Lixão de Santa Cruz

O Garou sabia que alguns danos de Rastejantes Nexus eram incuráveis, danos irreversíveis, coisas impossíveis, assim como sobreviver ao Abismo, e Philip estava ali. Ele conseguiria recuperar Mayra e sua visão, nem que fosse a última coisa que faria.

Antes mesmo que Kiba falasse ele já estava se movimentando para o lado da Fianna, o Theurge se ajoelha ao lado dela e fala para sua companheira de tribo.

"- Voz-de-Taranis, tente se acalmar. Eu estou sem Gnose no momento para te curar... Mas eu vou conseguir recuperar sua visão, não se desespere, eu te prometo, por nossa tribo, pelo Cervo."

Philip era sincero, estava se remoendo por ter sido o causador daquilo, ele daria qualquer coisa para a sua companheira de matilha e guerreira sensacional estivesse bem. Seria melhor ele ter sido jogado em Erebus do que invocar aquele Nexus que causara tantos problemas a todas as Matilhas. O Theurge abaixa a cabeça.

Philip vendo Cabelinho ser atacado por Kor se levanta imediatamente, mas antes que agissem um Garou intervem e acaba perdendo a vida por isso. Mais um erro da matilha que levava a morte de um Garou, e uma boa parte da culpa era do Theurge.

Quando Falcão-Vingador se pronuncia o forte Theurge responde a ele e a todos, ficando no centro do circulo de proteção.

"- Acho que todos os Theurges, assim como eu, gastaram muito de seu poder espiritual. Seria bom se nóis invocasse um espírito que pudesse ceder Gnose pra todos, dai a gente cura e vai a caça dos inimigo que falta."

Philip poderia fazer a invocação ele mesmo, mas estava com medo de acontecer outro desastre, então ele apenas ajudaria se acatassem sua ideia a fazer o ritual.

Tudo aconteceu muito rápido. Enquanto que a adrenalina ainda corria no corpo de Crinos de Cabelinho e ele tenta se acalmar vendo que tinha dado o último golpe no perigoso inimigo e que isso deveria ser cantado por séculos ele ouve Kiba assentindo sobre a derrota do Nexus.

Adorou ouvir da boca de Kiba o “Bom trabalho... Rapaz...”. Realmente gostara daquilo, porque nunca, desde que se lembrava, ouvira um elogio em sua vida. Um sorriso grotesco aparece na face em Crinos de Cabelinho que ainda estava aproveitando o momento. Mayra não parecia bem, mas para Cabelinho ela o estava. Estava inteira e isso já era muito, mas ele não sabia que ela estava cega ainda. Tinha se inspirado nela para atacar o Nexus e isso era bem legal. Não era tão forte quanto a Ahroun, mas um dia poderia ser. Poderia.

Ouve Philip dizer que estava sem Gnose e teve a ideia de doar a sua para ele. Como? Ele não sabia, mas iria dizer isso. Deu um passo para frente para ir na direção de Drink no Abismo e abriu sua boca para dizer:

-Drink......

Não, ele não estava querendo um drink naquele momento. O que o fez cessar suas palavras e seu movimento fora um ataque vindo por trás (ui) de seu companheiro de matilha que ainda estava em frenesi, Kor Yance, de onde diabos a mãe desse cara tirou este nome?

Os olhos de Cabelinho se arregalam e ele sente uma mordida visceral que o atinge e arranca um pedaço de sua nuca. A dor lancinante ardia. Era como uma comichão quando você se enfia em um monte de folhas de urticária. Ele queria colocar as garras ali, coçar, arrancar a dor para fora de sua nuca, mas isso era impossível. Impressionado, ele olha para todos os presentes e nem percebe que Kor já rolava com outra garou, pelo menos esta era mulher, para longe dele.

Cabelinho cai de joelhos no chão e leva a garra/pata direita ao ferimento. A viscosidade, já bem conhecida, do sangue é sentida pelo tato do Roedor e ele não fala nada, nem se move direito, mas sente a Fúria crescer em seu íntimo. Era como uma brasa meio acesa no começo, mas depois da mordida ela se acendeu como se alimentada por pedaços de madeira seca. Talvez a comichão fosse a fúria ou a fúria fosse a comichão, ele não soube definir.

