Centro Cultural Banco do Brasil

A cevada Tremere observava o prédio enquanto seu carniçal estacionava o carro. Admirava alguns tipos de arte e imaginou se ali haviam trabalhos de Botero. Ela adorava aqueles escultores ou pintores que sabiam admirar a verdadeira beleza. Era engraçado como se sentia tão autoconfiante. Até o momento na cidade havia passado por diversas situações de risco e suas habilidades mediúnicas eram muito poderosas, porém não infalíveis. Por vezes imaginava se sua fraqueza não estava em acreditar demais em suas visões proféticas. Estava certa que o futuro era coberto de sangue, mas se seu papel era modela-lo ou apenas arder junto com o resto, ainda precisava de tempo para definir.
Pensou ainda em suas irmãs. Pelo menos sabia que onde estivessem alguém estaria sendo punido...

A densa Tremere desceu do carro, vinha protegida da chuva pela sombrinha carregada pelo seu carniçal. Precisava resolver logo o assunto e voltar para reconstruir a capela. Não confiava nos ineptos de seu clã e Adolph tinha coisas mais importantes a fazer do que se preocupar com a casa, afinal o Toreador ainda precisava ser interrogado e as informações seriam usadas na conversa com a Príncipe.
Bianca ainda não sabia do retorno da irmã, portanto entrou na reunião considerando-se a primógena do seu clã. Foi recebida na porta por seguranças que fugiam da chuva e solicitou:

- Boa noite, preciso encontrar uma pessoa no Centro Cultural. Qual de vocês pode me levar ao encontro da Senhora Wilson?

E aguardou ser levada até o local da reunião.

A densa chuva nao impedira o Nosferatu de avancar pela cidade... Ria consigo mesmo do azar que os humanos tiveram por cruzar o seu caminho.

Enquanto pensa nisso o prédio do Centro Cultural se assoma no seu campo de

Preferira estacionar seu veiculo em um lugar mais reservado, especificamente embaixo do viaduto próximo ao prédio.

Nao havia sido incomodado por ninguém mas preferia manter as aparências e aquele encontro com os meliantes havia sido oportuno.

Sua memória abençoada gravara todos os detalhes da feição do malfadado ladrão. Buscando o dom de sua vitae ele incorpora no seu o rosto do humano incluindo no mesmo tao somente seus óculos escuros.

Deixa seu veículo e checando a segurança do lugar levanta as abas de seu sobretudo deixando o luhar em direção ao prédio.

O obeso Nosferatu chega a tempo de verificar que uma opulenta e ja conhecida cainita enfontrava-se no local solicitando ser levada ao local da recepção da Príncipe.

Sorrateiro o Nosferatu se aproxima da cainita e com sua frieza costumeira ratifica a solicitação

Igualmente. ... dois para o encontro com a senhora Wilson

OFF:Mascara das Mil Faces - Dados rolados por Calebros
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Rolado às: 00:12:34
Rolado no dia: 16/07/2014

Dificuldade: 7

Resultado: 2 sucesso(s).

Ele havia atraído a atenção da Príncipe. .. Bom agora e direcionar qualquer retaliação no peão certo. ..

Claro minha Príncipe permanecerei na Cidade. Em verdade estarei logo atras de Vossa Excelência se me permitir. Tenho assuntos que desejo lhe passar

O Nosferatu mantinha seu tom baixo e soturno. Acompanhou a Principe

A Tremere gostava de ser recebida com educação. Sabia que dos 3 ali certamente a bela Linda era o maior dos demônios, mas não se importava, desde que fosse bem tratada. A patética tentativa de esconder a feiura do recém chegado foi percebida com desdém pela Tremere, mas não demonstrou no sorriso que se seguiu:

- Boa noite minha querida, e para o senhor também - olhou direto nos olhos obesos do Nosferatu. - Lembro-me que já esteve sob minha proteção na capela Tremere. É sempre um prazer encontrar os seus, Linda.

Seguiu a príncipe pelos portões do prédio. Se a ofuscação da príncipe enganava a adiposa Tremere, ficou imaginando o poder do ancião Nosferatu.

Naquela sala fechada e com sua suave voz sedutora era fácil esquecer que estava tratando com um dos maiores demônios da cidade. Bianca acomodou seu corpo roliço em uma cadeira da melhor forma que seu corpete permitia. Sentou-se com elegância e se uma foto fosse tirada do momento pareceria que 2 senhoras da alta sociedade londrina se encontraram para o chá da noite. A cetácea Tremere se preparou para a dança dos elogios, mas com a pergunta direta da Nosferatu lembrou-se que tratava com o clã dos esgotos e não com uma rosa.

