[CAERN] Zona Montanhosa

UÓOOOOOOOO

De novo vem o engomadinho pagar uma de machão, de novo vem ele me falar coisas que vão me deixando cada vez mais e mais e mais irritada, por gaia, qual o problema desse baitola, será que tá querendo comprar? aposto que é uma dessas mariconas que quando não tem ninguém por perto, vem me procurar pra ver a minha enorme e grande jeba.

Mas, tudo começa a ficar turvo, meus olhos começam a ver algo que modificava do negro, pro vermelho e no final pro verde. Um instante que parecia um piscar de olhos, senti uma fúria descontrolável crescendo, senti a dor que era de ser abusada sexualmente por vários homens como aconteceu uma vez, todos os socos que levei nessa vida, tapas e humilhações, de repente, vi o Kor, fazendo isso tudo comigo e rindo.

Rindo,era isso que ele estava fazendo, me provocando, rindo de mim, me ridicularizando, ele era a encarnação de todo mal que sofri por todos os homens, a fúria ia crescendo dentro de mim, uma voz berrava nos meus ouvidos, gritando: TRAVECA, TRAVECA, MATA, MATA, ACABA! sinto o gosto na minha boca de algo podre, uma bile verde que subia, rapidamente me transformo em crinos, mas ao invés da minha pelagem cinza, estava com algo esverdeado, um aspecto mofado, glifos e mais glifos em mim, sem controle.

Sem controle do que poderia ser, fazer, pensar, mas sentir, sentia ódio e mais ódio, fúria e mais fúria e não iria parar enquanto não acabasse com todos que me humilharam, agora era pessoal.

Rapidamente, me transformo em crinos, a baba escorria da minha boca e o cheiro de mofo era evidente no ar, meus olhos tinham uma tez esverdeada e os glifos brilhavam em um verde musgo, com a minha destreza alta pulo em direção a Kor que estava em crinos também e dou uma mordida com toda a minha força.

Fale agora engomadinho, fale agora que devo respeito, vais morrer sua maricona!

Um urro sai de mim, respiração forte e ofegante, como uma criatura das profundezas da terra, das entranhas da wyrm.

OFF: Kor sofreu 8 de Dano Agravado, pode absorver.

Kor aparentemente havia se irritado muito mais com o comentário de Nycole do que o Presa de Prata. Definitivamente ele estava certo, mas aquela não era a hora e nem o lugar. Definitivamente não era.

Mayra lhe da razão, o que deixa Kiba mais tranquilo por estar sendo apoiado, mas quando pensa em colocar a mão no ombro de Kor para dizer que aquela não era a hora Nycole começa a mudar de forma.

Um crinos com pelagem verde musgo e runas surge diante dele e o Ahroun infelizmente sabia muito bem o que era aquilo.

"Puta que pariu..."

Antes que Kiba pudesse fazer algo a Fúria Negra salta por cima de Kor e os dois começam uma guerra. O braço do Senhor das Sombras é arrancado bem diante dos olhos do Presa de Prata, algo que tira o Ahroun completamente do sério.

Kor rapidamente da cabo da Fúria Negra, mas fica gravemente ferido. Kiba avança na direção da Fúria Negra e se não fosse as palavras do Senhor das Sombras teria esmagado a cabeça dela no mesmo instante.

Uma raiva fora do comum havia tomado conta de Kiba, mas felizmente a sanidade havia falado mais forte. Olhando por cima do ombro para Kor o Ahroun infla os peitos e lança um uivo aos céus:

- ASA SOLITÁRIA, AHROUN DOS PRESAS DE PRATA SOLICITA UM THEURGE URGENTE! COMPANHEIRO DE MATILHA GRAVEMENTE FERIDO!

Feito isso o Presa de Prata toma novo folego e vai até Kor para ajuda-lo. Com um braço ele apoia o Senhor das Sombras e com a mão livre pega o braço decepado.

- Drink ta sem gnose... Vou levar o Kor na frente pra ser curado... Melhor não perdermos mais tempo aqui.

Nem se da ao trabalho de olhar novamente para Nycole, pois temia testar sua paciencia mais uma vez. Ele então olha para o Galliard e diz:

- Muda pra glabro pra facilitar nossa vida cara... Relaxa que vai dar tudo certo...

Dito isso o Ahroun começa a caminhar com o Senhor das Sombras e, se não houvesse impedimentos, seguiria rumo a clareira central.

