[CAERN] Clareira Central

O Senhor das Sombras chega na clareira central junto a sua matilha e começa a analisar o local em silencio. Aparentemente os Garous estavam ocupados e surpresos com a restauração do lugar.

Seus olhos param em Sagittárius, um Garou que definitivamente ele jamais confundiria, mesmo que o Andarilho estivesse evidentemente mudado no futuro. O Garou conversando com ele era desconhecido, mas logo nota o martelo preso em sua cintura.

- O Garou conversando com Sagittárius... Ele tem o martelo de Ira de Thor... Deve ser ele.

Aponta para a dupla com o queixo e mantém seu olhar sobre eles, esperando que Uli diga alguma coisa.

Greg agradece o filhote e sorri. Ouve as palavras de Darius logo em seguida e observa Ira de Thor e Sagittarius. Darius os conhecia, provavelmente do futuro? O Theurge não saberia dizer, mas que ele tinha conhecimento sobre algumas coisas ali, isso era claro. Um Juiz poderia verificar suas histórias para fazer o Impuro acreditar mais no Senhor das Sombras.

Severino se aproxima da dupla que conversava e, esperando o momento adequado, diz:

"- Ira-de-Thor!?! Terminamos nossa caçada e a essa altura aquele pária deve estar sendo queimado."

Ele aguarda um momento e continua:

"- Tem uma nova missão para a Arautos?"

Severino ainda tinha alguns traços do sangue de Jonh, principalmente, próximo a suas mãos. Seu semblante é tranquilo, mas era um marinheiro de primeira viagem. Tentava disfarçar um misto de ansiedade e insegurança diante dos líderes da Seita.

Ingrid concorda com a cabeça diante do comentário de Darius e fala com a matilha:

- Vamos até lá e para evitar surpresas deixem que eu os apresente ao Fenris.

A Theurge não se importava com quem que o Fenris falava e ao se aproximar em Crinos, se manifesta falando com Ira de Thor e quem tivesse com ele:

- Saudações Ira de Thor, Elo Espiritual Anciã Theurge Impura dos Uktenas e a matilha vingadores que segue junto comigo, com os novos membros Sacrifício dos Ancestrais, como alfa, e Vingador do Futuro e Mediador dos Espíritos como novos irmãos. Precisamos conversar com a liderança da Seita sobre descobertas no mundo espiritual.

Aguardava as palavras de Ira de Thor e dos membros de sua matilha.

Ingrid confirma que o objetivo da matilha era a dupla que conversava. Greg os observa enquanto Ingrid toma a direção da dupla que recentemente se torna um trio. Outro garou chegou antes para falar com eles e Greg apenas segue a Anciã de sua matilha, aguardando que ela os apresentasse.

Assim que se aproxima do trio, o Theurge ouve que o Garou que tinha chegado depois era da Arautos. Provavelmente era o nome da matilha da qual ele fazia parte. Olhou para ele e sorriu. Severino pode notar a baixa estatura do garou e que ele possuía chifres na testa. O sorriso que Gregory lhe dirige é bem carismático. Era possível também perceber que ele tinha um pouco de Raça Pura.

O Valentine então foca sua atenção em Sagittarius e em Ira de Thor. Meneia a cabeça para os dois, sem sorrisos.

Ele observa as reações de sua matilha e quando Ingrid os leva até Ira-de-Thor deixa que ela lidasse com a diplomacia naquela situação, já tinha se irritado uma vez, um Cria de Fenris tinha tudo para irritá-lo de novo, principalmente lembrando ele do que ocorrera naquele barco ao que parecia a meses atrás.

Sacrifício-dos-Ancestrais apenas se posiciona ao lado de Elo-Espiritual aguardando a reação do líder da Seita às novas notícias.

O Senhor das Sombras acompanha seus companheiros de matilha até Ira de Thor e Sagittárius. Era engraçado ver como seu salvador era jovem naquela época. Definitivamente todos os Garous no futuro tinham um ar mais cansado e velho do que os dali, mesmo aqueles em que o tempo havia cobrado menos.

Deixaria Uli ou Ingrid falarem primeiro, por questões de hierarquia, enquanto isso manteve-se olhando para Sagittárius, como se o mesmo pudesse reconhece-lo, mas sabendo que isso jamais aconteceria.

