[CAERN] Clareira Central

Deitada no tronco na forma hominídea, Ingrid passa a ignorar por completo todos os membros de sua matilha. Não lhe importavam as expressões, pensamentos, ou o que quer que fosse. A Uktena apenas se recolhe e fecha seus olhos entrando em harmonia com as energias Gaianas presentes e tendo o seu merecido descanso.

Enquanto permanecia deitava, Ingrid avaliava tudo que passara até ali. Sua chegada, os primeiros tropeços, a redenção, a conquista do respeito, a liderança da tribo. A Theurge tinha uma história que falava por si. Era parte daquele Caern já. Nunca havia se retirado dele por livre vontade, só saía em missões. Estava sempre pronta para lutar com sua vida par que aquele terreno não fosse maculado.

Gira levemente seu rosto e abre vagarosamente o rosto e vê Benção de Gaia sendo cuidado. Talvez fosse uma boa oportunidade de colocá-lo contra a parede e descobrir de uma vez por todas o que significava o que Hrist havia superficialmente falado e as próprias suspeitas que ela mesma já nutria desde alguns desaparecimentos estranhos do ex-líder do Caern.

*Sim, é agora ou nunca.*

Ingrid se levanta ainda cansada e segue na direção de Hrist, parando próximo à Fenris e dizendo para ela em um tom que os demais vingadores ali próximos deveriam ser capazes de ouvir:

- A hora de dar uma dura no suspeito e ver o que está acontecendo é agora. Eu estou disposta a fazer isso. Você vem comigo ou fica aqui?

Após falar, Ingrid aguarda a resposta da Fenris para partir e resolver logo aquela situação.

A Fenrir estava anormalmente quieta, procurava seus outros irmãos com o olhar e dá apenas meia atenção ao discurso de Ryan porque ela não precisava de palavras para saber que fizera bem o seu trabalho. Hrist tinha plena consciência de suas habilidades e seu excesso de confiança apenas alimentava o ego já inflamado de sua tribo. Encarava a vitória não com orgulho ou vaidade, mas com a mesma naturalidade de alguém que sente sua sede saciada após beber um gole de água. Se permitia vagar em seus pensamentos sobre as muitas coisas que lhe ocupavam agora, sobre tudo o que acontecera nas quase 24h que se passaram desde que voltara do mundo dos mortos e ainda assim parecia que toda uma vida se passara naquele meio tempo... Estavam liberados, isso era bom. Deixaria os problemas de cada um para serem resolvidos por si mesmos enquanto ela iria atrás dos seus próprios.

Passa para sua forma lupina, pois estava tão habituada com este seu lado lobo que sentia-se até mais confortável do que muitas vezes estivera em sua forma racial e pensava em ir informar Ira-de-Thor sobre o destino de Darkness, quando Ingrid a interrompe, lembrando-a sobre Benção-de-Gaia. Realmente, precisava fazer isso antes de qualquer outra coisa, e com um menear sutil de cabeça, a Philodox na forma de um grande lobo cinzento e peludo segue com a Theurge até onde estava o antigo líder do Caern, e assim que se aproximam, já aproveita para farejar o ar em busca da primeira resposta que ajudaria a conduzir toda a conversação: buscava sentir o cheiro de sua forma verdadeira...Aquela coisa, fosse o que fosse, poderia tanto ser um Troca-Corpos ou um Troca-Peles e era bom saber antes com o que estavam prestes a lidar.

* Jake aguardava algum pronunciamento do Alpha daquela que seria sua nova matilha e, nesse meio tempo, capta alguns olhares curiosos em sua direção. Natural, um novo Garou sempre causava algum interesse.. ou, pelo menos, costumava pensar que sua presença sempre causava algum interesse. Ouve algumas ultimas palavras de um Crinos que não saberia reconhecer a linhagem mas que emanava uma quantidade de fúria considerável. Guarda os dizeres em sua mente e conclui se tratar de alguma espécie de retratação.. uma retratação vaga, é verdade, mas isso era curiosidade para um outro dia. É somente então que o Alpha lhe dirige a palavra. Bardo-Forasteiro, cumprindo sua função de Galliard, se apresenta lhe da as boas vindas, convidando os demais membros de sua matilha a seguirem o exemplo. Não deixa, no entanto, que as desculpas apresentadas pelo mesmo passassem em vão: *

"Se o alpha pede desculpas, algo realmente funesto aconteceu.. isso explica as expressões de enterro.."

