[CAERN] Cemitério

Esquecido ouve a voz séria da Doninha em sua mente dizendo: 'Quanto terminar cerimônia, antes de suas tradições, levar Esquadrão da Fúria à montanha mais alta do Caern para com Doninha Falar'

A convite de Kor, Mayra emite um longo e potente uivo junto com os demais no encerramento da cerimônia. Sua rotina de matilha estava fazendo com que quase todas as noites voltasse àquele local de descanso dos mortos. Esperava não ter que voltar li tão cedo. Sem muito o que fazer, e imaginando que a matilha iria sentar para conversar antes da assembleia em outro lugar, a Fianna muda para a forma lupina e, farejando caminha até próxima de Julian para ouvir as orientações que ele daria aos membros da Esquadrão.

A tristeza continuava a preencher o corpo de Cabelinho, não com a intensidade de antes devido a bela música que trazia certo conforto a ele e que fora tocada recentemente. Esquecido então toma palavra. O Ragabash nunca tinha participado de uma cerimônia aos falecidos antes e naquela noite já era a segunda.

Kiba retorna para perto da matilha e Kor finalmente encerra a cerimônia. Pronto. Os mortos tinham sido sepultados e seus espíritos seguiriam para Gaia em sua plenitude. Fechou o pote de palmito vazio, pois não podia desperdiçar nenhum material de uso e guardou-o em sua mochila. Quando dos uivos são feitos para selar o fim dos rituais, Cabelinho também o faz. Percebeu Mayra mudando para lupino, talvez para compensar a cegueira, e ela seguiu para perto de Esquecido. O Alpha provavelmente iria conversar com a matilha antes de qualquer coisa e Cabelinho, meio capengando, segue na direção do Alpha da Esquadrão.

O Presa de Prata escuta as palavras finais de Esquecido em silencio. Ninguem ali havia tido tempo para conviver e conhecer Dimas e Dereck pelo visto.

A reflexão de Kor faz Kiba realmente refletir sobre a vida. Estava mais forte a cada dia que passava perto da morte, mas a grande verdade era que precisava ficar ainda mais forte. Não para ser o mais forte dos Ahrouns ou dos Presas, mas ser forte o suficiente para proteger sua matilha.

O uivo de Kiba é dado com todo seu empenho e ao seu fim o Ahroun respira longamente. A Equadrão aos poucos se reunia. Era hora de ouvirem o que Esquecido tinha para dizer.

O Garou uiva ao pedido de Kor, se despedindo finalmente de seus companheiros, ele estava exausto e queria apenas alcool e uma cama, mas uiva com toda a força, sabendo que seus esforços não eram em vão. Sente vontade de que Dimas estivesse ali, para ajudá-lo na parte espiritual, para trocarem ensinamentos, fica triste, mas segue adiante.

Quando sua matilha se aproxima, ficando todos juntos para escutar o que Esquecido queria dizer, o forte Theurge fala, vendo que alguns estavam feridos, principalmente para Kor.

"- Quem ainda tivê ferido, eu peço desculpa, que eu to sem Gnose, mas não fique aperreado que dipois vou meditá e cuido de vossos ferimento."

Sabendo que por hora as cerimonias estavam em pausa, o Garou assume a forma hominídea e espera que Esquecido de pronuncie.

* Julian aguardava as palavras de encerramento de Kor já tendo feito sua despedida pessoal à todos que encontraram o caminho da luz naquela noite agourenta. Estava introspectivo naquele momento, pensando em quanta dor havia sido gerada e quantos bons Garous haviam perecido. Também havia o cansaço.. sentia-se como se não dormisse à dias e o peso de seus ombros era quase grande demais para suportar. Não eram as feridas que o enfraqueciam, e o Roedor de Ossos sabia disso. Era o peso da responsabilidade. Responsabilidade por sua própria matilha, pela liderança de sua tribo inteira, pelo plano de ataque às Colmeias e pelas perdas nas matilhas de apoio. Fora uma noite extremamente cansativa e tudo o que queria agora era lamber as feridas, beber uma caixa de cerveja e cair no sono vazio dos exaustos. Essa benesse, no entanto, estava para lhe ser negada. *