Uli sabia que chegaria o momento que teria que contar sua história, óbvio que cada vez que contasse ela seria mais rebuscada, mas não era por isso que faria um relato fraco naquele momento para a liderança da seita, seu português não era muito bom, então relata na língua Garou.

”- Primeiramente, deixe me apresentar. Sou Uli Jon Roth, Sacrifício-dos-Ancestrais, Galliard, Fostern dos Presas de Prata, e me juntei à matilha Vingadores em meio ao começo da missão, diretamente no Reino do Campo de Batalha.

O Galliard faz uma pausa dramática, típica de seu augúrio, antes de continuar.

”- A alguns dias, não sei exatamente quanto, afinal nossa noção de tempo ficou meio alterada, conforme vocês poderão verificar ao final do relato, cheguei ao Caern do Rio de Janeiro e imediatamente, o Ragabash Sombra-do-Rei, de minha Tribo, me enviou para a Umbra, deveria entregar uma mensagem à Águia-Real, como um bom Cliath, querendo ser solicito e ganhar Glória para mim mesmo aceitei sem titubear, e então foi que senti que havia caído na primeira de muitas pegadinhas, típicas dos sem-lua... Imediatamente, assim que entrei na Umbra, fui capturado e perdi a consciência.”

Queria pedir um pouco de hidromel, mas já não haviam sido simpáticos antes, e ele poderia terminar o relato daquele jeito.

”- Não para minha surpresa, acordei em um Reino que não reconhecia, prisioneiro de um exército que estava em meio a um combate, quem mais seriam que não fossem os próprios Vingadores, liderados por Águia-Real pessoalmente, com a assistência imbatível de Elo-Espiritual, a batalha se desenvolveu e como todos sabem, as regras do Reino do Campo de Batalha só lhe permitem sair de duas maneiras, ou você morre, ou vence a batalha... Não entrarei em detalhes quanto as milagrosas proezas em batalha de ninguém aqui, mas como todos sabem, normalmente o traseiro coletivo da Matilha é sempre salvo pelos Theurge, e nenhum é mais capaz que esta que vos dirigiu a palavra anteriormente.”

O Garou olha para Ingrid dando um sorriso discreto antes de continuar.

”- O que posso afirmar é que algumas batalhas foram lutadas, e nosso caminho seguiu, sempre em busca do objetivo da Matilha, ou seja, resgatar os Anciões perdidos na Umbra. Alguns membros se juntaram a nós, outros partiram, de sua memória apenas alguns erros crassos e outras peripécias de igual monta. ”

Ele estava falando bonito demais, provavelmente algum ancestral estava o afetando, porque se falasse assim no orfanato que crescera ia apanhar o dia todo.

”- Tivemos baixas e mudanças, como podem ver pelo elenco que vos fala nesse momento, porém o tempo de falar sobre eles ainda chegará, por enquanto, retornemos ao Campo de Batalha... Estávamos navegando, quando vimos no horizonte uma estrutura gigantesca, era um grande Coliseu, que vencia o de Roma em tamanho por dez vezes no mínimo... Todos podiam sentir uma energia ruim no ar, aquele lugar era absolutamente tomado pela Wyrm, era o centro da corrupção que dominava aquele reino, e ameaçava as leis daquele lugar não serem mais as mesmas.”

Uli observava a reação de seus espectadores, estava fazendo um pouco de drama em seu relato, mas nunca perdia uma oportunidade de se gabar pelos seus feitos, nem pelos da Matilha é claro.

”- Vocês já podem imaginar que recuar não era uma opção, adentramos no Coliseu, a Vingadores, com sua formação que saíra do Caern, acrescida deste que vos relata, além de Benção-de-Gaia, Curto-Circuito, Sem-Nome e é claro, Falcão-de-Prata... esta equipe adentra o Coliseu, ficando os Theurge e Curto-Circuito de fora, para tentar resolver a corrupção por fora. O que posso contar é do que ocorreu na parte de dentro daquela estrutura endemoniada da Wyrm.”

O Garou se recorda de sua luta interminável com aquela mulher azul.

”- Cada um de nós foi automaticamente incluído num torneio de luta, até a morte, um contra um, estávamos separados, não sabíamos o que ocorrera nas outras lutas, mas sei que todas foram da mais alta dificuldade, e sabe por quê sei? Todos nos encontramos pós-morte, nas prisões da Wyrm que se encontravam abaixo do Coliseu.”