Sentiu o poder de Kor em frenesi. Cabelinho que estava muito bem há poucos segundos agora estava gravemente ferido e outra batalha se aproximava. Viu um garou começar a liderar todos os outros e informando que uma formação deveria ser feita. Cabelinho estava muito ferido e precisava ser curado e começa a ouvir o “TUM, TUM, TUM” e não era o tum, tum, tum do seu coração. A alegria de pobre durava pouco, bem pouco.

Meio se arrastando ele se aproxima de Mayra e toca-lhe o ombro, diz:

-Mayra.....está tudo bem? Vamos para a formação?

Estava meio que capengando por causa dos ferimentos mas sabia que precisariam dela para poder continuar.

OFF: Tomou 4 de agravados.
Ganhou 1 de Fúria.

Palavras de Kiba e de Phillip chegam ao ouvido da Fianna. Kiba lhe dizia que ela poderia ficar calma que havia acabado enquanto que Phillip fala em conseguir o impossível. Seria culpa? Mayra mesma não o culpava. Tinha saído praticamente ilesa da primeira batalha contra o Nexus, não seria tão simples sair da segunda. No entanto, sabia que as palavras do Theurge eram mais para amenizar a dor do que uma realidade. 

A Ahroun não olhava na direção do rosto de nenhum dos dois. Ainda se acostumava a não ter mais a visão, mas sua voz, apesar de carregar a dor do momento, demonstrava a aceitação de sua condição:

- Eu realmente agradeço a preocupação de vocês, mas estamos em uma Colmeia.

Acha que está se orientando bem e olha na direção de onde vinha a voz de Phillip e diz:

- Kiba, eu preciso que você ajude a matilha. Ainda temos inimigos aqui. E eu preciso saber do Esquecido. Não me escondam nada, a última coisa que eu vi foi ele sendo atacado pelo Kor.


Sua voz, no fim, mostrava angústia com a dúvida sobre a situação do seu amado. A última coisa que vira estava bem viva na sua mente e incomodava muito. A Ahroun Olha na direção de Kiba, achando que está olhando para Phillip:


- Phillip, eu sei da minha condição e sei que ela é permanente. Eu preciso que você ajude a matilha, assim como Kiba. A Esquadrão precisa de todos e de muita união.

Olhando para frente fala a ambos:

- E não quero pena ou qualquer coisa do tipo. Se for para ser um fardo, vocês sabem o que dizem nossas tradições.

Diz querendo se levantar mas ouvindo o barulho do ataque de Kor à Cabelinho e da posterior morte de um garou. Não entendia o que estava acontecendo e fica angustiada mas com uma voz de ordem de alguém que ela não conhece e a ajuda de Cabelinho, Mayra se encaminha para a formação. Permanece de pé. Tentava se acostumar à orientação pelo olfato e audição. Seu destino era esse.

Kiba tomava fôlego, pois acreditava que realmente estava tudo bem ali, mas aquilo era apenas a calmaria antes da tempestade. Kor ainda estava em frenesi e antes que o Ahroun pudesse fazer alguma coisa ele crava as presas na nuca de Cabelinho:

- NÃO!!!

O Presa de Prata chega a colocar-se de pé, mas o Filho de Gaia era mais rápido e começa a tentar tirar Kor do frenesi. Ele corre na direção da dupla, mas antes que pudesse impedir algo o Galliard já estava morto vitima dos ataques de Kor.

Um clima de luta se faz naquele instante e poucas palavras eram ditas. Falcão Vingador da uma ordem a todos e Kiba por puro instinto a segue, mas sua cabeça ainda pensava em quantas baixas estavam tendo naquele ataque suicida.

Phillip falava com Mayra quando a mesma pede que Kiba tome as rédeas da matilha. O Ahroun a olha por um instante e quando ela fala sobre Esquecido ele apenas olha na direção de Julian, para ver se ele estava realmente bem, e então diz:

- Ele esta bem... Só precisa de um tempo pra digerir isso tudo...

