes, avançando contra seus braços, cortando-os, deixando rastros nefastos de sua passagem, fazendo sua carne queimar de dor.

O calor do fogo tão perto de sua pele é o que a faz perceber que havia entrado na Nuvem. Caminha no que um dia havia sido o refúgio de suas crianças, que mesmo sob tantos ataques ela ainda pudera defender, mas que agora estava completamente destruído. As lágrimas inundam seus olhos ao ver aquilo, inundariam mesmo se ela não fosse capaz de ouvir as vozes desesperadas, clamando inutilmente pela sua ajuda, padecendo pela dor excruciante, bradando o ódio e a mágoa, julgando-na pelas suas falhas...

- NNNNNÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOO - urra a malkaviana, emergindo dentro de si todos aqueles sentimentos fundidos.

Já não podia mais distinguir onde terminava a Nuvem e começava o seu corpo. Haviam se tornado uma coisa só. Suas estruturas desmoronadas, suas superfícies de pedra e de carne trincando com fendas cada vez mais largas, sua essência completa ardendo em chamas.

- PÁAAAAAAARAAAA!!!! PÁAARAAA COM ISSO!!! - berra com fúria e pavor. Agita os braços, as pernas, num esforço hercúleo para tentar conter a iminente destruição da Nuvemilie, abafando o fogo que a tomava, estancando os cortes que se multiplicavam. Tantos esforços inúteis fazendo com que começasse a se apoderar dela uma sensação de desolação definitiva.

Se houvesse uma categoria chamada dança expressionista seria nela que se enquadrariam os gestos absurdos de Emilie. Seus braços, pernas, tronco, pescoço, se contorciam como se estivessem a ponto de se quebrarem, mas prosseguem em outro movimento que pareceria tão improvável quanto o anterior. A bailarina estava arrebentada

E a delícia de se experimentar a besta não tinha explicação. Vincent estava tendo espasmos por todo o corpo. Olhava de um lado a outro e seu olhar parecia procurar alguma coisa ou alguém para cravar suas presas. O frenesi não deixava ele se controlar, não deixava ele pensar socialmente. Fazia com que o pintor se tornasse um homem das cavernas que procurava apenas saciar sua sede de sangue.

As pessoas ao redor não existiam mais. Natanael havia desaparecido, Guile virara fumaça, Emilie também desaparecera, Luiz nem fora notado. Apenas uma pequena criatura aparecia nitidamente com um alvo em seu pequeno corpo a frente da visão de Vincent: Claudia Denbrought.

As desculpas no carro não eram lembradas e quando Vincent viu que ela atacara uma pessoa que antes não estava ali, ele se enfurecera mais ainda. Como se ele mesmo fosse a besta ele urra novamente sem nenhum pudor. Um urro que agora poderia ser comparado ao urro de um animal selvagem descontrolado. Ele babava, seus olhos estavam vermelhos e veias saltavam de sua face. Sua roupa destruída pelo fogo no Elísio mostrava que realmente havia um animal ali.

Não tentou se controlar de nenhuma forma. Na verdade ele ansiara por tentar arrancar a cabeça da pequena demônia e ele se entregou de corpo e alma, isso é se ele tivera alguma alma algum dia. Não precisou saltar para cima de Claudia como uma raposa em busca do coelho em baixa da crosta de neve, afinal de contas Claudia estava ali, ao alcance de suas mãos. Precisaria apenas se agachar para pegar aquele corpinho de boneca monstruoso e dar um fim primoroso à não vida da criança.

Ainda seguindo o instinto, ele agarra a menina que acabara de morder o braço de alguém e com um único braço ele a ergue na altura de seu rosto, não daria a oportunidade de ficar no mesmo nível que aquele demônio. Com a outra mão ele segura a cabeça da criança e a empurra com toda a sua força para o lado, deixando o pescoço da menina exposto. Antes de atacá-la com suas presas ele urra novamente e finalmente crava suas presas no pescoço da criança arrancando um pedaço de carne e cuspindo-o para o lado.

E depois morde o ombro dela, e depois o braço. Pedaços de carne morta eram arrancados aqui e ali e jogados ao léu. O prazer de deixar-se ser dominado pela besta era maravilhoso. Ainda mais contra uma criatura que ele não gostava. Quase tão maravilhoso quanto o beijo que recebera quando de sua transformação. E Vincent deixa-se entregar sem nenhum remorso, culpa ou outro sentimento que poderia achar negativo em sua sã consciência.

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Claudia Denbrought tem que absorver 6 de agravado devido ao ataque de Vincent.

