A Rede de Esgotos do Rio de Janeiro

O nosferatu caminhava pelos tuneis quando resolveu ligar para o irmão de clã, Calebros. Linda tinha pedido que o mantivesse próximo de suas vistas.

- Quero me reportar ao meu superior - respondeu rapidamente!

'- Reporte-se.' - responde secamente Calebros.

- Assim mesmo! - perguntou, surpreso o nosferatu. - Pensei que as linhas telefônicas não fossem seguras.

- Não tenho os recursos tecnológicos suficientes para fazer isso, em meio à intervenção da Fesn. - ele respondeu, acompanhando a rabugência de Calebros. - Irei até o Outeiro então. Até logo, Calebros.

O nosferatu aproveita os caminhos escondidos dos esgotos e segue em direção à igreja.

Era claro que seriam seguidos após a barulheira causada pelo Tremere. Passos eram ouvidos e se aproximavam. Presenças são sentidas mas com a escuridão daquele local era impossível distinguir se eram amigos ou inimigos. Seria provável que o Sabá tivesse tomado até as redes de esgoto abaixo do Hotel Glória? Seria impossível na concepção do Tremere.

Um vulto é percebido no horizonte, mas Andreas não sabia o que era exatamente e ele não conhecia a rede de esgoto do Rio de Janeiro. Balbuciando com Lupinatti, ele diz:

-Deixe-me ir na frente, senhor. Não se arrisque...qual nossa relação com os Nosferatus da cidade?

Andreas começa a caminhar devagar na direção do vulto, tomando cuidado onde pisava para não ser surpreendido por qualquer outra coisa. Ia na frente e deixando Lupinatti na retaguarda. Não tinha como mensurar se o perigo maior era na frente ou atrás deles em meio àquela escuridão interminável.

Lupinatti não responde ao comentário de Petrev, pois estava preocupado demais com os passos que vinham logo atrás deles.

O ancião apenas se apressa em seguir pelo local e não demora muito até sentir estar sendo observado.

“Que sejam os Nosferatus...”

No mesmo instante que pensou nisso, um vulto estranho é notado a sua frente e o ancião rapidamente toma uma postura defensiva.

Petrev pede para seguir na frente e questiona sobre a relação do Clã com os Nosferatus. Sem ter muita certeza de quem se tratava diz em tom baixo:

- Boa... Ao menos até trazermos esse bando aos esgotos deles... Vamos rápido.

O ancião se mantém atrás de Petrev, mas tentava agir rapidamente enquanto pensava no que podia ser feito caso precisassem lutar em um local tão inóspito.

O tal vulto do qual eles caminhavam na direção era um jacaré albino. Sabia de lendas urbanas nos Estados Unidos sobre alligatos gigantescos que viviam nos esgotos, mas nada além de lendas urbanas. Ao avistar o ser ele pôde perceber que lendas urbanas poderiam ser verdades. A tampa da qual tinham vindo é levantada e Andreas tem uma ótima idea. Balbucia ao seu irmão de clã:

-Posso tentar imobilizar a criatura à nossa frente e lançá-la depois nos seres que nos seguem. Recomendo que use a ofuscação e se mantenha incógnito, senhor.

Não sabia quais eram os planos de Lupinatti, mas Andreas pretendia manter o seu até ele dar outra ideia. Andreas então concentra seu sangue para o uso de uma de suas disciplinas e para bombar seus atributos.

OFF – Uso 4 de sangue.
1 para utilizar Rapidez no próximo turno.
2 para bombar força.
1 para bombar destreza.
Caso não seja possível usar o sangue nos atributos neste turno, considere apenas na ativação da Rapidez.

A “coisa” a frente se revelou um crocodilo albino daqueles dos velhos filmes de terror. Lupinatti certamente riria da cara de quem lhe contasse ter visto um nos esgotos do Rio de Janeiro, mas ele estava ali, vendo a criatura com seus próprios olhos.

Andreas tem uma ideia louca, principalmente porque não imaginava que ele fosse capaz de lutar contra uma criatura daquelas, mas o Tremere parecia bastante forte. Talvez ele fosse capaz de enfrentar a criatura por tempo suficiente para que Lupinatti seguisse em frente e então ele o tiraria de lá com a Linha da Mente.

- Ok... Mas esteja atento. Se eu mandar você soltar a criatura, solte... Confie em mim...

Lupinatti era intimo o suficiente da Ofuscação para saber que ela não funcionaria com animais, então apenas se manteve atrás de Andreas enquanto ele se preparava para o combate. Em seu intimo, ele apenas desejava que o irmão de Clã agisse rápido, pois certamente seus perseguidores não estavam muito atrás deles.

