Hotel Glória - bairro da Glória

*Na verdade, uma pessoa da recepção se adianta gentilmente para receber Vincent e Guille assim que os toreadores se aproximam e diz*

- Perfeitamente, estão sendo esperados. Por gentileza, me acompanhem.

*E guia os dois para o subsolo, para a sala interna onde já estão Filippi e Emilie*

Uma pessoa se aproxima de Vincent e Guille de forma tão gentil que poderia se tratar de um candidato à Toreador no futuro. Sorrindo, Vincent responde a pessoa que aborda a dupla com extrema educação e carisma:

-Merci.

Vincent acompanha a pessoa até uma sala que ficava no subsolo e dá de cara com Emilie e Luiz Fillipi. Abriu seu melhor sorriso e se aproximou de Emilie com os braços abertos, pronto para abraçá-la:

-Primógena Blanc...que satisfação revê-la. Como está querida?

E depois do abraço (se Emilie deixar ser abraçada), se dirige à Luiz Fillipi, estendendo a mão para cumprimentá-lo com um aperto de mão:

-Xerife Fillipi. Bon soir....como está?

Ver a Malkaviana e o Brujah ali era satisfatório. Sentiu-se novamente no submarino pós Elísio flamejante. Olhou em volta tentando encontrar em vão Natanael e a pequena demônio Claudia. Quando pensou em Claudia teve um leve estremecimento de prazer.

Lupinatti ouve aquilo mantendo seu silencio. Quando Linda pede que o Tremere limpasse a quebra da Máscara da noite passada o Ancião diz:

- Será feito.

Em outras circunstancias, diria que o problema já estava resolvido, mas por se tratar de Fátima ele não apostaria suas fichas nisso.

Seu celular vibra por um instante e Lupinatti pede licença com um aceno de mão para ver o que era. Esperava que fosse Fátima, mas era sonhar demais.

Rhykan havia chegado na cidade e felizmente não estava envolvida com o fatídico fim de Ian. Lupinatti então apenas envia uma mensagem para a vampira:

“Siga para a Capela (passo o endereço) e espere meu retorno. Se possível, comece o trabalho de decifrar os rituais que bloqueiam nosso acesso a livraria e ao laboratório. Fátima esta em missão tentando corrigir uma quebra da Máscara que ela mesma causou, verifique se a mesma já resolveu o problema. Se sim, peça que ela lhe ajuda a decifrar as defesas da Capela. Irei retornar assim que acabar a reunião dos primógenos.”

Ao terminar de enviar a mensagem, Lupinatti manda outra mensagem, dessa vez para um de seus carniçais e diz:

“Tente investigar o que aconteceu no Aeroporto e mande alguém ter certeza de que não sobrou nada de Ian”.

Antes de seguir para a sala com Vincent, Guille comenta.

"- Aposto que esse vídeo estará circulando pela mídia por muito tempo..."

Então acompanha o Primógeno para a sala que lhes guiavam. Lá estavam Fillipi, o Xerife e... Emilie, a mais bela Primógena que esse mundo já vira, a pele de alabastro, os cabelos dourados e compridos, parecia uma pequena boneca de porcelana, mas sabia que ela era muito mais que aquilo, era uma personalidade forte, e alguém sempre pronta para ajudar os amigos.

Essa reflexão no entanto o faz se demorar na entrada da sala, só então notando que Vincent já cumprimentava os dois. Guille adentra o recinto, e fala cordialmente.

"- Boa noite."

Ele cumprimenta Fillipi, seu "chefe", com um aperto de mão, então se dirige até Emilie, na frente da qual tem mais um "delay" mental, ficando paralisado sem nada dizer, apenas sorrindo.

As ofensas em sua mente chocam Emilie, que arregala os olhos depois que a conexão se encerra, ainda com um olhar confuso ao seu redor, como se ainda procurasse a criança chorando. "Presa e fraca". Até quando? Odiava se sentir impotente em meio a esta dor tão grande. O que mais tinha que fazer?