O inferno estava acontecendo perto do Brujah e mesmo assim sua maior preocupação tinha que ser com o Ancião de seu clã, pois os Eruditos estavam sempre propensos a violência, e o modo com que Lampião segurava os braços de Stevie, causando dor e chegando próximo ao ponto de ferí-lo gravemente. Era um Cainita muito forte que segurava Stevie, mesmo assim ele tenta se livrar, mas enquanto falava com o Ancião, e tentava não demonstrar agressividade, apenas se soltar para caso algum outro frenético se aproximasse.

"- Virgulinou, Acalme-se... Fuck... Precisamos evitar o pior aqui, manter o controle! PAOLO, JOANNA, help me with him!"

O Brujah olhava para seus companheiros, e tentava entender o que acontecia no jardim, varios Cainitas estavam atacando seus companheiros, Stevie permanecia calmo, mas precisava manter Lampião calmo também, pois se o Ancião entrasse em frenesi a destruição ali seria massiva.

Stevie não queria usar seus poderes em Lampião, porém faz com que seus músculos se movam mais rápido, pronto para agir velozmente caso a situação piorasse.

OFF: 1 ponto de sangue pra Rapidez no proximo turno.

Tudo aconteceu muito rapidamente. Emilie fala algo para Natanael, mas este só se preocupava com Claudia, que salta de seu colo e o ataca sem pestanejar. Era a Besta agindo no corpo da menina. Simultaneamente, outros urros começam a ser ouvidos pelo jardim e o próprio Vincent se transforma, com presas salientes e um olhar assassino. Natanael pensa por um décimo de segundo no que poderia fazer, mas antes que consiga algo de útil, Claudia pega seu braço e o morde, decepando uma boa porção de carne morta que se putrefaria em poucos instantes...

Um urro de dor era tudo o que o Toreador podia fazer e a Besta gritou dentro dele, querendo quebrar as amarras e tomar o controle da situação. A Besta clamava por sobrevivência. Vincent pega a pequena e a ergue, mordendo em várias partes do pequeno corpo de boneca. As presas de Natanael já estavam visíveis quando ele viu isso acontecer, mas a cena apenas contribuiu para que ele mantivesse o controle. Natanael Lacerda nunca havia se rendido à Besta depois de seu Abraço e não seria agora que o faria. Ele pega Vincent pelos ombros e tenta puxá-lo para longe da menina, mas o pintor controlado pela Besta era mais forte do que Natanael e sua vitae. Ele falha, mas ao menos Vincent parara de morder a pequena.

Era questão de pensar no que fazer agora...

Off: 3 níveis de vitalidade agravado

Auristos estava pronto para arrancar a cabeça de Joanna caso ela ficasse doidona. É claro que seria mais fácil ela engolir o braço dele inteiro se tentásse socá-la dominada pela besta, mas por sorte do "pouca telha" ela se controlou.

O pior já começava a acontecer. Os frenéticos iniciaram a carnificina.

Quando Paolo finalmente sai do carro, sua atenção é subitamente atraída pela histeria que se apoderou de Emilie. Os movimentos bizarros que a mesma executava só tiveram oposto por alguns instantes enquanto Stevie pede ajuda com o cangaceiro. Com dificuldades para saber o que estava oferecendo mais risco no momento: se Virgulino que certamente receberia atenção de Joanna e Stevie, se Emilie que Paolo julgava estar em uma condição excêntrica de frênesi e poderia investir insandecida contra eles ou os que já estavam devorando uns aos outros, o Brujah usa um de seus dons mais úteis, preparando-se para investir rapidamente contra qualquer um que viesse a atacar algum dos Brujah que vieram com ele ou ele mesmo.

(OFF: Gasto um ponto de sangue para ativar Rapidez e fico de prontidão.)

Johanna mal teve tempo de responder à malícia de Beatrice - com a qual ela concordava em gênero número e grau, é claro. Quanta audácia da outra feiticeira em continuar discordando das irmãs de posto mais elevado. Onde estava a hierarquização tão primada pelos Tremere? -, já que Carlent havia chegado. Cogitou a possibilidade de se unir a eles, mas optou por deixar a conversa com o Nosferatu para depois. Como Regente da Capela, seu papel exigia que, primeiramente, recebesse os seus para depois negociar estratégias com os outros clãs.

- Vá encontrar Carlent, irmã - disse, sem enrolações - Encontro vocês logo em seguida. Parece que novos feiticeiros estão chegando e irei recepcioná-los.

