[ILHA DO FUNDÃO] CPP - Centro de Pesquisas da Petrobrás

O corpo envolvido pelo pavor, os olhos dele foram abertos carregados de sentimentos conflitantes. Medo, alegria, tristeza, êxtase. O que sentia John Smith? Nem ele mesmo seria capaz de descrever as sensações que envolviam sua existência naquele momento. Uma cela? Metal. Longe o suficiente Dele? O cheiro de abelhas não saia de seu ouvido, enquanto o amargo da prisão envolvia seus braços.

Protegido ou entregue ao fim? Um grito envolvia sua garganta, mas ele não o libertava. Se o próprio malkaviano estava preso, porque deveria permitir que ouvissem a sua voz? Os outros haviam escapado? Pelo menos o sol não banhara sua pele macabra.

Duas coisas a serem vistas. Duas pessoas diferentes, agindo. Ou seria uma só? A falta de sabor era intrigante, assim como Calebros caído no chão. O que a dissonância presente no símbolo das Forças Especiais significavam? O malkaviano não sabia, mas algo o atraia até aquilo. Observa-lo com os olhos da loucura, ou deixar que fosse guiado pelo destino. Essa era a sua alternativa. Tocou a testa do nosferatu, tentando acorda-lo. Depois voltou a fixar os olhos no caleidoscópio.

OFF: Testa Olhos do Caos.

O obeso Nosferatu desperta para descobrir que estava encarcerado... Sairia da frigideira para cair no fogo, ele se amaldiçova.. Tudo dera errado... sentia-se mais uma vez preso nos montes urais com Okulos... Não aquilo havia sido a muito tempo... Se ele sobrevivera aquilo sairia dessa tambem...

O Nosferatu se levanta e percebe a presença daquele Malkaviano do CCBB. Ele estava vidrado na tela da teve...

Vestindo seu melhor sorriso ironico ele comenta

- Que bela enrascada nos metemos...

Sem esperar resposta ele se agacha e emiti um silvo baixo... Se houvessem ratos por ali eles responderiam...

Off: Animalismo 2

-Isso sim e uma novidade..., comenta taciturno o Nosferatu...
Antes de realizar qq ação ele aguarda o Malkaviano se manifestar

A força mental que lhe impediu de usar seus poderes não o surpreendeu tanto quanto deveria, talvez numa previsão do que estava por vir. Os olhos do malkaviano estavam arregalados e ele apenas assentiu com a cabeça em relação às palavras do nosferatu. Parecia não registrar as palavras murmuradas pelo vídeo, nem pensar no que teria que fazer. Era o fim! tinha encontrado a última jornada pela qual caminhar, mas ainda assim acreditava que tinha chances de escapar de alguma forma. Especialmente com aquilo que estava por vir, aquele que cruzava o oceano.

- Qual de nós estamos em situação pior, Calebros? Além da gehena, a missão. Linda Wilson? Prefiro o fim dela ao meu próprio!

Então voce esta buscando o proprio fim, pensando dessa forma...

O Nosferatu ja raciocinar naquela fração de segundos todas as possibilidades acerca da morte de Linda. Em todas elas eles que encontrariam a Morte Final, aos menos que dispusessem de recursos diferentes dos que possuiam naquele aperto.

Tudo sempre se resume a Jihad, e por esse prisma somos agora peões nas mãos de um novo jogador...

Uma gargalhada profunda e cristialina foi tudo o que Calebros pôde ouvir de John por quase cinco minutos. O malkaviano parecia ter se perdido na insanidade ao escutar os contra-argumentos do nosferatu, mas não era isso. Enquanto ria, o lunático pensava. Ele refletia detalhadamente sobre toda a situação de uma forma que talvez fosse incompreensível para qualquer outro que não pertencia ao sangue de Malkav. Seus captores eram capazes de compreender o que ele pensava? O dispositivo que a FESN tinha implantado no cérebro de John Smith e Calebros Malebolgium era capaz de, se não decifrar os pensamentos dos vampiros, pelos menos captura-los?

Essa era uma pergunta que ainda não tinha resposta, mas que ainda seria compreendida. Entretanto, a capacidade da equipe era incrível. Foram capazes de bloquear o uso dos poderes dos dois descendentes de Caim. Repetiriam isso com ambos fora daquela instalação, por meio do implante cerebral, ou apenas a estrutura fixa que possuíam na prisão é que tornava isso possível? Muitas perguntas, nenhuma resposta. Apenas o riso. Cristalino. Talvez insuportável. E Ele cada vez mais perto. Se é que já não estava no Rio.