A sensação de matar um Garou. Kiba começa ela muito bem. Melhor do que gostaria. Imaginava que tanto Julian quanto Kor precisariam de alguns instantes para se recuperar do choque. O Presa de Prata olha para toda a Esquadrão e então diz:

- Vamos lá gente... Quem estiver ferido fique dentro do circulo... Mayra, acho melhor você mudar pra forma Hispo ou lupina... Vai ser mais fácil rastrear o cheiro dos desgraçados com o olfato. Não vamos julgar nada aqui como permanente... Assim como sua visão, nossos amigos transformados em pedra podem ser salvos ainda... Mas vamos focar no aqui e agora.

O Ahroun faz uma pausa por um instante e pensa enquanto aquele maldito barulho de tambor ecoava por toda Colmeia. Kiba tenta não pensar naquilo e após respirar fundo diz:

- Drink... Precisamos de um espírito de cura aqui... Unicórnio talvez... Você é o Theurge... Deixo em suas mãos a escolha. Estamos bem perto de terminar essa merda e nós VAMOS terminar... Com certeza ficar todos juntos é ruim nessas condições. Temos que ter maior mobilidade deixando apenas os que podem atacar a distancia com a opção de ficarem próximos uns dos outros se quiserem...

O Presa de Prata então faz uma rápida pausa e olha para Julian, imaginando que o Alpha gostaria de tomar as rédeas da matilha.

Sombra da Noite - Esquadrão

Declan havia agido para ajudar Esquecido no combate, caiu no chão e foi atacado por seu irmão de tribo em frenesi, por conta disso recebeu algum ferimento mas continuava em plenas condições de combate. A sequência dos acontecimentos se dá com a derrota do Nexus e a morte de alguns companheiros, ainda nesse tempo, o Ragabash sente sua fúria extremamente alta em seu peito.

Ela ardia e tentava dominar o Garou, Declan não cometeria o mesmo erro que a maioria ali cometeu, ele se controla com facilidade e usa um pouco da fúria que transbordava para se tornar Glabro e depois se tornar crinos novamente, então dizem que tinham que fazer um círculo para proteger quem estivesse sendo curado, sem comentar nada, o Senhor das Sombras apenas faz o círculo e fica a postos com sua Pistola em mãos.

* Olhos vermelhos, alma faminta. Tudo o que Julian conseguia se lembrar de seu retorno do pós morte era da luxuria do sangue, da vontade embriagante de ferir e mutilar, de destruir e de matar. E de alguma forma, soube inconscientemente que estava dando vazão aos seus anseios mais monstruosos. Sentia gosto de sangue em sua boca, não sentia? Sangue quente e doce, o premio por seu descontrole era sangue inocente. Se entregava aos prazeres da chacina, aos delírios do morticínio, e soube que nada o interromperia agora.. Estava enganado quanto à isso. *

" Acorda Julian! Acorda! "

* E suas atrocidades começam a pesar em sua consciência deturpada naquele exato momento. Seria realmente a voz de seu falecido pai que estava ouvindo ou aquilo era mais um fruto de seus delírios ensandecidos?! A duvida era o suficiente para fazer com que o Ahroun contivesse suas garras e presas. De alguma forma, aquele tom familiar e urgente que acabara de ouvir, real ou não, o fazia recobrar a consciência e reavivar memorias de tempos melhores, quando o mundo ainda parecia conter alguma fagulha de esperança. Abre os olhos, desejando acreditar na peça que seus olhos lhe pregavam, desesperado para se agarrar à aos anseios de ter de volta o pai que teve tardiamente e por pouco tempo. Queria poder dizer algo, mas as palavras lhe faltavam, sua mente ainda terrivelmente turva pela fúria recém contida. Ainda assim arrisca: *

- Pai?! Pai, eu...

