[CAERN] Entrada Oeste - Barra da Tijuca (Zona Oeste)

A Ahroun se preparava para responder ao comentário do Theurge quando a Philodox se manifesta. Usaria aquela fala como um sinal para não falar. Não era sua especialidade e um debate com quem não sabia absolutamente nada do que tinha acontecido não tinha porque acontecer.

Um novo membro da matilha se apresenta e Mayra o cumprimenta, se apresentando:

- Mayra Hildebrand, Voz de Taranis, Adren Ahroun Fianna dos Tuatha de Fionn. Beta desta matilha.

Depois de se apresentar, Mayra volta ao silêncio e fica com atenção redobrada quando a Fúria Negra se afasta para averiguar uma movimentação de caráter estranho. Quando a mesma volta com Balik, Mayra se surpreende e diz em imediato, olhando para o Theurge:

- Theurge, cure-o! Rápido!

Havia um mixto de aflição e felicidade na sua voz. A volta do Wendigo era uma grata surpresa, mas ele precisava ser curado. Não sabia o que tinha acontecido com ele, mas devido ao que passara dentro do hospital, suspeitava do pior que se podia imaginar.

A Pacificadora era tão rápida com os pés como era com os julgamentos apressados. Em instantes o Ragabash já estava entre os membros da matilha, todos os presentes demonstravam um misto de alívio e apreensão. Os ferimentos do recém chegado pareciam com queimaduras e eram bastante sérios. Se antes o Uktena tinha ficado ansioso com o fato de não conhecer o toque da mãe, naquele momento deixou seus instintos agirem e foi direto em direção ao corpo nos braços da Fúria Negra. Entrou em modo de ação e mal notou os gritos histéricos da Ahroun descontrolada. Não podia esperar as ordens do líder da matilha, então as palavras da beta teriam de servir. Dessa forma cortou rapidamente os trapos que o Garou vestia e analisou o risco imediato.

- Ele não vai morrer, mas vou precisar de algumas ervas para iniciar o tratamento das queimaduras. Listou rapidamente o que iria precisar e disse em seguida: - Se algum de vocês conhecer o Toque da Mãe pode utiliza-lo agora. Caso contrário tragam-me o que preciso.

Não perdeu tempo esperando a resposta e voltou ao seu trabalho.

O Presa de Prata esperava pacientemente o retorno de Amanda enquanto Kor era aceito como mais novo membro da Esquadrão da Fúria. Kiba chega a se preparar para dar um tapinha nas costas do Senhor das Sombras com o discurso de "seja bem vindo", mas logo que a Fúria Negra surge da mata com Balik em seus braços o Ahroun arregala os olhos em sinal de surpresa ao que vê.

- Balik...

Kiba deixa escapar o nome do companheiro instintivamente e logo vai para perto de Amanda para ver como o Wendigo estava. Era difícil acreditar que aquele ali diante de seus olhos era o mesmo Ragabash que o Ahroun conhecia. Lembrar que ele era seu parceiro na formação da Esquadrão da Fúria só deixa Kiba ainda mais triste, pois era seu dever protege-lo.

Seu olhar segue para o Theurge assim que clamam por cura, mas logo a surpresa de que Sussurros não sabia usar o Toque da Mãe faz o Ahroun pensar em quão irônico aquilo era. Achava intrigante o fato de Amir só saber curar e nada mais, mas agora que precisava do Dom o Andarilho já não estava mais entre eles.

- Não vamos perder mais tempo aqui...

Ele olha então para Amanda que ainda estava com Balik ferido em seu colo e estendendo as mãos para ela diz:

- Pode deixar... Eu levo ele.

Assim que a Fúria Negra lhe entrega o companheiro de matilha o Presa de Prata o fita mais uma vez com um semblante de preocupação. Não mais do que alguns segundos depois ele olha para todos ali presentes e diz:

- Vamos para o Centro do Caern Esquadrão...

Dito isso Kiba vira-se na direção indicada e antes de caminhar a passos rápidos infla seu peito para uivar:

- ASA SOLITÁRIA PEDE UM THEURGE URGENTE NO CENTRO DO CAERN!!! TEMOS UM GAROU GRAVEMENTE FERIDO!!!

Feito isso Kiba recupera o fôlego após o uivo e segue em ritmo acelerado para o Centro do Caern.

Sem tecer novos comentários, Mayra segue com Kiba para o centro do Caern.

Todos podem ouvir.

-'BARDO FORASTEIRO, CLIATH, AHROUN DOS FIANNAS, ADENTRANDO AS IMEDIAÇÕES DO CAERN E PROCURANDO POR REI BYRON!!'