Com Fátima, dirigiu-se à Sala de Estar, onde estavam os novos integrantes de seu clã. Mediu-os com seu indefectível olhar julgador, tentando imaginar que tipo de utilidade poderiam ter na Capela. Certamente ainda os entrevistaria depois, entendendo suas forças e fraquezas, mas, como a reunião se aproximava, optou apenas por lembrar as regras básicas do clã em seu tom direto de sempre.

- Bem vindos, Magus Muller e Magus Bragança. Sou a Regente dessa Capela e não espero menos que sua absoluta e completa lealdade. - não tirou os olhos dos dois enquanto dizia - Essa cidade está em um momento terrível, provavelmente o pior que já vi em toda a minha não vida. Temos que conviver com boçais incapazes de qualquer atitude razoável, colocando nossa sobrevivência em risco. Sendo assim, irei colocar todo o meu esforço para garantir que nada aconteça com os feiticeiros e consigamos colocar as coisas nos eixos por aqui. - suas palavras eram duras, porém seguras - Sigam minhas ordens e não teremos problemas. Ainda mais considerando que sou a candidata a príncipe pelo nosso clã. - era dura e direta, como havia aprendido a ser em toda a sua vida - Não tenham dúvidas que irei contar com o potencial de vocês, afinal, apenas por serem feiticeiros, já estão acima do resto da corte. E ah, não me desapontem, não gostaria...

Um grito cortou sua última frase. O que raios estava acontecendo ali? Parou, olhando ao redor, o olhar firme em busca do que poderia ter causado aquilo. Como o som vinha de fora, abriu as cortinas que ladeavam a janela da sala. O caos tomava conta do jardim da chácara. Aqui e ali, vampiros dividiam-se entre atacar e se proteger, arrancando pedaços uns dos outros enloquecidamente. Johanna crispou o lábio, a mão direita contraída em desprezo. Era só o que faltava para aquela corte colocar uma lona em cima e se chamar de circo.

- Vejam, Magus Muller e Bragança. Essa é a corte que vocês fazem parte agora. - disse, o dedo apontado para fora - É apenas minha segunda noite aqui e eu já vi Assamitas invadindo um Ellisium, uma Arconte Tremere morrendo e agora o festival de Woodstock em meu jardim. Estou farta desse tipo de imbecilidade. - disse em nítido desgosto. - Magus Kramer, você tem minha permissão para tentar descobrir o que raios está acontecendo ali. Mas tome as devidas precauções, não quero que um dos nossos corra riscos desnecessários.

Até a corte de Moçambique - nada contra, Bianca, acho ótimo - devia ter vampiros mais preparados que aqueles ali.

Johanna era altiva e sabia se impor. Devido a isso, Petrus não se surpreendeu quando a mesma disse ser candidata ao principado. Era uma boa opção, aparentemente. Enquanto ela falava, Müller não esboçava nenhum tipo e reação, apenas a olhava diretamente com muita seriedade, concordando eventualmente com alguma colocação da mesma. No entanto, a regente é cortada por um grito vindo do lado de fora. Kramer pede licença para averiguar o que era e Petrus segue atrás de Johanna, olhando o caos que se instaurara lá embaixo. Quando ela diz que aqueles eram os Membros da côrte do Rio, Petrus apenas olha para baixo, com um rosto sério, mas um olhar de leve desprezo. Apesar de estar surpreso com as informações sobre Assamitas e um Arconte morto.

_Caso ache necessário eu posso intervir, Magus Meisner.

Ele havia ouvido bem o que a Regente dissera, mas para agir, não precisava se expor. Petrus então se coloca de prontidão, mas sabia que os Tremere não se arriscariam ainda.

Johanna não está onde está por mera coincidência, fala como líder que é. Em todo momento seu olhar era em nós, recém chegados, e mostra que tem total aptidão para ser a Regente. Se mostra como a mais forte candidata a príncipe, claro Tremere sempre são os melhores príncipes independentes dos outros candidatos.. Mas no momento que o grito lhe interrompe e ela ao ver a calamidade fora da Capela, ela mostra uma serenidade que muitos não teriam. E concordo com o que ela diz sobre o espetáculo de mal gosto que vemos. Me dirijo á Regente e digo:

- Estou pronto para agir ao seu comando Magus Meinser. Como bem disse, todo meu potencial está a seu dispor.


Fico preocupado com Eva Kramer ir só para a averiguação, um Tremere Arconte foi morto, assassinos vis como os assamitas estão por ai. Queria ir junto para ajuda-la, porém não me atrevo, espero uma ordem direta da Regente.

