Hotel Glória - bairro da Glória

"Então vamos começar o trabalho" pensa rispidamente ao ouvir a colocação de Linda, mas não era tão ousada quanto Filippi para dizer isso em voz alta. As ideias de Lupinatti pareciam boas, embora a malkaviana não tivesse nenhuma candidata a cria, mas podia pensar seriamente na ideia de fazer mais um lacaio. Uma pessoa forte e esperta, que pudesse ajudá-la a resolver os problemas práticos que poderia ter.

- Acho que tudo já foi suficientemente esclarecido, príncipe Wilson.

Marie-Amélie sacode a cabeça.

- Não, exaltada príncipe, o clã ventrue não tem nada a acrescentar por enquanto.

Mas poderia fazer uso de mais uma carniçal. Poderia deixar Martine apenas aos cuidados dos negócios e ter alguém de confiança exclusivamente para o Elísio à noite...

Filippi fica pensando que ideia de jerico aquela de abraçar uma cria no meio do caos. Porra de ideia de anarquista fazedor de bando. Seria a mesma coisa que querer fazer uma criança no meio de uma guerra - para o militar, soa como se Lupinatti nunca tivesse estado em uma.

É claro, faria muito bom uso de suas próprias crias ali. Dante está preso por seus afazeres pessoais no sul, evidentemente, mas Filippi poderia tentar convencer Hector a se juntar a ele. Pode dar uma boa direção para o que ensinara para aquele piá que afinal de contas já provara que podia se virar sem ele.

E um carniçal. Ah, sim, eis uma ideia boa.

- Posso fazer uso de um lacaio também, senhora príncipe. Gostaria de solicitar para que eu e cada um dos delegados tenha esse direito.

O coreano da um sorriso leve a Richard.
- Como disse é apenas uma ideia inicial, ainda grosseira e rudimentar. Detalhes, claro, precisam ser antes previstos e acertados. Um local apropriado que nos seja vantajoso, uma forma de manter dos nossos escondidos e por perto para pegar tal assassina quando ela se revelar e avançar para a isca. Imagino que talvez não seja uma ação apenas de nossa casa... Talvez as outras aliadas se interessem... Afinal, esse tipo de cooperação é o que mantém todos juntos... Mas tenho certeza que senhor França, ou o senhor Modenesi, ou a senhorita Ash, ou mesmo o senhor Lyon podem ajudar com o plano e recursos... O primeiro passo, claro, é saber mais sobre com quem se pretende pelejar. Como diz um dito popular, se pega mais moscas com mel do que com vinagre.
Henry não se sentia como o corajoso, apenas sabia que não tinha muita utilidade em batalha e com aquilo, sendo a isca, ganharia todo o tempo para que pudesse fazer o que realmente gostava, dedicar-se ao violino. Sabe-se lá quando essa assassina viria atrás dele, ou até tudo estar organizado para a armadilha. Logo considerou que teria um bom tempo para si e o violino e sem ter ninguém para o atrapalhar. Parecia lucrativo a ele também no fim das contas o plano que lhe veio em mente e se colocar como isca. Afinal, não era nada correto se criar um plano e colocar o pescoço de outro em risco.
Então Victoria comenta sobre o plano também. E que, segundo ela, seguia a mesma linha de raciocínio que possuía. O que era ótimo para ele. Se sentiu mais afinado com o casa nova.
- A idade fornecesse sabedoria e experiência... Exatamente por isso, considerei que a tal assassina preferisse de início alguém novo neste local, que parecesse estar sem tais preparos...
E em seguida, ela deu algumas informações a mais sobre o gosto da assassina e forma de agir, emendando com aquilo, a pergunta sobre o que Henry seria. Apesar de manter sua face tranquila, por dentro sentia um pouco de perigo no ar. Se dizer um artista de notável talento, significava ali posar-se como prepotente e ser alvo de ácidas críticas e comentários quanto ao que fazia pelos outros por todo o tempo, mas negar, seria se colocado a parte como um blefador, algo que sempre lutará para não ser. Era uma questão de escolher bem as palavras no perigoso terreno da conversa dos toreadores.
"A afiada lingua de um toreador, mais mortal que qualquer lâmina sobre a vida ativa de alguém..." pensou
Tamborila os dedos rapidamente sobre a bagagem, sobre a caixa do violino que carregava e então num sorriso responde a senhorita Ash, olhando de forma cordial e um pouco subserviente , quase como um aluno olha para uma professora querida e severa.
- Notável talento... Talvez, este seja um termo forte a se usar. Mas, se lhe vale, eu sou um violinista, tenho apreço tanto à música clássica quanto ao pop contemporâneo, e possuo algumas habilidades na edição computadorizada de áudio e remixagem. Considero sim isso, minhas humildes capacidades musicais, como um talento... Mas notável... Bem, isso não sou eu quem poderia avaliar ou dizer... Creio ser algo que sempre caiba ao público... O público é quem sempre decide o que lhe capta atenção e o que irá recordar, o que lhe será notável ... - faz uma pequena pausa como se estivesse refletindo sobre - Porém, creio que com o eu que tenha, já possa ser suficiente para atrair a atenção de tal assassina e assim não arriscar alguém mais importante e com mais experiência nesta cidade...
Seu sorriso aumenta e chega a parecer quase galante.
- E claro, seria um prazer poder ofertar a todos vocês uma peça ou outra em meu violino. Algo que seja de seus agrados... – passa os olhos sobre todos nesse momento, mas se demora um pouco mais sobre Guille que falava ao celular.