Finalmente o carro onde estavam os membros da matilha Esquadrão da Fúria chega a entrada do Caern pela zona Oeste. Sem perder tempo Kiba desliga o carro e sai, fazendo aquele ar maravilhoso que estava dentro do veiculo escapar para o lado de fora. O calor daquela cidade era realmente grande e resistir a ele era quase uma provação para quem não era dali.

Sem perder mais tempo Kiba segue para a mala do carro, onde estava Excalibur, e ao toca-la já executa o processo de absorção para evitar olhares curiosos como bem advertiu Amanda. Finalmente pronto ele olha para Mayra e Kor que vieram com ele e diz:

- Vamos gente...

O Presa de Prata então começa a adentrar na floresta com seus companheiros e assim que começa a sentir as energias do Caern se manifestando para e assume a forma Crinos para uivar:

- ASA SOLITÁRIA, AHROUN, CLIATH DOS PRESAS DE PRATA ENTRANDO NO CAERN!

Ao terminar o uivo ele olha para Kor e Mayra mais uma vez e diz:

- Nos encontramos no Centro do Caern as 22... Até mais gente...

Dimas chega finalmente ao Caern, estava prestes a se encontrar com vários outros de sua espécie, mas isso o deixava mais nervoso do que o normal... ele estava tentando se acostumar, sinceramente estava, mas era difícil.

O ônibus havia o deixado muito atrás e demorara um pouco para que ele chegasse ao local. O jovem garou já havia sido instruído sobre como proceder para não ser considerado um invasor. Então, com muito esforço, Dimas se põe sobre quatro patas, em forma de lobo e se anuncia:

_Guardião dos Segredos, Theurge Cliath dos Filhos de Gaia. Peço permissão para entrar.

Seu uivo não soava contínuo, mas espaçado, quase como gaguejando... muita coisa o aguardava e, ainda em patas de lobo, Guardião segue em direção ao centro do Caern.

A Fianna se despede de Kiba e conforme seguia com Kor, uiva anunciando sua entrada nos domínios do Caern de Cura:

- VOZ DE TARANIS, AHROUN FIANNA ENTRANDO NOS LIMITES DO CAERN.

Após uivar, a Fianna volta sua atenção para o Senhor das Sombras e comenta com ele:

- Não temos muito o que preparar para a missão, que pode ser tranquila ou pode ser fatal. Eu já voltei daquele Hospital quatro vezes Kor, aquele é um lugar amaldiçoado.

Nota então um desconhecido que chegava no Caern e, como os vigias ainda não o tinham recepcionado, olha para ele e diz:

- Boa noite, você é novo por aqui, não é mesmo? Voz de Taranis ou Mayra para os humanos, Ahroun Adren Fianna... se quiser nos acompanhar, estamos seguindo para o centro do Caern. Os vigias já devem estar a caminho para lhe receber...

Mayra anunciou sua chegada como de costume e então respondeu até a mais do que havia perguntado. A resposta da Ahroun foi um tanto quanto intrigante, mas ela tinha toda razão. Não havia muito o que preparar. Precisariam de sorte para que as coisas pudessem correr bem, caso não tivessem, todos poderiam estar fadados ao fracasso como antes aconteceu.

Arqueou levemente as sobrancelhas em sinal de surpresa quando ela disse que já havia voltado quatro vezes daquele hospital e que também era um lugar amaldiçoado. Quatro vezes era muita coisa. A boa parte era que ela conhecia bem o local e isso poderia fazer a diferença agora. Pelo menos acreditava disso. Murmurou entao para a Ahroun:

- Entendo... Precisamos então dar um jeito logo nesse lugar antes que ele fique mais forte... Ou mais amaldiçoado...

Falava como se pensasse alto em uma solução a longo prazo, não que fosse fácil. Não sabia. Nota então que Mayra aborda um recém-chegado, que pela expressão, estava um pouco perdido. Tratou logo de se apresentar também. Estendeu a mão deixando um leve sorriso aparecer e então dirigiu a palavra para o novato.
 
- Kor Yance McDonell... Ou Sopro-da-Tempestade... Seja bem-vindo... Precisar, estamos aí...


Não disse mais nada, até porque Mayra ja tinha dado o suporte necessário. Aguardava o desenrolar para que pudesse seguir adiante.