* Estava prestes a dizer o quanto sentira sua falta, quando a imagem de Isaack Kraken se transforma diante de seus olhos na silhueta de um Uivo-Trovador dilacerado. Julian soube imediatamente o que havia feito.. Seu descontrole havia causado aquela morte e o pesar era agora tão grande que Esquecido desejou secretamente nunca mais acordar dos devaneios que acabara de ter. Ainda não entendia porque Coração-Valente se materializada diante de seus olhos.. Seria uma resposta aos seus desejos mais ocultos? Uma peça pregada por sua mente baseada no buraco amargo que havia em seu coração? Como poderia ser, tudo parecia tão real.. Se sentia egoísta pensando naquilo, havia causado uma morte e o remorso agora era maior do que nunca.. Nao havia tempo para perder com as peças dos deuses mais desumanos. Mas aquilo atordoaria sua mente durante muito mais tempo, embora tentasse mentir para sí mesmo dizendo que não.. Se forçou a olhar ao redor, e viu o estado lamentável daqueles que lhe seguiram naquela empreitada. *

" Tantos morto.. Gaia deve tar olhando pra porra do otro lado.. "

* Com pesar e quase cerimoniosamente, abaixa-se para pegar o corpo sem vida de Uivo-Trovador, lançando-o sobre um dos ombros. Faz o mesmo com Hrist, e segue para o circulo recém criado carregando nos ombros seus fardos.. Sua culpa. Chega a tempo de ouvir o que Kor dizia e pousa os Garous caídos dentro do circulo com gentileza. Não sabia se Hrist estava meramente desacordada mas esperava que sim, não havia muito mais tempo para avaliar. Complementa o que Kor dizia, como uma explicação aos membros das matilhas de apoio sobre a necessidade de postergar as desculpas: *

- Nois vai paga pelos nosso crime depois, na frente da Seita, das matilha e das tribo de quem caiu pela nossa falha. Mesmo com o peito pesado, é nosso dever cuidá agora dos que ainda tão de pé.

* Fala isso tanto para kor, quanto para as matilhas que sofreram aquelas injustas perdas. Busca o olhar dos alfas por um breve instante, como quem firma um compromisso silencioso e então parte para ver aquela que ainda segurava seu coração no lugar. Se aproxima de Mayra e sente o pesar crescer ainda mais em seu peito. Se arrependia amargamente por ter evitado o olhar de Mayra após sua vergonha.. Agora talvez nunca mais pudesse encarar aqueles olhos a menos que encontrasse uma solução, e por Gaia, iria ate o inferno e voltaria só por uma chance de remediar aquela injustiça. Não diz nada conforme se aproxima, mas logo que o faz pousa a mão livre no rosto da Fianna e sem mais apenas se aproxima a ponto de encostar sua testa na testa da ruiva. Deixa o silencio imperar mas o mero gesto era dotado de tamanha ternura que pouco precisaria ser dito. Diz por fim, não se preocupando nem um pouco em ocultar as palavras: *

- To contigo até o final. Cê num é um fardo, cê é o maior exemplo de todos, e a gente vai até a porra do inferno mais vai resolve isso. Agora vamo fazer eles pagá.

* E deixa as duas cabeças se afastarem em seguida, desejando cumprir sua promessa de vingança e repetindo apenas o que era mais importante do que tudo: *

- Até o final.

* E então segura forte a lamina de gelo em uma de suas mãos e assume uma posição no circulo defensivo, declarando com o gesto que estava assumindo a liderança de incursão novamente e bradando em continuidade ao bom plano de Remly, que agora parecia tanto com seu mentor, embora ele fosse odiar ouvir aquilo: *

- Ficamo no circulo até os desgraçado chegarem, se dividam pra cobrir todos os pontos, esses Porras podem atacar de qualquer direção. Vamo ganha tempo pros theurge trabalha e manter o centro seguro. Façam o que for necessário.

* Fixa os olhos no escuro a frente, tentando antever por onde os inimigos sairiam. A raiva era grande demais agora e Esquecido tinha a necessidade de descontar sua ira, anuncia por fim: *

- Quando sobermos de onde eles vem, vamo forma uma linha e avançar pra matar até o ultimo desses filho da puta! Eles não vão passar por nois, não vão nem fodeno!

O Theurge vê o Falcão que era invocado e fica impressionado com seu poder, o totem cura a todos e aquilo era importante, o Fianna agradece ao espírito com um menear de cabeça, e a seu aliado Garou também, então a Theurge Fianna invoca um Cervo e coleta Gnose dele. Imediatamente Philip se aproxima dela agradecendo.

"- Obrigado irmã..."