- Não mais. A capela foi atacada. Um ataque vulgar do Sabá com direito a homens bomba e lança granada. Obviamente todos foram destruídos, mas no ataque inicial alguns dos nossos se feriram. Eu esperava que a enviada de Viena, Fátima Mansur, pudesse acompanhar a retaliação ao Sabá hoje, mas ela precisa se recuperar.

Não temia revelar essas informações para a Príncipe, pois considerava que eram relevantes para o contra ataque na cidade.

- Infelizmente a hospitalidade de minha irmã se revelou uma falha de segurança. Um dos Toreador era um espião Sabá. Ele foi aprisionado e está sendo interrogado. Foi com ele que o Sabá conseguiu as informações sobre as defesas de nossa casa. O Ventrue antitribu que participou do ataque ao Ellisium se revelou um exímio mago, e excelente estrategista. Não deve ser subestimado querida Príncipe.

Esperou para receber algo em troca, como Nosferatu, Linda saberia valorizar a negociação de informações. Claro que a Príncipe poderia se ver em uma situação superior e esperar obediência cega, mas então descobriria que lidava com uma oponente sagaz.

Calebros sorrira enviesado para a Principe.... Atraira a atenção necessária. Decerto ela o apertaria pata saber como havia chegado ate ali. Mas isso demonstraria como trabalha. Ela havia pedido para ser surpreendida e o fora.

Uma lição a ser aprendida... Nunca peça o que não espera conseguir...

A porta fecha na cara do Nosferatu e no mesmo instante ele se vira e desfaz o disfarce... Afinal ele somente fora necessário para manter a mascara enquanto chegava ao prédio.

O rosto mortuário de Calebros volta ao mundo dos vivos num paradoxo metafísico... E ainda próximo a porta acompanha o desenlace da conversa com sua hipersensibilidade auditiva.

O carro era roubado, então Stevie para a umas duas quadras do Centro Cultural antes de sair, depois veria como sairia dali, mas não estava distante de seu bar. O guitarrista então fala.

"- Chegamos, muito perto da Marina esse lufar, acessível, achei uma escolha justa da Príncipe."

Stevie desce do carro, pega sua mala no porta-malas e começa a caminhada para o Centro Cultural. Assim que entra no prédio sorri para uma das funcionarias da casa e pergunta.

"- Temos uma reunião com a Senhorita Wilson, onde podemos aguardá-la?"

Sua voz era sedutora e sua postura carismática, falava com um sorriso no rosto mesmo estando ensopado de chuva e ter perdido seu carro e tudo mais.

Maldição pensava o Nosferatu... A porta estava selada ao seus hipersentidos... Provavelmente uma arte tremere, afinal nunca tivera aquele problema antes...

No entanto seus sentidos captam passadas no corredor atras dele... Avança para o meio daquele salão e espera aquele que se aproximava.

Ele acompanha o grupo e em pouco tempo estavam estacionando no Centro Cultural Banco do Brasil. John Smith desce do carro junto com o brujah Armstrong e caminha com ele em direção ao prédio. Deixa que o primogeno fale. Assim como ele e os outros estava encharcado com a chuva que tomava conta do Rio de Janeiro. John usava uma jaqueta de couro, que para os que se preocupavam com as aparências seria praticamente inutilizada depois da torrente que a banhou. Não para John. Aquela era uma peça que ainda teria muito chão pela frente.

Uma mensagem chega no tablet de Linda Wilson:

(Mensagem)_Majestade, peço perdão por contactá-la diretamente, mas não sei o número de algum secretário seu. Peço que marquemos nossa reunião para a uma da manhã, caso seja possível. Aguardo, ansioso, sua resposta. Att. seu Natanael.

Assim que pára de pensar no quão melodiosa era voz de Stevie, Emilie responde o guitarrista.
- Já estou feliz por não ser numa ilha...

Ver o brujah tirando sua mala do carro faz a malkaviana deduzir que era melhor fazer o mesmo com a sua, apesar de não estar muito disposta para levá-la para cima e para baixo novamente. Suspira conformada, e a tira, começando a arrastá-la pelas rodinhas para dentro do Centro Cultural, molhando o chão com seu casaco encharcado e os cabelos loiros pingando, escorridos na cabeça da bailarina.

