Ruas - Zona Oeste

Dimas rompe a película e entra na Umbra. Cabelinho não conhecia direito o que era a Umbra, mas sabia que algumas coisas no mundo real não existiam lá e que espíritos viviam na Umbra. Era tudo. Precisava de uma aula do que era a Umbra para tentar entender o que ela realmente era.

Quando viu a vaca na Umbra ele meio que ficou confuso. Disse em lupinês para Dimas:

-Uma vaca? Aqui.....mas existem vacas na Umbra?

Estava bem confuso.

* Conforme falava, Julian observava de relance as reações da Fianna e por vez ou outra captara sorrisos. Aquela percepção por sí só foi o suficiente para fazer o Roedor de Ossos rir internamente. Era bom descobrir que ainda tinha o poder de divertir e arrancar sorrisos daquela que um dia dividira sua cama mas que agora vivia constantemente tentando odia-lo. *

" Se pá é nesses lances que um cara ganha o dia.. "

* Percebendo que Mayra lutava contra o humor para manter a seriedade, limitou-se a observar o percurso em silencio para não desencoraja-la a dizer o que quer que julgasse apropriado. Sente algum conforto com as palavras de apoio que lhe são dirigidas mas ainda assim não se sentia a vontade quando o assunto era o hospital. Algo ainda lhe dizia que estava sendo enganado e isso era o suficiente para que o Ahroun se irritasse. Responde tentando manter o tom despreocupado: *

- Isso é real, pelo menos a parada ta com um dos nosso.. E eu nem queria aquela porra mesmo. A matilha não tem gente sobrando pra ficar de olho naquela pica. Mas eu queria saber o que ta rolando por trais disso.. Parada estranha do caralho..

* Termina o assunto de forma vaga porque de fato não havia como ser mais conclusivo, lhe faltava o conhecimento necessário. Não pode deixar de rir, no entanto, quando ouve Mayra avaliar os recém chegados como um bando. Ainda sorrindo, divertido com o termo, olha para rapidamente antes de acrescentar: *

- Acho que quando o bagulho ficar loco Elis vão acaba aprendeno. Perdemos gente boa.. Mas o Senhor das Sombras parece que sabe o que faz e o Dimas ta indo na dele mas ta ino bem. Tamem nem saquei ainda Qualé a do Sussurros mas logo nois vê.. E no Ragabash eu vo da um jeito..

* Olha para as ruas ao redor, buscando algum possível foco de problemas e em seguida completa: *

- A ideia de dividir é boa se pá.. E acho que nem temo muita escolha mexmo. Mas essa parada tem que muda logo..

* Para o veiculo em um farol vermelho e aproveita a chance para olhar mais profundamente para Mayra, perguntando de forma direta e bem sincera: *

- Eu confio em você. Nois chegamos junto ate aqui. Então me manda a real.. U que ce acha que ta faltano pra matilha ir pra frente?

A pergunta de Julian é complexa e faz com que Mayra pense por alguns instantes. Pensativa, a Fianna olha pelo espelho algumas vezes buscando o olhar do roedor. Era estranho ser cúmplice, amar e odiar uma mesma pessoa, mas a realidade é que nem ela entendia a relação dos dois mas ainda sim, sabia que tinha intimidade para ser direta e não ficar de rodeios e, então, comenta:

- Acho que a matilha precisa de uma liderança estável e de referência, como vinha sendo a do Kiba até a partida dele e, principalmente de você Esquecido. Não podemos nos estruturar como matilha se os membros ficam indo e vindo como um iô-iô. E não falo por questões pessoais, falo pela matilha em si. Como contar com você sem saber se você vai ficar ou partir repentinamente? A matilha precisa sentir o líder, conhecer o líder e ele tem que ser o ponto de referência da matilha.

Fala em tom sério com o Roedor, mas logo em seguida deixa as críticas diretas para dar um afago dizendo:

- E eu sei que você pode ser esse líder se se focar nisso.

