Centro Cultural Banco do Brasil

As regras do Elysium não o surpreendem, nem a presença de Calebros, o qual cumprimenta com um menear discreto, e um arrepio em sua espinha. Com o olhar procurava seu amigo, mas já fazia horas que tinham se encontrado e provavelmente ele já tinha resolvido tudo por ali.

Aguardava. Sentado, esperando ser chamado para começar a agir como se adorasse a vida na sociedade Camarilesca, quem diria, de Barão a Primógeno.

Emilie tira rapidamente o telefone do bolso, atendendo sem parar para pensar em quem poderia ser.
- Alô?

A Malkaviana escuta um barulho de derrapada e uma buzina distante, e então segundos de silêncio, até que uma voz grave e rouca responde.

"- A... A... Alô... Em... Emily?"

Os olhos de Emilie se franzem ao ouvir o barulho, e ela espera o motorista poder falar com ela. Assim que a voz de Guille ecoa em seu telefone, a bailarina responde aflita.

- Guille! - em passos largos, se afasta de onde os outros estão para poder falar com mais privacidade. - Guille, você está bem? Aconteceu alguma coisa grave? - a preocupação em sua voz é palpável.

A voz de Guille parecia esboçar muita preocupação, e também parecia meio perdido, como se tivesse acordado agora.

"- Emilie, você... Você está... Que bom... Ele não foi atrás de você... Foi? Ele foi atrás de você Emilie?"

A confusão que Guille demonstrava deixa a malkaviana ainda mais alarmada.
- Estou... eu não me lembro de nada do que aconteceu antes de...

Mais uma vez, ela franze os olhos, sem entender.
- Ele?! Ele quem, Guille?

A voz pausa um instante e então Guille continua.

"- É melhor você não saber... Fique em casa, tome cuidado... Eu vou te proteger, prometo..."

Como assim era melhor não saber?! Quem quer que fosse "Ele" poderia ter ido atrás dela também.

- Guille, precisamos conversar. - diz ela, agora muito seriamente - minha casa já era. Eu peguei todas as minhas coisas e fui embora. Posso te encontrar mais tarde em algum lugar, assim que eu conseguir resolver tudo por aqui...

Calebros observa com seu sorriso ironico a chegada dos demais Membros... Acha estranho fato de não ter captado a presença de todos antes de sua chegada... A noite ficava cada vez mais misteriosa...

O nosferatu percebera o mal estar sentido pelo Vampiro e se alegra com isso... Talvez um passeio nas criptas de Shant'Lar o fariam repensar o que é se sentir estranho perante outro ser sobrenatural...

Sua atenção ainda é direcionada a Cainita loura... Praticamente uma criança perdida naquela maldição que era a Morte-Viva a que estavam condenados....

Acompanha a conversa desta e sem dar maiores sinais, passa a ler a aura dos presentes.

A voz perturbada de Guille responde.

"- Pode ser perigoso... Ele pode te pegar... Cuidado."

E então, com um pigarrear, e uma voz muito mais segura Guille responde como se nada tivesse acontecido.

"- Meu dojô está sempre aberto pra você Ems. Onde você está?"

"Eu acho que 'Ele' já me pegou" pensa Emilie, mas apenas diz.
- Tomarei cuidado...

A súbita mudança no tom de voz de Guille chama a atenção de Emilie, que se pergunta como o toreador tornara-se tão instável.
- Muito obrigada, posso precisar... - agradece ternamente, e continjua mais séria - estou esperando a príncipe Linda Wilson me receber...

Silêncio. Foi tudo o que John Smith ofereceu aos companheiros enquanto estava ali dentro do elísio. Não estava seguro de que poderia se abrir em situação alguma. Numa cidade sitiada, então? O olhar dele passeava pelos corredores, pelas paredes, pelas janelas, embora tentasse se manter discreto nessa forma de observação. Quando se encontraram com Calebros o malkaviano apenas acenou a cabeça, num cumprimento sem palavras. Ao redor deles, Emilie atendeu o telefone e começou a falar com uma outra pessoa. Aguardariam a príncipe.

"Como se isso fosse novidade" *pensa Filippi ao ser avisado da única disciplina. Se era assim até em Joinville, onde eram muito mais relaxados do que em Milão, a última corte em que vivera, por que seria diferente numa cidade sitiada, onde há tanta necessidade de controle?*

*Faz um gesto de cabeça para Calebros, com sua cara amarrada que pode passar por mau humor. Quando Emilie se afasta, coloca-se a meio caminho entre ela e os outros, mantendo-se à distância, porém. Cruza os braços, com o ar de quem não deixaria barato que ninguém incomodasse a malkaviana.*

Estranhamente Calebros não lera a aura dos presentes.... A noite era cada vez mais misteriosa...

