Capela Tremere - Chácara em Vargem Grande

(E quem foi que disse em Capela?)

O Tremere questiona, mas logo entende o que seu Senhor queria dizer:

(Não sei quanto aos outros, mas nunca foi minha ideia tomar um lugar que é alvo de constantes ataques como nosso lar. Pretendo buscar entender o que atrai tanta atenção de 3 raças diferentes e ver o que podemos tirar de proveito disso tudo...)

Seu computador não reiniciava e seu celular corta a ligação. Imaginava que o tal Doug não era apenas um usuário na deep web e poderia ser mais do que isso. Outro cainita talvez.

”Brian seria um cainita? Um membro da Espada de Caim?”

Fechou a tampa do laptop e deixou o celular em cima da cama, seguindo ao telefone fixo da Capela. Liga para sua carniçal novamente para confirmar se ela tinha recebido suas palavras anteriores.

-Entendeu o que desejo?

Dissera quando seu lacaio atender o telefone.

(Comunicação Com Senhor do Membro) - Entendo meu Senhor... Não se preocupe, não vou desaponta-lo. Pensarei em algo sobre isso. Até lá, tenha um bom fim de noite.

Dito isso Lupinatti apenas aguarda a despedida de seu Senhor para desvencilhar-se daquela concentração.

Assim que a mente de Lupinatti e a de seu Senhor se desvinculam uma gárgula surge diante de seus olhos. O Tremere ainda voltava a realidade quando a mesma acusa um invasor na Capela.

- Invasor? UM invasor?

O Tremere devia ter ouvido mal, mas de qualquer forma alguém era tolo o bastante para tentar entrar ali sozinho.

Lupinatti se coloca de pé e pega sua mala dizendo logo em seguida para Átila:

- Mostre-me onde esta o invasor... Avise a outra Gárgula para deixar os experimentos de prontidão para caso sejam necessários.

Dito isso, Lupinatti acompanha Átila para ver quem era o corajoso e tolo invasor.

A feiticeira estava com todos os preparativos engatilhados para que pudesse realizar o ritual quando percebeu aquele homem. O corpo da vampira arrepiou-se com o vento estranho que soprava, talvez por conta daquela chegada. Ao perceber o olhar que o maldito lhe oferecia Fátima não pensou duas vezes. Teria que interromper o que estava fazendo. Lutar? Não sabia se era capaz de fazê-lo, mas pelo menos tentaria. Se pudesse, iria impedi-lo de alcança-la.

De pé, olhando diretamente para o adversário, ela retirou um pequeno objeto de dentro de sua roupa. Era um cubo de barro, talhado à perfeição. Tinha sido preparado para algo. Se ele ventava e se ele era o caçador, Fátima era a presa, mas não se deixaria abater. Arremessou o cubo na direção dele, liberando a magia que estava nele.

OFF: Fátima ativa Lentidão dos aterrorizados.

Sua carniçal já estava a caminho. Sem seu computador ele não poderia descobrir muito sobre Brian. Mas com a queda de seu computador e seu celular ele já imaginava que Brian não era qualquer homem. Lembrou-se do computador de sua carniçal, mas ele estava em seu refúgio e então teve um ideia da qual foi descartada logo em seguida. Não teria como ele ligar o espelho de seu refúgio e o da Capela no momento.

Resolveu procurar um lacaio da Capela e questioná-lo onde estaria Fatima e o Primógeno. Talvez tivesse um computador para que ele pudesse utilizar com os irmãos de clã.

Ao passar por Ian o Primógeno gesticula com a mão para que o mesmo o seguisse. Ainda achava que devia ser um curioso, ou um doido varrido, mas não podia se dar ao luxo de correr esse risco.

Ao chegar a janela de onde poderia ver Fátima o Tremere avista o homem caminhando na direção da vampira e assumindo uma forma grotesca.

“Lobisomem...”