Ouve um burburinho sobre um homem voando no aeroporto e se pergunta se tinha algo a ver com a rede de informações que estava tentando desvendar. Seria esse o filho do Falcão?

Por um momento ela tenta avançar para fora do subsolo e do hotel, tentar ver o mesmo que os funcionários tentavam ver, mas caminhar para saída ela encontra Vincent vindo em sua direção. Aceita o abraço, não muito calorosamente, e o solta na primeira oportunidade, continuando a avançar porta a fora.

Seu olhar se detém um minuto a mais em Guille, murmurando-lhe um "boa noite", antes de continuar sua cruzada para fora do hotel.
- Preciso ver o filho do Falcão. - pensa alto.

*Filippi permanece girando em torno de Emilie, deixando-a dançar, mas com o ar mais aflito, pronto a fazer alguma coisa - qualquer coisa - se aquela insanidade saísse dos limites. É então que percebe o burburinho sobre um homem voador*

- Mas que diabo... *resmunga alto*

*Mantendo um olho em Emilie, tenta ir até o corredor para tentar descobrir o que está acontecendo, quando Vincent e Guille chegam ao subterrâneo. O brujah aperta a mão dos dois firmemente*

- Senhor Lyon... Guille...

*Em seguida se lança para Emilie, passando o braço em torno do corpo dela para restringi-la*

- Pequena, o que está acontecendo? O que tu viste?

Recebeu o abraço de Emilie de bom grado. Mas foi um abraço rápido. A Malkaviana parecia meio desvairada atrás de alguma coisa que murmurava como se fosse uma mulher saída de um hospício.

”Filho do Falcão? Mas o que ou quem seria isso?”

O Xerife o cumprimenta com um aperto de mão firme e segue atrás de Emilie que parecia mais flutuar pelo corredor do que realmente andar. Vincent não deixou de acompanhar a dupla com passos tranquilos, curioso para saber o que estava acontecendo ali. Olhou para Guille e proferiu:

-Tem alguma coisa errada com a Primógena Malkaviana...acredito.

Olhou para Luiz segurando-a e arqueou a sobrancelha esquerda. Queria muito falar com Emilie e Luiz antes da reunião da Primogenia, mas o acesso de loucura da Malkaviana iria impedir isso.

Emilie estava aflita, e isso era a única coisa que atraía a atenção do delegado, assim que ela lhe olha demoradamente e passa por si falando do filhote do Falcão, Guille não entende nada, mas se ela estava partindo iria junto. Ele fala já se retirando atrás da Primógena.

"- Espere, vou com você."

Ele não achava que ela esperaria, portanto aperta o passo para acompanha-la.

Apenas observou Luiz Fillipi segurando Emilie. Ela queria deixar o recinto para ir atrás do filho de uma ave. Claro que a última parte disso Vincent não entendera. Só entendeu que se ela deixasse o Hotel Glória para correr atrás de um falcão, baleia, golfinho ou elefante rosa voador, causaria um mal estar durante a reunião da Primogenia excruciante. Linda era muito apegada a protocolos.

Caminhou para próximo da moça e proferiu, tentando colocar razão na cabeça da malkaviana. Quase riu disso, já que sabia que razão era uma coisa inexistente na cabeça dos lunáticos.

-Primógena Blanc....acalme-se. Não deixe o Hotel Glória neste momento. Isso poderá causar problemas diante da príncipe Wilson. Escute querida...

Olhou-a nos olhos:

-A ajudaremos com o Filho do Falcão depois da reunião de Primogenia. Mas não deixe o prédio...não agora.

Olhou em volta, para Luiz e Guille, questionando-os:

-A ajudaremos...não é mesmo?

Sua era carregada de gentileza e um pouco de preocupação. Tanto para Emilie quanto para Luiz e Guille.

O passo apressado de Emilie é interrompido pelos braços de Filippi. A malkaviana se detém, explicando com seu jeito confuso e caótico.

- Eu não vi nada. Eu tenho visto várias coisas. O Filho do Falcão, eu preciso encontrá-lo. Ele é a chave para salvar o mundo. Pode ser ele, voando lá fora...

