Lixão de Santa Cruz

O Fianna ouve as palavras de Esquecido e as ordens para que Kuba e Derek investiguem as crianças, o grande Glabro olha para seus companheiros e acena com a cabeça, falando com sua voz grave em meio ao som de chuva e trovões.

"- Tomem cuidado, não temos pessoal suficiente para resgatá-los, não assumam riscos, mas vamos arrebentar essa porra de Wyrm."

O Garou da um feroz rosnado ao final de sua frase, e segura seu facão mais firme, ele se ajoelha em meio a agua nojenta que se acumulava, apenas um joelho no chão, ele farejava, mesmo sabendo que não sentiria nenhum cheiro fora o de lixo, não naquela forma.

Julian é sábio em sua decisão e isso alivia a Fianna. Era menos uma coisa para conversar com ele em privado. Era difícil o começo de uma liderança e a Ahroun sabia bem isso, passara na pele por isso e entendia as dificuldades que Julian podia estar tendo. Kiba e Dereck iriam averiguar a situação. Lamentava que os Ragabashs  da matilha não estavam disponíveis, bem como que Julian não tinha tido a ideia de pedir a um dos Lua Nova das matilhas de apoio. Ele deveria ter seus motivos para isso e, preocupada com seus irmãos, apenas diz para Dereck e Kiba:

- Tomem cuidado, estamos em território inimigo.

Fala em tom sério, olhando para Kiba e Dereck. Esperava que eles fossem prudentes. E mais que isso, esperava que os gritos fossem um alarme falso e que eles voltassem rapidamente para se juntar à matilha.

Sombra da Noite

Encontrava-se em uma situação complicada, tinha em sua frente um dispositivo do qual não detinha conhecimentos suficiente para que uma atitude fosse tomada, precisava de alguém que tivesse como fazer alguma coisa com aquele dispositivo tecnológico. Visando não comprometer a missão, Declan começava a se afastar do aparato.

Movendo-se como as sombras, o Ragabash era impecável em seu andar furtivo por aquele lugar fétido, a chuva fazia com que o lixão parecesse pior do que era, lugar ideal para a Wyrm. Caminhava até encontrar sua matilha novamente e quando a encontrasse iria direto até o Alpha, Julian.

Esquecido havia pedido que dois Garou fossem averiguar a situação dos gritos. Dimas achou que essa era a atitude certa a tomar, mas Mayra lhe dá uma leve advertência, lhe lembrando da Litania. Julian era o Alfa, afinal.

Ele então toma sua posição, fica a alguns passos atrás de Julian e põe as mãos no bolso. Apenas observa os garou saindo cada um para cumprir sua missão. O espírito ainda estava aguardando, Dimas pensou em retomar a negociação com ele, já que sua ajuda no campo de batalha seria essencial. Mas se absteve a apenas observar. A chuva era muito forte, o lixão muito fedido e a batalha iminente, a primeira da qual Dimas participaria, o deixava nervoso.

"Estejam conosco, Gaia, Doninha, Unicórnio" - rezava em pensamento.

Sombra da Noite - Radar

Declan voltava e do nada alguém toca em seu ombro, o garou que estava com sua Shadow's Blaze em mãos apenas aponta a arma na direção de quem o encostava e ao ver que se tratava de Radar, assim que o reconhece, o garou baixa sua arma e ouvia as palavras de seu companheiro.

Ao que parecia ele também havia encontrado os tais dispositivos mas não encontrou a tal caixa de controle, Declan não sabia como era essa caixa de controle mas o dispositivo que ele havia encontrado claramente não era uma caixa de controle, no mesmo tom que o outro garou, Declan diz:

-'Eu também não encontrei algo parecido com uma caixa de controle, apenas os dispositivos. Não imagina onde essas caixas possam estar?'

Não demora para o Ragabash chegar em seu destino. Em sua opinião estava tudo dando muito errado ali. A chuva que alagava o lixão estava inundando tudo e ainda por cima o cheiro fortíssimo de sabe-se-lá-o-quê era insuportável até mesmo para o Roedor que já vivera uma parte de sua vida num lugar daqueles.