Então Philip chega próximo ao representante de seu Totem tribal e fala com ele na língua dos espíritos.

"- Honrado e poderoso Cervo, sou um de seus filhos, e para esta batalha final que se aproxima estou com falta de Gnose, gostaria que pudesse me ceder um pouco de sua Gnose honorável espírito, para que possa ajudar minha Matilha a dar este golpe na Wyrm. O pagarei na medida que achares adequado, quando quiseres."

Enquanto barganhava aquele exército da Corruptora avançava, era poderoso, haviam até dragões, precisava desesperadamente da sua Gnose, e talvez pudesse fazer algo que os desse a vantagem, ou pelo menos fazer chover flechas naqueles malditos.

A voz de Kiba dizia que Julian estava bem e isso soava como uma bela canção para a Fianna. Pelo menos ele estava bem e isso poderia acalmar um pouco seu agitado coração. A Fianna tentava se orientar pelos sons e pelos cheiros, mas eram muitos Garous. Kiba lhe sugere mudar de forma e a Fianna fala com o Presas de Prata:

- Não vai ajudar muito, nem ao cheiro dos mais novos eu estou familiarizada ainda. Mas vamos tentar...

Era sincera. Temia por acertar um irmão privada do sentido da visão. Ouve ao fundo lamentos de Kor seguidos de um pedido de cura. O Galliard também estava ferido e isso era uma lástima pois depois de Julian, Kiba e Hrist ele também era um dos membros mais experientes da matilha. Sem enxergar não sabia se a gravidade dos danos de Kor eram muitas e torcia para que não o fossem.

Mas tudo perde um pouco do Sentido quando o olfato de Mayra capta o cheiro de Esquecido se aproximando. Antes de ter contato com ele no entanto ouve ele falando dele e de Kor pagando pelo crime que cometeram mas do que diabos eles estavam falando? Mayra estava ali e não entendia o que acontecia e aquele tum tum tum infernal a deixava ainda mais perdia em meio a toda a situação.

E então ela sente o toque da mão peluda de Julian em Crinos tocando seu rosto. A Ahroun sentia aquele toque que por tantas vezes lhe trouxe afago com a tristeza de quem não conseguia enxergar o amor de sua vida. Ouve as palavras dele e quando as testas se tocam é impossível conter lágrimas. Tenta ser forte e controlá-las mas estava além das suas capacidades. Aproveita quando Julian a larga com juras de seguirem até o fim. Em meio as Juras, tudo que a Fianna responder era o sentimento majoritário de sua alma:

- Eu te amo, Julian. Nunca esqueça isso.

Logo que se afastam, até para disfarçar lágrimas, muda para a forma Hispo sem uso de fúria para guardar a mesma para a batalha. Tentava farejar algo, se orientar por sons. Ouve o barulho de lago se aproximando. Sente o cheiro de queimado, mas tudo era confuso. Se orientar seria um desafio à parte. A brisa oriunda de falcão lhe cura os ferimentos, mas não a vista. Ela estava perdida para sempre. As palavras de Julian ecoam em sua mente enquanto o fervor da batalha se aproximava.

*Até o fim, até o fim, até o fim.*

Não pensaria duas vezes sobre como agir, sabia o que tinha que fazer mesmo que sua cegueira lhe limitasse. Os tambores complicavam ainda mais a sua orientação e sabia que a audição também poderia lhe trair. Seria muito Fenris desejar uma morte honrada no campo de batalha superando sua limitação antes de se tornar um fardo? Mayra não sabia, mas esse era seu desejo em seu íntimo. Ou talvez não fosse, pois seu coração tremia em aceitar o destino que as tradições lhe mandavam.

Ouve o discurso de Renly surpresa com as palavras de alguém por quem não tinha nenhuma empatia. Ele estava certo que era hora de esquecer tudo. Era hora apenas de Atacar. Fica com as orelhas em pé, atentas aos sons mais próximos, partiria assim que seus irmãos partissem e que Gaia iluminasse seus ataques a partir de então. Não sabia quantos inimigos eram e o que o inimigo trazia consigo. Ouvia sons estranhos e parara de tentar compreendê-los para não enlouquecer. Era hora de dar seu máximo pela sua matilha e honrá-los mais uma vez. Não importavam quem eram e quantos eram. O que importava era que lutaria cada batalha na qual entrasse como se fosse a última, pela honra de seus irmãos, em honra aos seus próprios sentimentos. Daria o máximo de si e estava preparada para encontrar um fim honrado se fosse o caso.