* Deixa as presunções de lado enquanto alguns outros novos irmãos se aproximava, respondendo para Danniel tão logo ele termina suas palavras: *

- Obrigado, Bardo-Forasteiro. Vai ser um prazer correr junto com a matilha do Avo-Trovão. E, se me permite.. esse é o momento de manter a cabeça erguida, não abaixada. Independente do que houve na batalha, Gaia precisa que seus filhos sejam fortes. Então sejamos.

* Visões-do-Abismo olhava realmente nos olhos do Alpha, dizendo tudo o que tinha para lhe dizer com convicção palpável enquanto sente a enorme quantidade de Raça Pura emanada pelo Fianna. Não fala mais, pois um pigarro alto chama sua atenção para aquele que vinha se apresentar como um Philodox dos Filhos de Gaia. Jake olha para o Crinos e, sem ter muito o que extrair além do que havia sido dito, responde em seguida: *

- Persegue-a-Verdade, obrigado pela recepção.

* Seus dizeres terminam a ponto de não atrapalhar a apresentação de uma bela loira, que chamava atenção por si só. Ouve as palavras de apresentação daquela que era uma irmã de augúrio e sente a Raça-Pura que acompanhava aquela aparência estonteante. Jake apesar de jovem considerava-se um homem e, como tal, não fica abanando o rabinho como um cão ao ver uma fêmea atraente. Mantinha um semblante leve, mas havia uma seriedade inerente em sua fronte. Meneia a cabeça como um cumprimento repleto de reconhecimento e a olha direto nos olhos, tal qual ela fazia, dizendo a seguir: *

- O prazer é todo meu, Srta. Capuleto. Vai ser gratificante, e certamente interessante, trabalhar com uma irmã de augúrio.

* O Theurge se volta para encarar um Garou inegavelmente grande e musculoso. John Montecchio era o nome do indivíduo e Jake, depois de notar o cabelo arrumadinho e as roupas de marca, não conseguiu afastar a impressão de que estava diante de um típico playboy de academia. Sorri levemente quando ouve o lema e comenta num tom despreocupado em resposta: *

- O cara dos lemas então? Eu adicionaria uma ou outra coisa no meu, se pretendesse usar um..

* Visões do Abismo mantém o pequeno sorriso, deixando no ar que deixaria essa historia de lemas pra quem gostava de bravatas. No entanto, era inegavelmente simpático e também esboça um cumprimento de cabeça enquanto adiciona: *

- Mas é isso ai. Valeu, cara.

* Outra fêmea se aproxima nesse instante e Jake instintivamente se volta para ela. A quantidade de fúria que emanava daquela Garou chegava a gerar algum espanto, e a Raça Pura que se fazia sentir era inegavelmente alta. Pretendia responder a apresentação quando a Ahroum retorna à sua forma racial, revelando ser absurdamente linda. *

"O Avô Trovão anda bem servido.."

* Jake olha para ela com olhos sérios e, apesar de reconhecer sua inegável beleza, não altera seu semblante leve. Aperta a mão de Helene num cumprimento firme para então dizer: *

- Encantado, Ira-de-Artemis.

* Mantem o olhar em sua Beta durante mais um instante, reconhecendo sua superioridade hierárquica, quando sua atenção é chamada por aquele que já lhe diria antes um cumprimento silencioso. Jake nota que os modos do Ragabash tinham alguma semelhança com seus próprios. Olha para End-Bum, certamente capta o sorriso amistoso, e responde, também deixando sua fronte ser tomada por um singelo sorriso: *

- O prazer é meu, End-Bum.

