Ruas - Zona Oeste

Kiba já se preparava para um segundo ataque quando Fátima tenta toca-lo com uma de suas mãos de sombras, mas o Ahroun nem precisa se esforçar para desviar do ataque. O que vem a seguir é que literalmente o irrita.

Fatima começa a cantarolar um mantra. Kiba imaginava que aquilo não poderia ser coisa boa e pensa em acabar logo com aquilo. Um novo ataque é feito, mas o Ahroun sente que seus movimentos estão bem mais lentos que o normal.

- MALDITA!

O golpe atinge novamente o corpo da vampira, fazendo sangue jorrar, uma quantidade muito menor do que normalmente um ser vivo perderia.

- Isso, foi pelos meus primos...

Kiba era só ódio por dentro, mas precisava da desgraçada viva, o Ahroun então se joga sobre Fátima, fazendo ambos caírem no chão. Sem perder tempo, ele leva as mãos até a cabeça de Fátima e a bate com força contra o chão.

- ISSO! É por todos que você matou!

Novamente, com as mãos no crânio de Fátima, Kiba bate a cabeça da vampira contra o chão, porem o golpe é tão forte que o crânio da vampira afunda, fazendo um som parecido com o de uma melancia sendo espremida.

O Ahroun arfava de raiva enquanto sentia seus movimentos ainda lentos pelo poder usado por Fátima. Ele olhava, sem piscar, para a cabeça amassada da vampira e seus polegares afundados em seus globos oculares. Kiba havia perdido o controle de sua força e matado Fátima, deixando pra trás perguntas sem respostas.

“Maldita...”

Não leva muito tempo para que o corpo da vampira começasse a se deteriorar em ritmo acelerado bem diante de seus olhos, confirmando que a mesma não levantaria mais.

Off:

Kiba causou 4 de dano letal com as garras;
Kiba causou 1 de dano no primeiro golpe da cabeça de Fátima contra o chão;
Kiba causou 4 de dano no segundo golpe da cabeça de Fátima contra o chão;
Kiba usou 1 de força de vontade no dano;
Fátima não resistiu aos ferimentos e encontrou a morte final.

Kiba era uma explosão de fúria, e não podia ser diferente, depois do mal terrível que aquela vampira tinha feito à família dele. Já era revoltante até para ela, que não tinha relação pessoal com as crianças. Imagine para o Presas de Prata?

Não consegue acompanhar todos os ataques deles, apesar de perceber que estavam menos velozes do que antes, apenas ouve o brados do ahroun, o som das pancadas dos ossos nos chão, bem como vê os filetes de sangue jorrando por vários lados. Quando enfim a cena se torna mais compreensível aos seus olhos ela vê o garou ofegando furioso, com os dedos afundados no que deveria ter sido a cabeça da vampira, mas que de uma vez só vai se tornando carne retorcida e podre até se esvair em cinzas.

Temeu que Kiba entrasse em frenesi naquele momento. As emoções dele ainda estavam muito exaltadas e ahrouns não eram bem conhecidos por seu autocontrole. Antes que o pior pudesse acontecer, ainda mais na frente de todos aqueles humanos, a baixinha se aproxima, ainda ofuscada pela capa, e coloca uma de suas mãos no ombro dele, sussurrando suave, para que só ele pudesse ouvir.

- Você conseguiu. Ela está morta agora. Não vai fazer mal a mais ninguém, nem pode fazer para você agora. Se acalme...

O Ahroun ainda encarava o corpo morto de Fátima se desfazendo. O processo era bizarro, mas não impressionava o Presas de Prata, que só pensava em como ter dado um fim a ela pode ter condenado seus primos a morte.

Em meio aos pensamentos uma mão toca seu ombro. Sabia que não era um inimigo, principalmente pela leveza da mão que não parecia uma ameaça.

Uma voz suave chega a seus ouvidos. Ainda estava se acalmando, mas tinha quase certeza de que era Nymmeria, a Galliard da Titãs.