Hrist lembrava-se apenas de estar adentrando naquele terreno com sua matilha antes de acordar no chão, estatelada, após quase morrer....Ela tinha uma vaga consciência do que acontecera e, os ferimentos de espada em seu corpo apenas confirmavam o que imaginava... E ela balança a cabeça com desgosto , respirando fundo para que a fúria não crescesse dentro de si após a tentativa de homicídio que sofrera. Maldita fosse aquela tribo corrompida que nem para adubo servia, os Uivadores Brancos eram ainda menos dignos de consideração do que contavam as canções.

Ela se levanta, olhando primeiro para si procurando avaliar seu próprio estado... reflexo de seu recente instinto maternal e então olha em volta, tentando compreender o que estava acontecendo, não demorando mais do que alguns segundos para tal...E, alheia cicatriz bizarra que recebera da arma daquele a quem não considerava mais do que um covardezinho ralé, à situação de Mayra (porque ela não vira o que acontecera) ou a morte de quem quer que fosse - talvez porque estava acostumada a vê-la em todos seus ângulos, especialmente em campo de batalha, ou talvez porque ela não tivesse registrado mesmo o que acontecia - a Philodox se une novamente aos seus, mas antes busca o Uktena que reconhecia, da Ungidos, e simplesmente lhe diz:

- Pode tirar esta marca de mim? - diz, falando da cicatriz deixada por Julian. Como uma filha de Fenris, Hrist se orgulhava de cada cicatriz...mas a feita por um covarde que fugia de espíritos, para não continuar com os piores, ela fazia questão de não ter.

__________________________________
Reativação com 3 sucessos... E desculpem a ausência, mas estas próximas semanas serão complicadas devido às traquinagens dos meus chefes

Sombra da Noite - Todos

Enquanto esperavam todos serem curado, Declan sente a brisa bater e levar consigo todos os seus ferimentos, estava revigorado e pronto para a batalha, então aparecem os inimigos, e vinham em uma quantidade considerável, à frente de todos, um traidor de sua tribo, Declan olha o desgraçado e sente nojo de ter que dividir o mesmo ambiente com ele, mesmo que de lados opostos.

Sem se desesperar, o garou olha para os malditos que estavam com tambores batendo e com o intuito de destruir um deles, o Ragabash atira um tiro certeiro mas que não parece efetivo, precisaria de mais do que um tiro só para parar aquele bagulho, não sabia o que fazia mas tinha certeira que não era boa coisa.

O Presas de Prata orienta Mayra a seguir o som do Falcão. De certo era um som incomum na Colmeia, mas não ajudava na medida que os sons eram muitos. Mesmo assim, a Fianna avança. Tentava captar o som do Falcão e com o cheiro, sentir o inimigo.

O som lhe guiava, mas o cheiro parecia distante. Em dado momento a Ahroun nota que o som não saía de uma mesma região onde não haviam cheiros próximos. Mayra não sabia onde estava o inimigo e apenas sente uma lâmina atravessando seu dorso e fazendo ela rosnar de dor e, por impulso atacar com suas presas na direção de onde vinha o golpe e acertar algo duro como o aço e com o gosto amargo do metal.

*Robôs* - Foi a dedução óbvia da Fianna que sabia agora que contra aquele inimigo, precisaria muito mais da sua audição que do seu olfato.

___________________________
Tomei 3 agravados
Causei 2 agravados
Ganhei 1 de Fúria

O Fianna vendo o desenrolar da batalha saca seu arco e dispara uma flecha certeira em um Dançarino da segunda fileira, no entanto a flecha fica fincada no Crinos sem causar dano.

Vendo a dificuldade de sua irmã de tribo em combate, o Theurge parte em direção ao combate que ela tinha com um Androide em velocidade.