E agora, mais uma vez, pensam que Calebros so por ser nosferatu era algum tipo de secretario da Principe, isso estava começando a irritá-lo.

Ainda acompanhando a conversa da Jovem Membro ele fita aquele que lhe dirigira a palavra e responde com raiva contida

Me perdoe a indiscrição mas não tenho ciencia dos planos da Sra. Wilson para essa Noite.... Decerto, no momento adequado ela atenderá a todos e da forma que melhor entender....

Seu conhecido sorriso sarcastico delineia o horror de sua face...

Mas enquanto isso podemos nos conhecer, sou Calebros, visivelmente do Clã Nosferatu

Guille se mantinha tranquilo.

"- Se você quiser posso te buscar quando você terminar ai. Você está bem Ems?"

Emilie lança um olhar de soslaio para Filippi, tão rigidamente posicionado entre ela e os outros, e um pensamento passa pela sua mente antes dela virar o rosto e responder à Guille.

- Acho que não será necessário. Se eu precisar, te ligo para este telefone, pode ser? Eu estou bem, Guille, à medida do possível... Estava preocupada com você, mas mais tranquila agora.

- Boa noite, Calebros. - ele respondeu ao ver o vampiro adiposo começando com os cumprimentos. Smith não era o mais educado dos cainitas, mas também não era bruto. Se tinham que esperar a tal príncipe fazer a honra da casa e recebe-los, era melhor que fizesse isso recolhendo o que pudesse de informações a respeito da cidade e dos seus membros.

- Sou John Smith, do clã malkaviano.

Enquanto aguardava o outro cainita responder Calebros e atravessado pela resposta do Malkaviano.

Jhon Smith... encantado. ... vcs malkavianos parecem ter uma predileção por designações lacônicas... conheci certa vez um de nome Jhon Doe...


Perquirindo a pessoa do vampiro questiona

Esta a passeio Sr. Smith?

Emilie observa a príncipe sair da sala, bem como ouve a conversa dela com Bianca, sem da muita atenção, no entanto. Cumprimenta a tremere com um aceno, ainda com o telefone na orelha, também sem dar mostras de que queria estender a conversa.

Não esperava que ela fosse ser a primeira a ser chamada. Os brujahs haviam se apresentado antes, pareciam até mesmo ter marcado um horário, mas ao se lembrar do assunto que Linda queria tratar com Constatine, Emilie entendeu a prioridade dela.

Despediu-se de Guille.
- Tenho que desligar agora, estou sendo chamada. Fique seguro...
Desliga, sem esperar resposta e começa a caminhar, parando ao lado de Luís Filippi. Pousa uma de suas mãos no braço forte do brujah, e estica os pés, ficando nas pontas, para sussurrar.
- Obrigada por tudo.

Então, volta a caminhar, seguindo até a príncipe.
- Boa noite Príncipe Wilson, O rosto novo que a senhora pode ver entre nós é um recém chegado de meu clã. John Smith. - faz um gesto para o malkaviano. - assim que a senhora desejar podemos proceder a apresentação mais formalmente. Apenas adianto para deixar a senhora ciente.

Calebros observa a apresentação feita pela malkaviana... de certo o seria ou nao haveria razao para o protocolo...

Aguarda o recem chegado Malkaviano responder enquanto se perguntava se natanael apareceria

- A passeio? - ele respondeu a Calebros com um sorriso, ainda antes da príncipe Linda chegar até eles. - Não, meu caro Malebolgium!

Não houve tempo de dizer mais nada, logo em seguida uma mulher saiu da sala junto com a nosferatu, mas ele não a conhecia.

- Boa noite, senhora! - cumprimentou à príncipe com formalidade, enquanto ouvia Emilie e Terry sendo convidados para uma conversa particular com Linda, antes dela atender a quaisquer outro cainita.

Logo voltou-se novamente ao outro nosferatu. Se a príncipe achasse útil que ele se apresentasse agora ou, talvez, participasse da reunião com seus dois irmãos de clã ela o diria. Até lá continuaria com suas palavras.

- Não da pra dizer também que os nomes dos malkavianos são lacônicos. O meu o é. Do senhor Doe também. Mas já ouvi alguns extremamente simbólicos. Mas eu mesmo sou lacônico, um vampiro mais de ações do que de palavras!

Com um meneio de Cabeça demonstra que irá atender a Principe em sua determinação e aguarda que ela se retire

O sorriso ironico de Calebros desenhava o rigor mortis de sua pele em volta de suas mandibulas, até mesmo a Principe entendia que o Nosferatu era seu serviçal... Isso ao menos poderia trazer a senescalidade ao seu colo... Vejamos...

Se vira para o Malkaviano se controlando para não usar os dons de seu sangue e questiona

Um vampiro de ações muito bom.... Então, o que o traz ao Rio de Janeiro?