Lyon junta sua voz a de Lupinatti e o Tremere espera que com aquilo Linda cedesse a necessidade dos Clãs de aumentar seus números. Infelizmente ele estava errado. Ao menos sua ideia do carniçal havia sido aprovada, o que já era alguma coisa, mas longe de ser o ideal.

O Xerife parecia mais um interessado na ideia do Tremere, mas ao menos pensa em ajudar seus delegados também, o que é um grande avanço, já que estavam em desvantagem considerável.

Quando Linda da por encerrada a reunião Lupinatti começa a se levantar da cadeira e diz:

- Creio que Rykan já tenha feito algum tipo de apresentação a senhora, visto que a nomeou como Algoz.

Um sim ou um não já bastaria para o Tremere, caso estivesse errado, decidiria como proceder. Virou-se então para o Xerife e com um aceno de cabeça se despediu dizendo:

- Entrarei em contato com você assim que tiver noticias... Quanto aos lobisomens...

Olhou então para Emilie e Marie e repetindo o gesto dado ao Xerife se despediu de ambas dizendo:

- Assim que desejarem se encontrar com eles, estarei pronto para ajuda-las com a segurança do local.

Por fim, Lupinatti olhou para Lyon e com uma consulta rápida em seu relógio de pulso diz:

- Acho que nossa conversa terá realmente que ficar para amanhã Sr Lyon.

Era claro que mais ninguém tinha qualquer adendo diante das últimas palavras da Príncipe horrorosa. Na verdade ficou um pouco chateado que Luiz Fillipi não lhe respondera sobre o apoio que ele precisasse. Não tem problema. Preferia o silêncio do que a grosseria anteriormente vislumbrada do Brujah. Esperava sinceramente que suas palavras não tenham sido levadas pelo vento como areia no deserto mais escaldante, pois se isso tiver acontecido, o apoio pode virar contra ele.

A feiosa dá permissão para que o xerife tenha dois lacaios e os delegados um.

”Guille ganhou alguma coisa.”

Poderia sorrir, mas não o fez. Linda comenta sobre o cuidado com a máscara, orientação mais que necessária diante de tantos erros cometidos. Era hora da apresentação dos membros recém chegados. Vincent vai se levantando com o fim da reunião quando ouve as palavras de Lupinatti sobre várias coisas e depois ele se dirige ao Toreador, que o responde com a máxima educação:

-Não há problema algum Primógeno Lupinatti. Caso esteja disponível amanhã, podemos conversar.

Era muito educado com o Tremere. Se dirige a todos e a ninguém ao mesmo tempo:

-Com licença, mesdemoiselles, messieurs.

Se levanta e olhando para cada um presente, meneia a cabeça em tom de cumprimento. Assim que tem a permissão, Vincent deixa a sala e segue até o local de espera. Consegue ver que Victoria, Guille, Bruno, Henry e mais um estranho estavam presentes. Como um bom Toreador, ele segue na direção de Victoria, cumprimentando-a de forma muito elegante. Toma-lhe a mão e beija-a delicadamente sem se importar se estava atrapalhando a conversa ou não:

-Mademoiselle Ash...que satisfação revê-la. Sua presença deixa minhas noites mais vivas, mais ricas e com mais cor.

E então para Bruno após a resposta de Victoria ou não.

