Capela Tremere - Chácara em Vargem Grande

Finalmente chegam ao local indicado por Fátima. Acontece que, metros atrás, o vienense percebe que haviam outros carros um pouco mais à frente. Ele dá ordens para que Gabriel continue seguindo e encontram um local para estacionar o carro diante da construção principal. Algumas pessoas começam a sair e Petrus fica se indagando se todos eles seriam Tremere. Ainda dentro do carro, diz para seu carniçal:

_Meu caro, aguarde-me aqui dentro, mas não sei se vou demorar. Caso minha Senhora peça para que eu fique, te aviso para que você possa voltar para o hotel e descansar. Lamento, mas você sabe como as coisas funcionam.

_Se preocupa não, senhor Petrus. Vou tirar uma soneca aqui dentro mesmo.

_Que seja, mas todo o cuidado é pouco. A cidade não está nada segura para seres como nós.

Sabia que incluir seu carniçal em "seu mundo" era um passo importante para que o humano tomasse parte das responsabilidades da Camarilla. Além de fazer com que ele fosse mais eficiente, já que se considerava parte da Família...

Ele sai do carro, olha para trás vendo bastante pessoas, acena um leve cumprimento para qualquer um que eventualmente cruze seu olhar com o dele e se adianta ao homem que parecia ser o responsável pela recepção:

_Boa noite. Petrus Müller. Minha Senhora Fátima Mansur está à minha espera. Creio que ela deve tê-lo avisado de minha chegada.

Aguarda o aval do homem para adentrar à Capela, ainda dando leves olhares para trás. O lugar era antigo e tinha um ar pesado. Petrus ouvia alguns sussurros vindos da mata ao redor e mesmo dos cômodos de dentro da casa...

Vincent tentara dar um sinal para os outros, que seguem e entram na chácara. Claudia estava atrás, quietinha, depois de dizer que estavam sendo seguidos. Não vendo outra solução melhor, Natanael diz para os dois:

_Se estivermos mesmo correndo perigo, o melhor é nos apressarmos e nos unirmos aos outros na Capela. Já vimos nessa noite mesmo que temos mais chances de sobrevivermos quando estamos com mais pessoas.

Olha seu celular:

_A propósito, Vincent, Durriex também está a caminho daqui. Será bom conversar com ele.

Dá um sorriso, apesar das circunstâncias, afinal, confiava em si mesmo.

_Podemos continuar seguindo? Acredito ser o melhor... estamos a poucos metros da mansão.

Aproveita para reparar na entrada e na fachada da casa que servia como Capela e ajeitar um pouco os cabelos atrapalhados pela correria na saída do Elísio...

Emilie fica tensa novamente após o alerta do outro carro, e a dedução de Luís Filippi, mas está mais focada em esperar Thomas atender ao telefone, por isso, não diz nada. Apenas olha para os arredores, se localizando aonde está pelo nome da rua e o número da propriedade, antes do brujah adentrar a chácara.

Avista o homem que os espera, mas deixa que Luís Filippi se dirija à ele, saudando Thomas em francês e prosseguindo a conversa em bretão.

O carro de trás dava um sinal para Fillipi, ele responde o sinal e entra na Chácara, talvez houvesse algum problema, talvez eles tivessem identificado algum problema.

Após entrarem o Toreador olha para trás, espera o carro dos companheiros entrar na Chácara, e então observa atentamente a rua com seus Sentidos Aguçados, procurando ver se algum outro carro passa na rua logo depois.

Guille vê com o canto de olho que um homem os aguardava, mas Fillipi estava a cargo das apresentações ali, então o lutador não desvia seus atentos olhos e ouvidos do carro de trás, nem da rua logo atrás deles.

