[ELLISIUM] Ilha Fiscal

- Na verdade já estava deixando o elísio, mas acabei distraído com a nossa conversa. Companhias agradáveis não são dispensáveis, Eloa. - ele respondeu de pronto. Ainda estava no começo da noite. Sabia que era distante dali até seu refúgio, mas acreditava piamente que poderia fazer o percurso mesmo estando de bate papo com os outros membros. No mais, se fosse necessário, o porto estava ali perto e Lampião e Maria Bonita já tinha oferecido a região como base de apoio e proteção para os brujah.

O Toreador observa que seu nome e seu contato já estava no tablet, junto com o de todos os outros Cainitas da cidade, ele guarda o tablet dentro de seu paletó e volta total atenção as pessoas que o cumprimentavam.

Primeiramente um Assamita, que meneia a cabeça em direção a Guille, ele responde o mesmo gesto ao ouvir o nome do Membro do Clã mais novo da Camarilla, ele ainda não estava acostumado a os lendários assassinos serem Membros reconhecidos, porém não estranha que num Principado em formação e dessa magnitude com certeza eles estariam presentes, Guille sorri para o filho de Haquim brevemente durante seu aceno, ele era forte, e devia ser um bom lutador, seria interessante saber mais sobre seu estilo.

"- Senhorita Eloá, prazer enorme em conhecê-la. Fico grato em saber que o senhor Pezzini se aproxima, e é um prazer fazer parte desta Corte Maravilhosa."

Então a única mulher no grupo, Hildegrand se apresenta, ela, assim como ele, era do Clã da Rosa, e introduz os outros membros do círculo, sendo dois deles também Toreadores, ou seja, o Clã estava com uma boa força na cidade, o que ia ajudar muito na divulgação e apreço aos seus eventos, Guille sorri, acena e cumprimenta cada um dos novos apresentados, olhando firmemente em seus olhos.

Quando Hildegrand termina sua apresentação, um jovem também o observa e o analisa completamente, conhecendo o olhar, o mesmo que ele lançava a todos para analisar seus potenciais, o Toreador Natanael, que se dirige à Guille dizendo que tinham algo em comum, e sim, tinham, e não era a recente chegada, e sim o modo de analisar seus companheiros e principalmente adversários.

"- Temos algo em comum de fato Sr. Lacerda, de fato."

Então Natanael dá um passo e flerta com Hildegrand, Guille sorri internamente com essa discussão, sabendo estar Natanael a analisando igualmente analisava a ele. Porém, realmente, a menção de Arcontes no plural era algo a se notar.

Então o senhor apresentado como Jorge Silva se pronuncia e Guille o cumprimenta e o observa, ele era do Clã Brujah, o que já indicava uma certa propensão para uma boa luta, suas vestimentas desleixadas, sua pretensão em assumir a Corte e seu conhecimento dos acontecimentos da cidade marcaram bons pontos em seu nome. Porém Guille não gostaria que ele assumisse o Principado, seria muito mais difícil testar seu potencial dessa maneira, mesmo assim, sorri sinceramente para o Brujah e fala.

"- E desejo-lhe toda sorte que puder nessa empreitada."

Então a atenção de Guille se volta para o outro Toreador presente, o sr. Lyon, ambos trocam olhares e se cumprimentam, quando questionado, com um sorriso embaraçado responde.

"- Perdoe-me a indelicadeza, o senhor Lyon e todos vocês, não me apresentei propriamente, venho dos Estados Unidos, da California para ser mais exato, porém sou nativo do Brasil mesmo, minha terra é no nordeste, mas já habitei a cidade Maravilhosa a muitos anos corridos. Retorno agora nesses tempos agitados em busca de satisfação em retornar ao meu país natal, e ver o que podemos fazer para transformá-lo no lugar perfeito para a raça Cainita. Sou um mero representante do Clã da Rosa, assim como o senhor, e assim como o Senhor Lacerda, o sr Haulot e também o senhor Pezzini que virá em breve. Haha, vejo que nosso amado Clã é muito e muito bem representado nessa cidade, acredito que a cidade Maravilhosa nunca foi tão Maravilhosa."

Seus olhos passam igualmente por todos os Toreadores ali presentes, sorrindo, e também observa o Assamita e o Brujah, a senhorita Eloá recebe o último e mais demorado olhar de Guille.

O que ele sabia, é que seus companheiros de Clã eram apaixonados por galanteios e por uma arte, seja ela qual for, e Guille tinha o objetivo de angariar assíduos frequentadores. E a situação da cidade parecia interessante e propícia a novos Membros, e mesmo que não houvesse um Príncipe Toreador eles poderiam ali conquistar uma boa base de poder, que Guille tinha plenas intenções de participar.

