Ruas - Zona Sul

O Baali continua andando pelas ruas da Zona Sul e resolve adentrar o bairro pela rua Cupertino Durão. Tinha decidido ficar naquele hotel de quinta categoria antes de encontrar o ser “puro” que foi sacrificado em nome de Nahash. Mudara de ideia e ao passar na frente do Leblon House, ele resolve entrar e fazer a reserva de um quarto.

Depois da reserva, George segue ao quarto para pensar seus próximos passos na próxima noite. Apesar de algumas ideias já estarem surgindo em sua mente.

O cainita pega o telefone e faz uma ligação. De alguma maneira algumas coisas não tinham desaparecido completamente de sua mente quando da mudança de Ian para George. O número discado é para Sophie Tissot, a carniçal que servia Ian Tokunaga. Assim que a ligação é atendida, George diz:

-Boa noite senhorita Tissot. Gostaria de conversar com a senhorita ainda esta noite. Seria possível?

Não se identifica de propósito.

Da zona Norte, a toreador se encaminha em direção ao Hotel Glória, seguindo pelas ruas da Zona SUl.

Sophie pode perceber o sorriso do outro lado da linha quando a voz de George mais uma vez é ouvida por ela:

-Um amigo que quer lhe fazer uma oferta.

Aguardou um instante e continuou:

-Pode me encontrar na frente do Posto 11? Prometo que será rápido e não tomarei muito seu tempo.

-Que pena senhorita Tissot.

George fica dois segundos em silêncio e completa.

-Tenha uma ótima noite. Peço desculpas por tê-la incomodado.

Aguarda Sophie desligar, mas sua ideia era deixá-la curiosa sobre o assunto.

A ligação é encerrada e a isca é lançada. Agora teria que se apresentar devidamente para seu Primógeno. O Brujah Stevie Armstrong. George então liga para o Primógeno da casa dos eruditos e aguarda ser atendido.

A chamada é recusada mas uma mensagem chega praticamente logo depois.

Quem é? Não posso atender agora.

George teria que aguardar a ligação de Stevie. Então resolveu trancar a porta do quarto que alugara para passar o dia e resolver analisar as armas das quais ele conseguira nos corpos dos soldados.

Colocou-as em cima da cama e começou analisar a primeira minuciosamente. Precisava saber como aquelas armas funcionavam e se tinham rastreadores. Começou a desmontar a arma com máximo cuidado.

OFF – Solicito rolagem de dados para desmontar uma das armas e conseguir informações sobre aquele tipo de arma.

Infelizmente aquela tecnologia maldita não era de entendimento de George e isso faz com que a arma da qual ele tentava desmontar exploda em sua cara. O dano causa-lhe dor quando os pedaços voam e o cortam como faca, mas nada com que tivesse que se preocupar. Além disso, as outras armas começam a emitir um som estranho. Outra coisa fora dos planos.

Logo após, ele recebe uma mensagem em seu celular. Era a sua ex carniçal que entrava em contato. A mulher estava tão relutante antes em encontrá-lo e agora queria vê-lo? Que coisa estranha.

”Mordeu a isca querida? Mas é tarde demais para você.”

Teve uma ótima ideia que envolvia a carniçal e as armas que apitavam. Abriu um sorriso sádico e começou a rir de suas ideias. Pegou uma sacola, a fronha do travesseiro do quarto, um lençol e a toalha do banheiro. Enrolou as três armas que sobraram inteiras na fronha, no lençol e na toalha para abafar o som e colocou tudo dentro da sacola. Pegou seu celular e saiu do quarto, trancando o aposento e seguindo a pé até o posto 11 o mais rápido que conseguia.

OFF – George absorveu todo o dano.

Ela seguia pelas ruas da Zona Sul, quando ligou para o irmão de clã, Guille França.

Não demora muito para que George chegue até o posto 11. Carregava a sacola com as armas que apitavam envolvidas em tecido para abafar o som e levava seu celular. Assim que chegou, digitou a seguinte mensagem à sua ex carniçal:

SMS – Me encontre no Posto 11 daqui vinte minutos. Me ligue quando chegar para que possa me identificar. Venha sozinha.

