Hotel Glória - bairro da Glória

Stevie quase sorri quando deixam os Anarquistas na responsabilidade dos Brujah, era praticamente uma volta a seu passado, e mais que isso, já tinha um ponto de partida de como fazer uma troca interessante, obviamente a Principe estaria de olho, mas provavelmente deixaria um ou outro negócio escuso passar por baixo dos panos desde que não prejudicasse visivelmente a torre.

"- Sem problemas, anarquia adicionada na lista de prioridades do Clã Brujah."

Talvez discreto, talvez não tanto, referia-se a Anarquia, não a Anarquistas, como prioridade do Clã.

Já um pouco afastado de canto, Henry permanece discretamente apenas ouvindo a conversa dos seus. Ouviu sobre a possibilidade de uma reunião entre todos os toreadores, o que lhe seria bem útil para poder conhecer todos e melhor, os membros do Clã daquela cidade e entender melhor a situação em que havia chegado e até ver melhor como se comportar ali, quais a regras do local.
E lhe pareceu que tal ideia também passou pela mente de França, que comentou com Ash sobre apresentar ele a todos na reunião.
O comentário de Guille levou Henry a lhe dar um sorriso gentil, quase galanteador de adolescente, mas foi apenas isso, não disse nada em sequência. Manteve-se apenas ouvindo e observando.
Estranhou a saída daquele que apouco havia chegado, o senhor Gabrois, mas imaginou que talvez ele tivesse alguma urgência a resolver, a vida alheia não era, ali, de sua conta.
Continuou a ouvir a conversa desenrolar, estranhando um pouco o silêncio do Bruno, apesar das palavras chulas e as que ele não compreendia, o achava deveras divertido, um homem animado, por assim dizer.
Então, algo o chamou atenção, a informação sobre uma possível assassina de toreadores, o fez por um momento franzir as sobrancelhas. Havia mais perigos pelo local, e talvez fosse necessário ter mais discrição do que já se é preciso para manter a Máscara.
Discrição algo um pouco complicado para o Clã das Rosas, geralmente.
O coreano começou a imaginar o quanto isso iria o atrapalhar em poder treinar seu violino e o estudo sobre música. Se apresentar por aí poderia ser ruim, passeios sozinhos também pareciam fora de cogitação. Muitos complicadores para ele.
Torceu um pouco o lábio enquanto tinha tais pensamentos nada prósperos em mente, mas voltou logo a expressão a neutralidade observando Guille e Ash, ouvindo a conversa e mantendo em mente que pelo menos tinha pessoas belas a sua volta, com boas vozes como Bruno e Ash, e interessantes a sua volta. Por um instante, recordou-se de Vincent também e seu sorriso. Tais coisas o pacificaram um pouco conseguindo o manter aparentemente tranquilo e neutro.
Estranhou um pouco o sorriso de Guille ao comentar sobre a informação de Ash sobre o assassino de toreador. Talvez fosse desdém ou algum tipo de sarcasmo, mas não tinha certeza o sorriso parecia sincero, de apreço a desafio talvez. Poderia ser considerando a constituição física dele. abriu outro leve sorriso observando Guille mais detalhadamente.

Stevie Armstrong não aceitara a ajuda do Toreador a respeito dos Gagrel. Uma pena realmente. Ao ver de Vincent, ele duvidava do poderia das Rosas na cidade. Não tem problema nenhum, quando viesse procurar ajuda, teria de se rastejar como um verme para consegui-la. A reunião segue sobre a quebra de máscara do homem voador que não era Ian, na verdade o era, mas apenas sua forma.

”Interessante.”

O Clã Toreador ficou encarregado das informações sobre os Independentes. Quaisquer que fossem elas. Já tinha em mente como consegui-las e quem enviar. O que impressiona Vincent é a quantidade de clãs que formavam o Sabá. Não sabia que a Espada de Caim tinha membros do clã Tremere em seu meio e isso era muito preocupante. A magia dos feiticeiros era perigosa e nas mãos erradas seria desastrosa.

Depois dos comentários, Vincent pontua:

-Os membros do clã Toreador serão informados a respeito de suas responsabilidades no que tange os Independentes. Todos os membros trabalharão nisso para termos resultados rápidos.