*Filippi ri para Ian*

- Oras, não tem problema nenhum, você pode vir de carona comigo! Mas vai ser bom se mais alguém vier também. Já estou mandando.

*De fato, o brujah está com o tablet numa das mãos e o celular na outra, e digita rapidamente enquanto olha os contatos. Parece capaz de fazer onze coisas ao mesmo tempo sem perder a concentração, e logo diz*

- Pronto, vamos ver se eles vêm. Aliás, senhores *levanta a voz, olhando sobretudo para os recém-chegados*, quem estiver interessado numa investigação contra o Sabá, e que não vá matar ninguém por incompetência, será bem-vindo ao time.

*Filippi é um homem alto, de talvez 1,90m de altura, de olhos azuis gelados e intimidantes e aparência de quem seria muito perigoso de irritar*

O Toreador observa o Brujah que ainda não havia se pronunciado, o homem alto com olhar intimidante oferece uma investigação a respeito do Sabá que eles pareciam estar prontos para partir. Guille não queria perder o contato com um prospecto tão interessante, então se pronuncia.

"- Com toda certeza eu gostaria de acompanhar essa investigação corrente senhor Filippi. Porém ainda devo esperar e me apresentar ao senhor Pezzini. Porém, se necessitar de qualquer ajuda, informações, ou algo do gênero, estou completamente a disposição, imagino que tenha meu contato no tablet tão útil que esta Corte nos fornece."

Essa viagem de campo seria excepcional para Guille analisar um Cainita que parece ser um bom lutador, talvez até mesmo vê-lo em ação, mas a regra da Hospitalidade e a etiqueta impediam que se retirasse sem se apresentar formalmente ao Cainita de grande respeito como Horazio Pezzini.

Mais um Toreador chega à cidade Maravilhosa. Ian não se abala e muito menos diz nada a respeito, mas era perceptível que rosas começavam a britar de todos os recônditos da cidade. O clã Toreador era numeroso agora e poderia angariar um poder na corte do qual outros clãs odiariam abrir mão. Seria em interessante tomar maior conhecimento daqueles recém-chegados e ele agradece que a partida de Filippi e dele estava sendo adiada, aos poucos. Ian agradece com um meneio de cabeça as palavras de Natanael.

Muita coisa estava acontecendo ao mesmo tempo e depois de Guille se apresentar formalmente, dizer que viera dos Estados Unidos e que era brasileiro, Ian faz uma reverência aos moldes orientais e se dirige à Guille, carismático:

-É um prazer conhecê-lo senhor França. Como a senhorita Eloá me apresentou, sou Ian Tokunaga.

Depois encarou as orelhas de Guille. Ian sabia exatamente o que aquilo significava, além de que o porte musculoso do cainita denotava que ele poderia ser um ótimo adversário em um tatame. Mas o tipo de luta que Ian praticava possuía menos contato físico como a que o Tremere imaginava que o Toreador praticava.

Respondendo à Luiz Filippi:

-Então irei com você senhor Filippi. Cancelarei o pedido do meu automóvel.

O Assamita agora parecia nada no meio do grupo que se formava. Se ele não tivesse se mostrado tão arisco, poderia ser de grande ajuda para Ian e Luiz. E à Guille novamente:

-Agradeço sua boa vontade senhor França. Caso necessitemos de sua ajuda, tenha plena certeza de que iremos entrar em contato. E, caso sua apresentação ao senhor Pezzini não se estenda noite adentro, poderá entrar em contato comigo ou com o senhor Filippi para se juntar à nós mais tarde.

Ian era bem direto e sucinto, mas possuía um carisma mediano. O oriental pega seu celular e envia uma mensagem à sua carniçal, cancelando o pedido anterior.

O brujah Luiz e o Tremere Ian ficavam falando em investigar o Sabá aqui, investigar o Sabá ali, mas a conversa naquele grupo estava ficando tão interessante que não havia necessidade de deixar a belíssima presença de Natanael e Guille, assim, abruptamente. Tanto que Vincent nem dá ouvidos àqueles dois que pretendiam sabe-se-lá-o-quê em algum lugar que Vincent nem queria saber também.

As coisas começam a ficar interessantes quando Vincent estende a mão para Natanael e o irmão de clã acaricia com o polegar a mão de Vincent que fica de certa forma intrigado, olhando para as mãos unidas e para a face de Natanael. Vincent abre um sorriso malicioso e tenta não transparecer que estava tão intrigado assim. Talvez uma conversa privada com Natanael depois poderia dar andamento em seus planos de pintar o irmão de clã em meio a querubins. E era perceptível que Natanael ainda mantinha a pele de quando era mortal. Parecia mais mortal que imortal à uma primeira vista.

A questão de Vincent para com Guille tomara um caminho completamente diferente do qual Vincent estava pensando. Guille pede desculpas por não ter se apresentado anteriormente e Vincent o responde, logo depois da explicação do irmão de clã.