-Monsieur Modenesi...que bom que está aqui. Podemos conversar após a apresentação de monsieur Sung...caso desejar.

Olhou em volta, identificou o estranho como um completo estranho. Era bonito, muito mais bonito que Bruno, é claro, mas ainda não tinham se apresentado devidamente. Estendeu a mão para o homem e proferiu:

-Boa noite monsieur...Vincent Lyon, Primógeno do clã Toreador, a seu dispor.

Cumprimentou-o e percebeu que Xica da Silva não estava presente e que Guille estava ao celular. Falava com ela? Seria ótimo se sim. Precisava urgentemente de uma reunião de clã e o Elísio era o local perfeito. Depois da apresentação do estranho (Michael Collins), Vincent diz ao grupo Toreador.

-Temos algumas coisas a tratar. Membros do clã da Rosa...por gentileza permaneçam aqui até o fim da apresentação de monsieur Sung. Precisamos ter uma reunião de clã urgente para tratarmos dos assuntos da cidade e de novas diretrizes passadas pela príncipe.

Olhou para Bruno, já que o Secretário do clã estava ocupado ao telefone e proferiu:

-Monsieur Modenesi...por gentileza reserve uma sala do Elísio para a reunião de nosso clã e tente contatar mademoiselle da Silva para que nos encontre aqui o mais rapidamente possível.

”Nunca que eu iria pedir algo assim para Victoria Ash.”

E agora para Henry:

-Monsieur Sung...me acompanhe para a sua apresentação.

Abriu um imenso sorriso ao sobrinho.

- O Encanto é todo meu, Guille. - suave e aveludada, essa era a fala da vampira. Carregando a sensualidade e a volúpia que tinham sido suas marcas registradas ao longo da história.

- Ligando para saber se tem alguma notícia de nossos irmãos. Ontem ficamos de organizar um encontro das rosas, mas não obtive resposta alguma de Vincent ainda.

Stevie estava esperando o fim da reunião, e ela vem, e então viria a hora de apresentar Mick, seguia Vincent para fora da sala de reunião, chegando ao lado de Mick sem que este o visse, tocando em seu ombro e falando em seu inglês americano.

"- You're up man... Vem comigo que tá na sua hora..."

O Brujah sorria, finalmente aquela lentidão acabara e poderia voltar a campo.

Guille escutava Xica e já ia respondê-la quando Vincent aparece pedindo para que aguardassem ali, então responde.

"- A reunião ainda acont.... Ah, espere, aparentemente acabou agora. Vincent acaba de me informar que gostaria que fizéssemos uma reunião de Clã... Por que não vens ao Hotel da Glória? Então poderemos colocar todos os assuntos em dia."

Por um momento há uma breve troca de sorrisos entre Ash e o coreano.
Logo chega Vincet, agitando o lugar e como se inconsciente competisse com os outros dois, tinha na face um sorriso maior, cheio de dentes.
Vincent se aproxima cumprimentando todos e já agilizando uma reunião formal entre as rosas e pede que todos ali esperassem um momento para organizar tudo, assim que ele retornasse após a apresentação a príncipe de Henry.
O asiático se recorda das formalidades necessárias e dos comentários que Lyon havia feito sobre a príncipe e sua formalidade. Quase instintivamente ajeita a postura e alinha um pouco a roupa, deixando as malas no chão, ficando apenas em mãos a que continha o violino. Terminado isso encara Vincent que já o pedia para o acompanhar.
Estranhamente apesar do momento pedir formalidade e ser até consideravelmente enfadonho e protocolar, aquele tipo de apresentação, Lyon abria um sorriso enorme ao garoto, que achava aquele gesto incomum e até errado ao momento, mas de certa forma também, reconfortante. Sorriu de volta a ele, de uma forma mais contida, e então tornou-se aos outros da sala fazendo uma breve mesura.
- Sillyehabnida*, digo...Perdão... Retorno assim que possível senhores...
E pôs-se a seguir Vincent, andando no mesmo ritmo que ele, seguindo em suas costas em silêncio. Quase como um patinho segue a mãe pata.
Sentiu vergonha ao pensar sobre isso, esperava que fosse o único a ter feito tal relação de imagens e sentiu-se mais desconcertado ao lembrar que Vincent o havia chamado de sobrinho. recordou que nem Cecyl e nem Tatiana o haviam tratado como um membro da família. Diferente de Lyon que já foi logo brincando com aquilo. As cosias no Brasil realmente eram diferentes.