A Ahrou faz uma pausa, talvez reavaliando o que dissera, mas as palavras haviam sido sinceras e ela não se encabula com isso e, então, continua dizendo:

- Mas mais do que tudo precisaremos conhecer, treinar e forjar os novos membros. E alguns não vão aguentar. Já vi muitos que tentaram a sorte nessa matilha caírem e não tenho porque achar que vai ser diferente dessa vez.

Era o que tinha a dizer já que não via muita solução pros dilemas que enfrentavam.

Os dois lobos saltam a poucos metros de onde havia um grupo de bezerros dormindo. O resto do rebanho ainda parecia dormir e o guarda da guarita, ao longe, também não havia acordado. Guardião faz sinal para que Cabelinho tome a iniciativa e fica atento ao redor, vigiando.

* Julian percebe que Mayra buscava seus olhos pelo espelho retrovisor central e anteviu que a resposta que estava por vir não seria branda. O farol se torna verde, e faz com que o Roedor de Ossos engate a primeira marcha e faça o veiculo circular.. Talvez devesse ter ficado parado, porque as palavras da Fianna chegam com a sutileza de um búfalo. Esquecido não sorria agora. Sabia que o assunto alcançara seu momento mais delicado e que estava sendo abordado com sinceridade. *

" Que mania de filho da puta essa de pedir opinião de Ahroun.. Ainda mais quando a Ahroun eh tua ex.. "

* As palavras de Mayra haviam sido pesadas, e talvez tivessem que ser mesmo.. Porque eram verdadeiras. Esquwcido acena a cabeça positivamente em sinal de concordância depois de ouvir tudo o que havia para ser dito e, subitamente, sem nenhum aviso, da uma guinada no volante e conduz o veiculo numa manobra rápida para perto da calçada, onde estaciona. Puxa o freio de mao e aproveita o momento para encarar a Ahroun bem fundo nos olhos. Avalia aquela fêmea por alguns instantes silenciosos como se estivesse decidindo até onde pretendia chegar.. Decide ir ate o final. Pousa a mão direita na perna da Fianna sem malícia, como um gesto de quem tenta gerar confiança com alguem que já tem intimidade. Sem desviar os olhos, expõe sua verdade: *

- Eu sei que essa matilha precisa de mim.. Não da mais pra ser o porra loca de sempre. Cê ta certa, ta ligada?!

* Fecha os olhos por um instante, tomando um ar antes de mergulhar de vez no assunto que ainda incomodava mas prossegue: *

- Meu pai confiava em mim mais do que eu mesmo.. E antes de morrer me mandou a fita que liderar tava no meu sangue.. No meu destino.. Que eu nasci pra isso, manja?! E eu vo te manda a real, eu acho memo que rola deu ser um alfa do caralho e dessa veiz vô caí pra dentro sem dó!

* Julian não se afasta e continua encarando a Fianna bem fundo nos olhos. Parecia ter muito mais a dizer, mas talvez julgasse que não era o momento. Talvez.. em uma outra oportunidade, dissesse mais. Por hora, simplesmente mantem um raro ar maia serio e complementa: *

- Alguns não vão conseguir memo.. Nisso eu to ligado, mas vamo da o melhor aqui. Eu concordo cas parada que cê falo mas eu ainda acho que tem uma porra duma ponta solta aqui e acho que cê sabe disso..

* Pela primeira vez naquela conversa se permite um pequeno sorriso e completa como se a verdade não fosse nada alem de obvia: *

- Eu posso ser um alfa do caralho, a matilha pode virar pica..mas isso num vai rola por enquanto porque eu preciso de um Beta. Eu num quero mistura porra nenhuma.. Não eh por mim, eh pela matilha. E a matilha precisa de você.

* Deixa a mao continuar pousada na perna da Fianna enquanto lutava para captar suas reações. Os olhos muito claros do Roedor se fixam nos também claros olhos da Fianna e ele finaliza com a pegunta que realmente motivara todo aquele assunto: *

- Então me diz ae.. Depois di tudo que nois já passou, e de tudo que nois e essa matilha ainda tem pra passa.. Cê aceita sê minha beta?!