-Não há com o que se preocupar monsieur França.  Concordo com monsieur em estarmos bem representados na cidade. Acredito que nosso clã possui oito membros na cidade até o momento.

Iria continuar a frase dizendo que o poder do clã poderia conseguir muitas glórias na Torre de Marfim, mas preferiu dizê-lo apenas em particular, para com seus irmãos de clã apenas. Thomas parecia mais quieto, talvez maquinando e analisando os dois recém chegados. Na opinião de Vincent, Thomas seria um perfeito Senescal. Manipulador com aquela face infantil e quase inocente.

Para deixar as coisas um pouco mais quentes no grupo, Vincent se dirige a Ahktar, dizendo:

-Monsieur Dohrask....não irá acompanhar monsieur Filippi e monsieur Tokunaga na investigação? Tenho a plena certeza de que a força de monsieur será de grande ajuda nesta empreitada.

Sorrira da forma mais carismática possível.

- É claro que sim! *responde Thomas a Vincent a respeito de estar convidado*

*Quando Jorge se propõe a se unir a eles, o pequeno toreador dá um sorriso sem graça, inclinando a cabeça e encolhendo os ombros*

- Bom... na verdade, Jorge... estava pensando nos toreadores... Me perdoe... Mas é claro que você é sempre bem-vindo à minha casa, em qualquer outra hora! Vou pedir para Anne preparar um repertório só para você, de que músicas gosta?

*Termina sorrindo e até se erguendo um pouco na ponta dos pés, com sincera animação. É então que os dois recém-chegados se aproximam, e Thomas os observa um pouco. Deixa que Hildegrand faça as apresentações e estende a mão para cada um deles. É uma criança linda, com um sorriso encantador e uma voz aguda e musical, com forte sotaque francês, que parece revelar imediatamente a razão de sua escolha*

- Muito prazer, senhores! É muito bom ver que enchemos esta casa de rosas!

*Quando Filippi e Ian começam a sair, Thomas não resiste a provocar o brujah, fazendo um bico*

- Oh, eu adoraria ir com vocês, mas o senhor me proibiu, guri *a pronúncia absolutamente da última palavra é acompanhada por uma risada*

*Então volta-se novamente para Guille e Natanael*

- Neste exato instante, eu estava convidando os toreadores para se reunir em minha casa. Oh, Hildegrand, querida, você não quer pedir para Horazzio nos encontrar lá assim que estiver desocupado? Não vamos deixar esses nossos novos amigos esperando assim sem razão...

*Dá um sorriso charmoso para cada um dos dois, com o ar de quem nunca vira nada mais encantador, embora seus espertos olhinhos azuis revelem muito sobre como observa suas reações*

Natanael se interessava muito facilmente pelas coisas e pelas pessoas. Se ele considerasse alguém interessante, já tentava logo uma aproximação. Mas tão facilmente quanto se interessava, o Toreador se desinteressava. E duas pessoas presentes no diálogo já caíram no desdém do Degenerado. E o que não é interessante, é descartável segundo sua filosofia particular.

A atenção de Natanael era inteiramente voltada a Vincente, Thomas e à deslumbrante Eloá. Ele não mais dirige olhares aos demais e nem sequer responde ao convite à barbárie feita pelo Brujah cujo nome já havia se esvaído da memória. Não era arrogância nem falta de educação, era apenas um desinteresse natural para o Toreador.

Ao notar o sorriso malicioso de Vincent, ele sorri simulando uma timidez inexistente e ouve a resposta de Thomas, juntamente com seu pedido a Eloá.

_C'est une excellent suggestion, monsieur! - diz em um francês impecável, mas não nativo, se dirigindo ao garotinho de olhar intrigante que notavelmente era francês. Uma reunião com meus irmãos seria a melhor pedida para a noite. Podemos ainda recepcionar os Arcontes na casa do senhor Haulot enquanto falamos de coisas boas... e se sobrar tempo, podemos discutir um pouco de política. Vejo que temos muito o que fazer na cidade.

Ele olha para Vincent sorrindo:

_E lá podemos conhecer melhor nossos irmãos de Clã...

- Agradecido pelos desejos, senhor Lacerda. - ele respondeu ao toreador recém chegado. Não iria dizer nada mais sobre os outros cargos da corte. Os primogenos seriam escolhidos dentre seus próprios pares e as articulações pelos postos mais amplos eram moedas de troca a respeito das quais não se poderia falar em um grupo tão grande.

- Não há problema algum, Thomas. Suas palavras foram um pouco genéricas, mas de qualquer forma não há por que se desculpar. Irei cobrar o convite uma noite dessas... nossa partida de xadrez e as músicas. Talvez até te ensine alguns pontos. - respondeu com um sorriso aberto no rosto. Após concluir suas palavras, despediu-se de todos.