Uli queria acelerar aquela parte, pois a tristeza da morte do Totem era algo que ainda o afetava.

”- Nas catacumbas da Wyrm estávamos todos presos, infelizmente já não jaziam conosco Ceifador e Canção-de-Balder, Algoz-de-Einhejar cairia em breve, logo após nossa fatídica escapada... Devemos nossa fuga a Sem-Nome, o Garou, que mesmo Impuro, sofrendo danos irreparáveis da prata que havia nas grades que nos bloqueavam, conseguiu, com seu sacrifício, libertar a matilha Vingadores das garras da Wyrm... E a ele gostaria de levantar uma taça, se alguma tivesse em minhas mãos.”

O Galliard faz o gesto de brindar mesmo não tendo um copo e continua.

”- A escapada a partir daí não ficou mais fácil, nossos fetiches estavam perdidos, e Curto-Circuito foi em busca deles, enquanto isso, a Vingadores, sem Elo-Espiritual, que ainda jazia fora do Coliseu, enfrentando a batalha primordial para a limpeza daquele reino, subiu a torre onde rezava a lenda que um Ancião dos Fianna estava preso... Porém, por um golpe do destino, assim que subíamos, encontramos um antigo inimigo de Águia-Real, Presença-Sombria controlava Esguios em uma batalha naquela prisão infernal... Nosso alfa até tentou uma negociação forçada, no entanto, o maldito soltou seus espíritos para cima de nós, que imediatamente imobilizaram o Alfa, por um golpe do destino, minha reação foi a mais rápida possível e com um salto por cima dos espíritos evitei que eles fugissem com mais um prisioneiro, uma sangrenta batalha se seguiu, na qual estávamos totalmente feridos e sem recursos, e mesmo assim Gaia nos concedeu a vitória, mesmo que a altíssimos custos, afinal, High-Tech pereceu nessa luta... Apenas vencemos pois Curto-Circuito retornou com nossos fetiches, que deram o upgrade necessário para terminar a batalha, infelizmente, um dos Malditos o acertou e ele faleceu, não sem antes destruí-lo com uma bomba.”

Gloriosa era a maneira como descrevia essa batalha, pois lembrava dela vividamente, por ser um momento muito crucial para o sentimento que ele sentia de pertencimento, com o que ocorreria logo a seguir.

”- No entanto, as forças da Corruptora não dão descanso nem aos bravos... Enquanto ainda pedíamos a benção a nosso totem Guaxinim, uma criatura se aproximou, e antes que nada pudesse ser feito, o peito de Gavião-Prateado estava aberto e seu coração arremessado aos nossos pés. Uma criatura alta, com aparência hominídea mas absolutamente monstruosa, com asas negras, olhos de ébano profundo e cabelos longos da mesma cor, trazia consigo uma lança e possuía garras mais afiadas que a de um Falcão. Seus dentes eram longos e atemorizadores, seus pés esguios, diferente do resto da compleição absolutamente aterradora. Todo se sentiram totalmente imobilizados, nenhuma palha poderia se mexer sem que a criatura comandasse, a não ser, é claro, pelo imbatível Guaxinim, alheio a qualquer temor, e de impossível intimidação, o mais bravo totem já visto nessa terra nos salvou, mas com isso, entregou sua vida à criatura das profundezas dos sete Infernos, fomos ejetados do Coliseu, e curados de nossas mazelas, mas sentíamos naquele momento que nunca mais veríamos nosso amado Guaxinim. Que Gaia dê descanso a toda sua prole, e paz a sua efêmera, que retorne para o ciclo da vida.”

Novamente queria fazer um brinde e já sentia a garganta seca, porém não se dá por vencido e continua.

”- Estávamos fora do Coliseu, mas isso não queria dizer que os perigos passavam, o mal ainda não havia sido combatido, e apenas um Ritual, liderado por Elo-Espiritual poderia dar esperança aquele Reino condenado, e assim foi, ritual pedido, ritual recebido, a desintoxicação do Reino estava a caminho, e para defender a maledicência que corrompia aquele lugar, as trevas invocaram um ser conhecido como Senhor da Guerra, que de Senhor não tinha nada, uma vez que enfiamos nossas garras e presas tão profundamente em seu traseiro que dificilmente outro quererá tomar tal título por medo que a Vingadores venha reivindicar o mesmo destino a ele.”