Não tinha mais nenhum comentário sobre o que já foi relatado.

Bruno acompanhava a conversa e ao ver o Nosferatu se afastar não se contém.

"- Que bicho estranho!"

Ele então ouve as palavras de Victoria sobre o clima de guerra na cidade e começa a cantarolar baixinho

"- Rio, cidade desespero/ A vida é bela, mas só vive quem não tem medo/ Olho aberto, malandragem não tem dó/ Rio de Janeiro cidade hardcore."

A voz rouca do toreador, embora agrade aos ouvintes, deixa claro que o canto não é uma de suas virtudes.  Talvez seja culpa do ritmo ou da falta dele. Ao mesmo tempo volta à mente do Bicheiro o resumo da última reunião que se encerrou com a crioula doida correndo pelo salão.

"- Nossa última reunião não terminou tão bem."

O sarcasmo de tal afirmação fica claro em sua face. E ele complementa:

"- Mas acho bom conversar pra resolver se seremos caça ou caçador. Digo logo que, apesar da gostosura transbordante, não tenho vocação pra leitão à pururuca de nenhum viado anarquista."

O telefone de Guille tocou, na tela o número de Xica da SIlva.

Filippi resmunga alguma coisa ininteligível que, esperava, passasse por uma desculpa, mas o jeito com que cruza os braços e joga o corpo para trás traduz sua impaciência. Filippi achava que ninguém poderia ser tão cansativo e cheio de firulas quanto Giangaleazzo, mas aqueles nosferatus estavam definitivamente fazendo um esforço para ultrapassá-lo, ou estavam tentando matar os brujahs de tédio.

Franze a testa, porém, com a informação a respeito do tremere antitribu. Aquilo não é bom. Filippi tem um histórico de colaboração com os tremere e de luta contra o Sabá e sentia-se pessoalmente desafiado com a notícia.

- Faça isso, senhor Lupinatti, vou fazer minha própria investigação. Espero que possamos trabalhar juntos para dar fim a essa escória - responde de seu jeito brusco.

Mas tem que se controlar para não dar uma risada quando Linda fala em colocar os brujahs atrás dos anarquistas. Ele mesmo era impermeável a isso, sua melhor amiga por anos fora uma anarquista - sua pequena Bruna, tão dedicada que ajudara a arrumar seu apartamento no Rio - e ele continuara combatendo-os sempre que não tinham assuntos em comum a discutir. Mas nesse assunto não podia pôr a mão no fogo por quase ninguém de seu clã, nem mesmo suas próprias crias.

É evidente que numa situação tão caótica os rebeldes acabariam aparecendo. Isso se não fora a própria Bruna quem espalhara a notícia do caos.

Vai escutando todas as informações sobre os inimigos. Um infernalista - eis algo que faz o grandão franzir a testa. Volta-se de novo para Lupinatti.

- Temos Guille França dos toreadores e Calebros dos nosferatus como delegados. É pouco, perto do número de desafios que temos. Gostaria de saber se algum clã tem mais alguém a indicar para a função, ou mesmo para auxiliar em algumas tarefas, já temos Lupinatti e Emilie como colaboradores.

Marie-Amélie apenas presta atenção aos fatos apresentados. Talvez seja melhor repassar mais uma vez a segurança do Elísio e ver o que pode ser melhorado.

Mick cruza os braços e inclina-se vivamente para Victoria, escutando-a com um ar atento, embora não pare de passar de um pé para o outro. Desde mortal, sempre tivera ojeriza a vinganças pessoais, algo difícil de acreditar de alguém que ordenara tantos assassinatos de inimigos, então a notícia de uma assassina de toreadores o faz torcer os lábios espontaneamente. Resolve entrar no papel que decidira interpretar e joga o corpo um pouco para trás.

- Bejaysus, anarquistas que odeiam toreadores, realmente?

Fixa os belos olhos de cílios compridos nos da toreador e sorri enigmático. Sempre gostara de mulheres mais velhas. Talvez Victoria não fosse muito mais velha que Mick quando morrera, mas ele aparentava ainda menos que seus 31 anos.

- Eu sou irlandês, ma'am, não tenho medo do inferno...

