[CAERN] Clareira Central

Igor observou a Assembleia começar a se encaminhar para a última parte, onde os juízes e galliards deveriam fazer suas considerações sobre suas próprias matilhas. No entanto, o Esquadrão não tinha nenhum dos dois até chegar ao caern, e o theurge olhou para seu alpha com expressão de dúvida.

- Como vai ser, Kiba? Algum de nós vai falar ou vamos nos abster?

Finalmente a Assembleia se encaminha para o final e antes do renome ser distribuído é dado a chance aos Galliards e Philodox das matilhas contarem feitos sobre suas missões recentes. Infelizmente, nem Arsenal, nem Tristhan estavam prontos para cumprir suas funções na matilha. Com isso, Kiba apenas se mantém em silencio e quando Igor lhe questiona sobre falar ou se abster o Ahroun responde:

- Vou falar... Só to buscando as palavras certas...

As narrativas terminavam e poucas matilhas restavam para se manifestar. O Ahroun então respira fundo, tomando coragem e da um passo a frente:

- Boa noite a todos, para os que não me conhecem sou Kiba Valentine, Ahroun, Fostern, dos Presas de Prata e Alfa da Esquadrão da Fúria... Como nosso Galliard é novo na matilha, eu gostaria de falar sobre a investida de minha matilha nesta noite.

Dito isso o Presa de Prata faz uma pausa, respira profundamente mais uma vez e diz:

- Na noite passada, ficamos sabendo das atividades de uma vampira que estava sequestrando crianças em um hospital da zona oeste do Rio, território da Esquadrão da Fúria. Suas ultimas vitimas tinham sido dois parentes dos Presas de Pratas, meus primos, e um deles estava destinado a se tornar um Garou.

- Por sorte, a vampira era bem descuidada e deixou varias pistas de suas atividades. Com a ajuda dos Andarilhos do Asfalto, nós conseguimos as filmagens do hospital e das ruas próximas ao local. Com isso conseguimos identificar a maldita.

- Depois disso a Esquadrão organizou a caçada, convidando também as Fúrias Negras e os Presas de Prata da Seita para saírem em uma caçada a essa vampira e ao vampiro de nome Charlie, que é inimigo da Titãs e da Seita.

- Parte das Esquadrão da Fúria estava envolvida na missão de capturar o traidor e ex membro da Esquadrão da Fúria. Então com os membros que tínhamos para a caçada da vampira nós nos organizarmos em três grupos e saímos no rastro da vampira. Logo a encontramos invadindo o mesmo hospital onde havia sequestrado meus sobrinhos na noite anterior. Provavelmente ela já estava planejando fazer novas vitimas, mas logo nós a cercamos e a destruímos. Aparentemente ela já tinha chamado bastante atenção dos seguranças do hospital antes de chegarmos, e essa atenção chegou aos ouvidos da FESN.

- Quando iriamos começar a limpar o lugar para sair um dos nossos grupos foi atacado pelos agentes da FESN.

- Rapidamente os outros dois grupos se juntaram para ajudar, mas a FESN estava preparada para nos enfrentar. Usaram desde bombas, até prata em pó no ambiente. Um dos soldados que enfrentei chegou a usar habilidades de Klavaskar.

- Os Ahrouns foram para a linha de frente para garantir que os Theurges conseguissem abrir a passagem pra Umbra e pudessemos reagrupar, mas haviam mais soldados nos cercando pelas costas. Rapidamente eles abateram os Garous responsáveis pela proteção dos nossos Theurges.

- Matamos tantos soldados quanto pudemos, e quando achávamos que tudo estava perdido foi que Scoot Byron se transformou na Fênix bem diante dos nossos olhos. Ele curou nossas feridas, reviveu nossos mortos, e aniquilou boa parte dos soldados da FESN. Quando Scott iria dar o golpe final, uma nave surgiu das nuvens e aprisionou Scott em uma jaula, forçando-o a reverter para a forma humana e então sumiu meio as nuvens.

