Capela Tremere - Chácara em Vargem Grande

A toreador chegou em um momento um tanto quanto tenso na capela. A confusão que estava nos próprios jardins da capela se reproduziam no interior da mesma. Assim como o que vivia a cidade do Rio de Janeiro. Acusações, intrigas, competições. Ah, como era interessante a vida na corte. A negra, por alguns instantes, recordou de sua vivência nas minas. A forma como as senhoras brancas olhavam para ela, quando se ocupavam em criticar as suas cores, mesmo sendo imensamente mais pobres do que ela. Não se importava com isso. O dia que tivessem uma posição melhor que a delas, aceitaria as criticas. E, no fim, enquanto aquelas que zombavam da antiga mucama, foram mortas, ela permaneceu viva. E na memória. Seu corpo, se realmente tivesse sido sepultado, estaria na principal das irmandades religiosas. Só que Xica permanecerá de pé. E assim seguiria.

Assim que chegou na sala onde se reuniam os cainitas seu olhar foi automaticamente atraído para Beatrice. Os olhos de Xica reviraram nas órbitas ao serem atingidos com força pela estonteante beleza da tremere. Por alguns instantes ela permaneceu absolutamente encantada com a face angelical que era tão luminosa que ofuscava todos os outros presentes. Permaneceu em transe mais tempo do que gostaria, entretanto, ela não teve forças para resistir ao bem que assolava seu clã. A cada vez que pensava em desviar o olhar, sentia-se mais presa à feiticeira.

Apenas algo foi capaz de quebrar sua contemplação miraculosa: as palavras de François Carlent. Ele era tão atraente quanto Beatrice, embora fosse grotesto. A própria existência do nosferatu era uma ofensa ao belo, mas muitos não diziam que a arte estava nos detalhes? E o poder que dele emanava era, apesar da sua podridão física, sedutor. Nada de candidaturas! Apenas um príncipe definido. E nosferatu. Não era o que Xica preferia, mas melhor que fossem eles a ocupar o trono do que se alguém como Beatrice se tornasse líder da cidade. A toreador seria incapaz, sequer de pensar, se vivesse numa corte liderada por tão devastadora beleza.

A feiura e a ironia da príncipe nosferatu, chamada Linda, inundou a negra de felicidade. Mais uma vez, não por seus próprios méritos, mas ainda assim de forma satisfatória, o status quo era quebrado. Xica se aproximou da príncipe, cruzando com Natanael e piscando para o irmão de clã. Ela sorriu para a nosferatu de forma aberta e escancarada, retirando um pequeno embrulho da bolsa que carregava.

- Majestade, Linda Wilson. Sou Xica da Silva, do clã toreador, e peço humildemente a permissão para me fixar em seus domínios. Venho de Belo Horizonte para viver as emoções do Rio de Janeiro. Como prova de minha boa vontade, trago-lhe este presente. – caso a nosferatu aceite o presente, ela lhe entrega o pacote, que contém uma fina joia. – É um camafeu, de temas mitológicos, talhado por um ourives do clã das Rosas.

Bianca havia demonstrado um imenso poder ao levitar o Ancião Brujah. Petrus estava impressionado com a quantidade de atitudes ofensivas que havia presenciado nos poucos instantes que havia chegado à Capela, e ele estava vindo da Amazônia onde conviveu com indígenas. Qual era a civilização bárbara agora?

Beatrice e Johanna repreendem a menina Malkaviana que havia dado um tapa em um homem que, pelo o que disseram, era um Toreador. Depois, elas aceitam e oferecem o apoio Tremere aos Nosferatu. Ele disse que não falaria nada se não fosse solicitado e é isso o que faz, ficando em silêncio ao lado de Fátima que, pelo sorriso, estava também de acordo com o Principado.

O outro Tremere novato prepara um ritual simples, porém efetivo se eles estivessem lidando com ameças e atentados sutis, mas esse não era o caso. Ficou se perguntando se o Dorian Gray Tremere era realmente útil, mas deixaria para pensar em coisas menores depois. Volta sua atenção inteiramente à resposta de Linda sobre os demais cargos da cidade.

Joanna assistiu todas as imagens de seu companheiro de clã sendo destroçado por aquela figura detestável, sua raiva na verdade não era pelo fato de ele ter sido morto, mas sim por um companheiro de clã seu, um primogenito, ter feito uma cagada tão grande, ela não sabia disso, e se sentia ainda mais frustrada por não terem lhe contado, tudo aquilo unido a raiva que sentiu anteriormente, ofensas, desrespeito, estar na Capella Tremere, O Arcanjo Miguel que estava enchendo o seu saco o dia todo... Já havia passado do seu limite.
Joanna ativa seus dons do sangue da agilidade e tenta se mover rapidamente pelas costas do Nosferatu que matou seu companheiro de clã, no Lugar dele, Joanna teria feito a mesma coisa, teria Matado João SIlva pela sua cagada, mas da maneira que ele estava se comportando, humilhando seu clã, fazendo seus companheiros se subjulgarem, ela tava pouco se lixando se ele tinha Razão, queria arrancar pedaços de sua carne decrepta com os seus dentes, até que ele virasse pó em sua boca.
Quando Paolo tentou segura-la pelo braço, Joanna puxou seu braço com toda a força sobrenatural que possui, não queria que nada a atrapalhasse.