Ouve as manifestações dos outros e resolve aproveitá-las para seus próprios objetivos.

- Mas quem é essa anarquista, srta. Ash? O que sabe sobre ela, para que possamos nos prevenir? Os anarquistas não costumam ser bem organizados... - A menos que um deles se chame Michael Collins - pensa divertido, embora sua expressão não dê mostras disso.

Emilie se atenta às informações sobre o Sabá, que apesar de alarmantes, não eram surpreendentes. Podiam perceber o quanto a Espada de Caim era poderosa na cidade, e saber que haviam antitribus de seu clã entre eles a faz se contrair de raiva.

Já seria um problema grande se fosse o único. Não era, e Emilie não via como combater a situação sem conseguir aliados, sem dialogar com os lobisomens. Sem dar continuidade à missão que lhe havia sido passada pela criança...

Não que ela achasse que tudo precisava ser combatido... não tem como não se lembrar que Michael Collins estava na sala ao lado. Uma aliança com os anarquistas para combater o Sabá parecia ser mais interessante do que uma briga com eles, mas não achou que Linda precisava saber desta ideia...

Dessa forma, não tem nenhuma sugestão que quisesse externar. A divisão de tarefas lhe parecia boa por ora, e quando Filippi a menciona como colaboradora, a malkaviana acena a cabeça em concordância. Gostaria de oferecer alguém de seu clã, mas já havia oferecido John Smith... e Terry não parecia se interessar por isso.

François corrige o Primógeno Brujah e Vincent tem vontade de rir. Claro que um riso no meio da reunião causaria mal estar diante dos outros cainitas e criaria uma tensão entre o clã Toreador e Brujah e não era isso que Vincent queria. Tinha até uma boa relação com Luiz Fillipi, apesar da educação ogra que ele recebera de seu senhor e de sua vida mortal, mas ele parecia ser uma pessoa íntegra, até o momento.

Filippi então fala a todos e Vincent comenta logo em seguida:

-Pode contar com meu apoio para o que necessitar, Xerife Filippi.

Meneou a cabeça para o Brujah. A educação dele e a de Bruno se assemelhavam em muito. Apesar de achar seu irmão de clã mais grosseiro que o carrancudo Brujah. Infelizmente as habilidades de Vincent ainda não foram mostradas em ação. E pensando nisso ele se lembra do fiasco no Elísio em chamas.

”Mon Dieu....”

E seu olhar encontra o de Luiz Fillipi e Vincent não deixa de sorrir brevemente.

"Aparentemente o único membro deste lugar que pensa em cooperação mútua é Luiz Filippi e talvez Lupinatti. Ao menos dois deles...graças à Arikel. Assim temos uma chance de vitória. Assim espero."

Ela esperava para saber se Guille França atenderia ou não à sua ligação.

O coreano ouvia a conversa no seu canto, até que Bruno começo a cantarolar, apesar de não entender bem as palavras do Bicheiro, e dele não ser um exímio cantor, conseguiu captar qual seria o ritmo da toada e em sua mente visualizava como poderia executar aquela musica de forma melhor, quais acordes encaixar de forma que acabou de distraindo um pouco isso, acabando até murmurando o ritmo da melodia (e perdendo a piada de bruno sobre o leitão a puruca).
Volta apenas a prestar atenção ao ouvir de novo a voz de Victoria que falava novamente sobre a assassina das rosas.
- Ao que me parece, se fará necessário um plano mias articulado, do que apenas um embate de forças para pegar tal criatura...
Comentou baixo e então pôs os olhos sobre Guille que tinha o celular tocando. Sons sempre chamavam sua atenção com facilidade.

A bola sobre informações do infernalista é devolvida para Lupinatti, que nem fazia ideia de nada sobre o desgraçado. Sem duvida nunca se preocupou em estuda-lo, pois duvidava que chegaria o dia em que teria que enfrentar um Anátema. Ele estava errado.

As poucas ideias que Carlent passou não são ignoradas, mas se ninguém sobreviveu a um encontro com o infernalista era bem possível que parte daquilo fosse ficção. Teria que estudar sobre aquilo, mas não era a hora.