- Quando nossos companheiros começaram a levantar eis que notamos que a vampira que matamos também tinha voltado a vida. Rapidamente a capturamos e a interrogamos. Quando iriamos dar fim a sua existência a mesma atacou e prendeu um Garou da Titãs dentro de uma jaula de prata. Felizmente Amago de Medeia agiu rápido e com uma flechada pois fim a existência da maldita.

Kiba finalmente para de falar e toma folego. Sabia que não era um Galliard e por isso olhou para Nymmeria e disse:

- A Galliard da matilha Titãs também participou desta missão. Se não for pedir muito eu gostaria que ela ressaltasse o que achasse valido. Mas gostaria de ressaltar aqui não um nome, mas de todos os envolvidos que deram seu sangue e suor para que a missão fosse bem sucedida e suas ações são dignas de honra...

- Obrigado a todos...

Ingrid fica em silêncio ouvindo as narrativas. Intimamente estava curiosa para ver o alfa da Vingadores exercer seu papel de augúrio.

Cansada, Mayra se esforça para ter atenção no desenrolar da assembleia. Fica satisfeita com o esforço de Kiba que é bem sucedido em substituir o papel do Galliard da matilha. Sabia que a assembleia estava perto do fim e fica satisfeita com isso. Precisava descansar, com urgência e, de quebra, Declan poderia logo ser finalmente purificado.

Era chegada a hora das histórias e Sylvia sabia que não tinham nada de glorioso para relatar diante do ódio que a seita nutria da matilha. Sabia, também, que nessa hora Lilibeth provavelmente apresentaria a matilha e sem querer expor ainda mais a matilha, e também a Galliard, sussurra para os membros da matilha próximos a si:


- Talvez fosse prudente que nos abstivéssemos nesse momento.

A decisão era de Severino, mas dá seu conselho mesmo sem ser solicitada.

A assembleia se encaminhava para o fim e restava aguardar que Aryanne desse um novo show perante toda a seita. A Theurge concorda com a cabeça quando Kiba pede que a Galliard da Titãs completasse sua história e apenas lança um olhar cúmplice e incentivador para sua irmã de tribo. Aguardava ansiosa a atuação da mesma.

Era a segunda vez que a Titãs se abstinha de um posicionamento de um juiz, e Nymmeria esperava que essa situação não se repetisse, poderia ser ruim para a Matilha.

Assiste com interesse aos relatos, prestando atenção especial na fala de Tolerância-Zero, surpresa com o que ela diz sobre Falcão-Vingador, até por ela ser conhecida como uma Philodox rigorosa. Sua mentora, Ecos-do-Passado, também é observada atentamente pela Galliard, que simpatizava com a Desbravadores, Matilha com a qual a Titãs já havia corrido antes.

Asa-Solitária resolve falar por sua Matilha, realmente não se lembrava de ter conhecido um Galliard da Esquadrão-da-Fúria, mas apesar do ahroun executar a função de forma satisfatória, a Fúria Negra não tem como evitar um breve ar de decepção em seu rosto.
"Ele já falou quase tudo o que eu ia falar..."

Porém, ela dá um sorriso, bem mais animado, quando o Presas de Prata a introduz, pedindo para ela falar sobre o mesmo evento, e com o olhar de Selene, a baixinha ganha ainda mais confiança. Avança então para o centro da Assembleia, respondendo.
- Certamente, Asa Solitária.