Joanna Seguia no banco da frente do carona no carro de Virgulino, prestando a atenção em como ele dirigia, o Cangaceiro sabia dirigir muito bem, Joanna tinha um certo gosto por Carros, mas nunca conseguia ficar com um por muito tempo, acabava destruindo ele de um modo ou outro, e muito menos agora que a Brujah não tinha dinheiro nem para comprar a passagem do ônibus de volta pra casa... Mas espere, que casa?!

*Mulher, você é praticamente uma mendiga, que vergonha, tá na hora de dar um jeito nisso..."

E a Cainita direcionou o rosto para fora do carro, sentindo o vento balançar seus cabelos curtos, para relaxa-la de uma noite turbulenta, mas era muito difícil fazer isso vendo que o céu ficava cada vez mais claro...

Stevie segue seu caminho, observando a cidade e o caminho de volta ao Centro, cantarolando em sua mente uma canção, e imaginando qual música se encaixaria para definir aquela noite, alguma coisa embaraçosa com certeza. A imagem da bela Tremere Beatrice também vem a sua mente enquanto imaginava como musicá-la, suas habilidades eram melhores que a de todos os mortais, mas imaginava se suficientes para representar tamanha beleza? Isso não sabia, e segurando firmemente sua moeda o Brujah parte pensativo.

Um carro popular qualquer cruzava as ruas da cidade, vindo de São Paulo. O vidro coberto com um forte insufilme. Na direção um homem comum, usando a máscara das mil faces para esconder a podridão que seu corpo carregava. Usando os sistemas do carro ele fez uma ligação. Precisava falar com um dos seus contatos. Primeiro liga para Guy Falkes.

Pelo espelho Mayra acompanhava as reações de Julian. Ela não era a melhor intérprete de emoções do mundo mas o roedor também não era o melhor ator e era possível entender mais um pouco como ele reagia pelo olhar. E era no olhar que a Fianna buscava respostas. Respostas que fazem com que ela responda quando ele fala de seu pai:

- Seu pai era sábio. Provavelmente o Ahroun mais sábio que a Nação já viu.

E só é isso que ela fala. Julian continua falando e em um gesto brusco e desnecessário faz o coração da Fianna acelerar, seu corpo tremer, suas unhas cravarem no banco, seu olhar ficar gélido e distante, sua Fúria cresce e com o veículo parado, em um rompante, a trêmula Fianna arranca o cinto, abre a porta e sai do carro. Buscava ar puro, buscava controle. Julian mexera com emoções fortes que ele sabia que a Fianna tinha. Sabia do desconforto e das lembranças do passado que vinham quando exposta em certas situações. Mayra suava frio, buscava ar e definitivamente não estava nem um pouco em dar a resposta que Julian queria naquele momento.

Cabelinho e Dimas saem da Umbra direto no pasto com os bois e vacas. Dimas queria que Cabelinho matasse um bezerro, mas pelo tamanho que ele tinha, mesmo em lupino, ele era maior que um bezerro.

”Aposto que se eu matar um bezerro chorão vou levar bronca da Doninha. Melhor caçar uma vaca grande. Assim não tem desculpa.”

O Roedor olha para Dimas e depois para a guarita. Tudo parecia normal. Então rodeia uma vaca e a observa durante um tempo tentando imaginar como que atacaria a tal vaca. Não queria fazer muito barulho ou poderia trazer atenção indesejada para ele e Dimas.

Olhava a vaca e pensou que atacar o pescoço dela poderia ser mais fácil. Igual os leões faziam no National Geographic Channel.

Ele olhou para os lados, não queria ser atacado por um boi, e então saltou em cima da vaca. Na verdade no pescoço dela. Em lupino, fazer isso parecia ser fácil, mas não o era. Era MUITO difícil. Ele tentou subir no pescoço da vaca e teve dificuldades. Arranhou o pescoço dela com suas garras e então tentou enfiar os dentes no pescoço dela. Não conseguiu, foi de raspão.

