[CAERN] Cemitério

Cabelinho sorri para Philip estranhamente por estar em Crinos quando o Therge comenta sobre a cura de seus ferimentos. Ele já tinha feito tanto aquela noite que se não pudesse curar Cabelinho, isso não teria nenhuma importância.

Assim que terminou o que tinha que fazer, ainda segurando o pote de palmito meio cheio e meio vazio, ele seguiu Drink para junto de sua matilha. Não conseguiu evitar o comentário para Drink:

-Drink no Abismo...As palavras acabaram saindo tão formais que até Cabelinho estranhou:-...fica tranquilo quanto aos meus ferimentos....daremos um jeito depois.

Olhou para o grandão e depois para Mayra que estava cega. Se comparado com ela ele estava mil vezes melhor. Se dirige a ela:

-Voz de Taranis...Esperou ela perceber que era Cabelinho quem falava e de onde ele falava.-Quando a cerimônia começar se quiser que eu a guie pode segurar meu braço que eu te levo.

Estava sendo gentil com uma das mulheres que fizeram a diferença naquela missão. Voz de Taranis era uma guerreira nata, exímia para dizer a verdade e a cegueira que a acometia não a impediu de destroçar o inimigo. Imaginava se um dia Cabelinho seria a metade do que ela era. E ele queria MUITO ser só metade.

Esquecido retorna da matilha e se dirige à Kor. Seria ele que deveria dar início da cerimônia aos caídos na missão. Kiba vem junto com ele. Por algum motivo estranho Cabelinho sente que a sua matilha era a sua família, a sua única família. Olhou para Esquecido e Mayra que pareciam ser um casal e faziam a vez dos pais da família. Olhou para Philip, que parecia aquele tio legal que ouvia rock e ensinava seus sobrinhos a ouvir música boa. Olhou para Declan e viu que ela era o irmão mais velho anti social. Kor, por outro lado era o tio engomadinho que se achava. Hrist era a tia que pegava no pé e Kiba era o irmão que apoiava os outros. Igor, bem, Igor ainda era um recém chegado e Cabelinho daria uma nomenclatura para ele depois que o conhecesse melhor.

Sentiu em seu íntimo que ele amava aquela matilha, mais do que poderia imaginar.

A voz de Cabelinho denuncia que ele estava ali próximo. Mais por força do hábito do que por necessidade, Mayra vira o focinho na direção do Roedor de Ossos e fala, sem muito ânimo na voz, mas sem ser grosseira:

- Eu prefiro ficar aqui, Cabelinho de Fogo. Eu vou honra nossos irmãos daqui mesmo, mas obrigada.

Não pretendia ficar desfilando sua vergonha e dependência pelo Caern, embora soubesse da nobreza das intenções do Ragabash.

Mayra o responde com uma negativa e Cabelinho meneia a cabeça positivamente diante das palavras da Fianna. Claro que o menear de cabeça não iria ser visto por Voz de Taranis, mas Paulo anda não tinha se acostumado com a irmã de matilha cega e imaginava que ela muito menos. Resolveu falar antes que Sopro da Tempestade começasse a cerimônia.

-Imagina Voz de Taranis....se precisar de alguma coisa é só me falar. E antes que Sopro da Tempestade comece a cerimônia.....você foi fantástica na missão. Queria que soubesse que é uma inspiração para mim.

E realmente era. Ela e Hrist que não fugiram da luta em nenhum momento. Também tentava com suas palavras animar um pouco a irmã de matilha. Kor logo começa a cerimônia e Cabelinho cala a boca. Era a hora de calar-se.