Espera um instante para ver se tinha a atenção de todos, e começa a falar, empossando a voz, que fica mais alta e vibrante para todos os que a ouviam.
- O relato mais grandioso que eu já fiz, em toda a minha breve atuação como Galliard, já foi feito, e repetido por Asa-Solitária. A história da Fênix é um evento de importância única e extraordinária, e poder testemunhá-la e relatá-la é um privilégio incomensurável para qualquer contador de historias. Porém, maior que este privilégio, é a urgência em resgatar este, que é nosso Totem lendário, e apenas por esta urgência que não seguimos a missão que estava planejada para esta noite. Acabar com o maldito sanguessuga, Charlie, como acabamos com a outra sanguessuga que estávamos caçando primeiro. Charlie não é um inimigo "de quinta categoria". Apenas se comparado à um demônio ancestral, que, se as lendas que ouvi estão corretas, pode ser invocado simplesmente por ter seu nome pronunciado... - olha para Vingador-do-Futuro, esperando um sinal, mesmo que mudo, de confirmação - mas não nos enganemos! Charlie não é um inimigo a ser subestimado e o Conselho da Seita é sábio ao nos lembrar disso. A Titãs guardará esta lição - lança um breve olhar severo à Kevin - e todos nós nesta Assembleia seremos sábios em guardá-la. Charlie é perigoso e eu vou explicar por que. Como ja foi dito, ele entende o idioma Garou, e eu acredito que isso seja por conta dele ter sido pai de um Garou desta mesma seita, que foi executado por traição. O vampiro é capaz também de se comunicar com animais, e de assumir o rosto e a forma que desejar, de homem, mulher ou animal. Foi por isso que, em nossa primeira missão de ataque à ele, tomamos o cuidado de realizar o Ritual dos Murmúrios e o Dom da Comunicação Telepática para combinarmos nossas ações. Éramos todos nós jovens Cliaths, se não me falha a memória o saudoso e honrado Essência-de-Balder era o único Forsten entre nós. Não conseguimos derrotar o vampiro, mas matamos muitos de seus comparsas, a grande custo... - ela faz um instante de silêncio, lembrando-se das mortes de Cath e Ricky naquela noite.

- Esta noite faríamos uma nova incursão contra ele. Durante meu relato sobre a Fênix, eu propositalmente não exaltei glórias individuais para me focar nos fatos gerais, que eram mais importantes no momento. Tomando o devido cuidado com a provável presença de uma criatura hostil entre nós, acredito que agora é a hora de eu fazer isso.

Faz mais um instante de silêncio, bem como um breve olhar aos membros que haviam participado daquela missão com ela.
- As habilidades de rastreamento de Sombra-do-Rei e Tolerância-Zero foram fundamentais nesta missão.  graças á eles, descobrimos que nosso primeiro alvo se encontrava em um Hospital na Zona Oeste. Asa-Solitária, alpha da Esquadrão da Fúria, ficou responsável por liderar esta missão e o plano de ataque à sanguessuga foi bem elaborado e bem executado. As equipes formaram um triângulo com seus carros para cercar a vampira, caso ela tentasse fugir. Sombra-do-Rei, Cabelinho-de-Fogo e eu fomos designados a localizar a sanguessuga e atraí-la para algum dos grupos de ataque ou capturá-la sem danificar o Véu. Quando a encontramos ela estava lutando com um grupo de humanos, levando tiros, e acreditamos que esta era a oportunidade de atacá-la, e Cabelinho-de-Fogo foi o primeiro a fazê-lo. O grupo formado por Asa-Solitária, Tolerância-Zero e Herança-Ancestral ouviu os tiros e avançou para a luta. Asa-Solitária, cheio de fúria, terminou de matar a vampira, enquanto Herança-Ancestral e Tolerância-Zero derrubaram os humanos que estavam por perto. Achamos por um instante que aquela luta havia acabado, mas então fomos atacados pelo exército de soldados-robôs, munidos com armas de prata, que quase aniquilou a todos nós, mas não sem muita luta a resistência de nossa parte.

Sua voz se torna mais enérgica, e acelerada, como se falasse no ritmo de um próprio campo de batalha
- Tolerância-Zero acertando com precisão os pescoços dos soldados com facas de arremesso, Herança-Ancestral brandindo suas Klaives, brilhantes como prata, Âmago-de-Medeia, acertando flechas de seu arco com a precisão de uma amazona, Sombra-do-Rei dando tiros usando como arma sua furtividade e um revólver com silenciador, Voz-de-Taranis lutando com suas próprias garras e sua imensa força, mesmo na forma Glabro, Filho-da-Alvorada aterrorizando os inimigos com sua forma Crinos, que apesar do risco representado ao Véu, fez com que eles recuassem, com seus corações humanos tomados pelo temor. Asa-Solitária, igualmente, mudou para sua forma de batalha, e fez fios e engrenagens voarem com os golpes de suas garras.