Seu olhar ainda se mantinha na vampira morta a sua frente e se mantém assim por algum tempo até que finalmente Kiba concorda com um aceno de cabeça. Estava acabado.

- Obrigado...

A voz sai de forma aliviada, mas cansada. Havia vingado seus parentes e garantido que mais nenhuma criança fosse alvo daquela desgraçada. Tinham conseguido, e era nesse pensamento que Kiba tentava se prender naquele momento.

Tudo parecia estar dando certo. Kiba avança na direção da maldita vampira e a ataca uma vez. O Ragabash ouve o ser que mais parecia óleo fumegante entoar umas palavras estranhas e ele se arrepende de não ter usado o seu dom recém aprendido com o Sabiá. Era uma oportunidade fantástica de tê-lo usado, em vez disso não pensou direito e atacou. Não era bom em lutas, pelo menos não ainda, e acabara por desperdiçar uma ótima oportunidade.

Kiba parece se enfurecer de alguma forma e ataca a vampira várias vezes, destruindo a cabeça dela como se apertasse manteiga nas mãos. Depois de vários ataques consecutivos, o corpo do ser maculado pela Wyrm começa a se deteriorar cada vez mais até virar pó. Cabelinho observa, ainda um pouco embaçado. Lembrou-se dos descontroles de garous anteriores que pereceram devido ao frenesi e teve muito medo de que Kiba fosse tomado pelo descontrole e atacasse todo mundo ali, se aproximou quase ao mesmo tempo em que Nymmeria o fazia e depois das palavras dela, ele tocou o outro ombro de Kiba e disse:

-Acabou...acho melhor irmos.

Cabelinho tinha cuidado em suas palavras. Aquela missão pareceu fácil, mas eles tinham mais coisas para fazer aquela noite e tinha noção de que os outros objetivos não seriam tão fáceis quanto esse. Ouviu o obrigado de Kiba e sorriu, ainda embaçado. Olhou em volta para ver se os humanos ainda estavam ali presentes. Tinha se esquecido deles completamente.

Cabelinho também vem para zelar por sua dor, e agradeceria o amigo se não fosse o comentário de Herança Ancestral.

O Ahroun olha na direção da irmã de Tribo, só notando agora que Nymmeria estava invisível e Cabelinho levemente “turvo”.

Kiba iria se manifestar, mas sirenes chamam sua atenção. Com certeza as ações da maldita não passaram despercebidas pela policia, o que faz com que tivessem que agir o mais rápido possível.

Sombra do Rei “surge” para falar o que estava acontecendo e Kiba logo se põe de pé, pois afinal precisavam agir antes que fosse tarde.

- Cabelinho. Pega os pertences da maldita e leva pro carro... Ele ta estacionado nos fundos do hospital. Os demais, vamos comigo, vamos tirar nossos amigos dessa confusão e sair daqui antes que mais humanos sejam envolvidos.

Dito isso o Ahroun toma a dianteira na direção de onde vinham as sirenes. Se seus companheiros estavam cercados, era porque não podiam acessar a Umbra para fugir, o que dificultava demais a situação.

O Theurge de moto passa pelas ruas da zona oeste, ele procurava qualquer lugar mais decadente, qualquer beco deserto, um lugar que provavelmente acabaria matando alguém que não importasse, por mais que tivesse sede de sangue faria de tudo para resistir, ainda tinha a consciência quanto ao Véu, mas o sangue falava mais alto, ele já podia sentir o cheiro agridoce em suas garras, em seu focinho, podia ver o olhar da vítima esvanecer em seu último suspiro, ansiava por aquilo, queria uivar, mas ainda não, ainda não.