Paulo ainda acariciava a crina do Unicórnio enquanto esperava a resposta de Drink no Abismo. Resposta esta que não veio, talvez pela pergunta de Kiba ao espírito sobre a cegueira de Voz de Taranis ou sobre a conversa que se tornava pública a respeito da Fúria Negra. Na verdade Kor parecia não ter se apresentado. A apresentação é feito e Hrist comenta sobre a deformação de Nycole enquanto o Unicórnio questionava se precisavam de mais alguma coisa e Kiba responde que não e ele desaparece.

Só que Nycole comenta que era Nycolo. Cabelinho, instintivamente ainda estava acariciando a crina do Unicórnio que já não mais existia. Ele acariciava o ar enquanto seu olhar estava focado na Fúria Negra que era um Fúrio Negro. Embasbacado ele ouve o chamado da assembleia como se fosse um chamado distante, um chamado que passava por um cano ou que vinha de muito longe.

Não virou seu olhar para ninguém em específico e disse:

-Oi!? Ela é ele? Ela tem pingulinho? Mas...mas.....

Estava tão confuso que ele apontava para Nycole, depois para Kor, depois para Hrist, depois para Mayra e para si mesmo e completamente confuso não entendia direito. Já tinha conhecido alguns travcos na rua, mas eles pareciam mais homens do que Nycolo.

Kor é duro com a Fúria e Cabelinho parece estar vendo a doida Ingvild na sua frente. Olhou para o seu lado tentando encontrar Dereck para protege-lo de ter o braço arrancado e lembrou que ele já estava descansando com Gaia. Não que Nycole não tenha sido grossa. Mas Fúrias não costumavam ser conhecidas pela sua calma.

Cabelinho percebeu que o Fúrio ficava um pouco nervoso e deu dois passos para trás, trazendo Philip com ele. Não queria que o Theurge tivesse o braço arrancado. Procurou Mayra e ouviu ela falando que tinham que atender a seita e poderiam tratar do pinto, quero dizer, da opção de Nycole depois, mas já era tarde demais. A/O Fúria/Fúrio tinha sucumbido ao Frenesi da Wyrm e ataca Kor imediatamente. Ainda bem que Kor estava em Crinos, provavelmente tinha mudado para descerem a montanha de novo, se ele estivesse em hominídeo teria sido morto imediatamente.

Era fato que os glifos e a baba verde e o cheiro de mofo que vinha de Nycole mostrava que ela tinha sido dominada pela Wyrm. Era como acontecera com Ingvild. Baixou os olhos e viu o braço de Kor no chão. Arrancado. Além disso ele urrava de dor. Mayra poderia ajudar? Não tinha certeza. Olhou para Esquecido e Hrist que poderiam acabar com aquilo apenas cuspindo em Nycole. O ragabash resolveu mudar para Crinos. Só não queria morrer por causa da sua próxima ação quando vê que Kor arranca violentamente a perna da Nycole e ainda a chuta no chão.

Kiba logo intervém e chama ajuda. Nycole estava aparentemente desmaiada. Asa Solitária ajuda Kor a descer até a Clareira Central e conseguir ajuda. Philip já tinha dito que estava sem gnose. Deveriam procurar ajuda para a Nycole? Olhou para Drink e depois para Hrist que era a juíza da matilha esperando alguma resposta, alguma orientação. Cabelinho então diz:

-Por bem ou por mal Nycole faz parte da Esquadrão......

Pegou na perna que ainda estava colada no corpo da Nycole e começou a puxá-la morro abaixo. Por ter atacado a bela adormecida do Kor ela não merecia muita compaixão.

-Alguém pegue a perna dela.....saporra parece com a Ingvild...caramba.

E foi puxando o corpo de Nycole pela perna ladeira abaixo. Sem se importar se a estava ferindo mais ou não.
Kor e Kiba estava logo a frente.

Era por isso que Hrist não gostava das Fúrias Negras.

Dera uma chance daquela criatura anormal se ajudar, de ao menos tentar demonstrar algum respeito à matilha e manter um mínimo de dignidade, e o que acontece? Aquele lixo simplesmente resolve ofender os Garous que acabara de conhecer e de quem, em pouquíssimo tempo, já desrespeitara muitas vezes.

Bebê-Capeta 2 x 0 Paciência da Hrist.

Em uma exemplar ação, Kor defende a matilha e às leis de Gaia e Hrist percebe que não se lembrava de já ter pensado isso dele... Talvez aquela pancada tenha colocado seus miolos no lugar. Ela poderia não gostar dele, mas ele estava certo em tudo o que dissera... e isso simplesmente a deixa mais irada quando a Fúria-Negra, tomada pela Wyrm ataca seu irmão de matilha.