" Senhores, gostaria de encerrar esse momento com uma pequena reflexão.. "

* Kor conduzia o encerramento dos ritos pelos que partiram quando, em sua mente, Esquecido escuta aquela voz sempre tão familiar. Era a Doninha quem lhe falava e ela convocava a toda a matilha para encontra-la o quanto antes. Soube nesse momento que o peso de seus problemas era maior do que esperava.. sabia em seu coração que o dogma do totem havia sido violado e que ele próprio era um dos causadores do feito.. acente positivamente com a cabeça, como se aceitasse o que quer que o destino estivesse tramando e se atém ao termino das palavras do Galliard ritualista. Quando tudo termina, Julian uiva com toda a força que consegue reunir, deixando seus pulmões se esvaziarem de ar até o limite. *

" Que o outro lado seja melhor.. "

* O que mais poderia dizer!? Os membros da Esquadrão da Fúria começam a se reunir ao seu redor e Esquecido os aguarda paciente, dizendo por fim: *

- Nossos mortos tão seguindo o caminho e nóis tamem vai pro nosso.. A Esquadrão da Fúria vai pra montanha mais alta desse Caern, a Doninha tá chamando.

* Estavam em local publico e por isso Esquecido era sucinto. Ouve Philip expressar sua boa vontade em curar os que ainda estavam feridos e, aprovando o gesto, deixa a matilha com aquela nova informação e se aproxima alguns passos das matilhas de apoio que correram ao seu lado naquela noite, instintivamente procurando seus respectivos lideres. Era sabido que as matilhas ainda não estavam estruturadas mas algum instinto primitivo sempre levava o garou a procurar por um alfa. Sem saber com certeza, se dirige à Spyware, Falcão-Vingador e Dama de Fogo: *

- Nóis vai lamber as ferida e acho que cêis tamem vão quere conversar.. eu só queria dizer que foi uma honra, e que nóis se tromba na assembleia.

* Direciona um cumprimento de cabeça aos garous envolvidos, sinalizando seu respeito por suas respectivas matilhas e se permite partir após aguardar um instante para eventuais respostas. Passa pela Esquadrão da Fúria de novo e com um gesto de cabeça adiciona aos seus irmãos, sucinto: *

- Bora lá..

* E os conduz para a zona montanhosa. *

Drink no abismo fala que curaria os feridos depois. Cabelinho nada diz porque falar também era um parto. Ele estava bem ferido por causa do ataque do Dragão e somente agora percebe que ser lançado na direção do monstro fora uma ideia idiota. Esquecido então fala com a matilha e diz que a Doninha estava chamando-os. Já poderia prever qual era a razão. Pelo menos desta vez não foi ele quem tinha feito merda, não que fosse alguma desculpa.

O Alpha da Esquadrão se deixa um pouco a matilha para cumprimentar outros garous e retorna logo em seguida. Cabelinho o segue em silêncio, com muita dificuldade.

-Próximo Post - Zona Montanhosa

O Garou, respira fundo com seus ferimentos. Eles iriam para a montanha falar com a Doninha. Com certeza ela sabia da invocação falha dele e não deixaria barato. Ele estava pronto para fazer o que fosse necessario pra remediar seus erros aos olhos da Matilha e do Totem.

O Fianna pega seu cantil. Dá um longo gole e derrama um pouco no chão. A Dimas e Cracker, e os outros que correram com nóis.

Então segue seu Alfa para a montanha.

A Fianna ouve as palavras de Julian e segue com o Roedor de Ossos e sua matilha rumo à conversa com a Doninha. Não sabia o que o totem queria falar, mas lembrando de uma das suas últimas visões enquanto não cega, imaginava o assunto. Utiliza o faro para seguir seus irmãos. Era hora de ouvir o que seus olhos não tinham sido capazes de ver.

"A Doninha ta chamando..."

De todas as frases que Esquecido poderia ter dito, essa certamente foi a que Kiba menos esperava. Havia acontecido tantas coisas, que o Ahroun praticamente se esqueceu que ele e Kor haviam entrado em um frenesi selvagem.