A bomba caía no beco e Flávio havia sido atingido e bem ferido (3 agravados), assim como o outro grupo que se juntava a eles logo antes da explosão, sabia como estavam seus companheiros, e sabia que estavam entre a névoa, o Ahroun tenta farejar ou escutar um inimigo, porém não obtém sucesso, dessa maneira se coloca ao lado de Arauto-de-Hélios, fazendo a primeira linha, mesmo estando bastante ferido também.

A Fúria Negra não consegue absorver o dano que lhe é destinado pela bomba e percebe que os malditos, de alguma forma, conseguiam atacar apesar da névoa. Sem pensar duas vezes, se levanta sem ficar muito distante de Flávio e do Presas de Prata da linha de frente e diz, orientando o grupo:

- Vamos recuar para nos juntar aos outros... juntos!

Faz surgir um arco e uma aljava junto a si e se prepara para o combate ao passo que se comunica por uivo com os demais, fazendo ecoar pelo beco:

- Estamos sob ataque, precisamos reagrupar!!! Grupos da frente entrando no beco e segurando os inimigos.

Mayra chega a tempo de ouvir as palavras de Kiba. Estava junto de Igor e acenara em positivo para ele quando ele falara para avançarem e, enquanto avançava junto com Kiba perguntava para o Presas de Prata:

- Temos um plano?

Estava perdida no combate, mas tinha muito boa vontade em ajudar.

O Presa de Prata escuta o uivo de Selene enquanto corria na direção onde estavam. Mayra chega logo depois para reforçar o time, deixando o Ahroun mais tranquilo quanto ao poder de fogo da matilha. Ainda sem diminuir o passo Kiba da uma rápida olhada por cima do ombro, tendo certeza de que todos menos Paulo o estavam seguindo, e diz:

- Não sabemos quem esta atacando nossos aliados. Mayra e Tolerância Zero, vocês vem na linha de frente comigo, Nymmeria e Sombra do Rei, vocês vão pelos cantos juntos e tentem interceptar os inimigos mais deslocados, Filho da Alvorada, procure abrigo e prepare-se para agir. Herança Ancestral garanta a segurança dele, não deixe ninguém se aproximar e se preciso peça ajuda e nós daremos um jeito. Não podemos perder mais tempo, nossos amigos precisam de nós!

Dito isso o Ahroun volta a olhar pra frente e aperta o passo, pois não tinham tempo a perder.

Cabelinho não entende direito o comentário de Herança Ancestral e não consegue deixar de comentar:

-O que eu falei de errado? Não entendi.

Olhou para Herança Ancestral e depois para Kiba e então para Tolerância Zero.

-Desculpe Herança Ancestral se a ofendi...mas eu disse que tinha acabado para todos. Todos foram e são importantes.

”Mulher estranha.”

Tyrion estava completamente fora de visão, mas sua voz se faz presente evitando mais palavras a respeito de quem era importante ou não. Barulhos de helicópteros e sirenes eram ouvidos enquanto viu Mayra e Igor se juntarem ao grupo. Paulo sorri para Mayra e acena rapidamente para ela. Kiba dá uma ordem para Cabelinho que responde de imediato:

-Pode deixar Asa Solitária.

Cabelinho então verifica os restos do corpo da vampira e pega todo e qualquer objeto que por ventura ela tivesse. Sua mochila estava em suas costas e ele coloca tudo dentro dela sem hesitar. Depois disso, diz:

-Estou indo...

O Ragabash então segue para a direção da qual Kiba lhe orientou. Seu objetivo agora era o carro do qual viera. O garoy tenta ser o mais furtivo possível para chegar até o automóvel sem chamar nenhuma atenção. Se tivesse alguma bomba poderia desviar o foco dos perseguidores, mas era tarde para isso. Era possível ouvir uma explosão e uivos informando que estavam sob ataque.