Apesar de todos estes atos de bravura, muitos destes tombaram sob os golpes dos soldados robôs, mas se levantaram, graças ao poder do fogo da Fênix!

Agita o punho, girando pelo local de Assembleia, o que a fez se lembrar que a formação não era mais em círculo, e volta a se colocar na frente do Conselho e dos outros espectadores.  

- A Fênix não devolveu a vida apenas a nós, Garous, mas ressucitou também a vampira, que tentou fugir. Conseguimos impedir que ela escapasse, e neste momento, ela foi interrogada. Assim ela revelou os endereços que eu já mencionei aqui. A maldita ainda tentou escapar, mas as flechas certeiras de Âmago-de-Medeia acabaram definitivamente com ela. Depois disso, todos nós fomos a Umbra, para voltar ao Caern, reportar a situação, e planejar o resgate à Fênix, e aqui estamos, graças à ela, prontos para lutar novamente.

Após novos questionamentos finalmente a reunião se encaminhava para o fim. Agora os Galliard contavam as historias de suas matilhas e os Philodox julgavam suas ações. Não se prendeu muito a nenhuma delas, mas as criticas de Trovão Inquisidor lhe fizeram sorrir por um instante. Mesmo bem mais jovem, ele já era severo.

Finalmente as ultimas matilhas se manifestavam e então Nymmeria faz um comentário sobre o demônio e lança seu olhar para Darius, como quem quisesse uma confirmação. O Senhor das Sombras apenas balança a cabeça afirmativamente e continua a ouvir o relato.

Ao termino das palavras da Fúria Negra o Ahroun apenas cumprimenta a Galliard pela boa história. Agora restava apenas Uli e o Galliard da Renascidos Pelo Fogo para se manifestarem e o renome ser distribuído.

Severino escutava os relatos e julgamentos quando ouve a ponderação de Feiticeira-das-Sombras. Suas palavras fazem com que o Uktena se volte para a Theurge e comenta:

"- Por que isso, Feiticeira?"

O Uktena não tinha opinião formada sobre o assunto, apenas se mantinha no que já estava combinado. Sua pergunta é para ouvir, discretamente, o que motivava Sylvia àquela sugestão e oportunizar à Galliard e aos demais opinarem.

Uli espera os outros relatos serem feitos antes, Kiba e Nymmeria tinham feito relatos gloriosos de batalhas, e o Ahroun não tinha feito feio ao descrever a Fênix, porém o Galliard tinha um tom mais sério e triste em sua história para aquela alvorada.

"- Guerreiros de Gaia." - Uli aumenta sua voz dando passos para o centro da Assembleia, próximo ao tronco dos líderes da seita, falava para todos, observando nos olhos dos mais próximos, os fazendo enxergar o que contava. - "- Meus companheiros trouxeram relatos de Glória, relatos de sangue, relatos de vingança, histórias que atiçam nossa Fúria em busca da vingança... No entanto, trarei a vocês uma história com um tom um pouco diferente, uma história de sacrifícios, uma história de heróis."

Com alguns passos o Presas de Prata já tinha observado todos ali, atento a suas reações.

"- A Matilha Vingadores passou por desafios na Umbra, imensos, individuais e coletivos, e isso não podemos negar, porém alguns atos particulares devem ser guardados nos anais da história, quiçá nos Registros Prateados." - O alemão gesticulava enquanto falava, suas garras em forma Crinos apontavam e demonstravam o que dizia com movimentos corporais.

"- O primeiro destes atos memoráveis é de um Lua Nova, e como um bom Ragabash, tal ato nos tirou de uma enrascada." - E assim continua com um tom dando alto destaque para o Augúrio do Garou. - "- Estavamos presos nas catacumbas do Coliseu que assombrava o Reino do Campo de Batalha, um lugar horrível, dominado pela Wyrm, por Malditos e Dançarinos, e toda a matilha havia sido jogada, sem fetiches, sem gnose, sem Fúria, em celas fétidas, e com grades de prata."

