Cobertura na Barra da Tijuca - Refúgio de Eugênio de Beauharnais

"- Boa noite Sr. G. Espero não tê-lo feito esperar muito. Parece que a chuva da última noite matou muita gente, levando até a uma troca de governo emergencial tamanho seu impacto sobre a cidade." Suas palavras tentam expressar ironia diante do motivo e do desfecho. Muito pobre morto não passa de estatística e ninguém abre mão do poder voluntariamente.

O Ventrue faz uma pequena pausa antes de prosseguir:

"- Pensei em conversarmos sobre o impacto dessas catástrofes naturais."

Eugênio não sabia direito o que ocorrera no final da última noite, mas sabia que algo acontecera. A troca de comando em qualquer boteco já é um problema, imagina num Estado e na capital do Rio de Janeiro. Onde tem fumaça tem fogo.

“- Ok.”

Eugênio encerra a ligação e recebe o retorno de sua secretaria de que o carro já estava pronto para sair. Ele se levanta em direção à garagem deixando apenas um aviso.

“- A noite será longa.” – Nada mais era preciso para que Luiza entendesse que teria trabalho naquela noite.

Ao chegar o carro já o aguardava. Ele entra e depois de se acomodar fala com o motorista que observava pelo retrovisor aguardando o destino:

“- Lagoa.”

O carro parte.