- Se vocês me dão licença... preciso me retirar! Como bem lembrou a senhora Eloa, os arcontes devem chegar a qualquer momento. Preciso me vestir adequadamente! - o Brujah afastou-se do grupo, indo em direção ao porto. Sairia dali para se preparar!

O primeiro a responder sua oferta de ajuda dentre Filippi e Ian foi o Tremere, este último um oriental, que cumprimenta Guille da maneira que ele já tinha visto mais de um milhão de vezes durante sua não-vida e vida, e aquele era o cumprimento que o Toreador mais respeitava e admirava. Repetindo o gesto, Guille se curva assim como o Tremere havia feito, um pouco mais que o primeiro como era de praxe na ética oriental. Imaginava se ele conhecia as artes marciais que eram costume em seu país. Aquele gesto o lembrara muito de seu treinador Maeda, e principalmente de seu irmão Luiz, o que o deixa um pouco aéreo por uns segundos após o cumprimento.

"- O prazer é todo meu Tokunaga-san, entrarei em contato assim que estiver disponível."

O adiamento da saída para a investigação agradava Guille que talvez pudesse acompanhá-los, no entanto as próximas palavras dos seus companheiros fazem seu coração e suas vontades ficarem divididos, pois desejava participar de todas as discussões da Corte recém-formada, e queria muito discutir a base Toreador com seus colegas de clã. Guille sorri para Vincent quando ele diz que eram oito na cidade, logo em seguida, o próprio Vincent faz um comentário dirigido ao Assamita local que o Toreador sabia que poderia ser um estopim, e a rivalidade Tremere/Assamita poderia ser explorada no futuro.

Então o jovem senhor Haulot se pronuncia, primeiramente os parabenizando pela quantidade de Rosas na casa, Guille sabia que cada um deles tinha mais e mais espinhos que o anterior, um espinho bem claro em Haulot era sua voz, que mesmo sendo infantil, tinha algum encanto, e queria saber qual era o daquele jovem imberbe que com certeza escondia muito mais que sua pequena aparência demonstrava. O garoto então convida todos a se reunirem em sua casa, que seria exatamente o próximo passo de Guille se ninguém se antecipasse, se dirigindo a Haulot diz.

"- Com certeza seria uma grande honra, e tenho certeza que temos muito o que dizer para nos conhecermos melhor."

Horazio talvez fosse um nível um pouco superior a Haulot para ser convocado para casa deste último, e antes mesmo que Hildegrand se pronunciasse, o Toreador sabia que teria que esperar o Ancião no Ellysium mesmo, não seria uma perda de tempo, pois o contato com o Ancião poderia ser uma alavanca muito boa na cidade, se causasse uma boa impressão.

A intervenção de Natanael fez o Toreador lembrar de uma pergunta que ele poderia fazer abertamente, sem ser em particular com alguém, ou na reunião de Clã, então Hildegrand fala o esperado, que seria aguardarem as formalidades no Ellysium antes de partirem, ainda era cedo, e o Assamita dá uma boa cutucada no Tremere e em Vincent, o que faz Guille sorrir levemente.

Então o Brujah Jorge Silva se despede para ir se preparar para apresentar sua pretensão ao trono então Guille dispara assim que ele parte, principalmente se dirigindo a Hildegrand, mas esperando que uma resposta possa vir de qualquer um.

"- Com licença, senhores e senhorita, mas foi dito que o Brujah Jorge Silva disputa o Principado com mais dois candidatos, porém eles não foram citados nessa conversação. Acredito que não seja nenhum de vocês então, porém não me deixa de intrigar a identidade desses outros dois pretensos Príncipes, alguém saberia me informar quem eles seriam? E finalmente, os senhores não acham que uma escolha tríplice possa enfraquecer a cidade e deixar uma rivalidade indesejada que bem nenhum trará entre os perdedores e os ganhadores? Imagino que os Arcontes devam levar isso em consideração também, não teriam eles outro candidato indicado pela própria Camarilla, como o senhor Pezzini por exemplo?"

Antes que Jorge e os demais saíssem, ele pode ouvir os últimos comentários da conversa. Hildegrand ouvia as palavras de Guille e sorri com o sorriso malicioso que todo Toreador dá quando sabe que tem uma carta na manga e, com muita naturalidade comenta para todos ouvirem:

'- Existem três candidatos Monseuir França, o Monseuir Silva, que está saindo agora em busca de trajes adequados para a noite, o monseuir Leon Smith Kennedy, indicação dos Ventrue pra o principado e o Monseuir Pezzini, que a essa hora deve estar vindo para cá de helicóptero, em um vôo panorâmico para apresentar a cidade aos nossos Arcontes.'

