Lixão de Santa Cruz

Sombra da Noite - Narração

Após as palavras do Andarilho, Declan voltava a se mover furtivamente para novamente tentar alcançar o local onde se encontrava o dispositivo de segurança inimigo.

Off: Solicito a rolagem dos dados para o referido teste. (Furtividade)

* Julian estava mais serio que o de costume enquanto seus irmãos de matilha partiam e, ao ouvir o som de garrafas caindo mais adiante, questiona-se se havia sido realmente sábio. Os gritos infantis preocupavam o Roedor de Ossos que não sabia ao certo o que esperar da situação.. Se aquilo fosse uma armadilha, Kiba e Dereck conseguiriam resistir?! Era bom que conseguissem, pois agora estavam entregues ao seu próprio destino.. Evita pensar demais sobre as decisões já tomadas, sabendo que não poderia e nem queria muda-las, e confia na chuva para ofuscar qualquer preocupação que por acidente pudesse transparecer em seu rosto. Quando ouve o comentário de Mayra, sorri levemente: *

" Ela é lua cheia.. Ela sabe como me sinto.. "

* Espera Kor terminar sua abordagem ao assunto e simplesmente comenta, tentando passar confiança para toda a matilha próxima: *

- Tamem to me coçando pra começar logo essa porra.. Mas os Ragabashs vão volta logo. Tá quase na hora..

Dimas fica ali, parado embaixo daquela chuva fria e pesada. Estava com as mãos no bolso e torcia para que o espírito não se irritasse e fosse embora...

A chuva fazia uma grande correnteza cheia de lixo e dejetos de todo o tipo. Como um médico, o Filho de Gaia não pôde deixar de imaginar quantas doenças poderiam ser transmitidas por aquilo. Se não fosse o sistema imunológico tão poderoso dos Garou...

Pensou que se o nível da água continuasse a aumentar, logo seria possível conjurar um espírito tubarão para ajudar no combate. Tá, talvez um tubarão não, mas um crocodilo, quem sabe? Sorriu imaginando a cena enquanto esperava novas ordens.

O Fianna ouve o comentario de sua irma de tribo que repercute entre seus companheiros. Ele também estava cansado de esperar e nem era um lua Cheia, mais ainda, Gorax estava ansioso, esquentando seu facão em suas mãos.

O grande Theurge olha para Mayra e esboça um sorriso, parecia que o quanto mais nervoso e ansioso ele ficava menos simpatia conseguia demonstrar, alem do mais em forma Glabro, seus dentes amarelos e pontudos como presas pareciam mais um rosnado que um sorriso, além do que, sua longa barba e cabelo parecia cada vez mais longa nessa forma e encharcadas como estavam.

Philip apenas prende seu cabelo em um rabo dimples denovo enquanto fazia uma prece mental para que Gaia fizesse a explosão acontecer logo. E os que foram investigar os gritos de criança também não voltavam. Estava na hora.

A Fianna ouve as palavras de Julian que compartilhava com ela a aflição por agir logo. Tentava afastar pensamentos ruins de sua mente, mas seu coração estava apertado e preocupado com seus irmãos. As baixas na matilha ainda eram recente e mexiam com o emocional instável da Ahroun que tentava buscar forças para manter o foco. Tinha que estar focada na missão e não podiam ter baixas dessa vez. A Fianna já havia cansado de chorar os mortos da Esquadrão da Fúria.

O Presa de Prata seguia na direção em que ouvia os gritos. Suas orelhas, mesmo em Glabro, estavam atentas a qualquer som estranho a sua volta, mas seus sentidos são completamente congelados assim que se depara com o dono dos gritos.

O cão comia uma criança que agonizava de dor bem diante dos olhos do Ahroun. A fúria no Garou cresce ainda mais e seus olhos ficam completamente cheios de ódio. Os dentes rangiam tamanho o atrito entre eles e Kiba segurava a empunhadura de Excalibur com tanta força que era possivel ver um filete de seu sangue escorrendo pela mão.

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!

O Presa de Prata grita de ódio e avança contra o animal com Excalibur erguida acima da cabeça. O animal se assusta com o gesto e corre assustado para longe da criança.

Com o controle que ainda possuia Kiba não corre atrás do cão. O Garou segue até os restos da criança e começa a retirar os escombros que estavam sobre ela o mais rapido que podia.

Mesmo sabendo que a criança já estava morta, mesmo sabendo que aquilo era inutil, ele só para quando o corpo da criança fica finalmente livre.

Kiba fica ali, ajoelhado diante do corpo morto da criança, enquanto a chuva espalhava o sangue que ainda existia naquele corpo, sem saber o que fazer agora que havia retirado os escombros.

Não existia uma guerra seguer em toda a historia, Garou e não Garou, em que inocentes não morriam aos montes. Aquilo era inevitavel, mas não facilitava em nada e nem aliviava a dor que o Presa de Prata sentia naquele momento.