”Caramba.....não quero nem saber do que é esse cheiro horrível. Uma Colmeia tinha que ficar aqui? Doninha.....por Gaia, proteja a Esquadrão da Fúria com sua força. Vamos derrotar esta Colmeia em sua homenagem e em homenagem à Gaia.”

-Capaz de eu ter que nadar nessa podridão. Só espero não pegar alguma doença....vou pedir para o Dimas conjurar um espírito depois para me ensinar um dom qualquer de limpeza da alma.....porque depois dessa missão vou precisar de um banho de uma semana ou mais.

O Ragabash sabia que tinha que avançar com cautela ou estaria morto. E então dá uma olhada no local e percebe algumas armadilhas. Elas pareciam destruídas pela chuva. Mas estavam mesmo? Não era hora de ficar de achismos, ele tinha que avançar para completar a sua missão. Se as armadilhas ainda estivessem ativas, ele conseguiria, de uma forma ou de outra, chamar a atenção da colmeia. Só esperava que as armadilhas não estivessem ativas de verdade.

Avançou com cautela tentando evitar as tais armadilhas possivelmente destruídas.

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4 sucessos no teste de Furtividade.

Tudo estava tranquilo, com exceção do lixo boiando, do cheiro fétido, de algumas coisas que insistiam em seguir na direção de Cabelinho trazida pela chuva que ele preferia nem saber o que era. Era melhor assim. Em lupino, ele observa o descampado do lixão, a área era realmente bem desoladora. Quase suspirou fundo, mas evitou fazê-lo para não morrer com aquele cheiro horrível. E sim, ele era bem exagerado.

Olhou, olhou, olhou e continuou olhando. Parecia perdido por um momento enquanto avançava com cautela pelas armadilhas que estavam destruídas aparentemente destruídas, sem deixar de tentar evitar ser visto. Viu alguns raios caindo ao longe e lembrou-se de que haviam comentado que a Colmeia estava na direção de onde os raios caíam, então resolveu seguir naquela direção.

”Mas......como eu consigo identificar a entrada de uma Colmeia? Vai ter um letreiro em Neon informando? Placas? Balcão de informações? Droga.....deveria ter perguntado mais. Isso não vai acontecer da próxima vez porque vou perguntar até se alguém sabe me dizer qual seria a cor da roupa de baixo dos inimigos...Dereck....eu devia ter perguntado mais coisas a ele. Tarde demais Cabelinho....vai fazer seu trabalho seu Ragabash em lupino.”

Os raios caíam em uma pilha de lixo, mas não havia entrada aparente. Pelo menos não daquela distância. Cabelinho resolveu investigar. Se a entrada da Colmeia fosse próxima, seria ali que ele colocaria seus explosivos para chamar a atenção para aquele lado enquanto a matilha atacaria do outro. Só esperava sobreviver. E por incrível que pudesse parecer ele não estava com medo. Ia seguindo evitando as armadilhas que tinha encontrado no caminho e vendo que outras estavam no mesmo estado das anteriores. Pareciam destruídas. Isso estava deixando o Roedor um pouco confuso. Afinal de contas porque armadilhas se elas seriam todas destruídas pela chuva? A chuva estava ajudando as matilhas? Apenas agradeceu mentalmente para quem quer que tivesse trazido aquela chuva.

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2 sucessos no teste de Furtividade.

O Presa de Prata aguardava uma manifestação de Julian quando Sangue Frio se manifesta. Era fato que Kiba também imaginava que poderia ser uma armadilha, mas não podia simplesmente ignorar algo como aquilo.

Kor e Dereck se candidatam para ir, mas Julian decide que Kiba iria apenas com o Andarilho do Asfalto. Feliz com o que havia acabado de ouvir ele acena positivamente a cabeça e diz:

- Entendido Julian... Pode deixar.

O Theurge que Kiba ainda não conhecia se manifesta desejando boa sorte a dupla e o Ahroun prontamente responde:

- Pode deixar... Voltaremos o mais rapido possivel pra arrebentar essa desgraçada juntos...

Logo em seguida era Mayra que se manifestava e Kiba a agradece e concorda com um aceno de cabeça. O Presa de Prata então olha para o Andarilho e segurando Excalibur com ainda mais força diz:

- Vamos...

Ele segue com cuidado na direção de onde vinham os gritos com cautela, tentando ser o mais furtivo possivel sem que tivesse que desacelerar demais seus passos.

