FIM DE TEMPORADA

**Narrador** Qua Nov 19, 2014 7:49 am

A noite se encerra no Rio de Janeiro. Duas tempestades acabam por deixar milhares de mortos e desabrigados. Populações pobres sofrem como nunca sofreram com os fenômenos tropicais da cidade maravilhosa. O Exército e todas as polícias passam a ser coordenadas pelas Forças Especiais de Segurança Nacional depois de "organizações terroristas" matarem diversas lideranças políticas e empresários da cidade. Vereadores (mais da metade), Deputados (mais da metade da bancada federal e estadual do RJ), Desembargadores, Juízes, o Prefeito, o Governador e lideranças de variados setores da sociedade figuram entre os mortos. Líderes do tráfico e grandes nomes do crime também acabaram mortos . Foi uma noite e uma manhã de Caos. O clima é de insegurança total e com forte patrulhamento das forças policiais e do exército.

O Comitê Olímpico Internacional confirmou que os Jogos de 2016 continuam na cidade, mas exigem medidas rápidas para não reverem a decisão. O novo Governador e Prefeito Interino, o ex-Presidente do TJ-RJ Desembargador Henrique Castro, assume concomitantemente os postos com o discurso de convocar eleições no fim do ano e de cooperação com as Forças de Segurança Nacional. Faz um discurso pedindo para a cidade tomar o seu rumo normal e enfatiza que as medidas imediatas já iam refletir no dia a dia da sociedade.

Aquela noite tempestuosa mudou a cidade do Rio de Janeiro para todo o sempre. A Aliança Independente, organização com fins de ajudo mútuo que reúne os Ravnos, os Seguidores de Set e os Giovannis da cidade, declarou guerra aos lobisomens e colocou qualquer acordo de paz em risco. O Sabá já está pronto para, e sempre desejou, a Guerra. Os caçadores são atraídos pelos fatos e vão tentar limpar a cidade. O famoso "bando do Chuck", caçadores mercenários e temidos mundialmente, desembarcou no fim da tarde. Os demônios e infernalistas encontram o solo fértil para suas atividades no sopro de terror que tomou conta do Rio de Janeiro. A FESN, como representante dos interesses do Governo Federal também parte para a Guerra. Os Anarquistas se proliferam. A ordem é inexistente e forças ainda desconhecidas se movem nas sombras. Ou nem tão nas sombras assim.

Em meio a tudo isso, a Camarilla não tem opção. Ou vai à Guerra, ou cairá vítima dela. Os Garous sobreviventes, menos de um terço do efetivo anterior, lamberão suas feridas com sede de vingança. A cidade não é mais dos Lobisomens, a cidade não é da Camarilla. A cidade não é do Sabá, muito menos dos anarquistas. A cidade não é de ninguém, todos a reivindicam.

Todos estão em guerra. Todos são caça e caçador. A Guerra Civil começou.

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Bem-Vindos à VII Temporada da Crônica Segredos do Apocalipse

Xica da Silva Sex Dez 12, 2014 8:34 am

A toreador desperta tranquila em seu refúgio. Xica tinha cartas na manga, tinha alcançado alguém em que se apoiar. Uma criatura cujo poder ele demonstrara e tinha lhe entregue possibilidades de agir na corte. A sobrevivência era o primeiro passo e, aparentemente, ela estava segura, embora tudo que ocorrerá na noite anterior houvesse deixado todos em perigo. Quando se levantou, colocou-se a postos. Um banho, uma muda de roupas e muitos telefonemas. Queria identificar como tinham sido dados os passos de seus carniçais naquele novo dia de terror espalhado pelo Rio de Janeiro. Ligaria a eles em busca de atualização.

