Ruas - Zona Norte

John tinha acabado de entrar no carro para bater em retirada e tinha deixado uma pergunta aberta para que pudesse saber qual passo o trio iria tomar. Adan é o primeiro a responder dizendo que o ideal seria chamar toda a matilha para que viessem com força total acabar com aquela lugar. Isso era algo que o Ahroun concordaria depois do que viu com seus próprios olhos. Toda força seria pouca ainda, apesar de não temer a morte e ter certeza que na próxima vez que visse aquela vampira a vadia não teria a mesma sorte.

Adan então deita um pouco seu banco tocando John com a mão e curando assim todos seus ferimentos. O Ahroun chega dar um suspiro de alivio. A sensação era de conforto depois de tanta dor que estava sentindo por causa dos chutes na cara que havia levado. Ethan então chama atenção de John pedindo foco. O Ahroun arqueia as sobrancelhas se perguntando aonde havia perdido o foco, mas não levou isso em consideração. Escutou atentamente as palavras do Senhor das Sombras sobre qual seria as condições no momento para que pudesse tomar as devidas providências.

John analisava aquilo tudo com muita cautela, então, tratou de responder o que lhe cabia, focando-se primeiro em Adan, agradecendo-o pela cura.

- Obrigado, Adan... Está bem melhor assim agora... Dá próxima vez, não irá chegar nesse ponto, se chegar, me deixe para morrer...

Poderia ser ou não ser uma brincadeira. O fato era que jamais se permitiria levar uma surra como aquela. Agora voltando para Ethan, respondeu o Ragabash.

- Ethan, por mais que eu esteja em condições de batalha agora que fui curado, sinto que minha fúria está esgotada e além disso, como Adan mesmo disse, a energia espiritual dele está baixa e isto é um problema. Precisamos de reforços para arquitetar um ataque com sucesso naquele museu. Se voltarmos lá como estamos agora, só levaremos outra surra e se der errado, talvez nem tenhamos chances de sair vivos de lá...

Ainda pensando sobre a situação, refletiu.

- Avô-Trovão já fez muito por nós nos dando o tempo necessário para fugirmos. Vamos aproveitar essa oportunidade para nos fortalecermos como der e se preparar para a próxima, por isso, respondendo sua pergunta, acho que não temos efetivo para isso.

Continuou.

- Penso que agora o ideal é reportar para Sylvia a situação e ir até ela para que possamos nos agrupar e a partir dali, traçar uma nova estratégia. Precisamos ir até Sylvia, já que é ela mesmo que está dando as cartas dentro da nossa matilha...

Deu o devido tempo para que seus irmãos pensassem sobre o assunto e então finalizou.

- O que acham?

John ao terminar suas palavras, como já estava dentro do carro e longe de qualquer risco, para não violar ainda mais o véu, voltou a sua forma hominídeo. Aguardava a resposta de seus irmãos.

John havia exposto sua opinião sobre aquela situação. Adan então toma a palavra respondendo e dizendo o que pensava. John acompanhava assentindo com a cabeça ao passo que também esperava as palavras de Ethan, afinal, era ele que estava ditando as regras nesse momento. Como o Senhor das Sombras não disse nada, o Ahroun tratou de responder o Philodox.

Refletindo sobre qual o próximo passo, disse:

- Verdade Adan... Ela ainda está em missão... Mas e se ela estive tão encrencada como nós estávamos agora a pouco? E se ela também caiu como uma armadilha como nós? No mínimo nossa ajuda será bem-vinda...

Olhou para Ethan, já também esperando uma resposta de Adan e finalizou.

- Eaí, Ethan? O que acha? Vamos para o ponto de encontro da matilha ou vamos até onde Sylvia está? Nós tivemos sorte de sair com vida dessa emboscada... Talvez eles podem não ter a mesma... Talvez ajudaremos eles... Ou talvez simplesmente estraguemos tudo, mas que que é um peido pra quem já tá todo cagado?

Fez uma cara de decepção. Óbvio que o Ahroun não estava contente com seu desempenho naquela batalha. Tomar uma surra de uma mulher é inadmissível! Iria levar um bom tempo para se recuperar.

John havia falado e esperava precisamente a resposta do Ragabash, mas por algum motivo desconhecido o mesmo mantinha-se calado. Talvez fosse o trauma da situação. Talvez fosse por causa do seu "coração" que não havia recuperado. Isso fez com que o Ahroun levantasse uma dúvida em sua mente.

"O que será essa porra de coração do Ethan? Algum objeto valioso provavelmente..."

Esperou algum tempo relativo e então não suportando mais aquele silêncio, se pronunciou novamente de forma tranquila.

- Ethan, embora eu aprecie esse silêncio mórbido, nós precisamos decidir logo essa situação. Talvez a vida de nossos irmãos também esteja em jogo. Precisamos decidir: Vamos ligar pra ela? Vamos até onde ela está? Vamos para o Ponto de Encontro?

Olhava pela janela e então balançou a cabeça negativamente chegando na seguinte conclusão:

- Sinceramente, não sei o que quer fazer, mas a única certeza que tenho é que precisamos nos comunicar com o resto da matilha....

Como estava no banco de trás, esticou se pescoço focando diretamente sua atenção para o Ragabash. Queria ver se o maldito iria o ignorar dessa vez. Caso isso acontecesse, iria dar um cascudo baiano nele pra voltar à realidade logo.

O garou ouvira tudo o que fora falado, mas as consequencias do que acabara de acontecer repercutiriam, e ele tinha preocupações gigantescas sobre aquilo, por isso quando falam em entrar em contato com Sylvia, o Ragabash simplesmente se cala, o convite pela cabeça dela fora muito explícito, e naquele momento o garou só queria saber o quão isso havia abalado o Andarilho que estava com ele.

Por isso ele simplesmente fica 'andando em círculos' até ter a certeza absoluta de q não estavam sendo seguidos, só pra então vir a constatação do quanto aquilo tinha sido ridículo, já que ele havia recebido no mesmo dia um pacote do próprio Nagar.

Por isso ele segue em direção ao ponto de encontro enquanto fala.

- Antes de qualquer coisa, nós três precisamos conversar. E vocês 2 precisam decidir o que fazer depois das coisas que nós conversarmos...!

Como vigia do ponto de encontro, o garou teve o devido cuidado de localizar e descobrir quais eram os pontos cegos dalí, e na verdade era apenas 1, e ele estava para fechar esse ponto cego um local que apesar de câmeras, não se captava áudio, ainda mais se eles estivessem dentro de um carro, o que ajudaria ainda mais...

- Só peço que não desçam do carro e que me ouçam antes de qualquer coisa. Aceitam esses dois termos?

*Você quase morreram na ignorancia, não vou permitir q isso aconteça novamente, ao menos, a ignorância.*