OFF: Sentidos Aguçados ativos

Ao ouvir as palavras de Fátima, Bianca ficou quieta. Ela podia até mesmo brincar com suas irmãs quando estavam sozinhas e era bastante agressiva nisso. Mas discutir uma ordem direta de suas superioras na hierarquia: jamais. Ainda mais na frente de toda capela. Olhou a cara de desgosto das duas e esperou que a novata fosse imediatamente acorrentada a ferros. Mas para sorte de Fátima, e também por seus antecedentes suspeitava, Beatrice estava em um ótimo humor e ela sugeriu uma punição menor. Deixar uma punição à cargo de Johanna era como deixar um pirulito ao alcance de uma criança. Certamente ela ia se divertir muito com isso. Ainda distraída pesando no fato, e pela beleza da irmã, foi trazida de volta com a chegada de alguns membros e "pedidos irrecusáveis" de Beatrice. Ser chamada de falsa poderia ser um xingamento, se ela alguma vez na vida houvesse dito o que realmente pensava. Ouviu a fala de Kramer sobre a chegada de mais um Tremere na cidade e ficou feliz. Uma capela com muitos membros seria inexpugnável.

- Que ótimo Eva, será que já está a caminho? Números serão úteis esta noite.

Ligou as 3 irmãs mentalmente e segui com Beatrice para o cômodo seguinte. Cumprimentou Carlent enquanto ele e Beatrice iam para outro cômodo.

- Boa noite senhor Carlent.

Evitou excesso de euforia. Os Nosferatu não eram especialmente sensíveis a demonstrações de amizade. Então não era necessário isso ali. Ele entenderia como um sinal de que não o achava um tolo e não como descortesia. Mas teve que se esforçar, pois anos de condicionamento haviam feito a cortesia e o drama como uma parte forte em sua vida. A diferença entre a aparência do Nosferatu e da Tremere era algo abissal. Se permitiu um segundo para admirar o quanto podiam ser diferentes dois vampiros. Aquilo era maravilhoso. Com um único ritual poderia... Não , estava divagando novamente. Aquela era hora de receber os convidados. E aguardou a entrada dos outros no primeiro cômodo.

Digo ao motorista:
-Obrigado senhor Olson.

Desço do carro e me dirijo ao que parece ser a entrada da casa.

Off: Sentidos aguçados permanecem ativos.

O carro dos Brujah chega à capela, e Lampião vinha dizendo que eles não podiam confiar em nenhum outro Clã, e pra finalizar, antes de descer do carro ele ainda diz que se quisessem eles deviam, os Brujah mesmo, tomar o trono da Camarilla para si, seria uma ideia interessante, não que fosse ser aceita por mais nenhum outro Clã.

Seguindo o exemplo do Ancião, Stevie desce do carro, e os outros Cainitas que estavam nos outros carros podem ver um Brujah alto, mas não muito musculoso, ele usava uma camisa azul e calça jeans azul escura, ele trazia um sorriso no rosto, e para do lado do carro, na porta que ele havia descido mesmo, e com os braços apoiados em cima do veículo espera quem quer que Lampião estivesse esperando, observando os outros carros que estavam ali, principalmente os dois que pareciam ocupados no momento.

Petrus apenas segue adiante depois do que o homem dissera. Não olha mais para trás. Estava acontecendo algo ali na Capela referente aos últimos ataques e isso era óbvio. Será que os Tremere haviam dado refúgio de guerra para os demais Membros da cidade? Se for isso, os Feiticeiros estavam buscando uma forma de fazer com que todos os outros Clãs lhe devessem favores. Que interessante...

Ele adentra por um corredor e passa olhando algumas pinturas e quadros nas paredes. Ele se contém por um momento. Havia a forte presença de espíritos ali dentro, e de vários tipos. Queria saber como seus irmãos do Rio tratavam daquela situação e logo se adiantou, entrando em uma sala circular na qual haviam três pessoas. Uma, cuja face lhe parecia familiar, era radiantemente bela, diria até exageradamente bela, e seu completo oposto: um Nosferatu. Sim, estavam dando abrigo aos demais Clãs, ou para se refugiarem dos ataques ou para um simples encontro, mas estavam dando-lhes Hospitalidade. Petrus sorriu de canto de boca ao ver que já chegava em um bom momento e viu que uma terceira mulher, mais normal que os outros dois, se adiantava:

_Boa noite senhorita. Meu nome é Petrus Müller e sou cria de Fátima Mansur.