- O fim já chegou Calebros. Se os sinais que tínhamos visto antes não eram suficientes, a cada instante tudo fica mais claro. A jyhad terminou. Pelo menos entre nós, peões. Quem luta hoje está além de nossa compreensão. Não busco meu fim, mas meu próprio começo. Se é que consegue me entender. E há algo mais. Talvez não saibam de você, mas provavelmente nesse instante o principado já sabe que fui capturado. Irão acreditar se eu disser que fugi? Talvez fiquem de olho em mim. Bom seria se eles acreditassem que escapei graças a você. Um malkaviano em dívida com um nosferatu. Um nosferatu de olho em um malkaviano. E talvez a chance de nos aproximarmos dela.


A mente dele girava, possibilidades, tratativas, imagens visões. Escapar do sangue. As presas no pescoço de alguém. A cabeça explodindo e a alma voando como uma borboleta de asas despedaçadas.

Dez minutos. Esse era o tempo para que fossem liberados e, talvez, o tempo necessário para que conseguissem elaborar um plano suficientemente utilizável para que não fossem destruídos ao menor sinal de encontro com o restante da corte. Calebros Malebolgium e John Smith estavam entre o fogo e o sol. O malkaviano não se importava com o vampiro obeso, mas queria escapar. E faria o possível e o impossível para isso.

- Como você foi capturado, Calebros? Eu estava em uma missão de investigação, junto ao xerife e um de seus delegados. Fomos abordados por uma equipe da Fesn. Eu sai direto até eles o que provavelmente permitiu que os outros dois escapassem, não sei como... ou talvez tenham ficado satisfeito capturando apenas um de nós.

Ele cobre o rosto com a máscara imediatamente, enquanto refletia a respeito das colocações de Calebros. Investigando a quebra da máscara. O mesmo que Smith estava fazendo ao ser atacado. Então a FESN tinha tomado a frente dos vampiros nesse sentido.

- Sendo assim, precisamos encontrar uma informação relevante para que você utilize a respeito da quebra da máscara. Talvez eu mesmo possa dizer. Não consegui localizar quem esteve diretamente envolvido pela situação, mas é algo que está além da nossa capacidade de intervenção. - ele continuava falando não apenas para si, ou para o outro cainita. Sabia que estavam sendo ouvidos pela FESN. Se o homem que ele tinha visto usando seus poderes no orfanato realmente estava a caminho do Rio de Janeiro logo a cidade realmente iria desabar.

'- A essa hora Calebros e Linda já sabem o que aconteceu. Com muita sorte não sabem que nós dois estamos presos aqui.' - diz o Nosferatu emburrado.

Após breve silêncio, o Nosferatu propõe: '- Acho que a ideia de que eu vim fuxicar e descobri você preso e te salvei pode ser a melhor. Podemos organizar uma reunião com a Príncipe para passar as informações da Fesn e lá damos um fim nela.'

Calebros não estava disposto a morrer.

- É essa a grande questão com os nosferatu, especialmente com um lendário como dizem ser François Carlent. Se ele quiser nos interromper não teremos chances, por isso precisamos surpreende-los. Mas eu estou pronto para enfrentar Linda Wilson e destruíla. - em sua mente havia uma outra perspectiva. Talvez se tomasse do sangue dela, ou se deixasse que ela tomasse do seu... estava pronto? Conseguiria agir daquela forma? Sua mente mergulhava nas informações perdidas na rede, nos segredos escondidos do seu clã. EScapar do corpo e da morte certa?

- Uso armas, mas acho que nossas melhores armas estão em nossos próprios corpos. Para isso precisamos alcançar Linda bem alimentados. Concorda?

OFF: John vai tentar acessar a rede malkaviana para buscar determinadas informações.

- Não vamos conseguir entrar no elísio com fuzis, ou armas de grande calibre. Acredito que pistolas com munição incendiária serão suficientes para nossas tentativas. Será que consegue providencia-las - ele respondeu ao nosferatu, enquanto se deixava tomar pela dor de cabeça terrível que lhe possuia.

- Então vamos com o que temos! - ele respondeu, mas sem a cara emburrada do nosferatu. Quando saíram dali o malkaviano voltou a dizer.

- Agora é encontrar as vítimas para que possamos beber delas. Vou seguir em direção ao Centro do Rio. Quando mais cedo chegarmos ao Centro Cultural melhor.

Ao despedir-se do nosferatu percebeu que tinha um SMS no seu celular. Era uma mensagem de Emilie Blanc. Sorriu, respondendo-a. O malkaviano tomou o rumo do Centro da Cidade. Iria a seu refúgio antes de tudo.