Bebê-Capeta, a Wyrm e Nycole 3 x 0 Paciência da Hrist.

A Cria de Fenris altera sua forma para a de batalha, mas tarde demais. Sangue e pedaços de corpos começam a voar na frente de todos e então já ouvia Kiba chamar ajuda para curar Kor, ele tinha razão e precisavam ser rápidos. Enquanto Kiba busca Kor e seu braço, o Roedor de ossos mirrado pega a Fúria-Negra para leva-la montanha abaixo, mas Hrist vai até ele correndo e lhe diz de forma séria – porém sem pegar a perna do dito cujo (Bebê-Capeta, Wyrm, Nycole e rancor de Hrist 4 x 0 Paciência da Hrist):

- Deixa que eu levo. Se ele voltar, pode te matar.

Falando isso, ela pega o corpo em Crinos do Fúria-Negra do chão e o puxa, fazendo Cabelinho soltar a perna daquela desgraça e joga sob seu ombro como se fosse um saco de estrume pesado. Hrist começa a descer a montanha junto com Kiba e Kor tão rápido quanto podia, pois queria aquele merda bem vivo para que ele pudesse ter um julgamento apropriado.

E tudo degringola em instantes, a desgraçada/o Impura/o parte para cima de Kor, e lhe arranca o braço com uma mordida, a pelagem daquela Garou era verde, da cor da Wyrm, e dos Dançarinos, ela seria uma Dançarina infiltrada? Ou apenas um Frenesi da Wyrm? Philip não sabia e pouco se importava.

Aquela louca havia sido mandada para Esquadrão e quase matara um de seus membros, aquela era a prova do que as aberrações podiam fazer.

"- Que Gaia seja bondosa com os Impuros dessa matilha."

Quem enviou aquela Fúria Negra agente perturbador para à Esquadrão deveria ouvir poucas e boas, aquilo era uma infiltração e um ataque terrorista à Matilha, e o Fianna estava pronto para arrancar o couro da liderança da seita por terem feito aquilo.

Em forma Crinos, que assumira em prevenção, ele começa a acompanhar a descida da matilha, se aproximando de Hrist e ficando de olho na maldita, caso levantasse.

"- Vai na fé Hrist que eu to de olho na aberração, se ela piscar eu acabo o serviço."

* Julian ouve as ultimas palavras da Doninha para a matilha e as sente cortarem seu coração como navalhas. Era difícil ouvir que não havia alternativa, era mais difícil ainda assumir que ele fora um dos culpados pela quebra do dogma. De fato, muita coisa estava errada com aquela matilha, coisas da gestão passada, coisas da gestão atual, coisas que os próprios membros insistiam em continuar errando, e isso incluía a liderança com certeza. É com pesar e vergonha que sente as bênçãos daquele totem se esvaírem e cai num silencio contemplativo enquanto se levanta. Ouve os pedidos de desculpas de Cabelinho de Fogo e balança negativamente a cabeça para dize-lo que ele deveria esquecer aquilo.. era tudo culpa de todos. Bate de leve tanto no ombro dele quanto no de Kor, foram eles que se juntaram aos apelos por reconsideração do totem, e os indica com o gesto que deveriam se levantar. O que estava sendo dito era verdade.. *

" Não adianta chorar pela porra leite .. "

* Logo os irmãos começam a se movimentar, absorvendo o baque da melhor maneira possível. Esquecido não podia deixar de pensar em tudo o que fora dito e relacionar com tudo o que presenciara nos últimos dias. "Ultimo herdeiro do leão branco"?! "Traidor do sangue"?! Totens perdidos retornando para dar o ar da graça!? Mas que porra era isso? Estava bastante farto dessa história na verdade. A todo momento parecia que todos sabiam de algo que ele não sabia, e nunca nenhum filha da puta parecia disposto a lhe contar. Estava cansado de estar um passo atrás sempre. Se fosse pensar em tudo isso agora, iria surtar.. se limita a acariciar o Unicórnio conjurado por Philiph e receber como retribuição a cura definitiva para as dores que o afligiam fisicamente. A dor na alma, no entanto, era mais difícil de curar, o cansaço insistia em permanecer.. e a convocação para a assembleia chega. *

" Os mortos seguem seu caminho, os vivos continuam com seus problemas.. "