O Tremere logo faz um gesto ríspido com a mão em direção ao seu próprio corpo, como se estivesse puxando alguma coisa. Quase que juntamente com o gesto o corpo de Fátima é projetado para trás, indo para dentro da sala ao lado da Gárgula.

- Pode soltar os experimentos... Isso vai nos dar tempo.

Dito isso o Tremere olha para Fátima e Ian e diz:

- Peguem tudo de valor que puderem carregar e me encontrem no espelho da biblioteca. Não quero um confronto direto com as bestas agora.

Off:

Lupinatti teve 4 sucessos para puxar Fátima para longe da morte eminente.

Ali estava. Ela tinha sido efetiva no uso de seu ritual, mas não conseguiria identificar por quanto tempo a velocidade do maldito estaria reduzida. A feiticeira começava a caminhar para trás quando viu a transformação no corpo dele. Já tinham chegado, os malditos lobisomens? Eles foram mais rápidos do que Fátima esperava. A chuva que molhou seu rosto provocou uma onda de alívio, entretanto. De alguma forma ela se sentia pronta para o que quer que viesse a acontecer.

A feiticeira nunca tinha passado tantos apuros em um tempo tão curto, nem mesmo durante a Guerra Massassa ou os confrontos com os demônios pelos Cárpatos. Enquanto se via arrastada pelos poderes de Lupínatti, Fátima evocou os poderes da Mente Focada.

Ao se ver de pé, dentro da capela, voltou suas palavras aos outros.

- Que assim seja!


OFF: Fátima ativa Pensamento Dual.

Quando vê o Primógeno ele pensa em perguntar se teria um computador disponível, mas prefere não fazê-lo ao ver que um dos gárgulas da Capela estava logo atrás dele. E além disso Christopher pede que ele o seguisse. O fez sem pestanejar.

Pode ver no terreno da Capela, após chegarem a uma janela, que Fatima estava meditando e um homem caminhava na direção dela. A irmã de clã joga um cubo na direção do homem que se transforma grotescamente em um lobisomem. Olhou para os lados imaginando que outros também estavam atacando a capela, mas não, o pulguento estava atacando a capela sozinho.

”Fritzen não tinha reforçado as defesas da Capela? Será que ele esqueceu de usar o ritual de repelente contra lobisomens? Suspeito.”

Ouve Lupinatti ordenar que soltasse os experimentos para ganharem tempo e a próxima ordem do Primógeno é que buscassem o que tinham de valor na Capela e esperassem no espelho da biblioteca. E Fátima é imediatamente puxada para onde Ian, a/o Gárgula e o Primógeno estavam. Estava fora de perigo.

Ian não tinha absolutamente nada de valor na Capela. Seu computador e celular haviam sido destruídos a pouco. Pensou por um instante e resolveu ir pegá-los mesmo assim. Talvez seu computador e celular tivessem chances de voltar a “vida”.

-Seguirei ao meu aposento. E preciso avisar minha carniçal que está a caminho da Capela. Com licença.

Segue ao seu quarto e pega seu laptop e seu celular pifados. Esperava chegar ao espelho do laboratório o mais rápido possível.

O Tremere observava o estranho sem entender ainda como ele pretendia sozinho levar a queda da Capela. Eis então que a primeira demonstração de força do maldito é feita, jogando Lupinatti e Fátima ao chão.

O cainita sente a pele queimar de dor e quando olha um enorme rasgo havia surgido em seu peito. O lobisomem podia ataca-los a distancia.

“Impressionante...”

Lupinatti, com dificuldade, se põe de pé mais uma vez a tempo de ver as criaturas exóticas que Beatrice havia criado. Por mais que o ritual para cria-los sempre gerasse experiências poderosas era impossível não deixar de achar estranhas as combinações escolhidas.

“Porque não uma girafa com corpo de gorila? Esses excêntricos...”