OFF: Não sei até que ponto controlo o personagem em frenesi, mas caso seja possível cortei 1 para Rapidez.

Johanna planejava dedicar seus minutos seguintes a avaliar os outros membros que cumprimentavam - ou não - a príncipe Wilson. Tentaria entender os indícios mais óbvios de satisfação/desagrado, montando um xadrez mental com os cainitas locais capaz de ajudar suas futuras estratégias políticas dentro da corte. No entanto, antes que pudesse se dedicar a uma análise mais profunda dos arquejos e olhares, o celular dentro do bolso de sua calça vibrou. Era Franz, seu carniçal e assistente pessoal. Se ele estava a incomodando em um momento tão inoportuno, certamente devia ter um bom motivo. A húngara havia o treinado - de forma bastante dolorosa, vale lembrar - a nunca atrapalhá-la, a não ser em casos extremos.

- Johanna, desculpe incomodar, mas temos uma emergência. - seu tom de voz parecia completamente desprovido de emoções, mesmo com a palavra emergência envolvida.

- Fale rápido Franz, a príncipe acabou de ser coroada e não posso perder sequer um segundo da reunião. - disse rapidamente - Você sabe como faço questão de analisar cada movimento de nossos convidados - a última palavra saiu com um tom desagradável, característico de quando se referia aos outros membros da corte.

- Um dos recém-chegados na cidade, Magus Bragança enviou um e-mail para seu senhor desaprovando a ascensão de Linda Wilson ao principado e pedindo cargos para os Tremere na corte - parou, levemente apreensivo pela reação de Johanna - Ouça a resposta. - e leu o texto enviado o mais rápido que podia.

Os segundos seguintes fizeram com que uma sucessão de imagens passasse pela mente de Johanna. Em todas, Tiago Bragança sofria algum tipo de tortura horrenda em suas mãos - algumas envolviam ferros em brasa, outras mutilações e, em sua favorita, sua boca e membros eram retirados, evitando que cometesse outros deslizes. Recompôs-se apertando os nós dos dedos e, passo ante passo, do alto de seus sapatos negros de salto alto, caminhou até ele, a expressão de desprazer estampada em seu rosto duro.

- Siga-me. Isso é uma ordem. - levou-o até um canto da sala e, sem dar tempo que falasse algo, continuou - Eu não sei o que você acha que está fazendo, Magus Bragança, mas acredite: foi uma tremenda estupidez - as palavras saíam de sua boca como farpas geladas - Agora temos boçais até mesmo dentro do clã dos feiticeiros? Não basta os patéticos Brujahs em frenesi e a idiota primógena Malkaviana sem noção de leis básicas, também tenho que lidar com uma criança incapaz de qualquer senso hierárquico? - seu tom de voz se mantinha baixo, porém não menos intimidador - Nitidamente, todos os seus anos treinando não serviram de nada, então tentarei explicar de uma forma bastante simples, de modo que até um incapaz como você possa entender. Como sua Regente, toda decisão interna do clã diz respeito a mim. Beatrice é a nossa primógena e, portanto, a responsável por toda relação externa com os outros clãs e o principado. Como você pode perceber, eu não citei seu nome em nenhum desses dois cargos e isso significa que... - pausou-se, mas não deixou espaço para que ele continuasse - você não tem o poder de passar por cima de nossas decisões, seja secretamente ou abertamente. Quanta audácia! Você realmente achou que eu não saberia disso? Ou talvez essa sua mentezinha excepcional tenha pensado que era uma boa idéia ignorar as decisões do próprio clã e agir por conta própria. - franziu o cenho ainda mais, continuando - Qualquer que tenha sido o caso, você se equivocou de forma vergonhosa. Não me interessam suas explicações, mas saiba que eu não esquecerei disso, Magus Bragança. Irei pessoalmente garantir que a punição seja mais que adequada ao tamanho de seu erro.

Virou-se para a príncipe Linda, sorrindo ao perceber que ela citava os feiticeiros como possíveis Senescais. Seria uma posição perfeita para assumir: teria poder, mas não estaria nos holofotes, algo perfeito para garantir (um mínimo de) segurança naquela corte tão instável. Esperou que as atenções fossem desviadas para a Toreador recém-chegada para voltar seus olhares ao feiticeiro recém-chegado.

- Não tolerarei outros erros como esse. Saiba que estarei de olho em absolutamente tudo que você faz a partir de agora; você não terá um segundo de descanso até provar que é digno da minha confiança novamente.

"A imbecilidade se espalha como um vírus nessa cidade. Nem os Tremere estão a salvo.", pensou, irritada.

Diante da resposta do e-mail e da reação de Johanna, que tanto diz ser civilizada, distinta, educada, esclarecida, intectualizada.... acho que a melhor palavra para definir o que ela é seja é ADESTRADA! Uma fúria acorrentada pela ignorância Típicos de mesquinhos auto-enobrecidos, pálidas imitações de majestade. Tããão nobre que faz meus dentes rangerem. Faz o que mandam ou ensinam, mas não sabe o real significado das coisas.