Sombra da Noite - Narração

Declan chegava ao dispositivo sem problemas, mais um vez, aquilo não era problema para o garou, se movia furtivamente com facilidade, fora treinado para aquilo e fazia seu papel muito bem. Chegando no mesmo, ele coloca o aparelho que o Andarilho lhe dera no dispositivo e apenas esperava para ver o que iria acontecer.

Cabelinho, em Glabro, não avança mais, nem poderia ou seria atingido pelos raios que caíam para provavelmente indicar a Colmeia. Em sua concepção ele tinha que plantar uma segunda bomba. Precisava causar o maior tumulto possível para tentar de alguma forma dar mais chances à Esquadrão da Fúria avançar e destruir aquela maldita Colmeia. A primeira bomba criada tinha um gatilho e seria a primeira a explodir para chamar a atenção dos malditos inimigos de Gaia, a segunda seria criada para caso Cabelinho precisasse fugir de um atque direto contra ele.

A chuva torrencial continuava a cair e como ouvira que os Senhores das Sombras tinham tal poder advindo do Avô Trovão, ele procuraria o responsável por aquela chuva que ajudara o Ragabash com as armadilhas. Ele devia um obrigado a pessoa que trouxera toda aquela água. Começou a criar a segunda bomba. Desta vez seria uma bomba estilo coquetel molotov. Abriu sua mochila, pegou álcool, outro pote de palmito vazio, soda caustica e um pouco de pregos que estavam no fundo de sua mochila. Colocou tudo dentro do pote, fechou a tampa e pegou o lindo macaquinho de brinquedo que estava lá dentro de sua mochila desde que ele se conhecia por gente. Seria um ótimo chamariz e o melhor de tudo era que as pilhas estavam ainda em bom funcionamento e fariam com que o macaquinho batesse os discos em suas mãos, causando um pouco de barulho para atrair os malditos.

Montou a bomba finalmente e colocou o macaquinho em cima do pote de palmito. E sim, o macaco era horrendo mesmo, mas Cabelinho o adorava. Juntou um pouco de lixo ao redor do pote de palmito, não suficiente para conseguir a evitar a explosão, apenas o macaco ficaria visível e seria o chamariz da bomba. O Ragabash iria fazer uma pequena brincadeira de mal gosto e estava deliciando-se por causa disso. Olhou em volta e imaginou quanto tempo já estaria ali no meio do lixão e se o ataque da Esquadrão não estava acontecendo neste exato momento. Perdera completamente a noção do tempo e tinha que ser rápido.

Pegou um pedaço de pau, um pedaço de fio elétrico e criou um gatilho improvisado para a sua segunda bomba. Agora começaria a festa de explosões. Mas antes disso ele precisaria se esconder para não ser detectado.

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Usado 1 de fdv para criar a bomba.
3 sucessos para criar a bomba com o macaquinho lindinho.
Imagem do Macaquinho que será o chamariz para a armadilha:

Kiba fica ali junto ao corpo da criança por alguns minutos. Não tinha nada a ser feito ou dito. Tudo que poderia fazer era se focar na missão para que outras crianças não tivessem o mesmo destino que aquela.

- Um lugar frio e cruel...

O Ahroun sussurra as palavras que um dia disse para Julian quando ele havia perdido o pai.

Com calma Kiba se coloca de pé fitando o cadaver durante o processo. Não poderia enterra-lo, pois o lugar estava "afundando". Então tudo que poderia fazer era uma prece a Gaia para que seu espirito encontrasse um lugar melhor do que aquele em que seu corpo estava.

Depois de mais alguns instantes de silencio fazendo sua prece o Ahroun da as costas para o corpo da criança e começa a refazer o caminho por onde veio.

* Julian observava o cenário de horrores que o cercava. A chuva torrencial, o lixo, o cheiro, tudo contribuía para tornar aquele espetaculo ainda mais grotesco. Apesar de tudo, o Roedor de Ossos buscava algo específico no horizonte. Buscava encontrar silhuetas na chuva que denunciassem o retorno dos Ragabash que haviam se destacado do grupo principal. Quando seu celular vibra no bolso, pega-o de imediato e sobressaltado, imaginando se poderia ser alguma noticia de seus irmãos de missão. Não era, mas aparentemente a Esquadrão da Fúria teria reforço.. Não via problemas nisso e tampando o visor com uma das maos para proteger o aparelho da chuva, responde à Sombra-de-Loki: *

" Já é, agiliza ae. "

* Envia a mensagem e guarda o aparelho novamente, se limitando a olhar inquieto para Mayra. Ela compreenderia a sensação.. Estavam expostos em território inimigo, perdendo tempo demais. *

Estava demorando muito, sua barba já estava molhada, tudo estava molhado, ele queria arrebentar com a Wyrm logo, e tudo aquilo misturado com a demora e a preocupação com Cabelinho fazem ele soltar, mais para si do que para alguem, mas mesmo assim alto o suficiente para ser escutado.