OFF - Solicito rolagem de furtividade para que Cabelinho avance até o automóvel indicado por Kiba

Homens vestindo armaduras completamente eletrônicas começam a avançar pela névoa e o contato visual (apesar de atrapalhado pela névoa que se espalhava) entre as duas partes já era possível. As armaduras piscavam algumas luzes e tinham engatadas em seus punhos uma espécie de lâmina que reluzia como prata na mão direita e uma espécie de mini-canhão na mão esquerda. Dos canhões surgem os primeiros disparos que atingem Arauto-de-Hélios, Fênix-de-Prata, Nunca-Mais e Âmago-de-Medeia. Os dois Presas de Prata imediatamente caem e revertem à sua forma racial em um claro sinal de que haviam encontrado a morte.

Mais atrás e visivelmente nervoso, Guardião-da-Honra começava a dar sinais de descontrole. O Presas de Prata começa a se encolher no meio do caminho, entre o grupo que entrava no beco recuando e o que avançava em resgate, com as mãos na cabeça rosnando a palavra "não" seguidas vezes. Filho-da-Alvorada, nesse exato momento, começa a sentir uma forte dor de cabeça e a sensação de que algo extremamente ruim irá acontecer.

Herança-Ancestral próxima a Igor, fala com o Theurge:

'- Faça alguma coisa que eu vou te dar cobertura...'

A Galliard saca duas Klaives que brilhavam como a mais pura de todas as pratas que Igor já havia visto. Mantinha-se em Glabro pelo véu, mas cobria as ações do Theurge com seu corpo em guarda.

Tolerância-Zero segue à frente com Kiba e já podia atacar à distância os soldados. Guardando temporariamente suas espada, a Fúria Negra tira algumas facas de arremesso que estavam presas em sua calça e acerta dois soldados bem no pescoço das armaduras, causando algum tipo de curto nas mesmas e fazendo os soldados caírem em um tipo de convulsão.

Sombra-do-Rei não era visto por ninguém, mas sussurra para que Nymmeria ouvisse e entendesse por onde ele agiria:

'- Pela esquerda, sempre!'

O anão Impuro, invisível para os demais, avançava em busca de alcançar os inimigos e com tiros com uma arma com silenciador atingira as armaduras que pareciam bem na defesa dos projéteis.

Cabelinho-de-Fogo, enquanto isso, começava a sair do beco e notava um verdadeiro exército da FESN prestes a entrar no beco e cercar o grupo pelos dois lados. Não parecia haver saída para aquela situação.

OFF GAME: Ataques à distância podem ser feitos com dificuldade +2, corpo a corpo com dificuldade +1. Âmago-de-Medeia e Nunca-Mais tem que absorver 6 níveis de dano agravado com dificuldade 7.

O Presa de Prata avança pelo beco logo depois de ouvir uma explosão.

Os corpos em hominídeo de Fênix de Prata e Arauto de Hélios deixam um gosto amargo na boca do Ahroun. Seus irmãos de Tribo estavam mortos, ali, bem diante de seus olhos.

- NÃOOOOOOO!!!

O Presa de Prata rosna com ódio e avança na direção dos soldados. Pouco importava quem eram ou o nível de sua tecnologia. Mataria todos eles, TODOS, até sobrarem apenas suas carcaças retorcidas pintando o cenário de vermelho.

O Ahroun passa por Scott que estava encolhido em um canto completamente em choque e não faz questão de parar. Selene e o Senhor das Sombras estavam sendo atacados e precisavam muito mais dele do que o Presa de Prata. Ninguém de sua família morreria aquela noite, não enquanto Kiba ainda pudesse respirar.

Kiba salta por cima de Selene e Flávio e ataca com as garras o primeiro soldado mais próximo da dupla, mas o mesmo consegue segurar o golpe do Ahroun com o braço direito. A resistência do humano era impressionante, ou ao menos da armadura, mas não é isso que mais chama a atenção do Presa de Prata, mas sim o golpe que vem a seguir.

O humano desliza o braço direito pelo braço de Kiba e projeta a lamina em direção ao peito do Ahroun atingindo-o em cheio, mesmo ele tendo feito um esquiva quase perfeita.