"- Para um lobo, a pior coisa que pode ser feita é deixa-lo enclausurado e sem sua matilha, cada um de nós estava em uma cela, e os barulhos de gritos e rugidos de fora da cela nos diziam que tinhamos que sair dali o quanto antes, porém, como passar pelas grades? Era impossível move-las em forma hominídea, e seu toque era como o ácido da pior espécie na forma de batalha, era um beco sem saída, parecia o fim."

"- É nessas horas, companheiros, que quem deve ser um herói será um herói, mesmo que não tenha tempo de desfrutar sua Glória. O Lua Nova, ironicamente chamado Sem-Nome, Athro, da tribo dosRoedores de Ossos estava lá, e por sua causa, estou aqui hoje para lhes contar essa história. Em um esforço ercúleo, em sua forma natural, na qual estavamos presos, deixou-se ferir pelas barras de prata pura, que queimavam e derretiam sua pele em frente a sua matilha, o cheiro de carne queimada era forte, e nem por isso ele emitia um som de dor, e dessa maneira, com a ajuda de Luna e da própria Mãe, e também um Dom bem aplicado, abriu assim a sua cela, alcançando o controle que abria todas as portas, e assim, pudemos de lá sair, não sem antes ouvir suas últimas palavras, desejando que saíssemos dali e chutásse-mos a bunda da Wyrm onde quer que ela esteja."

Uli procura os representantes dos Roedores de Ossos ali presentes, quando falou o nome de Sem-Nome, disse com orgulho, observando seus colegas de tribo, ao terminar esse relato solta um singelo uivo de pesar.

"- Mas esse não seria o último heroismo em pouquíssimo tempo, não mesmo." - Agora espalhando novamente sua atenção para todo o público. "- O outro ato, também motivo de orgulho entre os Luas Novas. Como disse, estávamos sem nossos fetiches, e haviam dois lugares para irmos, duas torres, o Garou de quem essa história se trata decidiu ir para a torre que era um depósito, recuperar nossas posses e nos encontrar na outra torre, aparentemente uma torre de prisão e tortura, na qual acreditávamos poderia estar alguns Garous que pudéssemos salvar."

Com pesar o Galliard falava essas palavras, era um relato difícil, de uma batalha invencível, e o que vinha depois era pior ainda.

"- Não é necessário dizer que as forças da Wyrm dominavam aquela torre, e estávamos em combate direto com um grupo de Esguios comandados por ninguém mais ninguém menos que Presença-Sombria, o Senhor das Sombras que se tornou lendário por lidar com forças infernais até ser arrastado para as profundezas do mesmo inferno no qual brincava de poder. Os esguios tinham vantagem de 2 para 1, estavamos sem Gnose, sem Fúria e muito feridos, Águia-Real foi o primeiro a entrar em combate, porém um Esguio lhe sugou a essencia vital, e apenas com muito esforço e uma posição defensiva boa, consegui evitar que seu corpo fosse arrastado para as profundezas daquela torre profana." - Uli achava desnecessário naquele relato falar de si, porém era inevitável. - "- Porém, ainda estavamos em desvantagem e prontos a sermos derrotados, quando uma sombra, com movimentos rápidos, passa ao nosso lado, e ao lado de cada Garou lutador estava um fetiche, eu, recebi essa Klaive."

Uli saca sua Klaive, mostrando a todos o item que lhes permitira a vitória, uma bela e antiga espada, que estivera mais suja e enferrujada, mas o Garou tivera tempo para limpa-la e agora ela novamente brilhava com a prata que era feita.



"- Com essa ajuda, finalizamos os Esguios, e essa ajuda veio diretamente da tribo dos Andarilhos do Asfalto, Curto-Circuito era seu nome, um Athro, no salvou, viveu e morreu como herói. Infelizmente, sua morte foi consequencia de suas habilidades, ao terminar o combate, Elo-Espiritual invocou nosso totem, pois necessitavamos urgentemente de cura e auxílio espiritual, e assim veio o Guaxinim, porém, antes que o audaz Totem pudesse fazer qualquer coisa, um gemido foi escutado, para infelicidade da Nação Garou, uma espada flamejante passava pelo meio de Curto-Circuito, e guiando essa espada estava a besta mais poderosa já vista, metade homem, com as pernas de bode e grandes e decréptas asas pendendo de suas laterais, trazia essa espada e se dizia o Senhor do Inferno, e ninguém ousava discorar, apenas o bravo Guaxinim, nosso falecido totem, agora aceitamos a benção da Doninha, no entanto, o terceiro ato nobre e heróico foi devido ao grande espírito e força de vontade do Guaxinim, que com seus encantos enfrentou a besta, e nos mandou para fora do Coliseu, de onde pudemos extinguir a corrpução no Reino do Campo de Batalha, fica aqui minha homenagem póstuma ao Guaxinim."