"- Tá demorando demais esse trem. Cadê a explosão do piá e cadê o otro Ragabash com as armadilha, e o outro que foi vê o grito das criança? Isso ta estranho. Ta fedendo."

Depois de algum tempo o Ahroun retorna pelo mesmo caminho que havia feito. Seu semblante era sério e suas roupas estavam sujas de sangue, mas não dava saber de quem era.

Kiba não dedica olhares a ninguem em especial, mas assim que esta junto da Esquadrão o Presa de Prata encara Julian e diz com um tom de voz tão sério quanto seu semblante:

- Os gritos eram de uma criança soterrada pelos escombros... Quando cheguei la ela estava sendo devorada por um cachorro...

Lembrar da cena faz os olhos de Kiba encherem de ódio, mas quando volta a falar sua voz não parecia tão carregada quanto antes, mas sim com um misto de alivio e tristeza:

- Pelo menos ela ta descansando em paz agora...

Quando ele sente o cheiro dos gêmeos, não pode deixar escapar:

-Credo....vocês não tomam banho não? Que horror.

Se vira para os dois e assim que um dos fedidos comenta sobre um brinquedo ele completa:

-Você viu? Também adoro este macaquinho. É lindo né? Estava pensando em deixar com vocês....o que vocês acham? Já que gostaram tanto vou dar para vocês...encontrei aqui no lixão mesmo. E nossa...vocês são muito bons, conseguiram me encontrar. Devo parabéns a vocês.

”Puta que o pariu. Eu não tinha que ser visto. Como não senti o fedor destes dois? Caralho. Preciso explodir esta bomba...e AGORA!”

Cabelinho estava com o dispositivo da bomba na mão e poderia acioná-la a qualquer momento, mas se o fizesse seria atingido. Tinha que pensar em outra coisa.

”Eles parecem tão iguais. Tão fedidos iguais, tão feios igualmente....só faltava um completar a frase do outro. Massssssss....eu tenho duas bombas, uma para cada um. Só que elas são diferentes, que pena. Acabarei com a igualdade deles esta noite.”

Pensou, pensou, pensou e pensou. Mas nada viera a sua mente, somente a questão de Kor que perguntara ao Roedor o que ele faria para escapar caso fosse pego pelos inimigos:

”Então Kor....respondendo a sua pergunta, eu vou dar um de kamikaze. É minha única opção. Estou em desvantagem numérica e acredito que a explosão pode confundir o inimigo. Se eu soubesse....tinha feito uma bomba de fumaça antes de vir. Doninha.....me proteja.”

-Sabe o que é o pior de não se esquecer de nada? É que vou me lembrar da cara feia e do cheiro horrendo de vocês até o fim da vida.

Ativou o dispositivo para que a bomba explodisse. O macaquinho começou a bater os pratinhos um no outro e em questão de segundos a explosão ocorrera. Na explosão, Cabelinho e os dois gêmeos seriam atingidos. Pelo menos o sinal de ataque tinha sido dado para a Esquadrão da Fúria.

Todos estavam apreensivos. Era muito tempo para se esperar diante de uma Colmeia! O Theurge Fianna já estava ficando sem paciência e logo Kiba reaparece para dar a triste notícia.

"Mas que raios, um cachorro? Como assim?" - o Filho de Gaia permanece com as mãos nos bolsos. Se tivessem ido antes, talvez o menino tivesse sobrevivido. Mas deixa, era melhor ficar calado.

Agora faltava só a volta dos Ragabashs e logo estariam invadindo aquele lugar. Ele olha para dentro do lixão, e aguarda.

O retorno de Kiba acalma um pouco mais o coração da Fianna que havia se acelerado com as preocupações do seu irmão de tribo. Não gostava de como as coisas estavam indo e de como Garous jovens e inexperientes estavam sozinhos beirando a casa da Wyrm. Não conseguia se sentir em paz e quando Kiba comenta sobre o que vira, surpresa não tem como não deixar escapar a perguntra:

- Como assim um cachorro devorando uma criança?!

Isso não era uma coisa normal e a Fianna sente a chama da ira arder em seu coração diante do que provavelmente era mais uma atrocidade da Wyrm. Entrariam naquela colmeia e derrotariam o inimigo, em memória de todos aqueles que por ali viviam e foram afetados pela maldita. Jurava para si mesma. E era do tipo que cumpria seus juramentos.

O Galliard se limitara a concordar com a cabeça mas ainda se perde por um momento enquanto o ahroun segue à frente.

Escuta o grito do mesmo e antes que pudesse chegar até ele o mesmo volta sujo de sangue com os olhos cheios de ódio, acreditou que seria prudente não abordá-lo e por isso se limita a seguí-lo e se surpreende com o relato conciso que ouvira e decidiu que fora realmente melhor não te-lo abordado naquele instante.

Fica em silêncio e apenas aguarda o momento de ir à batalha.



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OFF

Galera, mil perdões pela queda nas minhas postagens e na qualidade das mesmas... tava/to passando por umas barras profissionais/pessoais mas as coisas estão se normalizando.