A Umbra Rasa (Penumbra)

O Senhor das Sombras escuta as primeiras palavras de Sarah e apenas a olha por um instante. Não havia questionamento em seu olhar, apenas sinal de que havia entendido o recado.

O Ragabash então escuta rapidamente a conversa entre a Theurge e o espírito e esperava que ela conseguisse arrancar algo dele, caso contrario só teriam o plano físico para investigar.

No fim, Sarah revela um pouco do porque de sua preocupação com a segurança de Joshua, algo que faz o Senhor das Sombras abrir um tímido sorriso, talvez o primeiro daquela noite, e diz:

- Não se preocupe... Eu entendo.

A conversa teria de esperar, pois agora o espírito lhes apontava um outro problema. Fumaça vinda de algum lugar um pouco longe dali e que atrai a atenção do Senhor das Sombras.

O hispo se poe novamente de pé e mantém suas orelhas, olhos e focinho direcionados para o problema. Esperava apenas que Sarah encerrasse o acordo com o espírito para partirem.

A Fenris acena em positivo ao espírito após a resposta desse e, então se despede dizendo:

- Tudo bem, Espírito do Vento, entraremos em contato assim que dermos um jeito nessa fonte de corrupção.

Sarah então ouve as palavras de Joshua, que entendia sua preocupação e isso lhe agradava. A Theurge então diz:

- Vamos fazer o seguinte, vamos voltar ao Ponto de Encontro que a essa hora Meet e William já devem estar lá. Vamos passar todas essas informações para eles e vamos agir todos juntos. Alguma objeção?

A Fenris olha para o Senhor das Sombras e para o Fianna atrapalhado enquanto esperava resposta destes.

Off: Gente, estou trabalhando muito nas últimas semanas mas espero normalizar meus posts a partir de agora. Peço desculpa pela demora a todos.

O Senhor das Sombras já se preparava para agir, mas a resposta da Fenrir lhe faz desviar sua atenção do problema para a Theurge.

Preferia agir com os que ali já estavam, mas não iria questionar a ordem dada já que a Fenrir havia sugerido agirem em conjunto.

O Ragabash retorna então para a forma humana deixando clara a sua não contestação a ordem dada. Ao terminar sua transformação o Senhor das Sombras diz:

- Meu carro não esta longe daqui... Podemos voltar por ele.

Após a fala de Joshua, Sarah responde:

- Ótimo... aproveita e tenta passar, durante o trajeto, perto do local que o espírito indicou para termos uma noção do que se trata...

Depois de falar, Sarah se prepara para seguir Joshua que, se tudo saísse como ela pensava, guiaria-os até o carro.

O Senhor das Sombras concorda novamente com um aceno de cabeça e então sinaliza com a mesma para que os dois companheiros de matilha o seguissem.

Não leva pouco mais que alguns minutos para chegarem até onde o carro estava estacionado e sua manifestação espiritual já era nítida na Umbra daquele lugar.

Sem muitas demoras Joshua entra no “carro”, tendo cuidado para abrir as portas o minuto possível para não chamar atenção de curiosos no mundo físico.

Finalmente dentro do veiculo o Senhor das Sombras se aproveita do espelho para retornar ao lado físico.

Off:

Segue no tópico das ruas do Centro.

A Fenris segue Joshua e na hora de sair da penumbra se concentra para olhar para o outro lado, só assumindo a forma hominídea e saindo quando nota que era seguro para o véu.

O Senhor das Sombras logo reaparece no Umbra e sem demoras se joga pra fora do carro e caindo de joelhos no chão. Sua respiração estava acelerada e a morte de Sarah ainda era forte em sua mente.

O peito do Garou subia e descia em ritmo acelerado enquanto ele tenta controlar a raiva que estava sentindo naquele instante.

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!

Um grito de raiva, seguido de um soco com toda sua força no chão, era tudo o que faz na tentativa de descontar parte de sua raiva.

Sarah estava morta e não tinham nem um corpo para levar para ser enterrado. Sem muito tempo para sentir remorsos o Ragabash se põe de pé e espera que Ricky não acabe ficando preso no plano físico ou tendo a brilhante ideia de não obedecer a seu chamado.

O Senhor das Sombras esperava a chegada de Ricky, porem, para sua surpresa, ele já estava ali e havia visto sua reação.

O semblante do Ragabash estava sério e as palavras de Ricky apenas são absorvidas sem mais reações ou expressões. Estava irritado, mas aquilo não seria maior que seu controle, pois se fosse estaria condenado.

Ele olha em volta e nota que a fumaça ficava cada vez maior e ao tocar os espíritos da região fazia com que eles fossem instantaneamente corrompidos. A cena era bizarra. O que poderia ser aquilo?

Infelizmente Joshua não teria as respostas se não visse com seus próprios olhos, ou se buscasse a resposta por outros meios.

Ouvindo a convocação de Ricky o Senhor das Sombras se põe novamente na forma Hispo e olha para o Fianna.

- Vamos...