* Notava pela primeira vez a conversa paralela entre Kor, Hrist e Ingvild (ou seria Nycole?) e percebe que os ânimos estavam começando a se exaltar. Queria usar o tempo que faltava antes da assembleia para falar sobre a missão na colmeia mas pelo visto, mas uma vez, os membros preferiam criar novos problemas ao invés de tratar os antigos. Quando Mayra e Kiba pedem para partirem logo em resposta ao chamado de Ira-de-Thor o Roedor de Ossos concorda, mas nesse exato instante tudo foge ao controle. Babando uma gosma esverdeada e com os pelos repletos dos característicos glifos verde-doentios que Julian conhecia tão bem, Nycole avança numa fúria descontrolada em direção a Kor. Em Crinos, tenciona se adiantar para ajudar a parar a maquina assassina de destruição mas, novamente, era tarde demais. O braço do Senhor das Sombras já estava decepado e jorrando sangue antes que o Alpha pudesse se interpor entre ambos. A Fúria aumenta no peito de Julian, que não tinha mais paciência para tolerar esses absurdos. Iria resolver aquela porra toda afundando a cabeça da traveca desgraçada no chão mas Sopro-da-Tempestade consegue juntar forças suficientes para, mesmo muito ferido, arrancar uma perna da aberração e em seguida arrebentar a cabeça com um pisão que a desmaia. *

" Vai tomar no cú porra, toda a noite esse mesma merda!? Não para de chegar puta doente nesse caralho! "

* Esquecido estava respirando fundo, estava nervoso mais do que o comum. Assiste seus irmãos agilizarem a partida montanha abaixo para cuidar dos feridos. Por Gaia, garantiria que Kor tivesse uma cura decente, ele merecia muito isso. Irritado, e vendo que Hrist toma o corpo da Fúria Negra dos cuidados de Cabelinho da Fogo, corre alguns passos até ela e segura a Fenris pelo braço forçando-a à interromper a decida e olha-lo nos olhos. O Roedor de Ossos estava puto quando fala à Philodox: *

- Amanha no nosso ponto de encontro eu quero um julgamento pra essa puta, e você vai cuidar disso e vai fazer a aberração se arrepende de ter feito isso com essa matilha. Também quero isso exposto na Assembleia, eu quero que todo esse Caern saiba exatamente que tipo de filha da puta desgraçada essa vagabunda é.

* Esquecido falava muito sério e estava furioso, ainda assim, seu olhar ela claro ao demonstrar que estava confiando na Philodox para tocar aquele assunto a contento. Dito isso, solta o braço da Fenris e a deixa seguir o caminho ladeira abaixo, esperando apenas tempo suficiente para ouvir uma resposta. Focaliza Cabelinho de Fogo e brada para o seu irmão tribal: *

- Cabelinho, pega a perna arrancada dessa vagabunda se quiser, eu não me importo..

* Depois se vira para Mayra e a chama para acompanhar a matilha ladeira a baixo, não podia ser prestativo em excesso naquele momento mas declara sua boa vontade sinalizando o que estava acontecendo: *

- Ruiva, vamo descer daqui. Tá na hora de colocar essa porra no lugar de uma vez por todas, to cansado dessa palhaçada.

* E dito isto, inicia a descida ladeira abaixo, descendo com agilidade até Kiba e Kor que estavam mais avançados e ajudando a dupla a completar o caminho com a maior brevidade possível. *


OFF: Continua na Clareira Central

Hrist tomou o corpo do Nycolo de seus braços e Cabelinho nem tinha pensado naquilo. Se ele ou ela despertasse ainda em Fúria poderia acabar com o Ragabash facilmente. Por alguma razão ele adorou a atitude da Philodox e ganhara um pontinho em seu coração de Roedor. Drink segue a Philodox e Esquecido se dirige ao Ragabash para que ele pegasse a perna da Fúria. Ele bate continência ao Alpha e diz:

-Podexá Esquecido.

Percebeu as palavras do irmão de tribo para com Hrist e só teve um pensamento:

”Essa mulher homem está realmente ferrada. Segundo frenesi da Wyrm que acontece nesta matilha em duas noites. Três frenesis da Wyrm e podemos pedir música no Fantástico?”

Foi até a perna decepada de Nycole e a jogou por cima do ombro. Antes de descer a montanha olhou para Mayra, Declan e Igor, dizendo:

-Vambora galera?

E desceu a montanha sem dificuldade:.

”Ainda bem que para descer todo santo ajuda. Se eu jogar esta perna daqui.....será que ela cai na cabeça de alguém lá na Clareira Central?”