A Toreador sorri e Arkhtar olha o relógio e comenta:

'- Eles vão chegar em instantes, Hildegrand. Vou recepcioná-los no Heliporto.'

Hildegrand sorri e diz:

'- À vontade, monseuir Dhorask'

O Assamita então segue para o salão interior do Ellisium, buscado acesso ao Heliporto improvisado nos fundos do mesmo.

Infelizmente sua ideia de incitar o ódio Tremere versus Assamita não dera muito certo. O Tremre Ian parecia não se importar que Ahktar estivesse ali e Ahkstar, por sua vez parecia não querer enfrentá-lo de alguma forma. O que era lastimável. Seria tão interessante que os dois se enfurecessem ali no Elísio deixando que a Besta tomasse conta e que os dois clãs fossem difamados depois que ele se sentiu um pouco chateado.

A resposta de Thomas sobre o convite faz com que Vincent abra um imenso sorriso ao pequeno Toreador. A criança era muito mais esperta do que ele imaginava e com isso, tinha um grande futuro na corte.

-Obrigado monsieur Haulot.

Natanael parecia estar flertando com Vincent. Ele parecia ser tímido pelo jeito com que agira devido ao sorriso de Vincent e ele gostava disso. Mas resolveu não exagerar e ser tido como um pervertido, o que na realidade ele o era. E responde à Natanael:

-Acho uma ideia perfeita monsieur Lacerda. Acredito que conhecermos nosso irmãos de clã mais a fundo seria muito interessante.

Abre um sorriso muito carismático na direção de Natanael. E diz em resposra à Hildegrand:

-Concordo mademoiselle Eloá. Melhor seguirmos o protocolo para depois partirmos. Seria completamente deselegante que monsieur França e monsieur Lacerda..Agora ele encara Natanael nos olhos lascivamente.-Pudessem ser prejudicados. Espero que a chegada de monsieur Pezzini não demore.

E então a resposta do Assamita vem e Vincent o responde:

-Entendo perfeitamente monsieur Dohrask. Fico muito feliz que podemos contar com monsieur para garantir a segurança do Elísio e dos Arcontes. Sua força deve ser fenomenal para com seus inimigos.

Sorrira para ele, apesar de que o Assamita não merecia aquele sorriso. Jorge deixa o salão logo após se despedir e Vincent meneia a cabeça, despedindo-se sutilmente.

Guille levanta a questão de quem seriam os outros candidatos à príncipe, não sem antes fazer uma reverência exagerada ao Tremere oriental. Talvez eles tivessem alguma coisa em comum em seu passado distante. Vincent achou que Guille iria chegar ao chão com aquela reverência, mas nada comentou e nem deixou transparecer que não achara aquilo muito pertinente. Não conhecia a cultura oriental e nem queria conhecê-la.

Hildegrand mais que depressa explica quem eram os outros candidatos ao Principado e Ahktar os deixa para buscar os Arcontes. Assim que o Assamita deixa a presença de todos, Vincent se dirige a Hildegrand:

-Perdoe-me se estiver sendo indelicado mademoiselle Eloá....mas conhece monsieur Dohrask de algum outro lugar?

Era uma questão interessante. Talvez Hildegrand poderia ter algum contato com os Assamitas.[/color][/color]

O Toreador meneia a cabeça quando Jorge lhe dirige a palavra e se despede. Logo em seguida o Assamita também se dirige para fora. O outro Brujah e o interessante Tremere estavam mais distantes e, naturalmente, um círculo de conversa contendo apenas os Membros do Clã da Rosa começou a se fechar. Como era de se esperar, Guille estava mais afastado, ainda se despedindo dos demais e dizendo que gostaria de acompanhá-los na barbárie. Felizmente ele foi mais sensato e seu comentário sobre a quantidade de Toreador na cidade foi bem pertinente.

Enquanto isso, Vincent estava claramente mostrando interesse por Natanael. Seria uma grande oportunidade para o Toreador cultivar um aliado (ou mais do que isso) que se mostrava inteligente com pouco tempo de conversa. O Toreador fica imaginando se haveria um duplo sentido libidinoso nas palavras de Vincent e simplesmente responde com uma discreta piscadela:

_Não seria?

Era óbvio o interesse mútuo, ou o fingimento de interesse... principalmente depois do olhar fixo que o outro o lançara, mas depois de responder ao senhor Lyon, Natanael se foca no assunto político que se formava.

Ele então fala em um tom mais baixo para os demais Toreador:

_Então quer dizer que o senhor Pezzini também é um dos pretendentes à cadeira do Principado? Isso é perfeito, afinal, ele está fazendo a vez de anfitrião para os Arcontes, o que certamente já irá lhe angariar alguns pontos positivos. Parece também que mademoiselle Eloá está cumprindo com as obrigações de Zeladora do Elísio. Estou enganado? Se for assim, nosso Clã já se encontra em posição avantajada.