Ao chegar ele tenta morder o robô, no entanto, seu ataque não fora preciso e a máquina esquiva, no entanto respondendo com um forte soco, Philip dá dois passos para trás, seu focinho queimava, era prata que revestia o andróide e seus punhos.

OFF: Tankerurge tomou 3 Agravadinhos.

Declan assim que se recompõe do primeiro tiro, observa o campo de batalha e olha para o traidor, segura seu fetiche pistola com firmeza e dispara um tiro certeiro que no instante que atinge o Senhor das Sombras corrompido não fere o garou, parecia bastante resistente aquele maldito.

A filha de Fenris olha o resultado do trabalho do Theurge e diz rapidamente.

- Obrigada....

E em um segundo segundo, no qual a imagem do Incarnae Frigga e de Julian vêm à sua mente, ela completa para o Uktena:

- E sua tribo não deveria se sentir culpada pelo o que ouve com os Uivadores... Eram fracos de espírito e de cabeça. Ter uma cicatriz, no corpo ou na memória, deixada por um é mais uma vergonha do que um motivo de orgulho.

Ela faz uma mesura rapidamente, esperava que ele entendesse porque não tinham mais tempo de conversar...uma grande parte da legião da Wyrm, com toda enormidade espalhafatosa que poderia-se imaginar, surge...e ela só consegue pensar em uma coisa: irão cair todos, um por um. O theurge logo se ocupa e Hrist, sente em seu âmago que era hora de aumentar os padrões daquela luta...

O imenso Crinos cinzento da Meia Lua uiva com ferocidade, imponente e ameaçador, gritando para todos os que pudessem ouvir o seu clamor:

- ESPÍRITOS DE GAIA! POR MUITO TEMPO VOCÊS FECHARAM OS OLHOS E OUVIDOS À DOR DE NOSSA MÃE, AOS SEUS APELOS, AO SEU LAMENTO! MUITOS DE VOCÊS COMPACTUARAM E SERVIRAM ÀQUELES QUE A SUBJUGAVAM...AOS FILHOS BASTARDOS QUE LENTAMENTE TORTURAM GAIA. VOCÊS SE ESQUECERAM DE SUA MÃE...VOCÊS SE DEIXARAM CORROMPER PELA WYRM E SE ESQUECERAM DE SEU DEVER PARA COM ELA! AGORA É A HORA DE PAGAREM SUAS DÍVIDAS, É HORA DE AJUDAREM A SALVAR SUA MÃE! VENHAM! VENHAM PARA O LADO DOS GUERREIROS DE GAIA, DOS DEFENSORES DA WYLD, VENHAM E NOS AJUDEM A DESTRUIR, MATAR ESTES PROFANADORES! QUE CADA SERVO DA WYRM, QUE CADA UM DOS QUE INTENTAM VIOLAR A MÃE GAIA SEJA ALVO DE SUA PUNIÇÃO!

O dom dos philodox era certeiro...e tão logo Hrist termina de Chamar ao Dever, eles começam a se materializar um a um... primeiro alguns soltos, e então algumas dezenas e então centenas de espíritos, incontáveis e diversos. Desde Malditos relembrados de sua verdadeira missão até o espírito da Pilha do Lixo, espíritos da natureza e espíritos representativos...todos eles, vindos para ajudar as matilhas naquela hora de aflição.

Um grande grupo de espíritos sai da Penumbra com o uso do Dom de Hrist. Os Theurges da segunda linha imediatamente começam a desenhar uma linha reta no chão, de ponta a ponta do local onde estavam. Os espíritos não avançam da linha, nem os inimigos continuam a avançar, mas os Androides, agora, além de enfrentar os Garous, tinham que enfrentar os espíritos que lhes atacavam sem nenhuma piedade. Ao fundo, Pavor-Delirante ordenava:

'- Derrubem a Feris e libertem seus servos para matar esses bastardos!'

Uma lança toda negra é arremessada a direção de Hist e a acerta. Ela é lançada por um dos dançarinos da segunda linha e volta para a mão do mesmo após o golpe. Era praticamente um desafio a maneira como ele olhava na direção da Philodox.

OFF GAME: Fúria-da-Justiça-Implacável tem que absorver 4 níveis de dano agravado.