O Xerife fala sobre os delegados que tem e salvo os dois ele, Emilie e o Xerife pareciam ser os únicos colaboradores na investida contra o Sabá.

“Estamos fudidos...”

Mesmo assim Lupinatti meneia a cabeça positivamente quando o Xerife concorda em se ajudarem para encontrar bandos do Sabá. Lyon se manifesta oferecendo seu apoio logo em seguida, mas não acreditava muito no potencial de um Toreador contra um bando da Espada de Caim. Preferiu pensar que estava sendo preconceituoso e logo depois da pergunta de Linda ele novamente se manifesta:

- Sim, Príncipe Wilson. Diante do baixo quadro de membros que temos na cidade atualmente e a necessidade de fixação e manutenção da Camarilla, eu gostaria de solicitar a liderança de uma Cria, não só para mim, mas para quem mais quisesse entre os Primógenos aqui presentes, pois por mais que tenhamos que dedicar tempo para instruí-la será alguém que, se bem escolhido, poderia nos ajudar contra as dificuldades que estão por vir. Assim como gostaria de sugerir um carniçal para ajudar em nossa segurança.

Vincent continua atento à reunião. Luiz Fillipi ainda não tinha respondido ao Toreador sobre seu apoio nos casos futuros e então o Tremere na sala comenta sobre a criação de um cainita e de um carniçal para aumentar a população da Camarilla e a segurança dos próprios Primógenos. Um comentário prudente na visão de Vincent, mas para ele seria interessante outro lacaio. Não tinha tantas intenções assim de abraçar a sua atual carniçal, pelo menos não por enquanto, apesar de ela merecer o abraço.

-Gostaria de fazer voz junto ao primógeno Lupinatti sobre esta necessidade, príncipe Wilson. Na verdade eu já tinha intenções de solicitar a permissão de criar mais um lacaio para que me ajudasse nas questões casuais que porventura surgem. Minha atual lacaia é muito eficaz, mas está ficando, de certa forma, sobrecarregada com as tarefas.

Abriu um sorriso cordial para a príncipe, olhava aquela cara feia sem esgar algum e sem sentir nojo dela. Já tinha se deitado com outros ratos de esgoto e seria hipocrisia fingir nojo dela ou de Carlent.

-Sobre uma cria vinda diretamente da Primogenia, também apoio as palavras do primógeno Tremere. Eu particularmente não tenho a intenção de abraçar alguém, mas se esta oportunidade surgir, gostaria de fazê-lo, com a devida autorização do principado, é claro.

Tinha que conseguir algumas armas para si, mas não queria falar na frente de todos os Primógenos e denunciar a sua possível habilidade. Quando da apresentação de seu sobrinho, ele comentaria com a Príncipe.

Ficou de certa forma impressionado com as palavras de Linda Wilson. Achou que a decisão dela seria completamente o contrário do que ela respondera. Abriu um sorriso para a Nosferatu em forma de agradecimento e quando comentou sobre mais alguma coisa, Vincent é bem sucinto:

-De minha parte não tenho mais nada a dizer, príncipe Wilson.

Já tinha a avisado anteriormente da apresentação de seu “sobrinho” recém chegado. Imaginou que após a reunião da Primogenia ele seria recebido. Henry tinha sido indicado por sua senhora para vir ao Rio de Janeiro. Sabia as articulações das quais sua senhora utilizava-se para as suas vinganças. Tudo era muito bem arquitetado e o envio de Henry para aquele inferno, com certeza denotava vingança contra Cecyl. Tatiana era implacável em suas manipulações, ainda mais quando a enfrentavam.