O tom de voz era sério, mas ainda tinha um pouco de irritação pela situação. Joshua sempre se considerou um Garou calmo e centrado, mas os últimos acontecimentos, somados a lua cheia gigante no céu, tentavam lhe drenar a paz e o controle de suas emoções.

Sem mais demoras o Ragabash começa a correr em ritmo acelerado na direção de onde seria o Caern da cidade, pois lá era o lugar mais provável para encontrar as respostas que procurava.

(SEGUE NO TOPICO - CAERN - ENTRADA CENTRO e depois CENTRO DO CAERN)

O Xamã sentiu a familiar sensação de cruzar a barreira entra as dimensões. Considerava que a umbra abraçava o plano físico e por isso sentia que o dom de atravessar a película era um dos maiores presentes de Luna.
A passagem foi difícil e o prazer habitual foi corrompido pelo odor fétido e destruição que os espíritos da wyrm faziam naquele local. Se fosse um Garou imbecil como um Cria de Fenris sairia destruindo tudo ali até morrer, o que não demoraria. Eram muitos espíritos, ao longe delineava-se uma fortaleza espiritual com dezenas de malditos.

Ficou preocupado com Tolerância Zero sozinha apenas por um momento. Ela havia lidado com 5 vampiros sozinha, era com sua própria saúde que deveria se preocupar. Não poderia se aproximar mais, não possuindo nenhum dom de Trapaceiro, sua aproximação seria sentida e seria destruído rapidamente. Mas não voltaria de mãos vazias. Tinha uma missão e não queria ser conhecido por sucessos parciais. Precisava de mais.

Sentou-se no quarto, assumiu a forma Crinos pois precisava de mãos, abriu a janela com calma e cuidado para não atrair atenção desnecessária.

Observou os espíritos próximos flutuando e no própria prédio e ficou atento a algum que parecesse fraco o suficiente para que ele pudesse lidar sozinho.

Mantendo seus olhos atentos e em silêncio, o Xamã ficou parado na janela. Tinha sua total atenção focada nos espíritos passando, e queria fazer o menor estrago possível. Achava que já tinha demorado demais e começava a se preocupar com o que Amanda estaria pensando parada do lado de fora. Ela parecia paciente, mas com um nome garou de Tolerância Zero imaginou que em 1 min estaria naquela sala e com um tabefe na cabeça dele ia perguntar o que diabos  Sussurros ainda fazia ali. Foi nessa hora que viu sua chance.

Um espírito de forma levemente mecânica, lembrando um telefone começou a subir a parede. Estava corrompido, então possivelmente aquele local estava destruindo até mesmo as teias da Weaver. O pequeno telefone com patas devia ser um espírito local que ficou muito tempo naquele horror. Tinha pequenas sombras saindo dele e se movia lentamente. O Xamã se concentrou o máximo e colocou toda sua vontade naquele pequeno ato. Rápido e mortal pensou, e num piscar de olhos arrancou o pequeno espírito da parede e o trouxe para dentro do quarto. Respirava quase ofegante quando parou e olhou para o pequeno espírito. Tá certo que era um espírito da Weaver corrompido pela Wyrm, mas ainda assim qualquer criatura do mundo espiritual era preciosa para o jovem Garou.

- Muito bem pequenino. Vou ser breve e posso até te soltar ileso se colaborar. Sei que ficar nas patas de um lobisomem pode ser assustador, mas só quero fazer algumas perguntas. O Xamã tentava usar de sua força para apavorar o pequeno espírito. Tinha um sorriso diabólico na face, ser feio nessa hora ajudava.

- Preciso que me conte tudo que sabe sobre esse local. Quero saber que tipo de criaturas vivem aqui, quantas são e o que planejam. Você parece ser um telefone muito bem informado e não gostaria de arrancar todos os seus fios...

O Xamã ficou irritado. Essa lua cheia o deixou cheio de fúria, e não queria machucar nenhum espírito. Mas estava ficando difícil.

- OK, vamos do começo. Você fala baixo e devagar ou arranco seus fios, transformo vc num fetiche de papel higiênico e dou pra um Garou limpar a bunda. Por outro lado se vc for bonzinho posso te fazer um favor. Vamos negociar. Se vc quiser posso te limpar da corruptora, te fortalecer ou até ajudar a limpar essa nuvem que vc falou. Tem algo a ver com o Reino do Pesadelo?

Esperou o espírito se acalmar um pouco para negociar.

-Se você me disse tudo que sabe então está livre. O libertarei também da corrupção e espero que você renasça como um filho da Wyld no futuro. Não tenha medo pequeno espírito, as coisas são cíclicas e a morte é apenas um retorno ao início.

Com um movimento destrói o pequeno espírito, vendo sua chama vital se esvair.

- Eu disse que o libertaria.

Depois disso o Uktena decepcionado voltou para a parte interna do prédio para achar a superfície reflexiva que entrou e encerrar sua missão. Se perguntava o quão inútil ele seria para a matilha, precisava de uma Pacificadora para defende-lo de vampiros e não conseguia informações nem com os mais fracos espíritos. Fracassado, lhe dizia uma voz interior.

Off: Continua nas ruas da zona oeste