Isso que dá juntar uma velharia e tecnologia.
Se ela ao menos ler o e-mail, verá o mal entendido... mas não, prefere ser nobre quanto uma facada nas costas.

Como eram futeis aqueles bando de saco de vitae...

- Hedonistas, susurra o Nosferatu...

Apesar do seu corpo obeso, o Cria da Noite se movia com uma delicadeza indescritivel.... Mal se ouviam o roçar de seus passos na pedra fria do chão... Indo se instalar maniqueistamente atras da Principe...

Dali tinha uma visão de todos da sala... E com certeza nenhum lhe merecia muitos méritos...

Falou com aquela de seu clan aos sussurros...

-Muitas palavras, muita energia desperdiçada... Temo que tenhamos que gastar mais energia do que o necessário...

Visivelmente, o Nosferatu estava ficando incomodado com toda aquela perda de tempo.

Emilie observa aturdida a quantidade de acusações que são feitas contra ela. Haviam dois assassinos confessos ali, uma mesa violentamente quebrada, uma exibição escandalosa de magia e a grande discussão do momento é um tapa?!  

O cochicho de Guille e a intervenção de Natanael são as únicas demonstrações de que, pelo menos alguns, não estavam interessados apenas no conflito de egos. Percebe com empático pesar a forma como os brujahs, principalmente Luiz Filippi, haviam sido subjugados pelo mesmo nosferatu que os provocara de forma tão cruel, e que começava a impor autoritáriamente seu principado.

Agora conseguia entender porque Antônio Conselheiro havia chamado os membros de porcos à noite passada. Deveria ter sido capaz de prever aquele momento, ou mesmo as intenções mesquinhas daquela corte.
A malkaviana lançou um olhar para o teto, sentindo saudades do ancião. Gostaria que ele pudesse oferecer sua sabedoria naquele momento. Ficou pensando nele, e em outros malkavianos sábios que ela conhecia, por um bom tempo, aparantemente desatenta ao que ainda acontecia ao seu redor, até voltar novamente seus olhos, na direção dos outros a seu redor

- Meu clã pode ter cometido erros, mas a quebra da Tradição da Destruição nao pesa sobre nos...

Caminha alguns passos antes de continuar.
- Minha irmã de clã foi morta aqui hoje. Como esperavam que eu tratasse seu assassino? Com cortesia? O que vocês fariam se um membro do clã de vocês fosse destruído diante de seus olhos? Cláudia pode não ter conseguido conter sua loucura, mas isso não justifica seu assassinato. Ela era capaz de ver o futuro e tenho motivos para crer que ela estava recebendo uma de suas visões. Se tivesse sobrevivido poderia ter dado informações importantíssimas para a Camarilla. A sabedoria dos malkavianos nessas questões já é reconhecida pelos demais, não é à toa que o senescal de Paris é um malkaviano. Curiosamente, ele é também o senhor de Cláudia...

Deixa que os outros pensem à respeito disso antes de se virar para Natanael e Vincent.
-Matar a Secretaria do Clã Malkaviano é uma péssima forma de retribuir os favores que meu clã os ofereceu, favores sem os quais vocês estariam num Elisio em chamas e não aqui na Capela Tremere. O que François Villon diria ao saber que um irmão de clã destruiu a pequena Cláudia? Espero que repensem a sua atitude.

Vira-se para Bianca, Beatrice e Eva.
- Ao clã tremere, peço perdão pelos erros cometidos por mim e pelos membros que represento. Nunca foi nossa intenção desrespeitar seu território. Espero que me compreendam e me desculpem...

Vira-se para Linda e Carlent.
- Ao clã nosferatu, manifesto o apoio dos malkavianos ao principado de Linda Wilson, acredito que a experiência que têm aqui na cidade e sua boa relação com o Círculo Interno seja mais que adequada para nos reger nestes dias de caos.

Por fim, seu olhar se volta aos brujahs, mas se cala por prudência. Senão lhes diria.
Ao clã brujah, somos irmãos na dor e na ira de perder um dos nossos.

Joanna sentiu algo que nunca sentira antes, o sentimento tão comum que ela tinha, o ódio, se tornar em um que nunca tinha sentido, o medo, sua coragem era inspiração para outros companheiros de clã e que sempre foi surreal, mas agora ela estava ali, perante àquela aberração, acovardada, adestrada, como um cão com o rabo entre as pernas com a bronca do dono, a Brujah olhou para o chão, e cerrou os seus punhos, não poderia haver humilhação maior para o seu clã, o único que estava livre de toda essa desgraça era Paolo, ele sempre era tão calmo, não conseguia entender de onde esse Cainita tirava tanto auto controle, era o que menos falava e o que era mais sábio, a guerreira se sentiu profundamente envergonhada, cantava glória sobre todos os seus feitos através das eras, para que em uma única noite em uma nova cidade, fosse tudo reduzido a pó...
Tudo que ela queria era sair dali e se reunir apenas com os seus companheiros de clã, a Camarilla iria ficar sobre o controle dos mais asquerosos, e perante o que aconteceu ali, sua vontade mais íntima era de se unir àqueles que sempre caçou ao longo dos séculos, só para ter o prazer de destruir tudo o que esses vermes estavam arquitetando, mas conteve esse pensamento, ela sabia que alguém poderia estar lendo sua mente, e que estava apenas tomada pelos turbilhões de sentimentos daquela terrível noite, uma noite que ela gostaria de apagar de sua vida...