Cabelinho é curado pela invocação de um enorme e falcão. Se não estivessem no meio de uma Colmeia e no meio de uma guerra ele pediria para tocá-lo. Queria sentir suas penas em seus dedos. Ao passo que ele batia as asas o Ragabash sentia que seu corpo se recuperava dos danos causados por Kor, do qual Cabelinho conversaria depois. Talvez uma bomba em seu travesseiro enquanto dormia, ou melhor, no seu guarda roupas para explodir aqueles terninhos alinhados de filhinho do papai. Iria decidir isso depois.

Os tambores recomeçam logo depois. Mais uma horda de inimigos aparece e ela era bem grande. Cabelinho, ainda em Crinos observa a todos. Um cervo é invocado e ele (espírito) assente para ficar na batalha. Cabelinho olhou para trás e viu que dois espíritos transformaram-se em pedra e isso preocupa o Roedor que se aproxima do cervo e toca-o, dizendo:

-Tome cuidado.

E sorriu. Ele não falava com espíritos e muito menos tinha o dom de comunicação com eles, mas acabou se preocupando. Olhou para Mayra e se preocupou mais ainda. Ela era forte, poderosa, mas aparentemente estava cega. Todos batalhavam e Cabelinho observa Hrist fazendo um clamor e de repente muitos espíritos começam a aparecer no campo de batalha. O Crinos negro que era Paulo faz um sorriso feio de satisfação. Poderiam ter alguma chance agora. Cabelinho avança no androide que lutava contra Mayra, o Falcão e Philip e o ataca com uma mordida certeira na cabeça causando certo dano. Neste momento ele vê Hrist sendo puxada por um inimigo, mas por enquanto não podia fazer nada. Ajudaria Mayra e Philip por enquanto.

OFF: Causado 2 de agravados no Androide.

O combate parecia que iria começar, mas antes disso acontecer o irmão de Wolfhere faz uma rápido discurso para deixar o passado no passado e se concentrar naquele instante de combate. Seria irônico pensar que ele tinha o mesmo tipo de postura do verdadeiro líder da Seita?

"Talvez ainda haja esperança..."

Um aura de cura dada pelo próprio Falcão fecha completamente os ferimentos de Kiba, deixando-o pronto para o combate mais uma vez.

É então que finalmente o verdadeiro inimigo mostra sua cara. E no momento em que este declara a hora do combate, quase todos os Garous começam a correr em direção ao combate. Parecendo exercitos prontos para chocarem com o inimigo até a morte.

Os primeiros inimigos eram humanos, mas aquilo não fazia sentido algum, principalmente pelo fato de que eles pareciam não temer o combate com os Garous e conseguirem resistir tranquilamente ao ataque vindo de um dos dragões da Wyrm.

Sem querer dar tempo para o inimigo agir Kiba já se prepara para o ataque, mas antes de alcançar seus inimigos o Ahroun tem tempo de analisar o campo de batalha. Varios membros da matilha atacavam o mesmo inimigo, enquanto ainda haviam vários outros livres. Com um rosnado alto ele diz:

- NÃO LUTEM TODOS CONTRA O MESMO INIMIGO! FORMEM DUPLAS!

O Senhor das Sombras traidor, da uma ordem para que atacassem Hrist, e os malditos logo começam a obedece-lo.

"Não!"

Rapidamente Kiba avança contra seu inimigo, tentando acerta-lo com Excalibur, mas o maldito consegue desviar de seu ataque por muito pouco. Rapidamente o androide faz um contra ataque e Kiba tenta bloquea-lo com a Grã-Klaive, mas falha e acaba levando um soco no meio do peito que por mais que não tenha causado dano, faz ele sentir uma queimação bem familiar. Enquanto se recuperava do golpe o Ahroun volta a rosnar para sua matilha:

- KOR, COMIGO! CABELINHO COM ESQUECIDO! DRINK COM MAYRA E DECLAN COM HRIST!

Era o comando mais rápido que poderia pensar em dar devido ao fato de estarem no meio de um combate e seu fôlego era muito precioso naquele momento.

Off:

Kiba não causou e nem recebeu dano;