Rio Bohemia Hostel - Rua Evaristo da Veiga, 147 - Lapa

Em um belo casarão reformado de três andares, o albergue Rio Bohemia é ótima opção 24h para hospedagem no coração da Lapa, Rio de Janeiro.
A apenas 5 minutos de Santa Teresa, o Hostel oferece 4 espaçosos dormitórios com ar condicionado e ventilador, 5 banheiros com água quente 24 horas por dia e uma cozinha que pode ser usada pelos hóspedes.

O albergue, famoso por seu preço acessível, conta ainda com uma simpática área comum, com varandas de frente para os Arcos da Lapa, e internet grátis para os clientes.

Localização

O albergue encontra-se no coração do agito da Lapa, próximo à esquina da rua Joaquim Silva. Essa área atrai sempre muita gente para uma autêntica festa na rua.
O clima do Lapa Irish Pub, localizado no andar térreo do hostel, contagia os clientes do Rio Bohemia, que vive em clima de festa!

A menos de 100 metros de atrações como o Circo Voador e a Fundição Progresso, o albergue é vizinho do Bar da Ladeira e da Comuna do Semente.

O Refúgio de John Smith fica localizado no sótão do albergue.

Como não conseguiu contato com Emilie, o malkaviano seguiu direto para o Hostel. Deveria descarregar suas poucas bagagens ali e, então, tentaria contato de novo com a primogena.

Se acomodou no sótão que serviria de refúgio nos dias que estavam por vir e tentou, mais uma vez, contato com a primogena Emilie Blanc. O celular da irmã de clã tocou até que caísse a ligação. Dessa forma, John Smith resolveu se alimentar.

Não mudou muito. Tirou sua jaqueta. O calor do Rio de Janeiro não permitia que ele saísse daquela forma. Uma regata e uma bermuda fariam melhor as vezes, mesmo na lapa. Um par de chinelas havaianas. Num coldre, escondido na bermuda, uma pistola carregada com munições de fósforo branco.

Após alguns instantes ele desceu e foi se acomodar no Lapa Irish Pub.

Ele poderia se alimentar do seu próprio rebanho, mas não acreditava que esse era o momento de fazer isso. Sempre que chegava a uma nova cidade John Smith gostava de afirmar-se na região onde estabelecia refúgio. Provavelmente a Lapa estaria cheia de vampiros, espalhados por todas as esquinas. Ele não sabia. A única informação que tinha, a respeito do bairro, era que o Rio Bohemian e o Lapa Irish Pub estavam livres de outros sangue-suga. Tinha se certificado disso, antes de fazê-los seu refúgio.

Sentou-se em uma das mesas, num canto do salão do pub. Permaneceu ali, simulou que bebeu algumas cervejas e depois se levantou. Um grupo de folk rock tocava e algumas pessoas dançavam ao som da música céltica. Isso fez com que ele lembrasse daquela que o despertou do torpor e que, infelizmente, não estava mais viva. Provavelmente restavam sinais dela na rede malkaviana, mas a confusão que reinava por lá preocupava Smith por demais e ele não ousou tentar se aproximar da consciência coletiva do clã.

Tudo o que queria, depois do sofrimento pelo qual passara na noite anterior, era isolar-se das Vozes. Quem dera pudesse! O som das bebidas inundava-lhe a alma, assim como o brilhante cheiro dos sons que a banda acariciava. No meio da dança, John se aproximou de uma garota. Os longos cabelos ruivos e a pele cheia de sardas faziam com que boa parte dos homens, e algumas mulheres, observassem-na. Só que ele passou direto por ela. Alguns passos depois uma outra garota. E ela tinha chamado a sua atenção. não por sua beleza, por nenhuma particularidade específica. O motivo era simples.

Poucos a viam. E isso lhe importava mais. Não precisaria disputar. Antes que estivesse próximo demais viu que ela tinha reparado nele. E isso bastava. A regata que usava ressaltava seus músculos superiores, assim como a bermuda fazia com suas pernas fortes. Convidou-a para dançar. Em poucos minutos ela havia lhe beijado. Ele deixou-se embalar pelo gesto extremamente humano, mas logo mudou o ritmo das caricias. Com suas presas furou a língua da garota, que enfeitiçou-se pelo prazer do beijo. Ele mesmo se deixou embriagar pelo sabor da vitae fresca. Não beberia muito. Não dela. Estava praticamente saciado quando começou. Só precisava repor o que gastava sem perceber. E também faria com que a garota se embalasse em seus feitiços. Furou a própria língua e permitiu que ela bebesse do seu sangue maldito.

O cainita estava embalado em sua alimentação quando ouviu a tempestade que começava lá fora. Não era uma chuva simples, não era algo comum para aquela noite. John Smith se assustou e abraçou com força a garota com quem estava atracado. Se fosse uma noite qualquer ele não teria assumido aquela reação, mas uma mera sombra assustava o nodista. Os sonhos que o despertavam nos últimos anos, os gritos que ouvia nas últimas noites. O terror que caminhava à meia noite. Tudo isso se aproximava.

Poucos acreditavam no que tinha acontecido há alguns anos em Bangladesh, mas os filhos de malkav tinham sido afetados. Não tanto quanto os ravnos, mas todos os mentalistas do mundo sofreram. E agora algo daquele nível parecia se repetir. A cada instante o fim estava mais e mais próximo. Smith não acreditava na barbárie que o sabbat encarnava, mas conhecia as lendas a respeito dos antigos e acreditava nelas. piamente.

Um deles estava prestes a despertar, aparentemente. E da forma como seus irmãos vinham agindo, John estava prestes a realmente se desesperar.