Guille brevemente falava ao telefone, aliviado, porém nem tanto, que Thomas atendesse em casa, seus planos tinham quase ruído, mas ainda tinham alguma esperança.

Então, distraído, ele perde algumas apresentações, uma mulher negra, e outros faziam apresentações formais, o que era realmente uma perda de tempo, visto que todos tinham aqueles maravilhosos aparelhos com o nome de todos, e com certeza um Príncipe Nosferatu não teria problema com informações quanto aos seus súditos.

Então o Toreador ainda prestava atenção ao seu celular quando Emilie se dirige a Corte, acusando alguns de quebrar a Tradição da Destruição, e também de terem perdido a oportunidade de ouvir o que Cláudia diria. Guille não estava em posição de opinar naquele caso, pois tinha entrado em Frenesi, mas aquelas palavras da bela bailarina distraem completamente o Toreador do telefone, enquanto ele se mantinha fascinado pela coerência de ideias e que Emilie nunca mudava sua opinião.

Ela se desculpa pelo desrespeito à morada dos Tremere e manifesta apoio ao Principado, o que era óbvio que todos tinham que fazer, principalmente os Primógenos, a reunião dos Anciões era um lugar que Guille queria ser uma mosquinha para escutar tudo, porém poderia perguntar para Emilie depois, e também, aguardaria ela.

O Toreador pensa em retrair sua apresentação oficial, pois já tinha se apresentado na chegada, e também, por não saber se todos fariam aquilo ou só os que pretendiam alguma coisa, até mesmo um Brujah havia se apresentado, o único que não sucumbira ao frenesi, aquilo deixa Guille intrigado, porém ele tenta voltar sua atenção ao telefone, porém sem nunca desviar os olhos da Primógena Malkaviana, que tanto o cativava, em suas palavras e gestos.

Enquanto Stevie evitava contato direto visual com Carlent, algumas coisas aconteciam, movimentação de uma Tremere, de um Nosferatu, e Joanna sofrera o mesmo destino que seus outros companheiros de clã, todos os Brujah tinham entrado em frenesi e aquilo não era bom

Os Brujah precisariam decidir como lidar com a situação do porto, e como agiriam na reunião da Primigênie, não tinham muito poder, e nem muita "leverage" para barganha, mas também não queriam aquilo, queriam apenas derrotar o Sabá, e no processo o músico queria descobrir algo que pudesse ajudar em sua pesquisa Prometeana.

Stevie, proximo de seus companheiros sussurra para todos eles:

"- Fizemos merda em frenesi, temos que consertar na reuniAO da primigenie, Luiz nos representa, é isso?"

Stevie olha para o homem que imaginava ser Luiz, esperando sua reação e como lidariam com a historia do porto, e principalmente aguardava como Lampiao reagiria aquela humilhação.

Por mais que pensasse ser controlado e calmo. A decepção era clara para quem prestasse atenção ao Brujah, seu olhar cabisbaixo e a mão direita que não saia de seu bolso.

Após as palavras de Emilie, Vincent a responde:

-Entendo perfeitamente sua dor Primógena Blanc. Infelizmente a Besta, segundo mademoiselle Kramer acabou de dizer, fora incitada pela própria mademoiselle Denbrought....não consegui conter a Besta em meu interior e sem controle, acabei findando a vida da secretária de seu clã. O que nunca foi minha intenção. Não há desculpas para reparar tal ato e não tenho direito algum de pedir-lhe perdão ou ao seu clã.

Ele olha ao redor e seus olhos param em Linda Wilson, ele sorri a ela e meneia a cabeça positivamente, como em um cumprimento singelo. Natanael estava próximo dela e já havia declarado apoio do clã ao principado Nosferatu. Vincent então retorna sua atenção à Malkaviana com quem conversava:

-Mas espero do fundo do meu coração que entenda que não há culpados ou inocentes entre o que ocorrera entre mim e mademoiselle Denbroguht. Como culpar alguém dominado pela Besta de seus atos sendo que eles foram incitados por um ser que fora destruído por ter causado tudo isso? Não sei se já estivera em contato com a Besta antes, Primógena Blanc....mas se já tivera este contato íntimo, sabes muito bem que o controle é algo praticamente impossível. Nem todos possuem um autocontrole exímio como alguns....e acredito que a maioria não consegue deixar de sucumbir a maldição da Besta quando incitado de forma tão abrupta.

Encarava Emilie vigorosamente. Não estava apontando ninguém como culpado e nem desejava fazê-lo. Vincent errara e isso era a mais pura verdade, mas seu erro fora induzido pela própria diabinha Claudia.