Continuava, agora para a parte mais tranquila de seu relato.

”- O reino estava salvo da corrupção, voltava a ser regido pelas normais regras já conhecidas por todos, a Wyrm havia perdido uma incrível batalha, e a Vingadores era a responsável pela vitória, no entanto, nossa missão não estava completa, do Reino do Campo de Batalha, resgatamos Glorioso-Punho-de-Odin, o grande Ancião dos Crias de Fenris, que decidiu nos acompanhar no próximo passo de nossa missão, o Reino da Atrocidade, lá esperávamos encontrar General-de-Prata, e finalmente podermos retornar, mas o destino tinha mais o que nos revelar.”

Olha então para Gregory antes de continuar.

”- Ali então encontramos Gregory, Mediador-dos-Espíritos, que aqui está... Então, descansamos e seguimos jornada, pelos perigosos caminhos da Umbra que nos levam ao Reino da Atrocidade, onde ninguém em sã consciência gostaria de passar as férias... Antes mesmo de chegarmos lá alguns se perderam pelo caminho, e pouco se sabe de seus destinos... No entanto conseguimos adentrar o reino, e com isso muitos caminhos se separaram, até chegarmos a derradeira, no qual, nos juntamos, nós três, com exceção de Vingador-do-Futuro e Águia-Real... Estávamos em um trem, batalhando, os outros, Glorioso-Punho-de-Odin e Falcão-de-Prata também lutavam, infelizmente, vi Benção-de-Gaia desaparecer na minha frente, quem sabe que perigos está enfrentando agora... Quando, em meio ao combate, surge uma presença criando um portal, e de dentro dele sai Darius Morgaine, Vingador-do-Futuro e nos manda entrar no portal, pois só isso poderia nos salvar, Águia-Real e os outros seguiriam na missão, conforme era vontade deles... Por mais que eu relutasse, a urgência e estranheza do acontecimento me fez seguir o Garou para o portal...”

Uli fecha os olhos como se lembrasse de algo que o felicitasse.

”- Um dos momentos de maior pureza e beleza ocorreu, e mesmo assim, nada pode aliviar o peso de nossos corações, pudemos ver um Avatar de Gaia, e ele, pessoalmente nos garantiu sua benção, e afirmou que deveríamos ir ao passado com a ajuda de Vingador-do-Futuro, pois tínhamos que corrigir alguns erros, e talvez salvar o Caern com as informações que o Senhor das Sombras tem... Por mais que pareça incrível e risível, esta é a verdade, somos viajantes do futuro, chegamos ao Caern, porém, conforme disse o Garou do futuro, um pouco atrasados, vide que o Caern já foi atacado aparentemente... Pedimos desculpas por não termos chegado a tempo, e sinto por não ter tido a oportunidade de vingar e levar comigo todos os Sanguessugas que ousassem colocar seus pés em nosso solo sagrado... Bom, esse é toda minha história, tirem as conclusões necessárias, estamos de volta, prontos para ajudar no que for necessário, posso garantir que Iurd retornará em breve, com ambos os Anciões, e então as forças de Gaia serão imbatíveis nesse continente.”

O Presas de Prata finaliza seu discurso e parece se aquietar, mas no segundo que percebe que alguém fosse se manifestar completa.

”- AH! Quanto a Elo-Espiritual se tornar uma Anciã tão rapidamente, infelizmente é uma história que ela mesma não teve tempo de me relatar, porém imagino que depois de libertar um reino inteiro das garras da Wyrm, ainda mais um essencial como o que possui a Planície do Apocalypse, nada nunca poderá ser duvidado, quanto aos feitos dessa Uktena.”

Finalmente acabara, era aquilo, e se não acreditassem teria que enfiar as próprias imagens que via nos crânios daqueles Garou.

Os dois garous abordados pareciam bem educados e de certa forma impressionados pela mudança na formação da Vingadores. Observou com atenção Ira de Thor e Sagittarius, o terceiro garou ainda estava ali, mas imaginou que não por muito tempo. O que tinham para contar e o que foi solicitado a contarem ali mesmo não era segredo nenhum.