“Revide?!?!”

Por mais que não soubesse executar o golpe com perfeição, já tinha visto aquele golpe antes, o mesmo golpe que quase o matou no ataque a Colmeia, executado por um Dançarino da Espiral Negra.

Kiba rosna de dor ao sentir a prata cortando sua carne e salta para trás, afastando-se do humano e levando a mão ao ferimento para conter o sangue que vertia. O Ahroun estava gravemente ferido, mas não recuaria até que todos estivessem mortos ou que seus amigos estivessem em segurança.

- FILHO DA ALVORADA! AGORA!

Esperava que Igor usasse sua criatividade, na verdade contava com aquilo, pois se os Theurges não tivessem uma carta na manga, tudo estaria perdido.

Off:

Kiba usou 1 de fdv para tentar esquivar do golpe;
Kiba levou 4 agravados por prata;
Kiba ganhou 1 de fúria;
Kiba está com 4 agravados.

Finalmente chegara, acompanhado de Mayra, no local onde a ação parecia estar se desenrolando. No entanto, era difícil se deparar com um cenário pior que aquele.

Aparentemente, Kiba já havia dado cabo da sanguessuga que sequestrara os filhotes, no entanto uma nova onda de inimigos invadiu o local com bombas - o que parecia já estar virando rotina - e atingindo de forma severa quatro garous que estavam à frente, entre eles o líder de sua tribo, Fênix-de-Prata.

Diante da cena, a mão do theurge fechou-se em punho e, embora não fosse um guerreiro por natureza, sentiu o calor da Fúria subir pela sua espinha, fazendo-o expor as presas já mais proeminentes em sua forma de glabro. No entanto, antes que pudesse tomar qualquer atitude impensada, Kiba lhe dá ordens apressadas de procurar abrigo.

"Procurar abrigo? Quem ele acha que eu sou, alguma criança que precisa ser protegida? Eu não preciso de abrigo, garoto estúpido!" - pensou enquanto encarava Kiba, com o olhar sério e a voz da Fúria nublando seus pensamentos.

Respirou fundo, tentando voltar ao seu estado natural de calma e frieza lógica. Igor não era um guerreiro, mas algumas vezes o sangue de Arak urrava dentro dele, fazendo-o imergir num frenesi de batalha. Mas por agora, teria de conter seu ímpeto.

Recuou, sob a guarda de Herança-Ancestral, enquanto olhava pra Guardião-da-Honra, a quem apelidara secretamente de Herói-Improvável. Era lamentável ver um garou naquele estado infeliz, à beira do frenesi raposa. Nunca o tinha visto numa situação de tensão como aquela, mas viu que fazia jus ao apelido que recebera.

Respirou fundo novamente, enquanto maquinava como poderia ser útil naquela situação. As coisas aconteciam em frações de segundo, mas Igor as via de forma lenta e cadenciada, como se tivesse entrado em bullet time. Sentia a cabeça doer, tinha certeza que algo terrível estava na iminência de acontecer e, assim que os corpos de Fênix-de-Prata e Arauto-de-Hélios tocaram o chão, inertes, a dor que sentia pareceu chegar ao ápice.

Respirando com dificuldade, o cliath curvou-se, apoiando as mãos sobre os joelhos, sem sequer conseguir ver seu alpha investindo de forma quase suicida contra o esquadrão que havia executado seus irmãos de tribo. A única coisa que ouviu foram as palavras de Kiba, ecoando em sua mente.

"FILHO... DA... ALVORADA..."

- Arak... - balbuciou com dificuldade.

"Você está hesitando, garoto. Você acha que vai salvar algum deles dessa forma? Você herdou o meu nome para ser um guerreiro, um líder, um rei, então aja como um!" - disse uma voz familiar dentro de si, num tom rígido.