* Sustenta o olhar por um momento e depois volta a fitar seus novos irmãos de matilha. Havia captado o pouco que havia para se captar através daquelas apresentações.. mas, com o tempo, certamente viria a conhecer melhor os Garous que integravam aquela matilha. Não se preocupa com isso. Apesar de jovem, Jake aparentava uma seriedade digna daqueles que já haviam visto demais.. e tinha visto mesmo. Não deixava, no entanto, de ser simpatico, e apenas aguardava a apresentação do ultimo Garou desconhecido da matilha.. se é que ela viria.. *

O Senhor das Sombras deixa a penumbra junto com sua matilha na clareira central do caern. O clima ali, independente da vitória, era de derrota. O Caern estava bastante danificado, e corpos de irmãos caídos eram levados ao cemitério. Duas noites, duas cerimônias. Nesse ritmo, não sobraria garou na seita pra contar história.

Kiba libera a matilha para seus afazeres, que provavelmente consistiam em ajudar na manutenção do Caern e n cerimônia pelos mortos. Mas o Senhor das sombras estava cansado. Era como se a adrenalina tivesse passado e agora estivesse sentindo o peso da batalha. Teve sua vida por um fio nas mãos de um traidor. Isso mudaria para sempre a forma com que o Senhor-das-Sombras lidaria com o resto da seita.

"Depois reclamam de nós..." pensou absorto.

Ali no meio da mata, o Theurge sentia frio. O Theurge afasta-se um pouco para perto de uma árvore, e deixa os três feitiches maculados no chão. Ele então veste novamente sua camisa, devidamente por baixo do colete, e senta-se encostando as costas na árvore. O Theurge tenta limpar sua mente e agradece à seus ancestrais.

" Obrigado Escuridão Crescente, Sombra da Verdade, Tiro no Escuro, pelo suporte nesse dia e nessa noite."

O Theurge pega uma das Klaives da Wyrm, e observa seu horrendo reflexo na prata.

Pouco antes de revistar alguns corpos, Isack repara nas sobrancelhas arqueadas do Presas de Prata, e a vontade de esmurrar a fuça lupina da lugar a um suspiro solto após a ida do Alpha.

"Maluco tapado. Esse cara precisa de uma matilha de portas. Bicho incapaz de ver além das palavras."

Isack estava entretido em seus pensamentos e revirando os corpos dos inimigos. Quando viu ao longe Sem-nome, seu peito contraiu-se e ele correu em busca de um violão.

Aproximou-se de "Sem-nome" entoando uma canção baixa e lamuriosa. Coloucou-se ao lado do Garou e cantou sem permissão. Foi assim que Todo-errado doou sua vida, sem permissão, e essa foi a última lição que ensinou a todos, a doação sem permissão. Ainda baixo, num tom de lamento com algumas lágrimas correndo seus olhos, o Galliard cantava de rosto virado para a cova. Ele tentava preencher o vazio no coração do companheiro, como se a honra da morte do irmão, preenchesse o vazio deixado pela própria ausência (OFF. escutem o link alterando a letra, rshttps://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=s_bJAkYGFNw):

- Nas dúvidas, mais difíceis, seu chamado ensinou
E sua memória, nessas horas, irei recordar.
Juntos aos filhos, sem raça pura, mais um deles se formou,
E se vai pobre, é porque, aprendeu a doar.

Tu és, Garou, da morte senhor,
Pois durante a vida, a sua própria, soube dar.
Tu és, Garou, da morte senhor,
Por isso a Wyrm, contra ti, falhará

A saudade, é agora, minha companheira e irmã,
E graças a ti, vivemos hoje  e veremos  o amanhã.
E cantaremos, agora e sempre, sua honra e sua glória
Para todos lerem em nós,  a sabedoria de sua história.

Tu és, Garou, da morte senhor,
Pois durante a vida, a sua própria, soube dar.
Tu és, Garou, da morte senhor,
Por isso a Wyrm, contra ti, falhará

Sua a honra e sua glória ,no derradeiro suspiro,
É nossa paz e o acalanto em nosso martírio.
Além de lição a todos que nascem Roedor:
Doar-se ao irmão, não importando quem for.


Em seguida, Isack manteve-se próximo dos enlutados, ajudando com palavras amigas. Torcia para sua música ter passado os valores dos Roedores para quem estivesse próximo, mostrando que são melhores e mais dedicados guerreiros do que pensam.

