Ruas - Zona Sul

O Tremere observava todo o ritual de Rhykan então pensava nas ações que poderia tomar. Avisaria a Príncipe, na hora certa, sobre o possível envolvimento do Primógeno Brujah, e talvez mais membros, no caso do Anti-Tribo, mas antes queria respostas. E as teria por bem ou por mal.

Assim que o ritual fica pronto o ancião não faz cerimônias e logo atravessa o espelho rumo a capela Tremere.

Ja no banco de passageiros do carro, Stevie coloca o endereço do Parque Estadual da Pedra Branca.

"- Vamo lá Mick, resolver essa o mais rapido possível, se prepara pra convencer uns Gangrel a não te cortarem no meio."

Mick começa a dirigir agilmente:

- Só programa a merda do GPS e me diz para que porra de lado eu saio - ri gostosamente. - Vou ver em que posso ajudar, o que você sabe sobre esses gangrel?

A SUV do bicheiro atravessa as ruas da zona sul da cidade rumo ao seu refúgio. Dentro dela Bruno permanece num silêncio quase ensurdecedor.

Stevie programa o GPS e aponta a direção Oeste.

"- É pra zona Oeste, Parque Estadual da Pedra Branca, acho que pra... Lá! Então, sei o nome do líder deles Zoombie dos Palmitos, Palmeiras, Palmares!!! Alguma coisa assim... Além disso, eles se mantiveram fora de todas as merdas até agora, todas."

Mick vira o carro agilmente na direção indicada, olhando o GPS assim que estive termina de programá-lo. Ao escutar o nome do gangrel, porém ao ouvir o nome do gangrel a quem iam procurar, solta uma exclamação cheia de irlandesismos:

- Fuck me blind! Zumbi dos Palmares?! Ouvi dizer que o cara é durão até a morte... Vai ser uma porra de trabalho, o sujeito tem fama de não ser muito dado a conversa mole...

Stevie ouve o que Mick lhe responde, já esperava algo assim, pelo menos seu amigo já tinha ouvido falar daquele falastrão.

"- Bom, ou ele vai me ouvir ou a porra que tá acontecendo nessa cidade vai atropelar ele... Também sei ser cabeça-dura."

O guitarrista dá um sorriso enquanto o carro avançava para a Zona Oeste.

OFF: Segue nas Ruas Zona Oeste.

Luca dirigia o carro com Ida. Estavam próximos do casarão Giovanni onde encontraria Paola e Isabel.

O carro de Ignácio e Pablo já chegava na Zona Sul.

Lupinatti ainda estava desorientado quando se da conta do que estava fazendo. Suas presas estavam cravadas no pescoço que um rapaz não muito mais jovem que ele quando foi abraçado.

O ancião larga o corpo do rapaz que bate no chão de forma seca, como alguém que deixa cair uma latinha de refrigerante ou um pedaço de salgado. Estava morto, e aparentemente com muito pouco sangue em seu corpo.

- Droga...

Só então que Lupinatti gira 360º para ver o estrago que havia causado. Vários corpos estavam a sua volta, provavelmente vitimas da sede de sangue do ancião.

Seu telefone tocava, mas ele simplesmente não tinha tempo para aquilo. Tinha que sumir com aqueles cadáveres o quanto antes, ou então teria que apagar mentes e mais mentes para corrigir aquele incidente.

Avistou sem grande demora um bueiro ali naquela rua. Não tinha escolha a não ser sumir com os corpos antes que alguém descobrisse o que aconteceu.

“La vou eu ter “aquela” conversa com os Nosferatus...”

Pegou o corpo do jovem que tinha acabado de matar e começou a puxa-lo em direção ao bueiro. No meio do caminho, se concentrou em seus poderes de Ofuscação para dificultar a chance de que algum curioso o visse realizando o trajeto entre os corpos e o bueiro. Assim que chegou ao mesmo, o abriu com cuidado e deixou o corpo escorregar por seus dedos e sumir na escuridão do subsolo do Rio. Sem demora, retomou o processo para se livrar dos demais corpos.

Off: Solicito a narração o teste de Ofuscação 2 para arrastar cada um dos corpos até o bueiro.

Lupinatti finalmente terminava de colocar o ultimo corpo dentro do bueiro e ficava visivelmente aliviado por não ter mais surpresas.

Eis então que seu celular volta a tocar e Lupinatti acreditava ser a mesma pessoa que lhe ligava da primeira vez, mas desta vez era um outro numero, um celular, para ser mais preciso.

"Já Carlent? Imaginei que você levaria mais tempo para descobrir..."

O ancião olha para ambos os lados da rua para ter certeza que não era vigiado por ninguém e atende o telefone com o tom de voz levemente baixo:

- Pois não...

Enquanto Lupinatti conversava com Victoria Ash, o celular do Primógeno e Regente acusa a chegada de uma mensagem de texto. O número era desconhecido.

SMS: Boa noite senhor Lupinatti. Acabei de chegar da Filadélfia. Estou seguindo para o endereço da Zona Sul para as devidas ações protocolares. Andreas Petrev.

Lupinatti quase deixa escapar uma risada quando Victoria fala sobre “má hora”. Um grupo de humanos mortos para saciar sua cede em uma cidade onde a morte de mortais era “proibida” devia ser considerado uma péssima hora, mas quando o assunto sobre os lobisomens que atacaram a Capela Tremere é dito o semblante do ancião se torna sério e sombrio:

- Ações de seu Clã?

Por um instante Lupinatti se esquece completamente que estava no meio de uma rua deserta e em frente a um bueiro aberto e cheio de corpos, mas ele logo volta a si e fecha a tampa diante dele, “sepultando” aqueles jovens.

Lupinatti ouvia tudo em silencio. Seu Senhor e os outros anciões de seu Clã, todos mortos por uma traidora do Clã Toreador. Era sorte que Victoria estivesse falando com ele por telefone, pois notaria a expressão de cólera que reinava no rosto do Tremere.

Talvez estivesse caindo em algum jogo da anciã, mas antes que pudesse questionar qualquer coisa alguém chega para falar com Victoria. Instantes de palavras incompreensíveis que mais pareciam anos para Lupinatti. Então, eis que ao suspense se encerra e a morte de Xica é revelada.

Victoria não precisava falar nada, pois Lupinatti já enxergava com olhos vingativos a mais nova traição. O ancião deixa escapar poucas palavras que mesmo controladas ainda demonstravam raiva:

- Quem a matou?

O Tremere percebe pelo gps do seu celular que estava perto da Capela Tremere da região. Em breve chegaria ao seu destino.

"Água... água..." estas palavras se repetem na mente perturbada da malakviana, que vaga pelas ruas à procura de um rio ou um lago para mergulhar, onde sentia que enfim encontraria paz.