Como se tivesse sido atingido por um surto de adreanalina, Igor levantou a cabeça e olhou o perímetro, avistando um espelho que, embora não fizesse o menor sentido de estar ali, parecia ter sido providencialmente colocado para prover uma rota de fuga para o grupo naquela situação desesperadora.

Correu até o espelho e bradou, na língua garou.

- THEURGES, LEVEM SUAS MATILHAS PARA A UMBRA PELO ESPELHO! MAYRA, AJUDE A REUNIR O ESQUADRÃO, EU VOU LEVÁ-LOS!

O lua crescente não sabia se seria realmente capaz de guiar toda sua matilha pela Umbra, mas era isso ou morreriam todos ali.

Instantaneamente, assumiu sua forma de guerra. Igor sentia de forma muito vívida a presença de seu ancestral. Aquilo havia acontecido algumas poucas vezes, mas a sensação era sempre a mesma da primeira vez, ainda antes de sofrer a Primeira Mudança, quando ele e Arak "Mamute-Corajoso" dividiram o mesmo corpo.

Era necessário ganhar algum tempo para que todos pudessem atravessar o espelho e encontrar refúgio na Umbra. Então, o enorme crinos de pêlo quase sobrenaturalmente prateado, uivou um uivo sinistro e grave, capaz de imputar o terror no coração do mais destemido dos homens. Não importava o quão protegidos os corpos dos inimigos pudessem estar, seus corações ainda seriam afetados pelo instintivo medo do predador. Para o bem de todos, era melhor que fossem.


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OFF:

- Rolagem para invocação do Aliado Ancestral: 3 sucessos (em Intimidação)
- Gasto 1 de fúria para mudança de forma automática
- Gasto 1 ponto de fúria para uma ação extra que será utilizada ao longo da rodada.
- Solicito rolagem de Carisma + Intimidação para aterrorizar o esquadrão de caça (se for possível realizar essa ação ainda nesse turno)

Eram muitas ordens, pouco tempo e a tragédia era iminente. Mayra estava em Glabro e não podia mudar de forma para manter o véu. Avançava junto com Kiba e ao ver o Ahroun sendo atacado e atingido não pensa duas vezes e ataca com suas pequenas garras na forma Glabro o inimigo que infligia dano ao alfa da matilha.

A Ahroun usa as garras e acerta a armadura do inimigo que também a ataca com a espada e causa um dano superficial(2) na sua barriga. A Fianna põe a mão no ferimento e sentindo o metal que tinha lhe atingido uiva para os demais:

- PRATA! ELES TÊM PRATA!

A Ahroun ouve então o chamado de Filho da Alvorada e colocando-se como obstáculo entre os inimigos e os demais, indo para a linha de frente da ação e não hesitando em se colocar em risco pelo bem coletivo. Seu novo uivo indicava o plano que passava em sua cabeça:


- AGRUPAR EM FILHO DA ALVORADA, ESQUADRÃO DA FÚRIA

Olha cúmplice para Kiba, esperava que ele entendesse o plano. A Ahroun já havia chego ferida da caça à Kor, com o novo dano sofrido, estava ferida com gravidade mas ainda se mantinha de pé na luta.

Selene mal tinha se recuperado da bomba e é alvejada por um canhão. A Theurge é jogada para trás e cai extremamente ferida. Se levanta por ser Filha do Pégasus e não desistir jamais em combate. Se preocupava agora com Nymmeria e Nunca Mais e queria tirar os dois dali o mais rápido possível.

Mesmo ferida, tentando se superar, Selene usa da sua vontade e divide as poucas forças que tem para duas ações. A primeira é rasgar a película e deixar uma fenda aberta atrás de si, enquanto grita já em sincronia com o que ouvira a Esquadrão tramando:

- TITÃS, PRESAS DE PRATA, ENTREM POR AQUI. RÁPIDO. NYMMERIA, NUNCA-MAIS, AGORA!