Lupinatti esperava a ação de Petrev, mas a criatura havia sido rápida, muito mais rápida. O ancião só tem tempo de se afastar abruptamente enquanto o crocodilo caia por cima de seu irmão de Clã e começava a mastigar seu braço.

“Maldição!”

O ancião não contava que fossem surpreendidos desta forma, mas agora precisava agir rapidamente. Da melhor forma que podia, Lupinatti tenta passar pela criatura para chegar ao outro lado enquanto diz para Petrev:

- Petrev, de um jeito nessa coisa!

Era tudo que podia fazer, pois não haviam armas que o Tremere conhecesse para parar aquela criatura. Precisava que Petrev se desvencilhasse ou destruísse o crocodilo para poder ajuda-lo de alguma forma.

O seu plano não dá certo e antes que o Tremere pudesse responder seu Regente e Primógeno ele é atacado pelo crocodilo/jacaré. O ser se movia em velocidade sobrenatural e isso era impressionante. Quando se dá conta, seus dois braços estavam dentro da boca do monstro, mas seus poderes vampíricos tinham evitado o desmembramento do feiticeiro.

Assim que percebe que Lupinatti atravessa a criatura, o Tremere responde:

-Como quiser.

O Tremere então pensa em tentar utilizar sua força para se desvencilhar do jacaré, mas ele sabe que um jacaré tem toneladas de força em uma mordida e que aquele monstro não era nada comum. Sua força não seria de ajuda alguma. Abrindo mão da Rapidez que ativara para uso posterior, o taumaturgo faz uso da Linha do Sangue para ferver o sangue do monstro albino. Não havia outra alternativa coerente naquela situação.

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OFF - Utilizado nível 5 da Linha do Sangue - Caldeirão de Sangue no Crocodilo

O Caldeirão de Sangue funciona de forma adequada diante da criatura estranha que atacava Andreas. O som que a criatura faz parece assustar os seres que os perseguiam e Petrev se levanta e segue com Lupinatti, enquanto pensava:

"Criatura fascinante."

Dizendo de forma sussurrada para Christopher:

-Senhor...acredito que não estamos mais sendo seguidos. E agora?

Esperava que o Regente soubesse para onde deveriam ir e qual lado ficava o Elísio a partir dos Esgotos. Andreas olhava para cima para ver se conseguia identificar alguma tampa de esgoto próximo que os levasse para a superfície.

Andreas age rapidamente e consegue dar um fim a maldita criatura. Sem duvida Carlent ficaria irritado com aquilo, mas aquilo era o menor dos seus problemas.

O aviso de seu irmão de Clã chama a atenção do ancião. De fato, parecia que não estavam sendo mais seguidos.

- Vamos continuar... A entrada do hotel deve estar logo a frente.

Lupinatti vira-se para caminhar, mas por incrível que pareça não conseguia avistar, nem de longe, a entrada para o hotel.

“Mas que diabos?”

O Tremere fica levemente perplexo, mas logo uma sensação de que estavam sendo observados se faz presente.

“Que sejam os Nosferatus...”

Lupinatti aguça seus sentidos para tentar ver quem é que estava ali enquanto diz para quem pudesse ouvir:

- Quem está ai?

Off:
Lupinatti ativa seus Sentidos Aguçados para tentar ver alvos ofuscados.

Meneia a cabeça em resposta às palavras de Lupinatti. Não havia saída daquele lugar e o Tremere percebe que estavam perdidos nas redes de esgoto do Rio de Janeiro. Quando pensou em comentar isso com seu Regente, sente olhos postos em si. Estavam de fato sendo observados naquele ambiente insalubre e estranho.

Para evitar ataques furtivos, Andreas se posiciona costas a costas com Lupinatti:

-Vamos ficar nesta posição para evitarmos sermos atacados por qualquer coisa que esteja se escondendo. Assim temos mais chances contra o que quer que esteja nos observando.

Esperava que alguém respondesse aos questionamentos de Lupinatti com palavras ou um ataque.

Nenhuma resposta e aparentemente os dois Tremeres ficavam mais perdidos ainda cada vez que adentravam os esgotos. Talvez não tenha sido uma boa ideia terem entrado na rede de esgotos do Rio de Janeiro. Sussurrando, apesar de achar que isso não estava serdo de grande valia, Andreas comenta com seu Primógeno:

-Olhos que nos observam e nada respondem...serão os Nosferatus da Torre de Marfim?

E então resolveu falar mais alto:

-O Elísio está sob ataque da Espada de Caim e estamos aqui para tentar ajudar na defesa. Se fazem parte da Torre...peço humildemente que nos ajudem a chegar lá.

Era a única ideia que tivera até o momento e esperava que ela desse certo. No mínimo se fossem da Camarilla ajudariam, caso contrário seriam atacados.