-Espero que possamos dialogar a respeito deste ato depois. A hospitalidade que seu clã me ofereceu depois do Elísio me é muito grata e valiosa....e eu ajudei monsieur França a segurar a secretária de seu clã na saída do Elísio para que ela não queimasse enquanto alguém a levantava para alcançar a janela.....se meu ser desejasse matá-la desde o começo, não faltaram oportunidades para tal até chegarmos aqui. E porque eu escolheria exatamente o jardim Tremere para assassiná-la? Na frente de toda a corte? É óbvio que o que fiz não foi de minha própria vontade. Nunca desejei a morte dela....nunca.

Suspirou fundo e fechou os olhos, aquele ato estava ficando muito frequente e então terminou de proferir:

-Apenas peço que os ânimos se acalmem...a príncipe Wilson acabara de ser coroada e precisamos de nos unir para destruir de uma vez por todas as hordas sabáticas que assolam esta cidade. E uma divisão entre os clãs agora não seria uma boa opção. Por gentileza Primógena.....espero que me entenda.

Havia pesar na voz de Vincent.

As palavras de Natanael foram ouvidas e alguns Membros lançavam-lhe olhares de aprovação. Talvez fosse um "franguinho' como o Brujah havia dito, mas que ele sabia usar as palavras, isso ele sabia.

É então que tudo pára novamente. O mundo emudecera. As faces de todos ali, talvez com exceção de Vincent, tornaram-se opacas e mesmo o ar parecia ter desaparecido. Xica da Silva se adianta e pisca para o Toreador que viu seu mundo girando numa vertigem psicodélica. Antes porém que ele pudesse levar sua mão e puxá-la para si, num ato de completa insanidade amorosa, ela se apresenta para Linda. Isso tudo se passou em uma fração de segundos e nada foi demonstrado, tudo se passou na mente do poeta. Ele então absorve melhor o que Linda havia dito e apenas concorda e responde com um sorriso. Ele representá o Clã nessa tal reunião custe o que custar. Nesse ponto, um Nosferatu tão ou mais horrendo que os demais se coloca atrás de Linda e Natan desvia seus olhos a ponto de se focar no diálogo ao lado e ouvir Emilie evocando a lembrança da pequena Claudia, de Villon e mesmo de seu amigo Bill. Kramer estava a colocando contra a parede, mas em auxílio ao Clã Toreador. Natan não queria fazer com que ela pensasse que os Toreador eram fracos, mas ele não queria a inimizade dos Lunáticos:

_Agradecemos suas sábias palavras e o apoio de sua Casa, senhora Kramer.

Depois que ela sai, Natan se posiciona ao lado de Vincent e diz para Emilie em tom cortês:

_Primógena Blanc, como bem disse Vincent, nós somos imensamente gratos pela Hospitalidade oferecida pelo senhor Constantine e, diante disso, o clã Toreador não irá apresentar nenhuma acusação formal quanto à sua agressão. Estamos quites no quesito favores que regem as relações sociais entre os Membros da Camarilla e podemos conversar melhor sobre isso em outra ocasião. No entanto, não quero falar apenas como o Primógeno do Clã - observa a reação dela à palavra "primógeno" - quero falar, antes de mais, como Natanael, afinal, passamos por muitas coisas e eu também perdi minha amiga e pior, a perdi para as presas descontroladas de Vincent. A minha dor é ainda maior por esse fato, ao qual não assimilei muito bem ainda. Eu conheço Cláudia há quase uma centena de anos e deverei dar satisfações quanto a sua morte para meu amigo Bill, o que não será fácil.

Pára um pouco olhando para Vincent e para Kramer que estava do outro lado da sala e continua:

_Por fim, a senhora Kramer tem razão. Se Claudia ainda estivesse entre nós, seria decretado uma Caçada de Sangue contra ela que estava fora de si. Ou você acha que ela faria isso comigo em sua sã consciência? Nunca! - mostra o braço enfaixado - Ela não foi culpada por isso bem como Vincent não foi culpado por sua morte. Mas levar a todos a um frenesi em conjunto é realmente algo grande e a pequena seria considerada um perigo para a Côrte. A senhorita sabe bem disso. No mais, acho que Kramer já lhe deu as devidas repreensões e eu não sou ninguém para repreender uma amiga Primógena. Aconselho que sigamos conforme Vincent sugeriu. Há inimigos mais fortes lá fora, a senhorita também nos lembrou disso, e precisamos nos unir contra eles. Os Toreador como um todo desejam a amizade dos Malkavianos e não a guerra entre os Clãs Irmãos*. Espero que a senhorita perceba que todos somos seus aliados, e não só o pequeno Thomas.

Ele havia entrado no jogo da amizade. Era melhor assim, ele não via a violação dela como algo tão importante, mas não deixaria os Tremere nem Vincent saber disso. Era melhor dizer que resolveriam isso depois. Quanto à relação com os Lunáticos, infelizmente Emilie talvez deixará sua ligação com as crianças falar mais alto do que seu cargo de Primógena. Natanael quer ver até onde as emoções de Blanc vão falar mais alto que a razão. Além disso, Vincent que o desculpe, mas o tapa pode ter sido bom, afinal, os livrou das obrigações para com o Clã Malkaviano que cobraria o favor do submarino, obviamente...