(( OFF:  *Sillyehabnida - Desculpe, perdão, no sentido de com licença... em coreano ))

- Logo estarei no Glória então, Guille. - ela respondeu com um sorriso. Então se reuniriam ali? Não estava tão longe de seu próprio lar. DEsligou a ligação, pronta para seguir em direção ao hotel. - Boa noite e até logo!

O Tremere ouve as palavras de Lyon e a confirmação de Linda sobre a aprovação da presença de Rykan na cidade.

Como se a Tremere soubesse que estavam falando dela, seu celular vibra com o recebimento de uma mensagem. Ao conferir seu conteúdo Lupinatti se põe novamente a pensar.

Não poderia fazer as remoções imediatamente. Não enquanto os rituais bloqueassem sua passagem. Infelizmente precisaria da ajuda de Rykan para aquilo.

- Com licença então senhores... Estou me retirando...

O Ancião então segue para o lado de fora da sala de reuniões a passos rápidos, seguindo em direção a saída do prédio. Enquanto caminhava, Lupinatti digitava nova mensagem.

“Me passe as coordenadas onde está. Irei encontra-la. Entrarei em contato com Fátima para que ela faça...”

Enquanto digitava, Lupinatti parou para refletir na mensagem que estava digitando.

A ultima vez que pediu para que Fátima pegasse o que era importante e saísse, ela levou apenas ela e ela mesma. Não cometeria esse erro uma segunda vez.

“Me passe as coordenadas de onde você está. Irei encontra-la. Fátima está com você?”

Seguiu para o salão principal e já caminhava em direção a saída para ir encontrar com Rykan.

Nem tinha percebido que o Primógeno Brujha bonitão, Stevie, o estava seguindo. Quando perceber que Stevie aborda o estranho que Vincent tinha cumprimentado, então percebe que o homem era um Brujah recém chegado. Nada comenta e apenas observa o todo da sala, que parecia abarrotada de rosas. Faltava uma delas, mas o número de rosas no Rio de Janeiro era grande e eles tinham que fazer alguma coisa para fazer valer este número e ganhar o status que mereciam.

Quando viu que Henry o acompanharia, proferiu:

-Monsieur Sung...vamos agilizar a sua apresentação. Devo reiterar que não deves se impressionar com a príncipe e com o Primógeno Nosferatu. Lembre-se que as aparências enganam.

Suas palavras eram sérias, apesar de Vincent tratar a situação de apresentação com tranquilidade. Aquele tipo de coisa o agradava, o que o desagradava eram reuniões intermináveis. E emendou:

-Seja direto em sua apresentação e responda tudo com tranquilidade.

Desta vez sorriu e já percebeu que estavam na porta de entrada do local que estava antes. Abriu a porta para que Henry entrasse e após ele entrar, sorriu para a príncipe e para Carlent.

-Príncipe Wilson...Primógeno Carlent. Este é Henry Lee Sung do clã Toreador. Chegou há pouco na cidade e veio se apresentar como mandam as leis da Camarilla.

Aguardava Linda fazer as perguntas.

Estupefato, essa é a melhor definição para o que transparecia no semblante do Bicheiro. Todos estavam conversando tranquilamente quando o Primógeno sai, não se sabe de onde, e começa a dar ordens. Para Bruno sobra a tarefa de achar uma sala para reunir o clã. Sem ter tempo nem para tentar esmurrar a cara de seu afeminado "líder", ele apenas observa Vicent se retirar acompanhado do japa peso micróbio.

Bruno olha para os demais sem enxergar ninguém na sua frente e comenta em tom de desabafo:

"- Agora fudeu! Tô com cara de Capitão do Mato pra ficar atrás de nêga fujona?"

Sem se preocupar com respostas alheias ele se volta e procura no salão algum lacaio que pudesse indicar uma sala para reunir o clã e complementa resmungando:

"- E ainda virei secretário da donzela da tinta guache."

Filippi não se apressa em sair da sala de reuniões, antes volta-se para Vincent, Lupinatti e Emilie quando passam por ele.

- Temos de conversar sobre nossa estratégia. Amanhã, ao mais tardar. Quero saber em que vocês podem ajudar.

Em seguida, vai saindo atrás de Stevie, dizendo a ele.

- Tu também, guri. Mas nosso clã precisava bater um papo primeiro.