Assim que adentra um pouco pela trilha, Dimas se depara com duas pessoas que tomavam a mesma direção. Ele pára e se surpreende com a presença dos dois. Tanto a mulher quanto o homem eram tão belos quanto artistas de cinema. Além da aparência, outra coisa dizia para Dimas que eles eram superiores de algum modo. O rapaz ficou sem saber como reagir e quando a bela moça ruiva lhe dirige a palavra, ele volta à forma de homem e responde:

_Sim, sou novo. Me chamo Dimas, Guardião dos Segredos e sou um Theurge dos Filhos de Gaia. É um prazer conhecer vocês. E quero ir junto sim, obrigado.

Notava-se claramente que Dimas estava muito nervoso ou, simplesmente, era tímido. Então um rapaz tão jovem quanto ele, mas muito mais bem vestido lhe estende a mão. Dimas limpa a mão direita rapidamente na calça recém ganhada e cumprimenta o outro rapaz, acenando afirmativamente com a cabeça.

_É um prazer! Obrigado.

Os dois continuavam a trilha dizendo algumas coisas confusas, mas Dimas não se intromete no assunto e apenas os segue.

O grupo seguia pela trilha e pouco antes de chegar nos limites da clareira central é abordado por um homem com uma expressão séria no rosto. Ele já era conhecido por Mayra e Kor de vista, era um dos vigias do Caern. A atenção dele se volta para o Theurge recém-chegado, a quem diz:

'- Saudações Theurge, sou Akhtar Moteab Arauto-de-Osíris, Philodox Forsten dos Peregrinos Silenciosos servindo no momento como Vigia deste Caern. Vim avisar que sua permissão foi concedida. Apresente-se à Falcão-de-Prata no centro do Caern.'

O Galliard dá a descrição física e das roupas de Falcão-de-Prata, exaltando sua Gran-Klaive com um falcão no cabo e libera a passagem para que o tripo possa seguir. O olhar do Peregrino era sombrio e intrigante aos três que ali estavam presentes, de alguma forma ele parecia conseguir olhar e medir cada movimento de cada um dos três, em uma situação que era um pouco desconfortante.

OFF GAME: Os jogadores já podem postar no tópico da Clareira Central se assim desejarem.

*O Garou seguia cabisbaixo, com as mãos no bolso, praticamente chutando as pedras do caminho. No entanto, os dois que ali seguiam o passavam uma sensação de segurança, e estavam sendo simpáticos, o que deixava Dimas um pouco mais à vontade.*

_Vim à procura de Falcão-de-Prata-Rhya, senhor Sopro da Tempestade. Fui informado de que ele procura por ajuda e vim me oferecer. Sou um médico, além de Theurge, e mesmo não sendo bom em batalhas, sei que poderei ajudar muito na retaguarda da Guerra contra a Corruptora, já que um guerreiro saudável pode defender melhor nossa Mãe. Deixei de ser um filhote há pouco tempo, ainda estou me acostumando com essas questões cosmológicas. Ah é, e também não faço parte de nenhuma matilha por enquanto.

*Um pouco mais à frente eles são abordados por Arauto-de-Osíris, que era obviamente um estrangeiro. Quando ele termina de falar, Guardião dos Segredos responde:*

_Muito obrigado pela permissão, amigo vigia. Vou me encontrar com ele.

*E virando-se para Sopro da Tempestade e Voz de Taranis:*

_Vocês também estão indo para o centro do Caern, certo?

A Fianna concorda com Kor sobre a questão do hospital. No fundo, estava farta daquele maldito lugar e queria que aquela história se encerrasse o quanto antes. Era um local que tinha dado muito trabalho para a matilha e era hora de dar um fim àquele problema.

A resposta do Filho de Gaia sem matilha é ouvida pela Fianna que espera a conversa dele com o juiz se encerrar e responde às palavras do Theurge:

- Estamos sim, vamos juntos.

Diz simpática, apesar da Fúria que lhe gritava no peito. Mayra seguia rumo ao centro do Caern, esperava poder avançar na resolução de problemas que não podiam mais esperar. E, assim, segue rumo à clareira central.

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Off: Já tô postando na Clareira Central, meninos.

Dimas chega à entrada oeste, a única que conhecia. Já estavam, ao menos, na Zona Oeste. Seria fácil chegar até as zonas ruais. Ele então diz para Cabelinho:

_Se passar algum ônibus, podemos pegar também. Mas vamos procurar uma estação de metrô.

Off: próximo post, Ruas da Zona Oeste

Ainda em lupino e prestes a sair do Caern junto com Dimas, Cabelinho diz ao Theurge:

-O que acha de eu ir como seu cachorro? Ia ser legal né? Não sou tão grande e nem tão pequeno assim para ser tomado como seu cachorro. Ia ser legal ver a reação das pessoas.....ia ser legal eu rosnar para um e para outro aqui e ali.