A Fúria Negra com o arco em punho, então, dispara uma flecha que acerta bem na cabeça de um soldado que cai morto instantaneamente. Poderia cair, mas cairia lutando.

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Estou com 6 de dano agravado
Usei 1 de FV para ignorar ferimentos
Dividi minha parada de dados

A visão da qual Cabelinho tem da situação o impressiona. Na verdade o deixa aturdido por um instante. Soldados com armaduras meio robóticas avançavam no beco e pegariam o grupo de garous, incluindo sua matilha, pelos dois lados.

”Calma Cabelinho de Fogo. Calma.....você precisa seguir as ordens do seu Alpha. Vá até o maldito carro...não....preciso ajudar minha matilha. Você não é um robô para seguir ordens sem questionar...respira fundo....isso.....acalme-se....”

O Ragabash suspira fundo e tenta pensar em alguma coisa que poderia chamar a atenção do exército. Ele poderia servir de isca para os soldados, mas o véu poderia ser dilacerado. Na realidade não tinha a menor ideia do que fazer até ouvir o uivo de Igor que informava a todos para fugirem pela Umbra.

”Ótimo. Neste caso eu sigo até o carro e saio daqui. Não...não posso fazer isso. Chamarei a atenção.”

Não seguiu até o automóvel do qual Kiba mencionou antes. Olhou ao redor e tudo era puro caos e o garou não poderia ficar ali por muito tempo ou os soldados o encontrariam de uma forma ou de outra. Abandonaria o automóvel e seguiria a pé. Ainda estava um pouco embaçado e provavelmente conseguiria deixar o local sem problemas. Esperava sinceramente que Kiba não ficasse bravo com o Roedor. Cabelinho então começa a sua jornada para fora do olho do furacão. Tentava ser o mais furtivo possível.

OFF - Solicito rolagem de furtividade para Cabelinho deixar o local sem ser visto.

A vampira estava morta, mas a batalha estava longe de terminada, percebe aturdida pelo barulho das bombas. Rápidamente tudo vira um enorme caos, e a Galliard, invisível pela capa, tenta seguir as ordens que lhe eram dadas por Kiba, avançando por onde Sombra-do-Rei a orientava a avançar, ainda mais quando ele começa a ajudar Selene. Gostaria de ter uma arma também, e pelo que conseguira ouvir, os inimigos tinham prata.

Percebe que Âmago-de-Medeia havia aberto a película. Sabia que era sensato passar por ela, mas não quis simplesmente fugir da batalha, então, procurou ao redor alguém que estivesse ferido para carregar com ela pela Umbra adentro.

Viu que alguém parecia prestes a entrar em frenesi. As coisas ficariam ainda piores.

Kiba ouve satisfeito o grito de Filho da Alvorada. Imaginava que naquela situação o mesmo iria conduzir a retirada e após o uivo de Mayra o Presa de Prata troca olhares com a Fianna com cumplicidade. Seriam a linha de defesa da matilha até que os outros saíssem dali, só esperava que aguentassem tempo suficiente para aquilo.

Selene também agi rapidamente e da as ordens de retirada de sua matilha, ao tempo em que Herança Ancestral grita pela proteção Véu, algo que Kiba já não julgava uma opção, mesmo sem ter visto o que Igor fez, pois se concentrava na linha de frente e nos inimigos que correm assustados ao se deparar com o grupo.

Um outro soldado vem para linha de frente ao mesmo tempo em que Tolerância Zero se une a dupla, porem antes que pudesse bradar qualquer ordem Kiba e Mayra são alvejados por bombas que os jogam ao chão.

O Ahroun estava gravemente ferido e com dificuldade se coloca a pé a tempo de ver Amanda ter o pescoço quebrado pelo soldado robô. Kiba vê aquela cena se desenrolando como em câmera lenta até que o corpo da Fúria Negra toca o chão sem vida.

- AHHHHHHHHHHHHHHRRRRRRRRRRRR!!!!