Imaginando que uma chamada de atenção viria do totem da Esquadrão o Ahroun segue em silencio na direção das montanhas, acompanhando sua matilha sempre de perto.

Sem dizer nada, Hrist começa a seguir sua matilha para o ponto determinado...

Sombra-da-Noite - Todos

Declan assiste o final da cerimônia e uiva quando todos uivam, lamentava as perdas daquela noite e sabia que Gaia chorava. Quando termina Esquecido diz que precisavam falar com Doninha e em silêncio o Ragabash segue com a matilha.

Acabo seguindo ao lugar delimitado, estava acompanhando era uma expectadora de luxo, afinal por hora não estava realmente integrada a matilha, era hora de saber o que estava por vir.

Com o fim da Cerimônia, e o sumisso de Pedro que não havia tido o bom senso de obedecer Flávio, Nymmeria passa para a forma hominídeo e se volta para o Senhor das Sombras, sugerindo.

- Vamos procurar Selene e Kevin? Os membros que você ainda não conhece.

Flávio esboça um meio sorriso que em sua cara não muito bonita parece sarcástico, ou sacana, algo com S que não seja simpático. Então ele responde à Nymmeria, no entanto, com um tom sério.

"- Vamos."

E segue para a Clareira Central, onde imaginava que Nymmeria procuraria pelos outros membros da Matilha.

Nymmeria não entende o motivo do teor do sorriso de Flávio, mas sem parecer se importar, segue ao lado dele até a Clareira Central.

Igor partira junto com sua matilha, receber as orientações do totem.

Kiba leva algum tempo, pois o fogo ainda queimava sua pele, pelos e carne, fazendo-o sentir imensa dor. O Presa de Prata gane inúmeras vezes enquanto se arrastava pela floresta em chamas.

A visão do cemitério da Seita era tudo que ele não queria ver naquela noite. Aquele lugar era mais visitado pelo Presa de Prata do que ele gostaria. Talvez assim fosse seu destino, terminar ali junto com a antiga Esquadrão da Fúria.

Finalmente lá, o Ahroun se deixa cair de joelhos. E solta Excalibur ao seu lado para tentar apagar o fogo desesperadamente com as mãos.

- Por Gaia... Como isso dói...

Adrian chegara ao cemitério, vira que já tinha um ou outro garou por ali e que era vital a proteção daquela unidade, pois bem, era hora da ação, ele se posicionara e ficara ali e começara a esbravejar no local.

-TODO MUNDO LUTA, NINGUÉM DESISTE, SE FOR PARA MORRER QUE SEJA LEVANDO O MÁXIMO QUE PUDERMOS PARA DANÇAR NO INFERNO!

Adrian estava ali, e começava a rosnar, queria ver se via alguém da sua matilha, era melhor ataque em conjunto do que brigar sozinho, com alguém ao seu lado teria mais chances.

-ARAUTOS, VAMOS MOSTRAR DO QUE SOMOS CAPAZES!

Mayra chega com Phillip em Crinos. Quando a trilha acaba (e a Ahroun percebe isso por chegar num ambiente menos fechado), a Fianna larga o ombro do Theurge e agradece:

- Obrigada.

Não sabia onde estava ou o que era o inimigo, mas ouvia os gritos de chamado à Glória da Arautos e de proteção dos filhotes dados por alguém que não conhecia. À Phillip pergunta e pede orientação:

- Quem é o inimigo e em que direção ele está?

Queria saber o que atacaria e em que direção deveria atacar.

O Theurge ajudava Mayra pela trilha e chega ao cemiterio junto com ela. No entanto, o fogo encobria sua visão, ainda nao identificava onde estavam os inimigos.

"- Muito fogo, não consigo detectar. Kiba está a sua direita."

Ele orienta a Ahroun para que soubesse onde estava a matilha, pois o cheiro de queimado definitivamente foderia mais ainda as coisas para ela. Alem do mais, ainda não tinha o dom que Philip lhe havia prometido. E não saberia se ainda o teria tempo de mostrar para ela.