Depois que o primógeno brujah se pronuncia, Emilie também assume a representação de seu clã, dizendo.
- Nós também gostaríamos de falar com a Senhora Wilson.

*Filippi acena concordando com Stevie, mas antes que diga qualquer coisa Emilie responde sobre a ilha, fazendo o grandão soltar uma gargalhada sem o menor pudor*

- É tudo sobre rotas de fuga... *comenta, divertido*

*O brujah não parece se importar muito com a chuva que molha seus cabelos escassos e encharca sua camiseta, delineando os músculos definidos de seu peito. Mas, ao ver Emilie arrastando tristemente a mala pela água, agarra-a da mão da malkaviana e começa a andar com ela sossegadamente, sacudindo-a para a frente e para trás como se não pesasse mais que uma carteira de mulher. Posta-se logo atrás dos dois primógenos, quase numa posição de sentido, com o rosto amarrado deixando-o ainda mais ameaçador que seu natural*

A volumosa tremere ouviu a sugestão da Príncipe sobre deixar vigias próximos à capela e obviamente pensou em negar. Depois imaginou a inutilidade daquilo. Que ela soubesse os vigias já poderiam estar lá e nada podia ser feito pelos Tremere. Optou por tirar vantagens e agradecer o voto de confiança da Príncipe. Manteria o jogo da Nosferatu o quanto fosse possível.

-Seria ótimo ter apoio dos seus para vigiar as imediações da capela. Mas não será necessário se isso reduzir as condições de trabalho do seu clã nos esgotos. Será um prazer entregar o Toreador para o Xerife interrogar, mas possivelmente tiraremos nós mesmos todas as informações do traidor.

Depois disso a Príncipe discursou sobre a cidade e os planos dos Tremere, algumas coisas já estavam em andamento e Bianca optou por manter as engrenagens rodando. Nessa hora recebeu um SMS da irmã no celular. Ficou feliz de receber apoio de um Tremere decente na cidade, Petrus foi uma decepção. De Fátima e Ian não esperava nada mesmo.

- A intenção Tremere era assumir a Senescália da cidade minha querida. Acho que fizemos nossa parte. Para lhe falar a verdade e sem ofensas, cargos não são exatamente importantes para o nosso clã, porém os outros membros daqui parecem respeitar o poder político mais do que o poder real. Seria a melhor forma de mantermos a ordem e algum controle sobre os inábeis dos outros clãs.

Estava sentada confortavelmente, mas desejava se comunicar logo com a irmã. Poderia faze-lo facilmente sem avisar a Príncipe, porém não quis quebrar as regras do Ellisium e muito menos correr o risco de Linda ser exímia em Auspícius. Depois das demonstrações de Carlent achou que tudo seria possível.

- Príncipe Wilson, minha irmã Beatrice precisa se comunicar comigo com certa urgência. Gostaria de pedir permissão para me comunicar com ela pelos meus dons telepáticos. Se não for possível precisarei me ausentar por um momento.

A Tremere de elevado IMC só precisou de um pensamento para se comunicar com sua irmã. Com outros alvos seria mais difícil, porém com a familiaridade que possuía em segundos estava na capela.

OFFGAME: Ativo comunicação telepática e descrevo a cena na Capela Tremere (post Zona Oeste)

O toque da mão grande de Filippi puxando-lhe a mala é inesperado pela malkaviana, mesmo assim, Emilie a reconhece antes mesmo de seus olhos aturdidos girarem na direção do brujah. Sorri carinhosamente para ele, com uma expressão aliviada.

- Obrigada. - sussurra. Acha até certa graça na facilidade com que ele carrega a bagagem.

Procura um guarda volumes na recepção, antes de seguir com os outros, encontrando-o numa sala anexa. Deixa sua preciosa mochila ali guardada e põe a chave que recebe no bolso do casaco molhado, junto com seu celular. Poderia ainda precisar dele...

Cumprimenta Calebros cordialmente, apesar de não conhecê-lo.
- Boa noite, senhor.
O aviso da assistente não surpreende Emilie. Já imaginava que todas as regras de Elísio deveriam estar sendo aplicadas no local que a príncipe estava atendendo. De forma que apenas mantém-se perto de Luiz Filippi esperando pela regente nosferatu.

O telefone de Emilie toca.