Xica da Silva Seg Dez 15, 2014 9:44 am

Nada de muitos negócios, entretanto os terrenos foram colocados suficientemente bem em seus planos, assim como as ações de Anitta. O país a amava, especialmente quando a funkeira mostrava aquele tipo de solidariedade com as pobres vítimas da destruição provocada pelas chuvas. Da mesma forma, a maneira como os novos agenciados de Luna começavam a se encaixar aqui e ali. Em breve novos sucessos, em breve o protagonismo em uma novela das nove. Ela sorria. E por fim, havia Erick. E o pré-acordo que ela tratara com Guille França. Precisaria pressiona-lo, para que pudesse receber seu apoio na tentativa de destronar os nosferatu? Ou apenas os belos olhos da negra seriam suficientes.

Ela pegou seu telefone e fez uma chamada.

Xica da Silva Sáb Dez 20, 2014 9:26 am

A toreador sorria enquanto falava ao telefone com Guille FRança, ao mesmo tempo ela tinha encaminhado seus pedidos para que fosse providenciada vitae com a qual ela poderia se alimentar. Ao fim da sua primeira ligação da noite, Xica da Silva estava bem alimentada, embora ainda não estivesse vestida. Não escolheu os trajes matadores das noites anteriores. Antes um conjunto simples e bem apessoado, que escondia suas curvas, embora não fosse simples fazer isso.

Esperava a ligação de Emilie Blanc, mas não para os primeiros instantes da noite que ainda nem bem começara. Pronta para sair, a negra acessou os meios de comunicação para ver o que tinha sido divulgado a respeito da catástrofe na floresta da tijuca. Nada! Uma gargalhada tomou conta de seu corpo, enquanto em uma outra ligação ela pediu que preparassem o jato particular para que pudesse ir até seu antigo lar. Tinha algo a buscar lá e que só confiaria em si mesma para fazer. Trocou três ou quatro palavras com Jacó, nada muito relevante. E, então, o brujah.

Procurou o contato do cangaceiro Lampião e então chamou-o.

**Narrador** Dom Dez 21, 2014 4:17 am

'- Quem é?' - Diz grosseiro Lampião atendendo à ligação.

Xica da Silva Seg Dez 22, 2014 7:49 am

A cada um, o que era de cada um. Pensou a toreador. Belas palavras e atitudes sedutoras não funcionariam com o Rei do Cangaço. O que Lampião prezava era força e firmeza, aquelas que tinha encontrado em Maria Bonita que tinha encontrado a morte final. Um novo passo.

- Xica da Silva, cabra. Preciso falar com tu. - ela era uma dama, mas nascera em meio aos escravos. Sabia usar a linguagem do povo quando fosse necessário e esse era um momento.

**Narrador** Ter Dez 23, 2014 6:05 am

'- Então fale mulhé...' - diz o cangaceiro.

Xica da Silva Seg Dez 29, 2014 6:49 am

- Será que posso encontra-lo na Feira de São Cristovão? - ela respondeu.- Gostaria de pedir sua autorização para algumas atividades relacionadas à nossa natureza em seus domínios.

**Narrador** Seg Dez 29, 2014 12:15 pm

'- Podi sê... deiz hora?' - Diz em tom desconfiado o cangaceiro.

Xica da Silva Sáb Jan 03, 2015 4:12 am

- Te encontro lá - respondeu a toreador, despedindo-se do cangaceiro. Ao fim da ligação, seguiu para o heliporto. Iria até BH por algum tempo.

A caminho do heliporto seu telefone tocou. Era Jacó respondendo que não seria preciso a sua presença em Belo Horizonte. Então o momento era esperar. Logo iria se encontrar com os outros membros daquela cidade. Jogar suas primeiras peças no jogo da noite.

Kazak Ter Jun 30, 2015 12:02 pm

Numa determinada distância o GPS acusou e pude avistar ao longe o casarão da foto. Parei a moto numa distância segura e discreta entre alguns carros que estavam estacionados na rua, provavelmente de moradores do entorno, e procurei um lugar que pudesse observar o casarão e ter uma ideia do que iria encontrar pela frente.

OFF: Sentidos aguçados pra checar a área.