Contudo, as criaturas eram facilmente liquidadas pela fera com extrema facilidade. Aquela espada certamente lhe dava uma enorme vantagem e sabia que se ficasse ali corria grande risco de encontrar a morte final, mas Lupinatti precisava ter certeza do porque ele estava ali.

Com um rápido olhar na direção do lobisomem o Cainita consegue ler parcialmente sua mente. A mente era uma bagunça completa, mas em meio a tantas atrocidades ele consegue descobrir que o maldito era um membro da Legião, diferente dos lobisomens comuns, e que estava ali para matar tudo e todos que ficassem em seu caminho.

O “por quê?” não sai da cabeça do vampiro, mas não era hora para tentar ter essa resposta. Essa “Legião” havia cometido um erro terrível em atacar os Tremere e a vingança viria a seu tempo.

- Mande os não nomeados, eles devem dar o tempo que precisamos para sair daqui. Vocês vem comigo para o espelho.

É então que Lupinatti vira-se e nota que Fátima ainda estava ali. Esperava realmente que ela tivesse rápido acesso a tudo que era importante na Capela, pois o tempo ficava cada vez mais curto.

Off:
Lupinatti levou 4 agravados;
Lupinatti gastou 1 de força de vontade para usar Telepatia.

Ian conseguira chegar ao seu laptop quebrado e ao seu celular. Imediatamente seguiu até a biblioteca. Olhou ao redor e não vira nem Fatima e muito menos o Primógeno. Cogitou em sair dali para procurá-los, mas isso iria contra as ordens do Primógeno, que tinha um cargo superior ao seu e sua ação de não esperar na biblioteca poderia ser punida. Permaneceu ali, em frente ao espelho que provavelmente utilizariam para deixar a Capela. Estava preocupado com sua carniçal. Provavelmente seria destruída pelo garou.

A feiticeira tinha acabado de responder a Lupinatti e se preparava para seguir em busca do que quer que houvesse de valor na capela, com o qual poderiam fugir, quando foi atingida pela rajada da espada. Seu corpo foi dilacerado pelos ferimentos provocados por aquele ataque lupino. Pela segunda vez na noite a carne de fátima era rasgada de forma dolorida. Quando tinha sido ferida assim? Não se recordava. Se, por algum momento, tinha sequer pensado em enfrentar o lobisomen, essa possibilidade desapareceu de seus pensamentos. Aproveitando o impacto que sofreu apressou seu passo na direção da biblioteca. Fugiria dali enquanto houvesse tempo. Se é que a chance já não tinha passado.

Lupinatti observava o inimigo se aproximar enquanto os tais não nomeados chegam para o combate. Realmente era algo impressionante o trabalho de Beatrice. Ao menos naqueles dois.

“De onde ela tira tanta criatividade?”

Assim que Átila fala com o Tremere ele diz:

- Aquela coisa é poderosa demais para que vocês deem cabo dela... Não quero perder duas gárgulas para um maldito lobisomem. Átila, você vem comigo, quanto a você... – Se referindo a outra gárgula: - Tente atrasa-lo o máximo que puder e se conseguir recuar até a biblioteca estaremos lá para leva-la a outra Capela. Agora vamos...

Dito isso o Tremere usa sua Linha da Mente para voar em direção à biblioteca. Estava muito ferido para se deslocar em velocidade suficiente para não ser pego pelo lobisomem.

Ao ver-se ferida diante do espelho e de Ian Tokunaga a feiticeira prepara-se para fazer a abertura do portal. Fátima estende as mãos diante da superfície espelhada e começa a entoar antigos cânticos em latim. Usando o sangue que tinha escorrido das feridas provocadas pela espada do maldito, a tremere traça glifos no espelho e a seus pés.

- Lupinatti está ganhando tempo com as criaturas e com as gárgulas, mas não sei se ele terá tempo de preparar o ritual quando chegar aqui. Vou deixar a passagem aberta, para que possamos simplesmente atravessa-la quando o primogeno nos alcançar.

OFF: Fátima ativa o ritual atravessar espelhos.