Havia se unido à Kiba no clamor para que resolvessem o problema do/a Fúria/o Negra/o para depois, mas sabia do peso que tinham tido as palavras de Kor. Pelo que ouvira, e pelo que entendia da situação que ainda a deixava um pouco confusa, ele estava certo mas não tinha como não achar que ele tinha sido imprudente depois dos avisos que ela e Kiba haviam dado. Que seu aviso não tivesse sido notado por estar na forma lupina e falar praticamente junto com Kor, mas o de Kiba ele poderia ter ouvido e se tivesse seguido o bom conselho do Presas de Prata, tudo estaria normal.

Estaria, porque não estava.

Mayra começa a ouvir os rosnados, sentir movimentações e imaginar o que aconteceria não era difícil. Nunca tinha visto o rosto de Nicole, mas vira a cena com Ingvild na noite passada e sabia como essas coisas desandavam. O Cracker da vez era Sopro da Tempestade e o destino todos já sabiam. Gritos, rosnados, mordidas, gemidos e cheiro de sangue. Mayra só consegue imaginar quem estava bem ou mau ao ouvir a voz de Kor. Menos mau que o Galliard estava bem, mas as palavras dele levam essa ideia logo embora. Kor estava sangrando mutio segundo ele mesmo, Kiba uiva e Kor lembra para não esquecerem... seu braço?

*Outro braço?*

As semelhanças eram assustadoras, mas pelo menos dessa vez não tinha ouvido nada que a deixasse com receio de que Julian havia caído. Se aproxima para farejar o corpo no chão, mas algo o retira antes. Devia ser a Fúria Negra, estava certa disso. Começava a realmente não gostar da tribo. Haviam três membros das filhas de Pégasus que passavam pela matilha e a única que parecia honrada tinha ido embora. As danosas, ficavam.

Logo depois ouve Cabelinho falando em uma... Perna?! Hrist diz que levaria. A Fianna cega fica confusa sem saber muito bem o que acontecia à sua volta. Mas o que lhe chama atenção é o comentário cheio de preconceitos de Philip. Preconceitos que ela mesma aprendera a ter, mas que teria que aprender a esquecer pelo fato de que iria proteger sua cria. Imediatamente após o comentário sobre Impuros, Mayra por instinto, rosna contrariada. Não era um rosno agressivo, mas de clara insatisfação.

Julian fala em um julgamento. Mayra percebe que a Fúria Negra estava viva nesse instante. Não haviam mais baixas na Esquadrão, mas não havia como saber se aquilo era bom. Não tinha cabeça para pensar naquilo. Apenas segue ao chamado de Julian, esperando um pouco para não descer com o alto contingente de membros e indo com calma, dada sua condição, pela mesma trilha que viera. Seu faro era seu guia.

Pouco depois que o portal se abre nas regiões montanhosas do Caern e o Senhor das Sombras surge diante de quem ali estivesse. O Ahroun observa a sua volta sem se surpreender muito. Aquele ataque ao Caern já era conhecido, mas ele se recuperava de uma forma mística. Não tinha certeza se aquilo havia sido relatado por Sagittárius, pois sua cabeça ainda estava confusa pela viagem.

Assim que considera o terreno seguro o Ahroun sai da frente do portal para dar passagem aos demais membros de sua matilha.

Logo o Theurge consegue visualizar o gigantesco Caern. Claro que de onde estava não dava para ver toda sua extensão, mas sabia que a Floresta que era o Caern era bem grande. Uma chuva caía quase que constantemente fazendo com que algumas flores nascessem em velocidade acelerada e aos poucos regenerava o lugar. Pareciam estar em uma zona montanhosa do Caern.

Era a primeira vez que o Impuro visualiza o Caern do Rio de Janeiro. Era para ele ter chegado há dois anos atrás mais ou menos e sentia-se meio perdido. Era muito tempo na Umbra e depois seguiu ao Reino da Atrocidade, teve medo de ficar em Harano. Respirou fundo o ar puro da floresta e abriu um sorriso. Percebe Darius já presente e lhe confere um sorriso amigável. Gregory era muito carismático.

-O Caern parece ter passado por alguma batalha...sabe algo sobre isso, Vingador do Futuro?

O Theurge sai da frente do portal criado por Ingrid e observa tudo ao seu redor.

O Ahroun observava a forma sobrenatural que a chuva curava aquele Caern. Será que antigamente aquele lugar era tão poderoso que se "auto curava"?