Seu português era uma mistura de português brasileiro do Norte com uma base de português europeu, além de um pouco de acento alemão. No entanto, não deixava nada a desejar para o ouvinte. Ele vai direto ao ponto por saber, obviamente, que a menção ao nome de sua Senhora já bastava para que soubessem seu Clã e Linhagem. Esperava pela resposta e desvia o olhar para os outros dois. Sim, aquela outra na sala era ninguém menos que Beatrice Verlanghieri. Será que ela lhe reconheceria? Talvez sim, os anos que para Petrus significavam muito desde que se viram certamente pareceriam meses para ela.

Guille, ainda dentro do carro, percebe que o outro carro dos Toreadores e da Malkaviana entra e mais nada acontece, mas de canto de olho ele vê algo muito estranho, tão estranho que o faz observar o homem que estava parado na porta, ele ve uma figura aparente de pedra e com uma aparência de não muitos amigos.

"- Mas que p..."

A exclamação escapa os lábios do Toreador antes que ele pudesse evitar, e ele não consegue tirar os olhos da Gárgula. O lutador já ouvira boatos sobre os Tremere e sobre toda sua magia, e que eles pegavam vampiros para fazer experimentos, e gárgulas podiam ter sido citadas, mas o Toreador sempre imaginara que aquilo eram histórias para botar medo nas criancinhas da noite, e impedir que os Feiticeiros fossem massacrados quando enchessem muito o saco dos outros Clãs. Mas afinal das contas, as lendas pareciam verdade, e o homem que estava parado ali na frente da casa havia se transformado numa gárgula, o Cainita fecha os olhos e abre novamente, e a gárgula permanece ali, Guille não costumava demonstrar temor, e não era aquilo que ele sentia, era mais uma fascinação, pois com certeza o trabalho que daria na criação ou transformação de algo numa gárgula era bem grande, e um pouco mais de respeito pelos Tremere começa a brotar no âmago do Toreador.

Então mais um carro entra na Chácara e dele descem dois homens, um que pelas roupagens e aparência fazia Guille pensar no nordeste de onde saíra, e o Toreador consegue ligar o nome a pessoa, era Lampião, ele toca no ombro de Luiz e fala.

"- Seu Clã chegou, Lampião está logo ali."

Quando Eva diz que era assistente pessoal de Vladimirovich, Petrus sorri internamente. Dentre suas pretensões, estava o cargo interno de Astor. Ele então complementa sua apresentação a ela e aos demais da sala:

_É um prazer conhecê-la, Magus Kramer e estou ansioso para conhecer o grande Magus Vladimirovich.

Olha para os demais, já que Carlent havia se apresentado e responde antes que eles saíssem da sala:

_Igualmente é um prazer conhecê-lo, senhor Carlent. E Magus Verlanghieri, fico contente em revê-la. Jà faz muito tempo...

Espera que a anciã tente se lembrar e, se virando àquelas que o receberam, pergunta:

_Vejo que cheguei em um momento conturbado para nossa Camarilla e estou disposto a fazer o necessário para ajudar a superar esse fato. Podem me dizer o que está acontecendo e o porquê de tantos Membros estarem chegando?

Esperava pela chegada de Fátima, mas não pergunta por ela por imaginar que sua Senhora tratava de questões sérias, talvez junto ao Regente da Capela, a quem Petrus ainda não conhecia. Aliás, era sempre cuidadoso e respeitoso no tratamento justamente por desconhecer a hierarquia dos presentes. Por via das dúvidas, é melhor se portar como um Aprendiz de um Círculo baixo, para evitar problemas. Quando apenas Tremere estivessem presentes, as posições hierárquicas poderiam ser melhor expostas.