Mas ele manteve-se meio que de pé com as garras em cima do pescoço da vaca. Na segunda mordida ele conseguiu cravar os dentes no pescoço da vaca. Ele estava se concentrando e agora, mesmo que uma bomba explodisse ao seu lado ele não iria perder o foco.

Sentiu seus dentes entrando na carne da vaca e ela provavelmente ficaria mugindo em desespero. A sensação era ótima. Cada vez mais ele fechava sua mandíbula que apertava o pescoço da vaca e fazia os furos de seus dentes ficarem mais profundos. O sangue já saía em grande quantidade da vaca e em breve ela morreria. Cabelinho estava ficando cansado, mas não iria desistir.

Então ele se lembra do que os leões faziam com as zebras, ele tentava torcer o pescoço da zebra para matá-la de vez. E Paulo fez isso. Ele tentou torcer o pescoço da vaca uma vez, duas, três, quatro e na quinta vez conseguiu quebrar o pescoço do animal. Ela não iria mugir mais, mas os outros bezerros, bois e vacas com certeza estariam se afastando em desespero.

A tarefa não foi nada fácil, mas Cabelinho, talvez tomando seus ancestrais para si, aproveitava aquele momento ao máximo, não largando o pescoço da vaca por alguns momentos. Quando percebeu que a vaca não tinha mais vida, ele solta o pescoço dela e se vira para Dimas, dizendo em lupinês:

-Consegui né? Uhullll...consegui.

Ele podia perceber que o peito de Cabelinho arfava com o esforço. Ele não era forte e a tarefa demandou muito mais dele do que queria. Se pudesse, teria explodido a vaca com um de seus brinquedos. Mas aquilo não seria possível. Olhou na direção da guarita e depois para Dimas, voltando a falar em lupinês:

-Vamos para a Umbra. Preciso levar o corpo da vaca lá e guardá-lo na minha mochila. Tem como irmos para o Ponto de Encontro da matilha pela Umbra?

Achava que seria mais seguro. Precisava mudar para hominídeo caso desejasse guardar partes da vaca em sua mochila. Ela aguentava grande quantidade de coisas, mas não sabia ao certo se aguentaria a vaca toda.

Dimas já estava afoito, olhando ao redor em desespero torcendo para que o guarda não viesse atirando nos dois. Olhava o tempo todo da batalha para a guarita e vice-versa, querendo que Cabelinho acabasse logo com aquilo. Mas o rapaz parecia muito inexperiente... suas presas quase não conseguiam perfurar o couro do animal. Depois de muito esforço, a vaca para de mugir e cai ao chão. Havia sangue para todo o lado e Cabelinho se dirige a Dimas, novamente demonstrando ser um Filhote:

_Não podemos levar ela para a Umbra, você tem de colocar ela na sua mochila aqui mesmo e depois podemos atravessar a Película... faça isso agora e vamos poder ir para o ponto de encontro!

Elogiaria depois que o trabalho estivesse concluído.

Rafael dirigia em alta velocidade pela Madrugada Carioca, fazendo uma pose máscula, seu ego era inflado pelo seu carro, e sempre que uma mulher entrava nele, terminava em uma cama de motel, mas não dessa vez... O Garou deu um olhar para as coxas da mulher, meio de Relance, seu maior problema era não conseguir se aguentar nas calças, ele suspira e diz para si mesmo em pensamento:

*A Litania, coloque isso na sua Cabeça, você não vai comer nenhuma garou, NENHUMA! Se controle porra..."

Ele aprecia mais uma vez a mulher, e então cessa o comportamento, e se foca na estrada, puxando um assunto diferente para se controlar:

" - Corredores do Asfalto! Tá aí! Gostei! Vou passar a me chamar assim agora, comigo é meter 180 na Brasil, e não têm policia que me pegue Huahuahaha!!"

Seguindo o GPS, e as Orientações de Ubuntu, Rafael dirigia o mais depressa possível até o local, não apenas para Chegar rápido, mas para 'aparecer', essa sua Natureza Galante um dia ainda o matava.