Era uma ideia interessante. Pelo menos para Cabelinho. Mas ele nem espera resposta de Dimas e volta a forma hominídea, comentado:

-Podemos ir de metrô....mais rápido que ônibus. E é bom que o ponto de encontro da matilha seja em Vargem Grande....vai ser mais fácil levar o boi ou vaca até lá.....mas acho que minha mochila vai ser até pequena para caber tudo.

Seguiu Dimas.

O vôo que seu Mentor tinha arrumado para ela tonha chegado muito tarde, era o mais barato possível, afinal, nenhum Peregrino era conhecido por suas posses. Ibyn tinha arranjado uma pequena quantia de dinheiro para ela e também um apartamento minúsculo que ela tinha o endereço. Mas antes de visitar qualquer um desses lugares ela devia se apresentar ao líder da Seita, e não podia deixar também de pensar que estava muito ansiosa em ver o tal Caern da Cura, que diziam ser um dos maiores do mundo, maravilhoso, repleto de espíritos e mais importante, muito forte, resistindo, mesmo que com muito esforço a inúmeras investidas da Corruptora.

O ônibus que conseguira a muito custo pegar no aeroporto a trouxera até ali, não sabia se era a entrada certa, o caminho certo, mas sabia que se aproximava, e quando desceu do veículo e se meteu pela mata a pé, a cada passo podia perceber que se aproximava mais e mais de algum lugar muito espiritual, sentia até o cheiro do Caern, um lugar que podia chamar de Lar, mesmo que para um Peregrino isso seja temporário.

A garota sente que o momento se aproximava, e próximo a uma árvore ela deixa sua mochila que carregava nas costas, bem grande era a mala, como que a de alguém que vai fazer um escalada, afinal, tudo que ela tinha estava ali dentro, não era muito mas era necessário. A africana então começa a perder sua forma, e absorver seu vestido com temas tribais, pois este estava dedicado a ela, e em seu lugar surge um lobo negro, com olhos amarelos, muito esbelto e com o pelo curto e liso.

Tal animal fareja o ar para sentir se estava no lugar certo, rodeia um conjunto de árvores, então olha para Luna, Luna que sempre a abençoara, e solta um breve uivo, se apresentando como devia, formalmente e perfeitamente dentro da etiqueta intrincada da Nação Garou.

"- Sou Aman "Ubuntu", Cliath Philodox, hominídea, dos Peregrinos Silenciosos, e me aproximo do Caern da Cura, respeitando suas tradições."

Depois de se apresentar com o uivo, a loba negra fica de orelhas em pé, esperando se teria alguma resposta, enquanto prende as alças da mochila entre seus dentes e começa a caminhar em direção ao centro daquela floresta, entrando mais profundamente nas dependências maravilhosas e espirituais daquele lugar sagrado de Gaia.

Vendo que viera ser recebida, e o Garou estava na forma hominídea, a Philodox assume que não haveria problemas em andar por ali na forma racial, e reverte para hominídeo após a apresentação do Andarilho. Aman estava vestida com seu vestido dedicado, amarelo com temas tribais, tradicionais em sua terra natal, o vestido erammuito antigo, mas era mantido limpo e no melhor estado possível, ela ganhara de uma amiga muito querida, que nunca esqueceria.

Assim que assume sua forma natural, a garota negra sorri e cumprimenta Rick em Suaíle e depois segue em português bem claro, com um leve sotaque lusitano, porém muito mais lento que como a língua é falada na terrinha.

"- Salamu Rick O'Connel. Cheguei por volta da meia-noite no aeroporto, mas demorei muito tempo procurando o ônibus certo, poucos estavam passando a essa hora, demorei muito pra localizar o Caern, mas assim que vi essa floresta, o nome cidade Maravilhosa fez muito mais sentido, com esse lugar aqui, definitivamente o Rio é um dos lugares mais belos que já vi. O Caern da cidade do Porto, em terras lusitanas não chega aos pés deste, e mesmo o de Maputo perde, talvez não em tamanho, mas em espiritualidade."

A Garou se sentia falante naquele momento, normalmente era mais calada, mas estava deslumbrada com o local e com a oportunidade de experiência nova, talvez porque tivesse ficado muito tempo em Portugal, e seu espírito Peregrino estava a afetando. Mas ela se sentia muito bem estando ali, e sorria abertamente, ansiosa por conhecer a Clareira Central, e se tivesse sorte uma fogueira e algumas histórias locais.