O grito de raiva de Kiba se torna um rosnado quando o Presa de Prata começa a aumentar de tamanho. Em questão de segundos um crinos de pelos brancos e uma enorme cicatriz no peito em forma de garras (“/”) surge diante da FESN.

Naquele momento tudo que importava era garantir mais algum tempo para seus irmãos, para que eles pudessem fugir dali, depois disso se preocuparia com o Véu ou punições.

O Ahroun, com suas garras muito mais longas do que em seu ultimo ataque, avança contra o robô que quebrou o pescoço de Amanda acertando-lhe um poderoso ataque e abrindo seu peitoral, fazendo fios e engrenagens voarem, mesmo assim a maquina continuava a funcionar.

O robô, em uma tentativa de afastar Kiba, lhe da um potente soco no focinho, o sangue jorra, mas seu vigor de crinos não permite que o golpe o derrube. O Ahroun rosna novamente e morde o braço do robô, esmagando bastante o mesmo e cravando uma de suas mãos no tórax para ajudar a puxar.

Logo o braço e quase metade do tórax do robô são arrancados e o mesmo cai completamente destruído. O Ahroun cospe as peças metálicas de sua boca e olha para os outros membros da FESN. Um olhar cheio de ódio para aqueles malditos humanos que atacavam seus amigos.

- QUEM É O PRÓXIMO?!?!

Off:

Kiba gastou 2 de fúria;
Kiba mudou para a forma crinos;
Kiba causou 4 de dano em seu primeiro ataque;
Kiba levou 0 de dano no ataque do robô;
Kiba causou 6 de dano no segundo ataque;
O robô está morto.

Tentando não chamar um pingo de atenção, o Ragabash percebe que alguns soldados pareciam correr de terror. Como se tivessem visto uma criatura horrenda.

”Alguém mudou para Crinos e destruiu o Véu....por Gaia. Kiba não ficará contente com isso. Nada contente.”

Imaginando que conseguiria seguir sem ser notado, o Roedor de Ossos é atingido três vezes nas costas. A dor não é sentida de imediato, como se a mente do menino desligasse os sensores de dor para evitar um colapso físico. Mas não demora para que os seus músculos “percebam” a dor que era muito parecida com um atropelamento.

Talvez pelo baque que recebera ele consegue ver um orfanato, pessoas batendo nele até ele sangrar, sente abandono e seus olhos começam a verter lágrimas. A vida da qual ele não se lembrava parecia retornar aos poucos. Era tudo um pouco estranho e desconexo, mas as parcas visões de sua infância o fazem chorar. Como um filme super rápido, a vida no lixão, as carteiras roubadas, os filmes vistos nas vitrines das Casas Bahia, a chegada ao Caern, a missão na Colmeia, tudo era repassado em questão de milésimos de segundos na mente do Roedor.

E depois de todo o filme de sua curta vida, sua visão começa a embaçar aos poucos e Paulo achava que era por causa da neblina que tomava conta do lugar. Tenta um sorriso que não sai e então a escuridão começa a tomar conta dele até seus olhos se fecharem por completo e sua vida desaparecer. Seu espírito agora viajava em direção à Gaia. Sua caminhada contra as forças da Wyrm tinha acabado por definitivo.

Cabelinho absorveu somente 6 agravados e tomou 15 agravados. Morreu. =/

Flávio estava na linha de frente quando vê robôs os atacando fortemente, o ataque os mantinha presos no beco e não tinham para onde fugir, não podiam lutar na forma de batalha no meio da cidade, e a Umbra seria a unica escapatória, mesmo que não segura.

Mas o Senhor das Sombras sofre um ataque muito poderoso e quase não consegue absorver, sorte que a ideia já havia sido lançada, senão seria ele a lançá-la, precisavam sair dali o quanto antes, e ele se retira rapidamente em direção à saída que Selene havia aberto, tentando atravessar para a Umbra.