**Narrador** Qua Jul 01, 2015 8:00 am

Pela hora não tinha quase ninguém nas ruas. Os carros demoravam a passar. A segurança do local era parca, nenhum tipo de empresa contratada e apenas as trancas impediriam a entrada de Kazak. Um trabalho que parecia fácil. Havia apenas uma luz acesa, talvez pelos sons que ouvia com os sentidos aguçados duas a três pessoas no máximo dentro da casa.

Kazak Qui Jul 02, 2015 8:48 am

A segurança do casarão era inexistente e pelo que pude perceber talvez existissem uma três pessoas no interior dele. Como não tinha muito tempo optei por uma abordagem mais direta da situação. Usei o poder do sangue e atravessei a rua em direção ao imóvel. Minha primeira tentativa foi a porta da frente.

OFF: uso o sangue para ativar disciplinas (ofuscação nível 2 e rapidez)
tento abrir as trancas pra entrar na casa

**Narrador** Qui Jul 02, 2015 9:55 am

Ofuscado, Kazak não tem dificuldade em abrir as trancas. Se houvesse algum tipo de alarme, ele não dispara (ou era silencioso).

Kazak Sex Jul 03, 2015 10:04 am

Rapidamente consegui desarmar as trancas da porta. Obviamente que não abri ela de uma vez; preferi ir abrindo lentamente enquanto, pela fresta, tentava observar o outro lado a procura dos alvos ou alguma surpresa. As vezes, o fato de não ter nenhum alarme tocando não significa que sua presença ainda não foi notada.

**Narrador** Sex Jul 03, 2015 11:45 am

O local realmente parecia vazio, mas Kazak podia ouvir ruídos de uma conversa ao final do corredor que seguia após a entrada. A direção era a mesma de onde havia uma luz acesa.

Kazak Sáb Jul 04, 2015 3:10 pm

Mas minhas suspeitas não se confirmaram e a imagem que eu tinha do local era de um vazio quase absoluto. A única coisa que destoava era uma luz acesa num dos cômodos no interior do imóvel e o barulho de vozes que vinha da mesma direção. Saquei uma das pistolas e, depois de uma nova conferida, entrei pela porta cautelosamente em direção à luz.

**Narrador** Dom Jul 05, 2015 8:41 am

O local tinha inúmeras - e estranhas - obras de arte. Kazak segue pelo corredor e nota que havia um grupo de 5 pessoas na sala principal. Um homem de bermuda e porte físico avantajado conversava com outro homem e um grupo de três mulheres. Todos pareciam beber vinho e estar bem tranquilos naquele fim de madrugada. A ofuscação de Kazak impedia que o grupo o notasse.

Kazak Ter Jul 07, 2015 8:54 pm

No cômodo que possuía luz estavam cinco pessoas: dois homens, um bem grande por sinal, e três mulheres que bebiam algo, talvez um vinho, e conversavam distraídamente.

*- Pizdyet!*

Eu já tinha usado o sangue e resolvi aproveitar a situação para apenas observar aquelas pessoas em seus últimos momentos de existência. Talvez fosse o hábito.

OFF: 1 ponto de sangue para rapidez

OFF: Pizdyet é, numa interpretação livre,uma interjeição usada para caracterizar uma situação que deu errado, ruim, inesperada. Seria, mais ou menos, o equivalente a "merda".

Kazak Seg Jul 13, 2015 3:52 pm

A conversa do grupo estava animada, essa alegria do brasileiro é realmente curiosa, mas o sol iria nascer em breve e eu precisava terminar com aquilo logo. Além disso, o assunto e o barulho que eles faziam começou a me incomodar. Sem rodeios caminhei em direção aos homens que estavam na sala e resolvi, usando o sangue, o problema do barulho. Por uma fração de segundos observei o semblante de completo espanto diante do silêncio que tomou conta do cômodo. Na medida em que falavam, o som não saía e os olhos se arregalavam com dúvida enquanto fitavam um ao outro.