*Alusão a Arikel e Malkav.

Tivera que evocar os favores de seu clã, o nome de François Villon, para conseguir de Vincent e Natanael o mínimo que convinha aos dois pelas relações amistosas que seus clãs haviam formado. Uma demonstração de pesar pela morte de Cláudia.

Seu olhar firme não se desvia de Vincent enquanto ele o encara, mas parece aceitar os argumentos dele, e preparava uma resposta branda ao toreador quando Eva interveem de forma ríspida. Ouve tudo o que a tremere tem a dizer com a expressão vazia de emoções. A forma como um assunto tão irrelevante estava sendo discutido à exaustão deixa a malkaviana fatigada. Não esperava que uma tremere compreendesse as verdades ocultas que os malkavianos eram capaz de enxergar. Não esperava isso de nenhum outro clã, de forma que ignorou o pouco caso com que ela se referiu à sua família e as ofensas pessoais que lhe estendeu.

Responderia às demais colocações, mas Natanael eleva sua voz novamente. Pretendia ouví-lo até o fim, mas algo a indigna antes. Sua intercessão junto à Terry Constantine salvara a vida dos dois toreadores, e Natanel achava que perdoá-la de um tapa equilibrava as coisas? A primógena se limitou a cruzar os braços antes de responder, na primeira pausa que ele faz.
- Não estamos quites, Natanael, mas como já disse, conversamos sobre isso outra hora.

Sobre as acusações que persistem, Emilie diz.
- Vincent alega que destruiu Cláudia por estar fora de sua possibilidade de auto-controle, nestes parâmetros Cláudia também não tem culpa por suas ações, já que o surto ao qual ela passou é igualmente tão difícil de controlar quanto um frenesi. De qualquer forma, a pequena já pagou com a própria vida e meu pedido de retratação já foi feito.

Dá um suspiro, desejando apenas que aquilo acabasse logo. Por fim, concluí.
- No mais, concordo com vocês. Sigamos, sem desuniões, contra nossos verdadeiros inimigos.

Bianca tentava gostar da primógena Malkaviana. Claro, ela sempre teria o defeito de ser magra demais, mas isso era culpa de quem a escolheu para o abraço. Apenas vicissitude poderia arruma-la. Ficou cada vez mais difícil à medida que ela se fazia de inocente. Do mesmo jeito que Cláudia era um demônio ancião, a Malkaviana magra sem sal era velha e não iria se safar daquela conversa fingindo que não entendia o que estava sendo dito. Sabia o que suas irmãs pensavam e discordava. Achava que ela poderia ser uma peça chave. Entretanto suas falas cada vez mais diziam o contrário.

- Querida Emilie, sei de sua dor pela perda de sua irmã de clã. Pobre Cláudia. Mas o surto de loucura dela, ou de iluminação como você diz, levou diversos membros a perder o controle de sua besta. Natanael colocou bem quando disse que se tivesse ficado viva seria submetida a uma caçada de sangue.
Todos somos responsáveis pelas nossas ações, inclusive pelo controle de nossos demônios interiores - olhou para os Brujah que também tinham perdido o controle dentro da capela - mas Vincent apenas respondeu a um ataque. Não existe reparação aí. A sua agressão na capela foi desmedida e fico feliz que tenha pedido desculpas por ela. Sei que foi causada pelo apreço que tinha pela pequena, mas crimes maiores já não foram cometidos por amor? Infelizmente sempre pagamos por nossos crimes e precisamos agora aguardar nossa príncipe decidir como você poderá reparar o ataque.

Olhou para a príncipe que havia sido aceita pelos Tremere, Malkavianos e Toreador, além do próprio clã. Ficou chocada dos Ventrue (maiores aliados dos Nosferatu e Tremere ali) não terem vindo. E os Brujahs eram, bem, desimportantes.

Esperava que Emilie ficasse quieta, ou provavelmente seria uma peça removida do tabuleiro. Ansiava que ela se tornasse algo digno, e desejou que Boloo Cacoa estivesse ali para disciplina-la. Ela poderia atingir seu potencial, mesmo que hoje parecesse um unicorniozinho cor de rosa. Boloo Cacoa sempre sabia o que fazer.

Guy via e ouvia muito do que se passava naquela reunião. A seita parecia uma creche onde crianças implicavam umas com as outras e depois iam contar tudo pras suas mães. Ao menos, sabia que Linda não teria problemas em lidar com essa corte. sob os auspícios de Carlent, guy sabia que ela poderia ser tão enérgica e cruel quanto fosse necessário.

Confirmando os planos discutidos anteriormente, com a escalada de Linda ao principado, Guy deveria assumir o posto de primógeno do clã Nosferatu. Guy se aproximou de Linda e fez o desnecessário juramento de lealdade.

"- Vossa majestade, como primógeno do clã Nosferatu - fez uma pausa aguardando qualquer possibilidade de intervenção, uma vez que nenhum anuncio oficial havia sido feito - faço meu juramento de lealdade e apoio incondicional."