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Galera, utilizei como base uma letra de uma música que escutei durante o velório de parente. A letra oficial da música "Pelos prados e campinas".  O ritmo no violão que o Isack tocou, estou no link: https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=s_bJAkYGFNw , conforme indicação no post.

O Fenris manteu-se calado e observador o caminho todo. Não conhecia os garou dali mas sentiu as perdas quando entrou no Caern e ultrapassando a Película. Quando notou tantos corpos caídos, de tantas tribos e augurios, todos homogenizados pela morte não conseguiu evitar um suspiro para ninguém:

-Uma pena que somente na guerra vemos como todos são irmãos e a união se faz necessária.

Observou sua matilha e não fazia idéia de como ajudar na dor de Julian. E Mayra? Com ela ainda precisaria conversar e colocar os pingos nos "is".

Seu ombro soltou-se numa tentativa de aliviar a própria tensão. Ultimamente ele andava muito sério... isso não era comum ao Philodox. O que aconteceu?

Respirando profundamente, partiu para fazer o que achava coerente: Falar com a Fianna mais monstra do local. Mayra.

Quando se aproximou da mesma, já na forma racial, olhou-a nos olhos e disse:

-Podemos falar?

Sylvia recebe o cumprimento de Jake a quem encara. Quando este fala sobre ser bom trabalhar com uma irmã de augúrio, Sylvia apenas assente de forma positiva gesticulando com uma breve reverência com sua cabeça afirmando, com aquele gesto, que concordava com o que ele dizia. Jake era um homem interessante. Era belo, tinha uma grande Raça Pura, parecia saber usar bem as palavras e tinha alguma coisa nele que atraía a atenção da Theurge.

*Hum... e o que será que se esconde por detrás de um rostinho bonito e palavras amáveis?*

A Theurge se perdia nos seus pensamentos quando sua atenção se volta para a resposta que Jake dá a John. Aquilo arranca o primeiro esboço de sorriso que podia ser visto no rosto da abalada Theurge. Não chega a sorrir, não tinha motivos para isso, mas a agrava ver que o discurso pronto de John não colava tão facilmente. Aquele Theurge talvez tivesse as mesmas características que alguns membros da matilha pelos quais Sylvia nutria muita simpatia, o que não dizia nada além disso, afinal, ele poderia ser alguém intragável mesmo cheio dos predicados.

Um uivo, pois, anuncia a chegada de Falcão de Prata que segue ao cemitério. Sylvia pensa em partir para lá para ver o que havia acontecido mas espera por Danniel para ver que rumos o Fianna iria dar àquela mini reunião que acontecia ali.

A Theurge dos Uktenas se aproxima com Hrist quando ouve o uivo de Wolfhere. Aquilo podia atrapalhar, mas não havia tempo. Ingrid tinha convicção: ou era agora, ou era nunca. Antes de chegar no contato direto com o Filho de Gaia e a Fianna, no entanto, a Theurge diz para a Fenris:

- Hrist, faça seu trabalho e eu farei o meu. Usarei tudo que tenho para descobrir o que está escondido. Preciso que faça o mesmo para darmos um fim nisso pois se esses mistérios não acabarem agora que seja lá o que for deve estar enfraquecido, podemos ter muitos problemas pois ele irá ficar alerta.

Fala sem dar ordens, apenas colocava o que pensava e o que achava prático já que não havia tempo hábil para maiores estratégias. A magia sentida naquele Caern era estranha e atraplaria qualquer detecção mágica direta da Uktena. Ingrid, então, busca nos seus dons de Augúrio aquele que lhe ajuda a revelar o oculto e após a troca de palavras entre Garou e, aprovietando da presença de um outro Meia Lua ali, a Uktena diz:

- Benção de Gaia, ou seja lá quem você for, em honra aos que caíram para defender esse Caern. Em honra daqueles que lutam e constróem essa seita. Em nome de todos que durante muito tempo serviram à sua liderança mesmo não concordando e achando estranho seu comportamento, eu exijo a verdade.