Suavemente, tenta se desvencilhar dos braços de Fillipi, sorrindo para Guille quando ele oferece sua companhia.
- Obrigada.

Não esperava que Vincent entendesse a dimensão do que ela estava lidando, mas não gosta do pedido para se acalmar, ainda mais vindo de alguém que matara sua irmã de clã por ter se descontrolado...

Porém, argumenta, com ele e com os outros.
- A prínicipe Wilson está em reunião, não acho que acabará logo. Eu não me afastarei do prédio, só quero... ver, se é realmente o que eu estou pensando. Quero só olhar o céu um minuto...

Um pouco mais séria, acrescenta
- De qualquer forma, eu e Filippi já estávamos de saída. - lança um olhar cúmplice ao xerife - temos deveres a cumprir. Guille, como delegado, pode ajudar...
Volta a olhar para o brujah, deixando que ele decida.

O telefone de Guille toca e no visor aparece o número de Bruno Modenesi.

*Filippi mantém os braços em torno de Emilie, restringindo seus movimentos, mas sem apertá-la, e fica quieto, apenas inclinado para ela, esperando que os toreadores tentem acalmá-la. Quando ela tenta sair de seus braços, permite, mas permanece à distância que o permita segurá-la de novo. Olha para Vincent e diz somente*

- Ajudaremos.

*Então, quando Emilie se pronuncia, parecendo mais controlada, pega a mão dela na sua como se fossem duas crianças indo a um passeio*

- Eu vou com você. Vamos até a calçada, você olha o que quiser e voltamos. Bom assim, guria? *acena com a cabeça para Guille ir também*

Emilie sai dos braços de Filippi, mas não se afasta dele, e ao sentí-lo pegar sua mão com tanta gentileza, seu olhos doces, castanho-claros procuram os azuis do brujah, com uma intensidade carinhosa.

Balança a cabeça afirmativamente.
- Está bom assim...

Segue em frente, de mãos dadas com ele, passando a olhar para Guille, na expectativa de que ele os acompanhasse.

*Marie-Amélie apenas concorda com um elegante movimento de cabeça. O que poderia fazer? Não tinha nenhum talento para xerife, e confiava que a quebra da Máscara estivesse sendo contida, afinal era tanto de interesse de Linda quanto dela e de todos. Ainda assim, anota mentalmente o que deveria pedir para Martine.*

*Quando a príncipe se dirige diretamente à ventrue, ela pensa por apenas um segundo antes de responder*

- Bom, restam apenas três membros de nosso clã no Rio de Janeiro, preciso conversar com eles para avaliar nossos recursos. O que posso fazer, de minha parte, é tentar garantir que o hotel, e o máximo possível seu entorno, fique invulnerável a suspeitas, o quanto isso puder ser alcançado. Precisamos ter um lugar seguro para voltar, caso alguma coisa dê errado, que não seja vulnerável nem ao Sabá, nem a qualquer dessas coisas. Vou verificar com o restante de meu clã que contatos podem ser disponibilizados para tentar controlar os problemas que surgirem.

Guille escuta Emilie e ela aparenta estar mais calma, mas ainda estava querendo ir ver quem era, ir lá fora, talvez precisasse tomar um ar, Vincent tentar ser prestativo o irrita um pouco, mas Fillipi que realmente parecia se importar com ela também estava tentando ajudar, e o olhar dele para que os acompanhasse lá para surte efeito claramente.

No entanto o Toreador se mantém calado, pois a Malkaviana estava de mãos dadas com o Xerife, mas a flanqueou pelo outro lado, como se temesse que algo a afetasse e precisava protegê-la por ali, mantém seus olhos totalmente focados na garota.

O telefone toca, mas o lutador interrompe o vibracall imediatamente, mantendo seu foco no que era importante.

Lupinatti apenas se recosta na cadeira e com o cotovelo apoiado em um dos braços da cadeira leva o punho fechado a boca, deixando parte de seu rosto encoberto e dificultando com isso a leitura de suas feições.