Ficou satisfeita ao ver que seu presente fora aceito, assim como sua própria presença na cidade. Xica não esperava, realmente, que o mundo cainita no Rio de Janeiro fosse comandado por uma nosferatu. Vejam como as coisas eram diferentes do que se podia esperar. Um ventrue teria ocupado aquela posição. Vampiro. Homem. Provavelmente branco. Algo de bom saiu daquela crise.

Linda Wilson. Princesa do Rio de Janeiro. Nosferatu. Mulher. Não conseguia identificar a cor da pele da leprosa, mas se branca ou negra talvez não importasse naquele momento. As discussões prosseguiam. Intrigas. Malkavianos e toreador em choque. Uma louca tinha sido morta, pelas presas de uma rosa. A lunática, aparentemente, tinha provocado um surto de loucura. Talvez foi isso que fez com que Natanael desligasse o telefone aquela hora.

Parecia resolvido. Talvez não. Xica afastou-se um pouco da príncipe, postando-se em um lugar onde pudesse ver e ser vista, mas sem querer chamar muita atenção. Tentava evitar que seu olhar alcançasse Beatrice, mas era impossível. A cada movimento de cabeça a negra mergulhava por alguns instantes no transe que a beleza lhe provocava.
Com um esforço de vontade, se propôs a falar.

- Princesa Linda – apesar de conhecer os trâmites da camarilla, onde o cargo de príncipe não costumava ter o gênero flexionado, XIca o fez. Não era revolucionária, mas demarcar posições, mesmo que discursivas, era necessário. – Vossa Majestade, se me permite fazer uma colocação. – aguardou a autorização da mesma, para que pudesse continuar a falar. A recebendo, diz – Cheguei nesta mesma noite no Rio de Janeiro e meu contato na cidade era o falecido senhor Horazio Pezzini. Liguei pra ele e fui atendida por um desconhecido, que logo se revelou como parte do vulgar sabbat. Mas não foi isso que me intrigou. Em menos de cinco minutos na linha com ele, o maldito descobriu quem eu era. Soube que uma toreador, negra, tinha chegado no Rio. Talvez eu esteja chovendo no molhado, trazendo notícias que vossa família já tenha, mas nossos inimigos tem uma rede de informação magnífica na cidade.

Beatrice ouve a manifestação de todos sem aparentar qualquer surpresa com os rumos daquela conversa... a malkaviana acreditava realmente que se livraria das acusações de quebra de tradição com um pedido de desculpas? Ou que recitar uma litania de nomes cujo poder estava, para dizer um mínimo, muito afastado para ser de serventia, iria ajudá-la? Talvez os Toreador fossem tolos o suficiente para isso - e apenas Alá poderia dizer o porque - mas certamente que os Tremere não o eram... Porém algo mais urgente e grave chama sua atenção por tratar-se de insubordinação dentro de seu próprio clã, então enquanto os outros discutiam (e Beatrice mal podia acreditar nos argumentos que ouvia), Beatrice utiliza a conexão mental com as irmãs para falar com Johanna:

"Nunca mais faça isso. A candidata do clã ao poder em uma corte recém formada não deve se afastar da reunião no meio dela...muito menos para expor os problemas do clã aos ouvidos de quem tiver conhecimento de auspícios. Nunca mais exponha o clã Tremere novamente, Johanna. Nem por este bostinha, nem por ninguém."

Beatrice sabia que Johanna gostava de pensar sobre si mesma como alguém sem emoções...mas era apenas chegar uma oportunidade de castigar alguém que ela molhava as calcinhas cheias de pó. Ela certamente ficaria irritada agora, mas Beatrice precisava lidar com a imagem do clã na corte e a função da capela deveria ser ajudar e não atrapalhar isso. Mais irritada agora, porém sem demonstrar isso de forma alguma, Beatrice volta à conversa que acontecia na sala de forma mais incisiva:

- Façamos do seguinte modo...

Ela se adianta, para chamar a atenção dos demais antes de continuar, com um sorriso calmo e amigável:

- Continuemos a reunião da corte enquanto tomamos as decisões que precisarmos e ao final  voltamos a avaliar a necessidade de estabelecer um julgamento formal para as quebras de tradição do clã Malkaviano. Como o clã Toreador não irá prestar queixas, vejo que a decisão de continuar com isso cabe ao Clã Tremere e eu prefiro me concentrar primeiro no mais urgente....e, é claro, averiguar com calma se será realmente necessário uma atitude tão rígida. Se importa, mademoiselle Blanc?

Beatrice olha para a malkaviana e lhe sorri, queria uma decisão pacífica para aquela situação e daria aos malkavianos aquela chance, aquela única e preciosa chance, de fazerem a escolha certa e apoiarem o clã Tremere.

Fazendo uma força sobre comum para superar o medo terrível que estava enfrentando, Joanna olha na direção da Príncipe da cidade, não tinha escolha, não tinha para onde correr, entendia o suficiente de política para saber que estando dentro de uma seita, sendo a minoria hostilizada, de nada adiantava anúncios de desaprovação explícitos, ela deveria jogar o jogo, um jogo que ela detestava, ela olha na direção de Linda, voltando ao seu olhar determinado e diz tentando polir a voz da melhor maneira que conseguir:

" - Perdoe-me pelo meu descontrole e o dos meus companheiros, tivemos uma noite muito agitada e uma sequência de fatos anteriores que nos balançou, mas em momento nenhum isso significa que nosso Clã, os Brujah esteja fugindo da luta ou deixando em dúvida sua lealdade com a Camarilla, e nem tão pouco justificando nossos erros, tais erros servirão de experiência para todos nós agirmos com mais cautela no futuro."