Era o fim de todas as esperanças. A Nuvem é desintegrada e Emilie senta sua alma indo embora com ela. A dança pára e a malkaviana simplesmente desaba no chão, como se estivesse morta.

Os olhos sem vida se abrem devagar, em meio aos ruídos caóticos de gemidos e ordens típicos de um campo de batalha. Fica piscando, na tentativa de desembaçar as imagens que surgiam diante dela. Vê os excêntricos animais voando para longe e acredita que são as suas crianças espirituais, partindo para um paraíso no céu, ou talvez para alguma outra Nuvem que fosse mais pacífica que a sua.

Deveria ter partido também, sentia ela, mas por algum motivo além de sua compreensão, havia permanecido no plano físico. Poderia ser porque a Nuvem nunca havia sido realmente sua. Poderia tê-la defendido mas não era seu lar, não era seu domínio. Mesmo se um dia tivesse sido, fora invadido pelo dragões, pela lobisomem. Estava perdido para sempre.

Lágrimas de sangue tomam novamente os olhos da lunática, escorrendo pelos rastros de sangue secados.

Com algum esforço, ela apoia os cotovelos no chão, tentando reerguer o busto e observar melhor o que acontecia a seu redor.

Aquele ser que Guille tinha identificado com seus Auspícius arremete contra ele, voando. E o derruba de cima de Luiz. Mas aquilo não impedia a fúria do Cainita, ele se levanta, e não se importando com macacos, crianças, nuvens ou lampiões, vendo apenas o sangue que ele tomaria da Gárgula, parte para cima da criatura alada a derrubando no chão como fizera com Luiz. A força do Toreador em frenesi era impressionante e ele quase consegue morder o Escravo dessa vez, tentando como um zumbi que só pensa em comer a carne de um corpo humano fresco.

Então um lampejo de consciência passa pela mente do Toreador e ele se esforça para segurar as rédeas da Besta. Os olhos vermelhos do Cainita parecem retornar ao castanho claro tradicional, mas é apenas um milésimo de segundo, nada que evitasse que ele continuasse tentando arrancar pedaços de carne/pedra do estranho cainita.

Stevie via que aquilo estava se tornando um circo de horrores, macacos-aguias-leoes voadores, criança assassina, uma Gargula arremetendo para cima de outros Cainitas, e o lugar estava lotado, o pior lugar possivel para um surto de frenesi acontecer, e aquele grito ainda ecoava nos ouvidos do Brujah, e aparentemente de seu companheiro Ancião também.

O musico percebia que seu braço estava muito ferido, e bombeia o sangue necessário para a região para curá-lo. Ao mesmo tempo em que velozmente livra o braço ferido da segurança de Lampião, vê a aproximação de alguem que imagina ser uma Tremere, ela estava fazendo alguma coisa em latim com o Ancião, mas não era hora de duvidar dos Feiticeiros, se ela estivesse fazendo algum mal a ele, perderia a cabeça antes de puxar o folego, mas temia Stevie que Joanna não tivesse a mesma reação. Mesmo assim, antes que qualquer um pudesse ver o Brujah havia segurado a cintura de Lampião e fincado seus pés no chão, usando toda sua força para manter o Ancião o mais parado possível, gritando para Joanna e Paolo.

"- GODDAMIT! HELP ME NOW OR GO AWAY! FUUUUCK!"



OFF: curo meu braço com o gasto de 3 pontos de sangue.

Ao menos os recém-chegados pareciam ter mais bom senso que a média daquele local. Sorriu com a pergunta dos dois, nitidamente respeitosos da hierarquia. Assim que as coisas deviam correr: obedientes às suas ordens, garantindo a unidade do clã dos feiticeiros. Calmamente ajeitou uma mecha de seu cabelo, virando-se para eles com um discreto sorriso malicioso no rosto.

- Não será necessário, Magus Muller e Magus Bragança. Magus Kramer é mais que capaz de cuidar dessa confusão da forma adequada. - parou, olhando ao redor - Não creio que há algo que possamos fazer por essas pobres almas sem nos colocar em risco. - sua voz era menos dura que o usual, mas não exatamente doce - Se quiserem, dividam suas idéias comigo. Caso alguma seja especialmente... como direi? - pausou-se, fingindo que pensava por um segundo - Interessante, pode ser que eu aprove.

Johanna não se importava com o que poderia acontecer com os néscios que faziam a dança da chuva em seu jardim, mas aquele era o momento adequado para testar a capacidade intelectual de seus novos pupilos. Sempre havia a possibilidade de um deles a surpreender, fosse para o bem ou para o mal.