Off:

Solicito um teste de furtividade para não ser notado.

Sombra da Noite - Radar

O Andarilho trazia o que o Senhor das Sombrar precisava pra prosseguir, um dispositivo tecnológico que tornaria possível andar naquela joça sem que pudessem ser detectados. Declan pega o objeto, olha o mesmo por um segundo e logo diz:

-'Pode deixar comigo, eu vou me adiantando! Ah... Quanto tempo teremos pra desativar as armadilhas?'

* Julian observa os dois Garous de sua própria matilha se afastarem para desempenhar as funções recém recebidas e apenas mantem um silencio muito analítico. Não se despede e não diz palavras bonitas, apenas olha para o horizante ignorando na cara de contrariado do theurge presas de prata que sugerira uma atuação diversa e torce para que seus irmãos tenham a sabedoria e força suficientes para dar cabo da tarefa que lhes fora incumbida. No mais, apenas aguarda o retorno doa ragabashs enquanto a chuva torrencial caia pesada sobre suas cabeças. Era tempo de aguardar.. Mas pedia silenciosamente a Gaia que apressasse os lua nova, estavam vulneraveis ali e não podiam perder muito mais tempo.

O fetiche não é ativado e o garou simplesmente para.

- Só um minuto Kiba...

E fecha os olhos concentrando-se. Precisava do seu fetiche e por isso faz um último esforço.

Se havia alguma chance de não serem notados ela havia acabado de partir. O Ahroun tentava se mover com cuidado, mas quando o Andarilho lhe chama a rapida virada de rosto que Kiba da para dar-lhe atenção faz com que derrubasse uma pilha de garrafas.

A medida que elas rolavam e vão acertando o chão o Ahroun vai fazendo careta e abaixando a cabeça, como se o som delas estivesse lhe incomodando. Agora não tinha outra escolha.

Novamente o Presa de Prata olha para Dereck e, sem comentar o que havia acabado de acontecer, diz:

- Melhor você fazer o que tem pra fazer no caminho amigão... E fica de olhos abertos...

Era isso que Kiba podia fazer agora já que com certeza sua presença já havia sido notada.

Off:

Solicito um teste de prontidão enquanto caminho em direção aos gritos.

O Fianna estava ansioso e muito atento ao que acontecia. Esperava que Kiba e Derek voltassem logo e estava precoupado com Cabelinho, no pouco tempo ja tinha virado muito proximo ao Roedor, ele queria pagar uma cerveja para o garoto o quanto antes. E esperava a explosão que indiaria o começo da invasão. Ja estava na hora e Philip não aguentava mais esperar para libertar Gorax e exterminar os Dançarinos. O Fianna ensopado toma mais um ole de seu whisky e começa a cantarolar um ritmo que poderia ser confundido com uma dança indigena de batalha.

”Nossa hein? Daqui a pouco vai ter campo minado aqui também? Sorte que esta chuva deu uma mãozinha e desarmou todas estas porcarias....eu acho”

Cabelinho de fogo não tinha experiência em ataques a Colmeias e muito menos ataques debaixo de chuvas torrenciais em lixões alagados com cheiros horrendos. Viu os raios caírem aqui e ali mais à frente e o Ragabash sabia que aquele local era seu objetivo. Pelo menos achava que era o caminho correto.

Sentia a Fúria queimando dentro de si e agradece que ela estava bem alta, precisaria dela para criar as bombas diversas com os produtos de limpeza, pimenta do reino e aquele macaquinho de brinquedo horrendo que ele trazia dentro da mochila. As explosões seriam a distração que a matilha precisava e quando ele pensa nisso, engole em seco. Estaria atrasado? Porque ainda deveria criar as bombas antes de ativá-las. Isso demoraria muito e precisava se apressar.

”Os raios caem lá longe...e é para lá que eu vou. Vou implantar bombas para ajudar a matilha, Gaia e honrar a Doninha....”