O Coreano olhou para Victoria e abriu um pequeno sorriso um pouco desconcertado. Não estava esperando falar algo que pensava assim de supetão.
- Senhorita Ash, direi então coisas que me vieram a mente conforme pede que o diga, mas não creio ter nada extremamente bem formado para o momento, apenas alguns levantamentos... Bem, uma assassina assim não me parece que seja descuidada em seus atos... logo me parece que a melhor forma de pegar alguém com tal capacidade é saber orquestrar um bom plano, com todos os detalhes em seus arranjos. Uma pequena falha poderia significar a destruição de alguém que não ela...
Gira os olhos pelo ambiente pensando um pouco. Na verdade estava tentando escolher as melhores palavras pra designar aquilo que lhe corria em mente, lhe era mais fácil escolher acordes de uma música do que palavras.
- Ter um local previamente preparado, onde se conheça o terreno, mais que o inimigo é sempre uma boa vantagem. Então seria necessário a atrair para esse local. Criar uma armadilha ou emboscada. E bom, para a atrair seria necessário correr riscos... e... criar uma isca. Mas um combate controlado num local controlado pode ser a melhor forma de pegar alguém tão perigoso...
Olha um pouco para baixo abaixando a cabeça enquanto fala.
- Um toreador forte, ou conhecido da região, seria uma isca ruim... Apesar de tentador a assassina... Chamaria atenção e provavelmente a faria desconfiar de estarem armando algo contra ela... Porém, alguém novo na cidade... – faz uma pequena pausa cortando o raciocínio - Existem muitos toreadores que gostam de chamar atenção por onde passam e creio que esses sejam vítimas fáceis e em potenciais para ela. Inocentes frente ao cenário novo e alardeando sua existência como uma sirene. Creio que possa ser uma forma de chamar atenção dela e a atrair...
Faz o gesto de como se fosse suspirar e então conclui a sua idéia, mesmo não gostando muito do rumo dela.
- Eu não sou de gostar de mostrar, mas tenho como fazer isso, se necessário e pedido. E creio ser aqui o mais novo e o mais fácil de passar por não ter conhecimento dessa criatura de destruição das rosas. Logo, creio que tenha a melhor base aqui e também o instrumental necessário - da um leve tapinha em sua bagagem - para chamar a atenção dela e ser a 'isca'... Logo seria apenas necessário tempo, preparo e encontrar o local e o momento certo... Mas claro, que isso é apenas uma ideia simplista... Creio que os senhores com maior experiência e sabedoria tenham melhores planos ou possam encorpar este, caso o achem conveniente...
Olha a todos com olhar resignado e dá um passo para trás de forma discreta, esperando o que comentariam.

A conversa divagava sobre anarquistas, Guille estava atento, porém seu telefone toca, ele pede licença e se afasta alguns passos para que não pudesse ser escutado a não ser que se esforçassem, então atende Xica da Silva.

"- Senhorita da Silva, que prazer escutar notícias suas novamente nesta noite."

Guille era simpático, aguardava o que ela falaria, talvez avisar que gostaria de conversar com ele novamente.

Stevie ouvia o que diziam sobre a liderança do Sabá, e sobre Anátemas, não tinha medo de nada, e para onde colocassem ele na linha de frente iria, mas essa era responsabilidade de Fillipi, ao menos a organização da luta, ele tinha que pensar em outras articulações, e ainda não conseguia captar como o Primógeno Tremere e o Toreador lidavam um com outro, pareciam cutucar e assoprar a cada dois segundos, pra um Brujah era difícil perceber aquelas nuances.

Meramente passa por seus ouvidos a ideia de ter um lacaio, ele não via seu bar a tempos, mas seria bom ter um carniçal lá, imaginava, talvez alguém confiável, ou com algum contato, segurança, policial, as possibilidades eram muitas, nunca teve Lacaios próprios, só de seu bando, e nunca pensou em ter uma Cria, mas talvez fosse a hora, se encontrasse o candidato ideal.

- Mary Love - repete Richard, como se quisesse guardar o nome.

Na verdade, Mick conhece muito bem esse nome. Nunca a encontrara e sabe pouco sobre ela; no entanto, tem perfeita consciência de que ela está no Rio de Janeiro. O que Victoria conta atiça a curiosidade do irlandês a respeito dessa nova companheira. Se pudesse deixar seu comportamento sob controle, acredita que Mary seria muito útil a seus planos.

É então que Henry vem com seu plano elaborado, oferecendo-se de isca. Mick não tem como não se deixar comover com a coragem do oriental.

- É um plano ousado, Henry. E como você faria para capturar essa criatura? É muito nobre se oferecer em sacrifício, mas é inútil se não estiver dentro de um plano eficiente...

Se soubesse detalhes do plano o bastante, poderia ser capaz de salvar o toreador e enfraquecer a Camarilla ao mesmo tempo.