A Uktena olha para os outros dois Garous ali e continua:

- Essa seita tem tido casos diversos de traição e tragédias sucessivas. Eu sinto magia estranha nesse Caern e meus dons de Augúrio me mostram que há algo muito, muito escondido em você. Hrist teve profecias que não podem ser ignoradas envolvendo o verdadeiro Benção de Gaia e uma prisão. Não podemos e não vamos aceitar isso sem averiguar. Eu quero que converse com a juíza da minha matilha e, aproveitando a chegada do nosso amigo aqui, com esse juiz que mal lhe conhece. Quero que explique o que você esconde e porque esconde.

Ingrid olha no fundo dos olhos do Filho de Gaia e diz:

- Quero que você nos mostre sua verdadeira face e revele onde está o verdadeiro Benção de Gaia. E antes que alguém invoque a Litania, sim, estou acusando este ser de não ser o verdadeiro Benção de Gaia e estou disposta a arcar com as consquencias caso minha acusação seja falsa do mesmo modo que espero que isto arque com as consquencias de ter nos enganado por tanto tempo.

A Theurge olha para Hrist e esperava pelas reações às suas palavras que não haviam sido as melhores, mas tinham sido totalmente espontâneas. Era irônico, talvez fosse trágico, mas era logo a Uktena que estava pressionando alguém pelo fim de segredos na seita...

Enquanto aguardava uma resposta de Xena às suas palavras, Lúcia ouve o uivo de Falcão de Prata e fica atenta e pronta para qualquer convocação que pudesse haver no Caern. Enquanto esperava pela convocação que acreditaria que não ia tardar a acontecer, a Meia Lua fica olhando para a Garra Vermelha aguardando por alguma resposta ou reação da mesma a tudo que havia sido dito.

Julian não havia reagido e isso deixa Mayra apreensiva com o estado emocional do Roedor que ela tanto prezava mesmo tendo milhares de motivos justos para odiá-lo. Era uma situação estranha, não havia cicatrizado suas feridas, mas o sentimento que ela nutria em seu coração era forte e era ele que pautava suas ações nesse momento.

A Fianna continuava fazendo carinho nas costas do Crinos Julian quando Edward, um Garou por quem Mayra nutria cada vez menos simpatia, se aproxima e vem falar com ela. A frase do Fenris é simples, indagava se poderiam conversar. Talvez seu lado de Augúrio finalmente começasse a ser revelado e isso era louvável, mas a hora, na visão da Ahroun era imprópria.

Fazendo carinho nas costas de Julian para tentar consolar o Roedor, Mayra olha para Edward e diz:

- Não podemos fazer isso outra hora? Acho que é importante continuar aqui...

Fala e olha de rabo de olho para Julian. Esperava que Edward compreendesse que ela achava importante se manter o máximo de tempo possível ao lado do Roedor nesse momento.

Após deixar que os membros de sua matilha dessem as boas vindas ao recém-chegado membro da Arautos, o Portador assume sua forma racial, esboça um sorriso e se aproxima do Garou Jake. Não pode deixar de notar a troca de olhares entre Sylvia e Jake. Mark retorce a boca levemente para o lado direito e, no instante seguinte, se surpreende com sua própria atitude.

'Ahm? Por que fiz isso?'

O Portador estende a mão para o recém-chegado, lhe cumprimentando.

"- Bem-vindo, novo Arauto do Trovão! Eu sou Mark Thompson, Vento-da-Montanha, Ahroun Cliath dos Portadores da Luz Interior, pertencente ao campo do Zéfiro." - com seu jeito calmo, Mark dá os cumprimentos ao seu novo irmão de matilha com um sorriso.

Mas não foi só Jake que chegava à seita. Outros também retornavam, inclusive o novo líder Falcão-de-Prata.
Ainda sim, o clima não era bom. Vários corpos estavam sendo preparados para o enterro, e na mente do Portador havia uma certeza: Se Bênção-de-Gaia não estivesse ali, a queda do Caern era certa.

O clima continuava pesado no caern. Mais e mais Garous chegavam. Mais e mais Garous iam para auxiliar com os corpos. Lamentava o estado que a seita se encontrava. Muitos corpos caídos, ânimos derrotados, apesar de um grupo vitorioso.