O celular de John Smith começa a tocar. O malkaviano pode reconhecer no visor o número da primógena do clã.

Ele não soube precisar por quando tempo permaneceu abraçado à garota. Talvez o suficiente para que duas ou três músicas tocassem. Mas ela não percebeu que John estava descontrolado. O sabor da vitae que ele tinha lhe oferecido era tudo no qual a menina conseguia pensar. Quando se recuperou o malkaviano seguiu, guiando-a consigo, até a mesa em que estava acomodado. Sentou-se no exato instante em que o telefone tocou. Ele estava no silencioso, dessa forma John se levantou, dizendo para a garota.

- Vou buscar bebidas. Ok, garota? - afastou-se dela, na direção do balcão. Assim que estava em uma distância o suficiente para que não fosse ouvido, atendeu a ligação.

- Boa noite, Emilie Blanc? É John Smith!

A voz suave da malkaviana soa solícita.

- Eu mesma. Você me ligou várias vezes, John Smith. Como posso ajudá-lo?

- Exato. Pertenço à família e acabei de chegar ao Rio de Janeiro, vindo de Natal. E me disseram que a senhora responde por nossos irmãos na cidade. - ele fazia insinuações, provavelmente ela entenderia do que se tratava. Estava próximo ao balcão, pegou duas canecas de chopp em uma das mãos e voltou a fazer o caminho na direção da sua nova carniçal.

A primógena demonstra comprennsão com as palavras veladas.

- Oh! Sim... De fato, disseram-lhe corretamente. Teria a bondade de me informar em que local do Rio de Janeiro você se encontra? Já possui onde ficar? Conhece a cidade?


Emilie ainda não estava acostumada a ter irmãos recém-chegados ligando para ela, mas já estava começando a elaborar um certo modus operantis para a situação.

- Conheço bem a cidade, embora tem alguns anos que não venha ao Rio de Janeiro. - ele respondeu imediatamente, enquanto se sentava de volta. sorria para a garota e lhe entregou a caneca de chopp, brindando com ela.

- Estou na Lapa, próximo à Fundição Progresso. Também estou ciente da catástrofe que se abateu sobre nós. - insinuava conhecimento a respeito de algo. Podiam ser muitas coisas. O Rio estava perigoso e não sabia em quem poderia confiar, mas ver qual seria a resposta da primogena poderia lhe dar um caminho de ação.

Um membro que não era um completo forasteiro seria útil. Poderia ter que direcioná-lo a algum lugar, e com aquele trânsito todo parado, táxis não eram uma opção.

Reconheceu que o endereço correspondia à Região Central, mas ficou intrigada com a "catástrofe" que John dizia saber.
- Pretendo reunir a família para discutirmos essa e outras questões. Estamos definindo um local ainda. Poderia aguardar meu próximo contato? Esteja pronto para sair e preparado para tudo. Quem sai na chuva é pra se molhar, não é mesmo? - brinca, emblemática.

- Irei aguardar. Como disse, recém cheguei na cidade, estou curtindo um pouco o som da Lapa, umas cervejas e me alimentando. Quando confirmar o ponto da reunião, ligue-me, Senhora Blanc. - Ao despedir-se de Emilie, John estava observando a garota que tinha lhe alimentado, mas em alguns instantes voltou-se para o lado de fora. Concentrando-se. A tempestade não era normal. E o caos diria o que estava acontecendo.

Ali estava algo que mais uma vez lhe provocava surpresas. Nada muito certo no que ele conseguiu analisar da tempestade que parecia inundar o Rio de Janeiro. Algo apenas lhe chamava a atenção. A forma como os raios se concentravam em um grupo de instalações. Talvez elas precisassem ser visitadas, mas John Smith não tinha interesse em brincar com as forças da natureza.

Emilie encerra a conversa lacônicamente.
- Ligarei, senhor Smith. Até breve.

O malkaviano permanecia contemplando o show, enquanto esperava pelo retorno de Emilie.

Smith esperava, ansiosamente, pelo retorno da primogena Emilie Blanc, mas não permaneceria ali. John convidou a garota e juntos foram para seus aposentos, no sótão do Hostel.

O celular de John começa a tocar. Novamente, o número da primógena na linha.

- Alô. Emilie? - ele atendeu rapidamente à ligação da primogena. - Marcou o local do encontro?

- Sim e não - responde a primogena visivelmente nervosa - você me disse antes que estava "tomando umas cervejas" na Lapa. Teria como trazer alguns "amigos bêbados" para a Marina da Glória?

- Acho que consigo sim. - ele respondeu imediatamente. - Mas que lugar, especificamente, da Marina da Glória?

Enquanto falava com ela voltou a descer em direção ao bar. Não conseguiria levar muitas pessoas, nem pretendia levar a sua garota. Ela já tinha lhe servido. Precisaria de outras pessoas, pelo tom de voz de Emilie.

- Ótimo! - diz a primógena. A rapidez na resposta dele a tranquilizara por um momento. Fica algum tempo em silêncio, antes de dar coordenadas mais precisas da Marina da Glória.

- Traga quantos puder, por favor. O mais rápido possível. - suplica Emilie, despendido-se - contamos com você.

- Irei o mais rápido que a chuva permitir, senhorita Blanc. - ele respondeu, enquanto caminhava por entre as pessoas do bar, conversando e convencendo-os a seguirem com ele para uma outra festa. Deixou a garota no hostel. Precisaria dela mais tarde. Em seguida, foi até o lado de fora, onde estava estacionado seu carro, e começou a dirigir para a marina da Glória.

A chuva pesada atrapalhava sua movimentação, mas conseguiria chegar até lá.