A pergunta de Gregory o faz desviar o olhar para o impuro mais uma vez. O Senhor das Sombras concorda com um aceno de cabeça e diz:

- Se não me engano essa foi uma batalha que quase aniquilou o Caern... Vampiros de vários tipos se juntaram pra tentar destruir este lugar e quase conseguiram... Muitos Garous morreram nessa batalha, mas a forma como ele se cura... Não tenho certeza se sei... Mas não da pra negar que é algo impressionante de se ver.

Uli sai numa região cheia de montanhas e respira o ar, dessa vez real e puro da mata molhada pela chuva. Sentindo seu pelo se molhar e a Lua brilhar no céu agradece Gaia por aquele momento. E se lembra do encontro com seu avatar. Enquanto aguardava Ingrid sair da Umbra e eles partirem agilizar as coisas.

Recebeu as palavras de Darius com pesar. Perder garous em uma guerra que anunciava o Apocalipse não era interessante. Olhou para o céu e viu as estrelas vermelhas pairando em cima de suas cabeças. Suspirou fundo e comentou enquanto via seu Alpha aparecer:

-Perder garous nesta altura da guerra nunca é uma boa notícia. E sim....

Olhou ao seu redor:

-...não sei se esse é o poder do Caern. Talvez os Theurges estejam trabalhando para a recuperação do Caern junto dos espíritos.

Se dirigiu para Uli:

-Sacrifício dos Ancestrais...se os Theurges estão trabalhando na recuperação do Caern...temos que avançar. Eu posso ajudar também.

Estava ansioso para seguir em frente e doar Gnose se necessário. Faltava Ingrid chegar.

O Ahroun nada diz, apenas volta a cruzar os braços enquanto aguardava uma nova ordem ou pergunta do Alpha.

A Impura sai da penumbra ainda em Crinos. Estava séria e ainda irritada pelos últimos rumos da conversa. Seu humor, no entanto, piora ao encontrar o Caern naquele estado. Não diz nada, apenas busca Uli com o olhar esperando que ele anunciasse a matilha e que fossem logo procurar os anciões da seita.

A Matilha estava toda no Caern e era hora de irem, altera sua garganta para a de um lobo, para que pudesse uivar. E seu uivo é ouvido em todas as partes do Caern, principalmente a Clareira Central, que era onde ia.

"- A Matilha Vingadores retorna de missão na Umbra e adentra o Caern."

Ninguém reconheceria seu uivo, então provavelmente os guardiões iriam se aproximar em breve. Ele apenas dirige o olhar para Ingrid e indica com a mão para que ela os guiassem.

Assim que a matilha começa a se mover o Senhor das Sombras toma a retaguarda da mesma. Não esperava que fossem atacados, mas precaução nunca era demais.

Não chegaram nem a metade do caminho e uma linda mulher de Raça Pura consideravelmente alta passa por eles, deixando um comentário sarcástico e venenoso, mascarado por uma voz doce e suave.

Seu olhar percorre o corpo da Garou de cima a baixo, mas sua expressão ainda se mantinha fechada.

Uli vê a bela Garou que se aproximava, e quando a escuta já sente a acidez de suas palavras, no entanto não se abala, e com um sorriso no rosto responde.

"- Com um elenco um pouco reformulado mas Elo-Espiritual está ai para não nos deixar mentir. A propósito, sou Uli Jon Roth, Galliard, hominídeo dos Presas de Prata, com a função de Alfa da Vingadores na ausência de Águia-Real. Precisamos falar com a liderança da seita, se possível."

O Galliard mantinha o bom humor, mas dá um olhar discreto para Ingrid, seguido de uma olhadela para a Garou que se aproximava, inquisitivo em seu olhar.

Três dias? Talvez dois desde que chegara a Seita e fora enviado atrás da Vingadores, no final das contas o tempo não passou tão rápido na Umbra, estranho... Ou aquela máquina tinha feito esse serviço, Uli já não sabia de nada.

Uli anuncia a matilha Vingadores e logo aparece uma mulher com uma Raça Pura enorme. Ela estava em hominídeo e ela tinha uma voz muito bonita, mas falava de forma ácida e grosseira. Imaginava o que ela falaria de Gregory sobre sua altura e seus chifres. Era alguém que ralhava com os outros ou uma garou mais tranquila? Não soube dizer ao certo e nem teria como em apenas uma frase da mulher. Mas de primeira não foi com a cara dela. Imaginava que o mau humor de Ingrid poderia atingir a bela mulher.

O atual Alpha se apresentou. Gregory resolveu ficar quieto quanto a isso. Se apresentaria quando fosse solicitado.