Observa por um instante as pessoas no saguão, especialmente as que não conhece. É difícil deixar de reparar no grandão mal-encarado de olhos azuis gelados, vestindo uma camisa preta amarfanhada, que parece pronto a se lançar contra qualquer um que fizesse um movimento fora de lugar e obrigá-lo a fazer cinquenta flexões.

Marie-Amélie pede licença à príncipe e assim que sai da sala aproxima-se do xerife.

- Monsieur Filippi, podemos ter uma palavra? Gostaria que o monsieur ficasse, eh, como diz em português? Eh, vamos dizer, conhecedor de todo nosso sistema de segurança... Me acompanhe, s'il-vous plaît.

O moço bonito continua se movendo incessantemente, inclinando-se ora para Henry, ora para Victoria, conforme falam, com uma expressão interessada. Apenas lança um olhar para Guille quando ele se afasta, para em seguida voltar-se para o coreano com um sorriso divertido.

- Se puder tocar um jig ganhará para sempre o coração de um irlandês exilado!

Então Stevie e os outros saem da reunião de bando, e um sujeito se apresenta a ele como o primógeno toreador. Richard dá um sorriso encantador e aperta a mão dele com firmeza.

- Richard O'Brien. Prazer.

Inclina-se para ouvir o que Vincent fala para os outros e guarda mentalmente o nome de todos os toreadores. Vincent, Victoria, Henry, Guille, Bruno e a misteriosa senhorita da Silva. Parece uma força considerável. Se puder manter boas relações com eles, Mick espera ter um bom canal de informações - os toreadores não são exatamente conhecidos por sua discrição.

Então Stevie toca seu ombro, e Mick responde com seu melódico sotaque de Cork:

- Fine enough. Let's do it.*

Volta-se para os toreadores, com o sorriso mais angelical, fitando os olhos nos de Victoria por um segundo a mais.

- Foi um prazer conhecê-los a todos.

Segue atrás de Stevie, de Vincent e de Henry, tirando o chapéu por gentileza ao se encontrar diante dos nosferatus, o que faz uma espessa mecha de cabelo castanho cair sobre sua testa. Richard joga a cabeça para o ombro para afastá-la, observando o melhor que pode aquelas pessoas, com a expressão neutra.

*Certo. Vamos fazer isso.

Seguia o senhor Lyon o ouvindo em suas instruções, por mais que outro não pudesse ver,  o coreano acenava com a cabeça a cada nova instrução que ele dava. O que talvez fosse engraçado a quem vinha em seguida vendo tudo.
Então Vincent para em frente à porta e a abre dando passagem ao coreano.
- Obrigado... -  diz a Vincent em um tom baixo de voz.
Segue mais a frente, segurando a caixa com o violino a sua frente com as duas mãos e então coloca os olhos sobre a Príncipe pela primeira vez e no vampiro que acompanhava. Ambos possuíam uma estética peculiar.
Tinham uma aparência incomoda, mas o semblante de Henry em nada mudou. Deu mais alguns passos a frente enquanto Vicent o apresentava e então fez uma reverência, curvando seu tronco a frente, aumentando tanto o ângulo da curvatura do corpo como o tempo de duração do ato, comparado ao que ocorrera ao cumprimentar os outros vampiros naquela noite, indicando um respeito maior a príncipe, que seria denotado caso estivesse acostumada com tal tipo de cumprimento.
- Mannaseo bangabseubnida*... É uma honra conhecer a Príncipe desta cidade alcunhada como a “Cidade Maravilhosa”.
Ofereceu um pequeno sorriso a Linda e a Carlent, mostrando gentileza em seus atos. E ficou a esperar algum tipo de pergunta.


( Off: *Mannaseo bangabseubnida – Prazer em conhecê-lo, em coreano. ))

A toreador alcança o Hotel Glória e entra pelo espaço, guiada pelos carniçais, encontra-se com os vampiros reunidos. Aproxima-se de Bruno e Guille, além de Victoria.

- Boa noite, queridos!

Emilie levanta-se devagar e sem pressa, ainda refletindo sobre onde começar a fazer o que precisava quando Filippi a aborda. Ela dá um sorriso abatido para ele, acenando em concordância.
- Vamos combinar um horário e lugar…

Porém, logo Filippi se afasta para falar com Stevie, e é abordado por Marie-Amélie, e Emilie decide falar com ele mais tarde. Passa pelo salão e procura algum lugar mais discreto, longe dos outros, para ligar para Terry Constantine.