Uli então toma a palavra e faz um relato que explicava toda a jornada da Vingadores na Umbra. Isso é bom, Gregory mal sabia da missa a metade. A matilha não tinha um totem e só agora se dá conta de que realmente e não tinha se apresentado a um e ao seu dogma. Isso teria que ser resolvido, mas Ingrid como Anciã, com certeza seria uma tarefa fácil de se resolver. Gregory poderia ajudar também.

Assim que o olhar do galliard e Alpha da matilha lhe é dirigido, Gregory dá um sorriso tímido e meneia a cabeça de forma rápida à Ira de Thor e Sagittarius, não se esquecendo do terceiro garou desconhecido que também recebe o menear de cabeça do garou de chifres. Ao fim do relato de Uli, Greg esperava as palavras de Ira de Thor e de Sagittarius. Esperava comentários de deboche sobre a história contada.

O Senhor das Sombras ouve atentamente a história contada por Uli sobre como havia sido sua partida para se unir a Vingadores até o momento em que se encontraram com ele.

Definitivamente não haviam comentários a serem feitos. A Vingadores passou por grandes males e baixas inquestionavelmente importantes, mas eles superariam tudo aquilo em breve.

Quando as palavras do Presa de Prata cessam o Senhor das Sombras olha para seu Alpha para ter certeza que ele realmente tinha acabado e então diz:

- Prazer em “conhecê-los” senhores, como meu Alpha disse, sou Darius Morgraine, Vingador do Futuro, Ahroun, Fostern dos Senhores das Sombras e vim de um futuro muito mais a frente que meus companheiros de matilha.

O Senhor das Sombras então descruza seus braços, deixando visível a armadura que estava usando. Inquestionavelmente era algo bem diferente de tudo que tenham visto, mas seu olhar novamente encara Sagittárius, na esperança de que ele a reconhecesse.

- Eu venho de aproximadamente 30 anos no futuro. Um que nenhum de vocês gostaria de viver. De onde venho, a Wyrm despertou de forma inesperada, e não estávamos preparados para enfrenta-la. Uma sequencia de “golpes” condenou-nos a derrota. Fui enviado por Sagittárius para trazer primeiramente a Vingadores novamente ao Caern e corrigir alguns acontecimentos que condenaram minha realidade a desgraça.

Severino escuta as orientações de Ira-de-Thor e percebe, com a chegada de membros de outra matilha, que não tinha mais nada a tratar ali. Ele então profere um "-Ok!" e se afasta do grupo em busca de um local para se recostar. Permanecia na Clareira Central esperando que sua matilha retornasse da Umbra.

A reação do Fenris surpreende Darius mesmo com os alertas de seu tutor. Será que depois de tudo que foi dito essa realmente seria a primeira coisa que uma mente racional pensaria? Talvez não.

"Agora eu entendo porque a Amazônia caiu..."

Ficou em silencio e quando o líder da Seita questiona se conseguiria passar as informações a tempo da reunião para seu Alpha, Draven encara Uli e diz:

- Creio que é possível fazer um resumo dos itens mais importantes...

Uli agradece aos deuses por terem aceito seu discurso como verdadeiro e sorri internamente por Darius tomar uma carcada, o cara realmente tinha uma moral muito alta para quem não mostrou nada ainda, o Alfa então responde ao líder da Seita.

"- Estaremos presentes na Assembléia Ira-de-Thor, e sim... O que for importante discutiremos na reunião dos líderes de matilha... Agradeço a recepção no Caern... Alguma coisa que pode ser feita agora pela Seita ou posso descansar minha garganta com um bom hidromel?"

O Galliard era simpático, como tentara ser com a Garou nas montanhas, ele só era rude quando ficava irritado, e por enquanto só estava cansado, mas não tanto que não pudessem fazer algo, e ainda precisava falar com Ingrid, se aprumar com os eventos do Rio.

Darius se sente repreendido pelo olhar de Sagittárius, mas nada diz. Ainda não entendia a reação do Cria de Fenris, mas jamais iria contra um alerta do Andarilho do Asfalto.

Ira de Thor pede para que seja mantido o alerta. Condenando a matilha a ter que ficar dentro do Caern até o final daquela noite.