Natanael sorria excitado com aquele jogo que havia se instaurado em menos de meia hora de conversa no Elísio. Era atrás dessas oportunidades que ele viera e estava muito curioso para saber, ao menos um pouco, a respeito das intenções dos demais Membros da Rosa. Nessa hora a pergunta de Vincent sobre os Assamitas fizeram com que os olhares se voltassem para a senhorita Eloá, e Natanael comenta animado:

_Vejo que a noite na casa do senhor Thomas vai ser muito proveitosa.

Aproveita o duplo sentido para lançar outro olhar sorridente a Vincent e dar continuidade ao jogo paralelo que se formava entre os dois.

A malkaviana chegou de volta ao elísio depois das ações no submarino. Ela não mudou muito sua aparência, apenas mudou as joias que tinha usado na noite anterior. Ela fez a mudança no próprio carro, que estava estacionado na marina. O vestido permanecia branco, como no dia antes. As safiras foram substituídas por esmeraldas, nos brincos, colares e anéis. Seus cabelos caiam em cachos sobre os ombros, emoldurando o rosto da criança. Na mão seu velho amigo, o Ursinho Pimpão.

Aproximou-se do grupo que estava formado, viu ao longe Luiz Fillipi, Ian e um outro homem se afastando. Juntos permaneciam Thomas, Hildegrand, Vincent e outros vampiros que ela não conhecia. Não! Na verdade havia outro nome. Há muitos anos ela não via aquele rosto, mas já o conhecera em Paris. A pequena se aproximou do grupo, caminhando a passos lépidos. Sorria luminosamente quando cumprimentou o vampiro com um abraço.

- Natanael! Quanto tempo. O destino o trouxe até o Rio de Janeiro. - o comportamento efusivo da garota poderia surpreender os outros cainitas, mas com certeza não surpreenderia o toreador. Depois do abraço ela voltou-se aos outros, cumprimentando os conhecidos nominalmente.- Boa noite Thomas, senhorita Eloa, senhor Leon. Senhor...

Cumprimentou genericamente o outro recém chegado, antes de se apresentar.

- Sou Cláudia Denbrought, do clã malkaviano. Encantado!

Primógena? Agora sim começavam finalmente a falar em pretensões políticas. Natanael obviamente não ficaria para trás, ao menos o cargo de Hárpia ele deveria conseguir, para se dizer pouco. Quando Eloá termina de falar, ele pergunta:

_E o que exatamente o Sabá andou fazendo na cidade?

Enquanto ainda olhava para a Toreador esperando uma resposta, uma voz veio de trás. Era uma voz de criança, que Natanael já ouvira antes, há muito tempo, mas em outro lugar e em outro idioma. Ele se volta apenas para confirmar suas suspeitas. Uma boneca loira vinha correndo em sua direção, se mostrando feliz por vê-lo. Natanael se abaixa de braços abertos e um largo sorriso no rosto e literalmente levanta a pequena vampira no ar enquanto a abraça.

_Petite Claudia! Como assim, você por aqui?

Ainda a mantendo no colo, olha para ela e continua:

_O Destino finalmente fez algo bom dessa vez. E você está linda, como sempre. - afaga suas madeixas - Mas diga-me, como tem passado? O que tem feito? Bill também reside aqui?

O Toreador a põe no chão. Era muita coincidência que as duas crianças vampiro que ele havia encontrado em sua não-vida estivessem presentes no mesmo lugar. Os dois, como um par de pequenos querubins, eram uma visão paradoxal que representava a inocência das crianças e o ardil dos vampiros ao mesmo tempo. Esse pensamento lhe deu muitas ideias de criação poética, mas ele se focou no momento esperando que Claudia terminasse os cumprimentos aos demais Membros ali presentes.

Os outros ainda não haviam respondido, mas o velho conhecido Natanael mantinha a doçura com a qual o tinha conhecido. Mantinha o sorriso no rosto, enquanto prosseguia o diálogo.

- Oui mon vieux ami. Cláudia est ici. - ela respondeu em francês, relembrando o sonoro idioma. - Cláudia chegou há alguns noites no Rio. Veio confirmar os boatos sobre a beleza da Cidade Maravilhosa. É uma beleza diferente, mas ela não perde nada para Paris. E também da Bretanha. Cláudia esteve lá por alguns anos, a pedido de François. Foi lá que ela conheceu Thomas. - falou mostrando o garoto.

A pergunta sobre seu senhor viera num momento particularmente auspicioso para a lunática. Tinha acabado de retornar ao elísio, na noite em que as decisões a respeito da corte seriam tomadas. E num círculo formado por toreadores. Ela gargalharia daquele instante se tivesse oportunidade.