Depois de enviar a mensagem, ele liga para a polícia. Assim que é atendido, George diz:

-Quero fazer uma denúncia. Uma mulher suspeita está vindo para o Posto onze. Ela parece trabalhar com aqueles terroristas que estão atacando a cidade. A mulher tem cabelos pretos, é oriental, altura X, pele branca. Chamem a FESN.

E desliga o telefone imediatamente. Apaga as últimas ligações da memória e limpa-o para não deixar nenhuma digital, vai por trás do Posto Onze e coloca a sacola com as armas para escondê-las e joga o celular dentro da sacola com cuidado para não ser identificado no futuro. Tranquilamente ele deixa o local e retorna para o hotel do qual estava hospedado.

George retorna para o quarto de hotel que tinha reservado para passar o dia e liga a televisão. Aguardava a ligação do Primógeno Brujah para se apresentar como deveria. Sua ex carniçal já tinha tido um fim, imaginou. Então trocou o canal para ver se algum noticiário informava sobre a captura de outro terrorista. Deixou a televisão ligada enquanto recolhia os estilhaços e pedaços da arma que explodiu na sua cara. Poderia utilizar os restos para estudar aquele tipo de tecnologia.

Prosseguia em direção ao Glória. Pediu ao carniçal que estacionasse o mais próximo possível do Hotel.

A repercussão do fato da prisão da ex carniçal é bem grande. George acha aquilo um pouco estranho. Achava que a mídia estava escondendo as informações do público sobre as criaturas da noite.

”Ah FESN...você ganhou um informante maravilhoso, não é mesmo?”

O infernalista abre um sorriso maldoso e desliga a televisão. Não queria ser incomodado por nada. Também não tinha certeza se seu telefone tocaria novamente naquela noite e resolveu fazer alguns rituais para a proteção do aposento em que estava. George então se senta no chão e se concentra em um cântico aprendido há décadas atrás. Não sabia ao certo como o aprendera, mas tinha conhecimento dele.

- In illis tutela tenebris. In tenebris non invenient. Tenebrarum sociam…

Mesmo não sabendo latim, George tinha aquelas palavras gravadas em sua mente. Era um ritual simples para que a escuridão da noite o protegesse de possíveis inimigos, mas que poderia ser utilizado com outro ritual para ser melhor aproveitado, mas uma coisa de cada vez. Durante vinte minutos George repetia aquelas palavras.

OFF – Solicito rolagem para o Ritual de nível 2 – Colocar a Máscara das Sombras.

O táxi já seguia pelas ruas enquanto Lupinatti tentava manter seu foco em outra coisa que não a sensação de que algo ruim estava para acontecer. Se a FESN estava envolvida, aquilo poderia ser uma armadilha? Esperava verdadeiramente que não, mas ou começavam a trazer resultados ou viveriam andando em círculos.

Ao fim do ritual, George sente que alguém se aproximava. Era uma sensação estranha, apesar de não estar ouvindo nenhum passo. A sensação de que tinha sido seguido aumenta. Cometera um erro tão crasso assim? Olhou em volta para procurar alguma saída da qual pudesse fugir e não conseguiu ver nenhuma janela que pudesse ser utilizada.

Algo não estava certo e George tenta se posicionar ao lado da porta. Assim que a porta fosse aberta, isso se ela o fosse, George poderia atacar o ser que a atravessaria. Se fosse um mortal do local, ele se explicaria, se fosse outra coisa, poderia fazer uso de seus poderes para acabar com ele. Além disso, o infernalista ativa o nível 1 de Auspícios para aumentar seus sentidos e tentar perceber algo mais. Acreditava que o ritual da Máscara das Sombras, somado às suas habilidades de furtividade, o ocultasse do possível invasor, caso ele existisse.

OFF – Utilizado nível 1 de Auspícios – Sentidos Aguçados.