Por dentro, ele só pensava que o Clã Tremere se resumiria a ele, Fátima e Rhykan. Só esperava que a ultima não tivesse apenas fama como parecia ser o caso de Fátima.

O Toreador apenas ouve o que Emilie tinha a dizer. Ela falava coisas sem nexo e parecia um pouco alterada, típica de Malkavianos. Olhou para Guille e se perguntava se o irmão de clã poderia adquirir algum resquício de loucura de Emilie se ficasse muito tempo com ela. Teve certo medo por isso e se lembrou do descontrole da Capela Tremere que foi causado pela pequena demônio Claudia.

Meneou positivamente a cabeça para a lunática sem dizer palavra.

”Como aquele ditado: O médico recomendou não contrariar.”

A única coisa da qual não gostou nem um pouco era que Guille resolveu acompanhar o Xerife e a Primógena. Vincent não o chamara ali para ajudá-los e sim para acompanhar o Primógeno de sua casa.

”Lastimável monsieur França....lastimável.”

Tinha que ligar para Bruno, mas olhou o relógio e a hora da reunião já tinha chegado. Deixou o trio maravilha sair do Hotel e se acomodou em um poltrona próxima enquanto acessava algumas notícias do jornal local pelo celular. Queria verificar se haviam mais informações a respeito do homem voador ou notícias recentes dos acontecimentos da noite anterior.

Depois de ler todas as notícias e ver que o Tremere Ian Tokunaga, o mesmo que estava no ataque ao Elísio, era quem tinha voado e quebrado a máscara. Não sabia que os feiticeiros tinham tal poder e isso parecia muito, mas muito interessante para o Toreador. Não tinha visto Bianca de Nice e muito menos a belíssima Primógena. Talvez fosse possível que Vincent aprendesse alguns truques como aquele com os feiticeiros.

”Androide....blá-blá-blá....míssil? Impossível alguém sobreviver a um míssil. Infelizmente perdemos um membro da Torre. Mas ainda bem que era um membro idiota.”

Sorriu em silêncio, mas estava MUITO interessado nos poderes do sangue dos feiticeiros. Bianca o ensinaria? O problema na quebra de máscara era que a FESN estava ganhando mais recursos para seus projetos contra os vampiros. A FESN teria que ser direcionada para caçar os lobisomens e deixar a Camarilla em paz, mas como fazer isso?

"Poderia convocar a mulher que é a porta voz da FESN para conversar. Presença....poderia funcionar. Preciso esmiuçar essa ideia."

O jovem asiático carregando suas malas, após um momento de observação da fachada, rumou para o interior da construção.
Cuidadosamente observava o local e as pessoas a volta em busca de algo familiar, talvez o homem que seria ali sua referencia, o Senhor Lyon que apenas reconhecia a face pro algumas fotos que vira pelas mãos de Tatiana e Cecyl.
Dirigiu-se ao balcão do hall para questionar a algum atendente do hotel sobre quem procurava, tentaod junto ofertar um sorriso gentil junto ao seu sotaque que saia de sua boca ao falar o português.
- Por gentileza, poderia me informar onde posso encontrar o Senhor Vicent Lyon, ou o Senhor França?

Enquanto via as notícias, o Primógeno é interrompido por um homem que trazia um oriental com ele, informando que o ser o procurava. Ainda sentado, Vincent observa o oriental de cima a baixo e vice versa, se dirigindo ao mortal com extrema educação enquanto se levantava:

-Merci monsieur.

Deixou o mortal ir embora e percebeu as malas nas mãos do oriental. Ele era muito bonito e lembrava um pouco Ian Tokunaga por causa dos olhos e a cor dos cabelos, mas aquele homem a sua frente era mil vezes mais bonito. Guardou o celular no bolso e estendeu a mão para o garoto:

-Bon soir...se não me engano é monsieur Sung? É um extremo prazer conhecê-lo.

O Toreador, que era belíssimo, abre um sorriso maravilhoso. Além de ser muito belo, era muito carismático.