Guardião-Escarlate escuta a resposta de Madame-Satã, e diz:

"- Nós ter que procurar ele! Eu falar com Alfa."

O lupino segue por entre os corpos, na direção de Herança-Selvagem, colaborando com o que podia. Após ter ajudado um pouco, o Garra Vermelha muda para a sua forma racial e se aproxima do alfa da Titãs. Quando ia falar com o Meet, viu que o mesmo não estava em condições, ainda mais com as palavras e expressões do novo líder da seita Wolfhere.

Guardião-Escarlate decide esperar mais um pouco, e dar apoio ao seu alfa. Eram uma matilha, e deveriam apoiar uns aos outros sempre.

A Roedora seguia descansando até que o uivo de Falcão de Prata chega aos seus ouvidos. A Galliard tinha uma expressão cansada e saía da posição deitada para ficar sentada. Como ainda não havia um chamado oficial, permanece descansando porém estando mais alerta.

Ellen observava as movimentações do Caern. De longe via Mayra, Julian, Edward e Kiba num canto com a matilha se dispersando ao pouco. Via ao longe alguns membros da Vingadores e um princípio de algo envolvendo alguns Garous e Benção de Gaia. Dava de ombros pois não estava nem aí para a politicagem da seita e fica aguardando o chamado para louvarem os mortos.

Não demora para que Madame ouça a apresentação de Falcão de Prata chegando ao caern e seguindo ao cemitério. Finalmente aqueles que fizeram o ataque a colmeia retornavam. Mas antes que Madame pudesse ficar umpouco feliz, Falcão de Prata anuncia a morte de três garous. As baixas haviam sido pequenas no lado deles, enquanto que no Caern as mortes eram muito maiores.

O Philodox ouve a resposta de Guardião Escarlate e acena positivamente com a cabeça, caminhando para junto de Links Aleatórios e Olhos que Riem. João não ousava abrir a boca, a tristeza permeava a todos ali, parecia que nem mesmo o Caern conseguia preenchê-lo com sua energia como antes, e pelo que via os outros garous, madame percebia que não era só ele que sentia isso.

A Fúria Negra ouve as palavras de Jake encarando-o no fundo de seus olhos durante a apresentação. Era firme, centrada e sem emoções exageradas. Sua seriedade é mantida principalmente quando o uivo anuncia a chegada de Falcão de Prata com mais mortos. A Ahroun fica séria e busca Danniel com seu olhar. A qualquer momento todos deveriam ser convocados e se o Alfa tinha mais algum plano para a matilha antes dos protocolos começarem ele deveria expor eles nesse momento. Sem saber se Danniel tinha algo mais a falar ou não, Helene matem-se atenta aguardando para ver se seguiriam para o cemitério, se seriam liberados ou se havia mais algo a ser discutido entre a matilha.

Ryan impede Kor de lhe pegar a água que pedira e o Senhor das Sombras uiva. O líder da Vingadores acha oportuno fazer um discurso naquele momento e, obviamente, Kathya ignora cada palavra dita. Não por ter em Ryan um desafeto, longe disso, Ryan fazia o tipo de pessoa com quem ela gosta de trabalhar, mas porque ela estava com a cabeça confusa, em outro lugar e sermões motivacionais não era exatamente o que ela mais precisava agora.

Ingrid, com a simpatia de sempre, dá uma alfinetada em Kor e pega água para a Ragabash. Arthur fala em comemoração e logo após chega o uivo que anunciava a morte de Isaack e ainda com a voz fraca, a Ragabash que bebia lentamente a água trazida pela Uktena balança a cabeça negativamente sem se preocupar em ser discreta mas sem fazer também qualquer tipo de movimento acintoso enquanto pensava.

*Comemorar o quê? A morte de Coração Valente? Tudo que eu passei? Os outros mortos? Não, hoje não vejo motivo algum para comemorar nada.*

Ingrid e Hrist se afastam. Kathya olha então para Iurd, respira fundo, mas nada diz. Ainda estava confusa e nem sabia se deveria dar a ele a notícia que pensara em dar mas que desistira em um último instante.