- Não Natanael. Bill permanece em Paris. Há algumas décadas ele é o senescal de Villon! - a pequena concluiu seu pensamento em um tom casual, como se o fato de seu senhor ser o senescal da Corte de Paris fosse absolutamente irrelevante. Os que fossem atentos também perceberiam que ela tinha chamado o príncipe da Cidade Luz pelo primeiro nome, demonstrando intimidade.

_Então já conhecia aquela adorável criança? Percebo que você não perdeu o bom gosto para cultivar amizades!

Ele dizia isso sem se importar com o juízo de valor errado que poderia se formar acerca dele. E continua:

_Vejo que preciso visitar urgentemente seu senhor. Um convidado na corte de Villon que conhece pessoalmente o Senescal seria tratado com todas as pompas que mereço. - sorri de forma descontraída. Eu acabo de chegar à cidade, nem sequer me apresentei formalmente. Precisamos conversar com mais calma qualquer dia desses...

Luiz Filippi recebe um SMS de Emilie em seu celular.

O Toreador tinha lançado uma pergunta que foi prontamente respondida por Hildegrand, então existiam candidatos Ventrue, Brujah e Toreador, o típico em qualquer Corte, e Guille havia conhecido inúmeras, pois viajava muito nos Estados Unidos. Realmente a aproximação de Horazio dos Arcontes facilitaria sua candidatura com certeza, mas não era garantia de nada ainda. Os Arcontes e Pezzini estavam vindo de helicoptero naquele momento e o Assamita presente na reunião cuidaria da segurança deles, a segurança deles foi a palavra que trouxe a desconfiança para o coração de Guille, porém o Toreador não deixa nenhuma emoção transparecer enquanto observa o Assamita se afastando em direção ao heliporto.

Em seguida o círculo observa o flerte entre Lacerda e Vincent, que não era ignorado por Guille, e ali poderia sair uma aliança muito perigosa, ou uma rixa mais perigosa ainda, então Lyon pergunta sobre Dohrask e aquela pergunta aviva mais ainda a curiosidade de Guille quanto ao Assassino que de fato parecia muito perigoso, mesmo que seu tamanho não o deixasse ser tão discreto sem auxílio sobrenatural.

Natanael então faz sua jogada política perguntando a respeito do cargo de Zelador do Elísio, a resposta de Hildegrand querendo pretendendo a Primogenia dos Toreadores foi tanto uma alfinetada como uma imposição de sua posição superior pelo maior conhecimento que parecia demonstrar sobre a Corte. A resposta de Eloá sobre o Assamita agradou Guille, pois tinha sido uma indicação de um dos Príncipes mais conhecidos e respeitados da Camarilla, mesmo assim, a ação do Sabá na noite anterior era uma preocupação extra, e Natanael também faz a pergunta sobre o que teria acontecido.

Porém, logo após sua pergunta uma garota carregando um ursinho de pelúcia, se aproxima totalmente carismática e serelepe abraçando o senhor Lacerda, pareciam bem íntimos, e ela se apresentara como uma Malkaviana, Claudia era seu nome, e Guille responde prontamente os cumprimentos da garota.

"- França, Guille França, do Clã das Rosas, encantadíssimo."

Porém a conversa de Natanael e Claudia se torna totalmente pessoal e íntima, não atraindo totalmente a atenção de Guille, que mesmo assim não deixa de notar a presença de duas crianças Cainitas, o que não era totalmente normal, mas uma cidade com uma Corte inteiramente nova iria atrair todos os tipos de Cainitas.

Aquela conversa paralela dos dois não distrairia Guille do que queria saber, e Hildegrand e os outros Membros que estavam na noite anterior na cidade que poderiam informar, principalmente os que desejavam investigar o Sabá, Ian e Fillipi.

Se dirigindo a esse trio especificamente, o Toreador reforça a pergunta de seu colega.

"- Senhor Fillipi e senhor Tokunaga, imagino que os senhores tenham a resposta para a indagação de nosso colega, quanto ao que o Sabá andou realizando nessa cidade na última noite. O que pode ser tão grave que exigiu o contato com não um, mas dois Assamitas indicados pelo próprio Príncipe de Paris? Isso me leva a temer pela segurança do senhor Pezzini e do helicóptero, senhorita Eloá, seria uma preocupação muito desnecessária? Ou confiamos plenamente na segurança de nosso Ellysium?"

Se ela não queria o cargo de Zeladora não devia ter se portado como tal, e se ela não soubesse responder aquela pergunta ou fosse uma resposta insatisfatoria, sua pretensão a Primógena seria abalada, e talvez a atenção de Guille para esses detalhes seria o que o levaria a ter alguma alavanca nessa cidade. A arte do jiu-jitsu o ensinou a estudar seu adversário, e atacá-lo onde e quando ele menos espera, se o ataque de ontem fosse uma distração, a noite de hoje podia acabar sendo repleta de emoções desagradáveis.