Joanna faz uma reverência curta e diz:

" - Saúdo pelo clã brujah o príncipado de Linda."

A Brujah detestava ter que retornar aos seus padrões de falas formais que marcaram a sua vida como humana, mas era o máximo que ela podia fazer, ela olha na direção de Lampião e faz uma expressão serena, com intuito de que ele não retruque, e que conversem melhor depois...
Colocando sua cabeça no lugar ela nota que houve a apresentação da Primogenita Malkaviana, não sabia como estava as relações entre os Clãs no Rio de Janeiro, mas os Lunáticos seriam a perfeita aliança, visto que estavam sendo tão hostilizados quanto os Brujah. Ela anda na direção da Malkavian Emilie Blanc, e com o semblante demonstrando que não ofereceria perigo, ela diz mais uma vez em tom formal e de confidência, visto que não era um assunto público:

" - Tenha minhas condolências pelo ocorrido com a criança de seu clã, sei que não é um bom momento, mas gostaria de tratar alguns assuntos pessoais, que creio que você ou alguém de seu Clã poderia me ajudar, quando for um momento menos inoportuno, me informe por favor..."

Trocaria números de Celular com a Malkaviana em caso de uma resposta positiva dela.

OFF: Queimo 1 de Vontade para fazer essas ações, visto que a Joanna está Amedrontada.

Emilie ouviu pacientemente as considerações de Bianca. Não tinha mais nada a acrescentar. Dissera tudo o que poderia ser dito em defesa dela e de Cláudia. A proposta de Beatrice vem ao encontro do que ela também queria, se focar no que era realmente necessário. Tranquilamente, responde à tremere.
- Não me importo, mademoiselle Verglanghieri. Podemos proceder dessa forma.

A denúncia que Xica faz não lhe passa despercebida. Haveria alguém no Sabá com tanto poder de informação quanto Terry Constantine? Talvez alguém tivesse conseguido hackear o sistema dele. Ou seria ele mesmo ser um traidor? Poderia ter que conversar com seu irmão de clã, tomando as devidas precauções se esse fosse o caso.

Com a consideração de Linda, Emilie balança a cabeça em direção à ela em aprovação.
- Obrigada, Príncipe Wilson.

Observa, com empatia, o esforço de Lampião em sustentar seu clã. Acreditava que malkavianos e brujahs formavam bons parceiros, e os revezes que os dois clãs haviam passado seriam capazes de torná-los aliados naturais, mas precisaria aguardar o clã se refazer por completo. Poderia se aproximar através de Luiz Filippi, que à propósito, Emilie olhou ao redor procurando-o, ainda não voltara.
Contudo, a brujah que se apresentara como Joanna D'Arc parecia ter ouvido seus pensamentos, fazendo até um sorriso cúmplice despontar nos lábios da loira. Poderia até acreditar que ela era realmente a guerreira histórica. Quem sabe até enviada da própria Bretanha para vir em seu auxílio?

Ofereceria condolências em relação à Jorge, mas depois de ter acabado de receber o perdão da Príncipe Nosferatu, não era uma boa ideia. Com a voz mais baixa que pode, responde à ela.
- Agradecida. Por favor, anote seu número na agenda do meu celular. Recebi-o hoje, de presente, ainda não sei lhe informar qual é meu número.
Entrega seu aparelho nas mãos de Joanna para que ela fizesse conforme havia pedido.

Resolvida aquelas questões, a primógena dá um passo adiante em direção à Linda.
- Príncipe Wilson. Há um membro da minha família que chegou hoje à cidade. Seu nome é Mikael Vega. Não tive a chance ainda de encontrá-lo pessoalmente e por conta dos ataques na cidade, orientei à ele que ficasse sob a hospitalidade de Terry Constantine. Gostaria de combinar um horário e local com a senhora para que as apresentações sejam feitas devidamente.

Joanna não poderia esperar uma reação melhor, estava servindo de Bola de 5 cortes durante a reunião inteira, por sorte ela não queimou ninguém, mas era de fato notável que havia um cainita ali que tivesse senso de educação e cortesia, era realmente bom negociar com Malkavianos, ela pega o celular das mãos de Emilie e anota o seu nome e seu número, ela também abre uma nova mensagem e digita rápido para que a Primogênita pudesse ler:

*Sou nova na cidade e não sei como estão as alianças locais, mas acredito que nossos clãs estão sendo tão hostilizados que nós devemos unir forças*

Ela então devolve o Celular discretamente a Emilie e diz, mais uma vez em tom de confidência:

" - Obrigada, ligue-me assim que puder..."

Voltando-se então para seus companheiros de clã, ainda fazendo força para ignorar os seus temores, ela diz:

" - Lampião, precisamos nos reunir e nos reestruturar..."