Antes que se pudesse ter qualquer outro tipo de reação dei o primeiro tiro na cabeça do brutamontes que conversava sentado com o outro homem. Ele foi ao chão enquanto seu sangue respingava no rosto de seu parceiro que, atordoado, limpava os olhos sujos pelo sangue alheio até que encostei minha arma em sua testa e puxei o gatilho. Sua cabeça deu um tranco para trás antes de seu corpo cair sem vida e seus miolos voarem sobre o trio de mulheres que a essa altura gritavam desesperadas correndo em direção ao lado oposto do qual eu havia entrado.

Minha atenção já estava nelas quando, para minha surpresa, percebi que o grandalhão ainda estava vivo tentando se levantar. Como era possível ele ter resistido ao tiro? Àquela altura já não fazia a menor diferença, nenhuma resposta iria mudar o resultado. Embora estivesse completamente desnorteado por causa do tiro resolvi terminar aquilo; as mulheres não iriam a lugar algum. Insistente, encostei a arma no mesmo local do primeiro disparo e espalhei o que lhe restava de massa cinzenta.

Mortos os homens, pude voltar minha atenção para as fujonas. Impressiona o quão parecidos somos com os animais. Por mais que tentemos nos afastar, nos momentos de tensão acabamos reproduzindo comportamentos que em nada nos diferenciam dos animais que, quando acuados, apresentam padrões de comportamento que qualquer caçador experiente pode antecipar. Antes que pudessem sair do cômodo em que estavam acertei a moça que parecia comandar a fuga, a líder do bando. Quando ia alcançar a saída um tiro a derruba sem vida diante de suas parceiras. Advinha a reação da dupla sobrevivente? Meia-volta e dispersão; foram procurar outra saída.

OFF: 1 ponto de sangue para Quietus 1

**Narrador** Ter Jul 14, 2015 10:45 am

Uma das mulheres tenta tacar um abajur na direção de Kazak, mas como não o via acerta o vazio. A outra começa a abrir uma das janelas para tentar fugir. Só restavam as duas para que o Assamita terminasse a primeira parte do serviço. O sol, no entanto, não tardaria a nascer...

Kazak Ter Jul 21, 2015 9:21 am

O sol já ia aparecer e eu não podia me dar ao luxo de demorar mais. Acertei uma tentando fugir pela janela e a outra depois de atirar um abajur no vazio. Mortos todos os ocupantes do imóvel restava atear fogo naquilo tudo e foi com esse intuito que fui pro interior da casa procurando por algo que pudesse me auxiliar nisso. Minha esperança era achar alguma instalação de gás para usar.

OFF: vou dar uma olhada pela casa buscando algo pra ajudar no incêndio, principalmente instalação de gás.

**Narrador** Ter Jul 21, 2015 10:18 am

Kazak encontra tudo que precisava: instalações elétricas, instalações de gás, muito papel e tecido, muitos itens inflamáveis... não seria difícil tacar fogo em tudo.

Kazak Ter Jul 21, 2015 10:43 am

Felizmente o que mais encontrei pela casa foram coisas inflamáveis. Sem tempo a perder abri a instalação de gás deixando que começasse a tomar conta da casa. Com as janelas fechadas e as portas vedadas com panos o gás so podia correr para o cômodo onde estavam os corpos dos antigos moradores. Lá haviam grossas cortinas que cobriam as janelas ideais para meu objetivo.

Ateei fogo nelas e saí em direção a minha moto. Já sem o uso do poder do sangue e a uma distância segura do Casarão esperei alguns instantes para ter certeza do sucesso da empreitada. Depois de alguns minutos pude perceber o fogo que se alastrava e, depois de estourar a janela, se propagava pelo ar. Suas chamas se misturavam com a fumaça até que uma explosão deu provas de que tudo estava acabado. O fogo tomava conta do Casarão e o sol não tardaria a aparecer.

Voltei rapidamente para meu refúgio e me recolhi.

continua em Zona Norte - Refúgio de Kazak

**Narrador** Qua Jul 22, 2015 10:19 am

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