Mas uma ideia lhe vem à mente. Ele estava relativamente próximo do local onde os raios estavam caindo. Teve a ideia de criar uma bomba ali mesmo para caso fosse detectado e os perseguidores fossem atingidos pela bomba que ele deixaria ali. Era uma ideia ótima e se não fosse detectado, poderia utilizar aquela bomba como um chamariz para os inimigos, deixando-os completamente confusos. Tinha que mudar de forma e o fez. Mudara para Glabro. Mudar para hominídeo era muito perigoso naquela situação. Sua forma Glabro era bem diferente da forma hominídeo. Não havia cabelos ruivos, apenas tufos de pelos acinzentados e negros. Quem o visse naquela forma não acharia que fosse Cabelinho.

Começou a criar a bomba. Demoraria uns dez minutos para isso e começou a pegar algumas coisas de dentro de sua mochila. Vez ou outra olharia ao redor para ver se conseguia perceber alguma coisa. A chuva parecia expandir o fedor do lixão, o que poderia ser uma vantagem ótima ou uma desvantagem terrível. Era como uma faca de dois gumes.

Pegou um pote de palmito vazio, encheu de pedaços de talheres para causar um dano considerável, colocou pimenta do reino e soda caustica. Seria uma bomba para causar certo dano, não muito, e para atrasar os possíveis perseguidores por causa da soda e da pimenta. Viu que seu trabalho fora muito bom e então ele olha para o chão e vê arame, um pedaço de madeira e uma placa de computador. Coisas praticamente inúteis, mas seriam perfeitos para o garou criar um tipo de aparelho para ativar a bomba.

Juntou o arame, a placa e o pedaço de madeira e criou um tipo de dispositivo que ativaria a bomba a distância quando Cabelinho juntasse o arame e um dos chips da placa de computador. Colocou o dispositivo de ativação dentro da mochila e colocou a bomba no chão, plantando-a bem escondida e afixada junto de algumas armadilhas desativadas dos inimigos. A sua bomba não seria desativada tão facilmente assim e fica imaginando que tipo de burro não pensaria em suas armadilhas e faria elas tão vulneráveis àquela chuva. Seu trabalho estava parcialmente completo e agora ele poderia seguir em frente.

Deu uma olhada dentro de sua mochila e viu que poderia criar mais algumas bombas, cinco na verdade, até sua fúria se esgotar por completo. Mas achava que precisaria apenas de três ou quatro. Não queria deixar sua reserva de fúria zerada, pois sabia que iria precisar dela.

Fora que precisaria mudar de forma de novo caso desejasse ter mais velocidade. Muitas coisas a se fazer e pouco tempo. Ele ergue a cabeça para o céu, ainda em Glabro, e agradece Gaia por ainda estar vivo. Tudo parecia normal. Por enquanto.

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Usado 1 de fdv para fazer a bomba e gasto 1 de fúria para criá-la.
3 sucessos na confecção da bomba, conseguindo assim criar um gatilho improvisado para ativá-la.

A Fianna estava um pouco impaciente. Não via sinal nem dos Ragabashs que foram desarmar armadilhas e nem de Cabelinho de Fogo que não enviava um sinal. O barulho das garrafas caindo de Kiba faz com que a atenção da Ahroun se volte para a direção que eles foram.

*Odeio esperar.*

A impaciente Ahroun cruza os braços enquanto espera. Se mantém, ao longo desse tempo, próxima de Julian com quem comenta:

- Essa espera me consome...

Faz o comentário para quebrar o silêncio e também para deixar claro como se sentia. Estava inquieta e preocupada e esperava que os três grupos que partiram para algum tipo de ação antes voltassem o quanto antes inteiros e com as missões cumpridas.

O Presa de Prata seguia um pouco mais a frente do Galliard que parecia querer invocar algum dom. Seria bom manter uma certa distancia, assim ele não seria pego em uma armadilha caso aquilo fosse uma e se alguem atacasse Dereck Kiba poderia usar sua fúria extra pra chegar em um instante no companheiro de matilha.

Os gritos de dor, seguidos de um rosnado, fazem o Ahroun paralizar por um instante. Rosnados deviam significar uma coisa.

"Dançarinos..."

Kiba acelera novamente o passo em direção aos gritos e rosnados. Seu coração estava acelerado, mas ele tentava não deixar a fúria falar mais alto que a razão e se manter atento a possíveis emboscadas.

Off:
Solicito a narração o teste de percepção e qualquer outro teste que considere necessário para a cena.