Respondo ao homem:

-Me chamo Tiago Bragança, clã Tremere.

Ao entrar vejo um homem terminar de dizer alguma frase sobre a atual situação da Camarilla na cidade, então me aproximo e concordando com o que ele disse, completo:

- Faço de suas palavras, irmão, minhas palavras. Estarei empenhado em ajudar a reverter essa situação. Me desculpem, fui mal educado, me chamo Tiago Bragança, acabei de chegar também.

Falando isso estendo a mão em direção ao homem com um sorriso largo....

O toreador chega perto da entrada da chácara e aguarda pois há mais carros na sua frente. liga o som do carro para saber se alguma coisa estava sendo noticiada sobre os ataques recentes e se a máscara estava intacta...

François agora aguardava mais calmo, pois sabia que Beatrice estava bem, e que nada havia lhe acontecido.

Assim que termina de falar, é interpelado por um outro Membro que acabava de chegar. Pela boa aparência, tanto do rosto quanto das vestes e pelo largo e exagerado sorriso, só podia ser um Toreador ou Ventrue. Petrus então responde, abrindo um leve sorriso e apertando a mão do rapaz:

_É um prazer conhecê-lo, senhor Bragança. Toda a ajuda é sempre bem vinda. Me chamo Petrus Müller e pertenço à Casa Tremere. Também acabo de chegar ao Rio, inclusive.

correspondo ao aperto de mão e falo:

- O prazer é mútuo, também faço parte da honrosa casa Tremere. Que bom poder contar com pessoas inestimáveis como você. Mas, antes, me apresentaria às damas?

Neste momento me viro para as duas mulheres no recinto a fim de conhecer-las.

- Boa noite Senhores, me chamo Bianca de Nice dos Feiticeiros, não reparem em minhas roupas porque estava no Ellisium essa noite quando o Sabá o atacou. Nossa primógena Beatrice e o conhecido Nosferatu Carlent tem alguns assuntos a tratar. Poderiam se dirigir àquela sala? Disse apontando para o cômodo seguinte, diferente do caminho que Beatrice e Carlent seguiam. - Lá vocês poderão conhecer nossa Regente Magus Meisner e ficará feliz em encontrar sua Senhora, Magus Mansur. Ela o espera ansiosa, para os padrões dela é claro. E deu uma piscadinha para o recém chegado. -Quanto ao Senhor Bragança, infelizmente não tive o prazer e devido a eventos recentes tememos pela nossa segurança. Poderia me informar de onde vem? A não ser que Magus Kramer possa assegurar que o conhece, ou seus antecedentes. Tinha um belo sorriso nos lábios, mas estava com uma atitude segura e não permitiria que uma possível ameaça entre os feiticeiros destruísse a reputação da capela naquela cidade. Depois das devidas apresentações e da fala de Eva continuou:

-Senhores, nessa cidade estamos acertando os pontos sobre como as coisas vão andar em matéria de política. Por favor, se forem se manifestar na reunião o façam dentro da opinião da nossa regente. Depois que essa noite passar os cargos na capela serão definidos e precisaremos de todos os presentes unidos. Entrem por favor, vamos receber a todos os outros que chegam.

Sem querer deixa nenhuma dúvida quanto às minhas intenções legitimas prontamente falo a Bianca:

- Sou recém chegado de Viena, e estou empenhado firmemente em mudar o atual quadro da Camarilla e no fortalecimento do clã aqui na cidade. Vamos legitimar o poder da Camarilla e vamos nos fazer forte. Conte comigo, e trabalhei arduamente neste proposito.

Abro um largo sorriso e olho fixamente nos olhos dela, e completo:

-A essa capela devotarei toda minha sabedoria para eleva-la ao mais alto ponto dentro do Clã, nisto conte comigo.

Continuo olhando fixamente em seus olhos, até seguirmos para o local indicado.