O Garou ao seu lado estava dirigindo muito rápido, e sua vontade real era fazê-lo reduzir, mas sentia o hidromel em si, sentia a nova vida que iria formar na cidade, sentia seu espírito viajante sendo satisfeito, sentia toda emoção de conhecer coisas novas, ela olha para o Andarilho e sorri com seu comentário e com sua empolgação, ele realmente parecia muito empolgado em dirigir.

”- Opa opa, vamos com calma ó gajo! Ou não também! Estou ansiosa pra conhecer a Matilha, hahaha.”

Aman ri bastante, ela se lembrava de um tempo que não ria mais, um tempo que perdeu todo seu humor, e tudo que sentia era vingança, mas aprendera que a vida não era daquele jeito, que as coisas tinham ser levadas a sério, sim, mas havia espaço para humor e diversão, e Galliards eram divertidos, e ela adorava uma história e uma festa, quando tinha tempo para isso.

Rafael deu uma risada discreta com as Gírias lusitanas que a mulher utilizou, não estava acostumado com isso, mas preferiu não comentar, a mulher parecia embriagada, o que deixava o garou ainda mais instigado com os seus descontroles sexuais, manteve-se atento na Pista, concentrando-se para não fazer uma besteira no Transito, e disse de uma maneira Calma e Serena:

" - Relaxa Rapariga, sinta o vento no rosto, o mundo lá fora passando antes de um piscar de olhos, a sensação de liberdade..."

Rafael liga o Rádio e caçou a música do Megadeth, Killing Road e ao tocar o primeiro Riff da música o garou diz com um sorriso largo e cativante:

" - Aproveite a Vida, Momentos assim são curtos e raros, então vamos vivê-los intensamente enquanto eles durarem!"



OFF: Gasto 1 de Força de Vontade para Condução, para não transformar essa cena em uma tragédia de transito.

Aman olha para Rafael e sorri, ela estava sentindo o vento em seus cabelos presos em uma trança, estava sentindo o cheiro da cidade e do campo, e enquanto corriam pela Zona Oeste ela realmente se divertia, talvez como não estava acostumada a fazer, não depois de toda responsabilidade Garou que havia caído em seu colo.

Ela ouve a música que começava a tocar, a banda era conhecida, a música também, ela olha para o Garou esperando a letra começar e então canta junto com o vocalista, talvez sua voz não fosse a mais afinada, mas seu inglês era perfeito.

“- I lost my mind, I lost all my money, i lost my life to the killing road!”

Mentalmente ela esperava que aquela não fosse a killing road para a dupla, mas não se importava tanto com aquilo naquele momento. Eles se aproximavam da Zona Norte e dessa maneira do ponto de encontro da Matilha, ela estava ansiosa, cada vez mais.

OFF: Segue no Tópico das Ruas Zona Norte

O carro com o Toreador e a Malkaviana passa pelas ruas da zona oeste em direção ao norte, seguia numa velocidade normal, porém cortava caminho, como apenas um local poderia saber como fazer.

Dimas sabia que aquilo poderia acontecer:

_Você disse que sabia ficar invisível, certo? Pois bem, fique invisível e coloque a caça na mochila, ou o que der pra colocar dela... você já caçou e já cumpriu sua missão. Eu vou chamar a atenção do guarda e dos cães. Assim que terminar, atravesse a Película, vou te esperar do lado de lá que é mais seguro. Boa sorte.

Dizendo isso, o lobo corre em direção oposta à de cabelinho e, em determinado ponto, corre para o centro do curral, alguns gados mugem de medo ao sentir sua presença, mas o Theurge apenas procura um modo de atrapalhar os cães e o guarda. Tenta se esconder atrás de algum cocho.

A Vaca estava morta e o desafio concluído. Agora, o desafio eram os cachorros que se aproximavam deles. Claro que teriam cachorros. Aquele guarda de merda não era nada. E fora que tinha ouvido de Dimas que não era possível levar a vaca para a Umbra.