Para o Senhor das Sombras aquilo não seria algo ruim. Mesmo diante de um Caern em recuperação, ele ainda era bem mais bonito do que daqui a 30 anos. Darius fica então no aguardo do comando de Uli para seguirem para algum lugar onde poderiam sentar e conversar.

Estava tudo mais ou menos resolvido. Só achou a atitude de Ira de Thor muito tranquila diante das palavras de Darius. Claro que o Dom dos Philodox era fantástico, mas mesmo tendo o aval de um Juiz, era muito estranha toda aquela história de viagem no tempo sendo que as pessoas nem sabiam onde ficava a lixeira dos recicláveis no shopping.

Estavam sob alerta de um possível ataque depois de uma missão ofensiva. Segundo os dois garous, o ataque da noite anterior aconteceu de forma semelhante. Olhou para Darius, Ingrid e Uli, mas sem dizer absolutamente nada. Queria saber mais sobre sua tribo no Caern e sobre a situação do próprio Caern que parecia um pouco destruído. Mas acima de tudo queria encontrar seu primo distante para conversar um pouco. Seria ele um dos membros da missão ofensiva?

Se Uli não tivesse assumido a postura de alfa e falado, Ingrid não seria tão diplomática como ele. No fim das contas, o Galliard foi excelente na sua função de augúrio e evitou uma crise entre a matilha e a liderança da Seita. Não acha injusto o passa fora levado por Darius diante da postura dele ante o Fenris, mas acha péssima a postura do Fenris diante de tanta informação que havia sido dada.

Sem ter o que acrescentar e sem querer discutir ali, na frente da matilha, Ingrid apenas olha para os demais enquanto espera uma definição de Uli para saber para onde iriam conversar. Ainda queria encontrar sua tribo e reassumir seu posto. Com a postura negligente de Ira de Thor, talvez sua voz no conselho de líderes mais uma vez fosse necessária para encarar desmandos que ocorriam naquela seita.

Uli concorda com Ira-de-Thor e agradece a recepção. Então se volta para sua matilha, os três outros Garous que viajaram no tempo consigo e diz.

"- Avengers, assemble. Queria trocar uma ideia com todos antes de mais nada. Acho que a gente podia achar um pico afastado. Ou aqui mesmo. Não sei. Ingrid, tem alguma sugestão de lugar? Depois cada um devia ver com sua tribo se tem alguma coisa pra ajudar."

O Galliard era simpatico e diplomatico em sua "liderança" da Matilha. Que ainda não tinha sido desafiada externamente.

Quando Uli se manifesta Darius já se prepara para partirem dali, mas o comentário do Presa de Prata lhe faz parar por um instante e dizer:

- Desculpe Alpha, mas se realmente preciso lhe dar um resumo das coisas importantes que estão para acontecer para que possa responder qualquer questionamento desta Assembléia, creio que isso tomará bastante de seu tempo.

Darius mantinha-se com uma postura militar perante a Uli, pois por mais que o conhecesse do futuro, aquele não era o Uli que conheceu.

Depois das palavras do Alpha e do viajante do furuto, Greg emenda:

-Assim que for possível, Vingador do Futuro, gostaria de saber algumas coisas também.

E detsa vez para Uli:

-Gostaria de ficar presente durante o relato de Darius, se me for permitido.

Uma porque se fosse procurar os membros de sua tribo, Uli iria junto já que ambos eram Presas de Prata.

Uli então indica para a matilha caminhar com ele até um canto mais afastado que pudessem conversar tranquilamente, enquanto falava.

"- Tranquilo, quero saber essas paradas Darius, mas primeiro a gente tem que se estabelecer aqui."

Quando chegam em um ponto mais confortável da clareira, afastado, onde pudesse se recostar em uma árvore, o Galliard se vira para Ingrid e fala.

"- Primeiro, Ingrid... nenhum de nós três sabe nada do Rio de Janeiro e também não tem casa aqui... A Vingadores tem algum lugar pra se reunir ou algo assim? E segundo lugar, como fica a nossa questão do Totem?"

A segunda pergunta era feita para Ingrid mas incluía os outros amiguinhos também.

A Theurge chega na clareira central e já se dirige até onde estava Severnio, dizendo pra ele:

- Tudo feito. Avô Trovão recebeu nossa oferenda.