Uli uiva fortemente ao término do relato, e então volta a falar dizendo.

"- E minha homenagem a todos os heróis da Nação Garou, em especial Sem-Nome e Curto-Circuito."

Novamente o Galliard uiva, o uivo derradeiro de seu relato.

Darius é o primeiro membro da Vingadores a surgir da mata no meio da Clareira Central. O Senhor das Sombras começa a caminhar para que seus companheiros parassem ali. Com os olhos, ele busca o líder da Esquadrão da Fúria ou o líder da Seita.

Ingrid segue com Darius e ao notar que a Esquadrão da Fúria não estava presente, apenas comenta:


- Pelo visto chegamos primeiro...

O Senhor das Sombras nota que as duas matilhas estavam ali, mas onde diabos estava a Esquadrão da Fúria?

O comentário de Ingrid confirma o que ele suspeitava. Eles ainda não haviam chegado.

- Verdade...

Darius comenta isso olhando para o relógio em seu pulso para ter certeza que não tinham se equivocado, mas agora não tinham outra escolha a não ser esperar.

- Aproveitando que ganhamos algum tempo...

O Ahroun virou-se para sua matilha e completou:

- Conseguiu encontrar o lugar?

A pergunta era destina a Ingrid, esperando que ela confirmasse se havia conseguido encontrar a nave da FESN.

Darius parecia não conhecer Ingrid. Era óbvio que ela ia conseguir a localização da base da FESN. Nada se esconde do ar, e nenhuma aliança era tão sólida quanto a dela com esses espíritos. Firme, a Theurge apenas fala:


- Evidente que sim. Eles estão sobrevoando uma floresta na Zona Oeste.

Uli sai da Umbra, ele parecia animado, porém cansado, estala seu pescoço duas vezes e então dá uma olhada no que acontecia na Clareira Central, assim que foca seu olhar em um ser muito belo que conversava com dois outros caras, quando nota que era Ingrid balança a cabeça afastando qualquer pensamento idiota, e rapidamente se aproxima do trio.

"- Fala galera... Vocês receberam meu recado? Acabei conseguindo completar o desafio mais rápido que esperava, to de volta, sorte que encontrei vocês aqui no Caern."

O Galliard sorri para sua matilha, feliz de ter passado de posto e querendo saber porque estavam todos juntos ali no Caern.

Darius já iria responder Ingrid quando Uli surge diante deles anunciando seu retorno. O Ahroun acena positivamente com a cabeça e diz:

- Seja bem vindo novamente Uli. É bom ter você de volta.

O Senhor das Sombras sorri para seu Alpha e então olha para Ingrid e os demais:

- Bem, foi uma liderança rápida, mas resumidamente, Ingrid conseguiu encontrar o esconderijo da FESN. Estão sobrevoando uma floresta na Zona Oeste.

Uli sorri para Gregory e acena com a cabeça para Ingrid, apreciando o fato que ela tinha sido bem sucedida em seus objetivos, como imaginava o Galliard.

"- Que bom, estão numa floresta, caso caiam o Véu vai ser menos prejudicado. Mais alguém avançou em algum objetivo que tínhamos conversado? Eu sei que falei com uma pessoa da minha tribo e entendo perfeitamente a disputa deles, agora preciso resolve-la."

O que não parecia nenhum pouco fácil, porém, escutando a fala de Uli todos sentiam que ele tinha certeza do que fazia.

"- A gente também não teve tempo de discutir nenhuma tática interna da matilha, mas acho que as outras matilhas estão aqui, então a reunião deve começar em breve."