”Mas porque não?”

Até iria perguntar, mas não era o momento de sentar como um lobinho obediente e fazer uma rodinha de debate sobre o porquê das coisas. Voltou a falar em lunpinês para Dimas.

-Pode deixar.....tentarei. Espero que dê certo desta vez.

E se concentrando ele utiliza o dom Embaçamento da Própria Forma. E sai tudo como planejado, até agora. Agradeceu por conseguir concentrar e não deixar as coisas ao seu redor atrapalhar. Agora tinha que mudar para Crinos e destroçar a vaca completamente. Viu que Dimas tentava chamar a atenção dos cachorros para si. Isso era ótimo.

_________________________
Utilizado o dom Embaçamento da Própria Forma. Rolado pelo narrador.

O Celular de Emilie toca

*O grandalhão vai quieto dentro do carro, mas não pode deixar de reparar, com um sorriso satisfeito, como o cangaceiro dirige bem. Pensa em tudo que acontecera aquela noite e por fim acaba soltando alto

- Merda. *Escuta a própria voz e começa a gargalhar sozinho* Que noite de merda!

* Julian, ao finalmente captar o olhar da Fianna pelo retrovisor chega a acreditar que conseguiriam chegar a um consenso. Com o carro já estacionado, podia olha-la diretamente nos olhos olhos e descobria que a sensação era notavelmente boa. Mantinha uma mao pousada gentilmente na perna dela enquanto falava e aquele toque lhe trazia boas recordações. Quando ouve falar sobre a sabedoria de seu pai, chega a esboçar um sorriso leve de concordância.. Acreditava que as coisas terminariam bem, e nesse momento tudo desanda. *

* Num rompante, o corpo de Mayra se enrijece, sua fronte se torna raivosa, e ela deixa o carro sem olhar para trás. O Roedor não entendia muito bem o que tinha acabado de acontecer, mas talvez houvesse mechido com sentimentos intensos demais.. Intensos ou confusos demais.. Esquecido apenas balança a cabeça negativamente em silêncio e observa a companheira passional buscando seu auto controle. E talvez devesse ter ficado só olhando, mas havia tido um dia ruim, estava irritado, a lua cheia inflava seu peito e o Ahroun nunca fora dos mais calmos. *

" Que porra eh essa agora? "

* Num gesto tão brusco quanto o da Fianna, abre a porta do carro e deixa o veiculo, contornando-o ate o ponto onde Mayra se encontrava. Caminhava a passos firmes e quando se aproxima o suficiente da ruiva, que estava de costas na tentativa de ignora-lo, toca um de seus ombros gentilmente como quem diz que estava tudo bem. Julian, pouco se importando com a extensão da fúria da Ahroun, simplesmente mantém o toque e diz, ainda atrás dela: *

 - Calma Ruiva.. ta tudo bem. Eu te assustei? Ou ta puta que encostei em você? Eu só precisava te olhá direto no olho..

* Respira fundo, como se hesitasse em dizer o que realmente desejava.. Mas por fim rompe a barreira do próprio ego para deixar escapar: *

- Porra.. nunca vô dexa nada de ruim acontece contigo. Eu to aqui, guria..

Joanna que estava no banco da frente do Carro, estava quieta olhando para o lado de fora, pensando no trabalho político ferrenho que teria para recuperar tudo aquilo, até que Fillipi dá um grito, assustando a Brujah, ela olha pra trás e vê ele rindo, provavelmente de nervoso, ao término de suas palavras ela diz:

" - Estou muito preocupada com essa chuva de bosta que caiu sobre nossas cabeças, com certeza não vamos ter nenhuma influência neste principado."

Ela faz um semblante de incomodo e finalmente pergunta:

" - Mas afinal, quem era esse tal Jorge Silva, as imagens que eu vi, ele fez uma cagada tão pesada aqui pra gente perder até nossos domínios?"

OFF: Continua no Tópico Ruas da Zona Norte