Os mesmos sapatinhos barulhentos da noite anterior ecoam no Elísio, anunciando a presença de Emilie. A malkaviana está com um leve vestidinho branco, que ia até os seus joelhos e os cabelos loiros estavam soltos e úmidos atrás dos ombros dela, como se estivessem recém-lavados. Em uma das mãos, ela segura uma sacola de loja, e a outra ergue o tablet, que recebe alguns rápidos olhares dela.

Ao chegar até o único grupo reunido, ela dá um sorriso que beira entre simpático e demente.
- Vejo que temos alguns rostos novos aqui, outros nem tanto. - dá um olhar deliciosamente cúmplice para Thomas - aos que não me conhecem meu nome é Emilie Blanc, represento o clã Malkaviano no Rio de Janeiro junto com Cláudia Denbrough, Secretária de nosso clã.
Coloca carinhosamente uma das mãos no ombro de Cláudia.

Guille internamente se sentia mais aliviado, confiar em Assamitas não era uma coisa normal, mas também não era abominável para Guille, ele gostaria que o Tremere se pronunciasse também nesse caso e ainda aguardaria se haveria uma reação dele.

Quanto ao Sabá, parecia que eles tinham essa ação planejada e preparada para quando o fluxo de Cainitas da Camarilla aumentasse, o que exigia uma boa organização, e o Sabá organizado era um inimigo formidável, como a costa Leste dos Estados Unidos pode constatar nas últimas décadas.

A situação dos lobisomens também o surpreendeu e até mesmo assustou, lobisomens envolvidos em política? Controlando os jornais? Aquilo era de fato preocupante, e talvez uma área que merecesse uma atenção especial do Toreador, imaginando que não seria muito difícil enganar um cão a largar seu osso.

"- E então os lobisomens tem contatos políticos e conseguem divulgar notícias por aqui? De fato uma situação peculiar, da qual não havia ouvido falar nunca anteriormente. E se o próprio Príncipe da Cidade Luz indicou os companheiros Assamitas somos obrigados a confiar cegamente em seu julgamento."

Porém cegamente não era exatamente o que Guille planejava, uma pena que não havia nenhuma brecha nem modo dele poder ter ido recepcionar o helicóptero conjuntamente, se ao menos Cainitas ainda se utilizassem do banheiro. Porém aqueles pensamentos são logo afastados levemente da mente de Guille, pois mais uma criança se aproximava do grupo, 'talvez o Ellysium devesse abrir uma creche', pensa Guille assim que a vê se aproximando e colocando as mãos no ombro de Cláudia, e praticamente se declarando a Primógena do Clã, então a pergunta de Hildegrand para Cláudia havia sido respondida por essa terceira, que se apresentava como Emilie Blanc.

Se mantendo simpático e polido, o Toreador se volta para a recém-chegada e a cumprimenta se apresentando:

"- Muitíssimo prazer senhorita Blanc, um dos rostos novos imagino ser de minha pessoa, sou Guille França, do Clã das Rosas, só espero que meu rosto novo não se torne notícias passadas tão rapidamente."

O Toreador dá um sorriso para a garota depois de cumprimentá-la.

-Poucos se apresentaram formalmente na verdade, Natanael! - ela respondeu ao toreador que era seu velho conhecido. - Como já deve ter sido informado a corte no Rio está se estabelecendo ainda. Os Van Hagen começaram o estabelecimento da camarilla. - a malkaviana conhecia apenas um dos Van Hagen pessoalmente, havia se encontrado com Louis na Bretanha. O outro toreador, França, era brasileiro então? Um vampiro nativo daquelas terras. Era interessante ver isso, já que parecia haver poucos deles na corte nascente.

Eloa lhe dirigiu  a palavra, elogiando-a pelo conjunto de joias. Cláudia mostrou-se encantadormente feliz pelo elogio, enquanto  respondia.

-Agradecida pelos elogios, mademoiselle. Cláudia não poderia deixar de honrar o belo trabalho da senhorita e de monsier Pezinni para preparar o Elísio. A classe com que decoraram nosso ambiente sagrado merece as melhores joias dela.

Quando ia responder ao questionamento da toreador Emilie chegou e já se.adiantou.

- aqui está sua resposta, Eloa. O clã malkaviano decidiu que Emilie ficará melhor como nossa represetante na corte. Ela já conhece o Rio e tem negócios estabelecidos na cidade maravilhosa.

Ao terminar as explicações para a bela mulher, Cláudia voltou novamente suas palavras a Natanael.

- Com certeza Bill o recebera de braços abertos em Paris. :