Quando Kor comenta sobre tristeza, algo atinge Cabelinho como a um soco. Seus olhos foram compelidos automaticamente para a cova destinada à Dimas e à Dereck. Os dois que caíram naquela noite da Esquadrão fariam muita falta para ele. Muita mesmo. Baixou a cabeça em Crinos e limitou-se a encarar o chão e se concentrou apenas nas palavras de Sopro da Tempestade. Enquanto Kor falava sobre Dereck, o Ragabash pegara as cinzas do Andarilho e começava a soltá-las no ar em forma de respeito ao falecido. Queria que todas as cinzas do galliard voassem pelo mundo até encontrar seu local de descanso. Achava que Dereck gostaria deste tipo de homenagem.

Ao ouvir sobre Guardião dos Segredos, Cabelinho levantou seu olhar e encarava Sopro da Tempestade sem nem piscar. Na opinião do ragabash ele falara muito bem de Dimas, mas poderia ter falado muito mais. Depois foi a vez de Cracker. Também dera ênfase ao Galliard dos Andarilhos e isso agradou Cabelinho.

Cabelinho não tinha nada com o que ponderar a respeito dos outros garous caídos de outras matilhas. Eles foram muito valorosos e sem a ajuda deles a missão seria um desastre terrível. O relato de Sopro da Tempestade é carregado de tristeza e dor. Na verdade os dois sentimentos refletiam muito bem o clima no cemitério. Claro, estavam em um cemitério e o clima ali não poderia ser diferente do que o era. Sopro da Tempestade chama a todos para uivarem em homenagem aos caídos e Cabelinho uiva precariamente devido a seus ferimentos e era possível perceber os olhos do Ragabash orvalhando.

Julian e Kiba voltaram da conversa que estavam tendo com outro garou e, aos poucos sua matilha se organizava para dar início ao ritual.

Igor permanecia em silêncio enquanto aguardava. De tempos em tempos seus olhos passeavam pela paisagem lúgubre, apenas para ver mais corpos, tristeza e dor.

"MAS QUE PORRA É ESSA?!?" - pensou o Presas, balbuciando seus próprios pensamentos, enquanto seus músculos se retesavam instintivamente.

No entanto, a visão não havia durado mais que alguns momentos. O Theurge estreitou os olhos tentando ver mais nitidamente o que estava acontecendo. Agora seu olhar saltava de cova em cova, ricocheteando nas lápides.

O ritual já havia começado mas o Presas não conseguia manter-se concentrado nele. Apenas mudou para a forma de batalha sem pensar muito, apenas acompanhando o que todo mundo também havia feito.

"Tanta gente morta... será que esses corpos foram Purificados antes de serem plantados NO MEIO DO CAERN? E se..."

Igor balançou a cabeça vigorosamente tentando afastar as idéias cada vez mais sinistras que sua mente projetava. Ele havia lidado até bem com o fato de ter nascido garou, mas um apocalipse zumbi de lobisomens certamente seria informação demais até mesmo para o lua crescente.

"Fica frio, rapaz. Deve ser só algum espírito engraçadinho querendo te pregar uma peça... é sim, você sabe que é." - pensou.

Então, fixou o olhar em Kor. O Galliard falava algo sobre a importância de cada um dos caídos e do quanto sentíamos pela sua perda. A lista de nomes parecia não ter fim, e Igor imaginou o que aconteceria se a polícia um dia fizesse alguma busca no local. Certamente estariam todos encrencados.

Por fim, apenas continuou acompanhando o ritual, uivando quando precisava uivar, sem deixar de dar uma olhada para os túmulos atrás deles de vez em quando, just in case.

Kiba fica em silencio enquanto Kor fazia sua despedida aos Garous que morreram por eles e por Gaia. Eram tantos nomes que o Presa de Prata pensa que teriam que construir um novo cemitério em pouco tempo.

De certa forma as palavras do Senhor das Sombras lhe dão um certo alivio com relação aos seus irmãos de matilha e a cada homenagem o Ahroun uivava para dizer adeus aqueles que partiram.

Depois era a vez dos demais Garous começarem a falar sobre os que caíram. O Presa de Prata não pode deixar de prestar atenção no abrigo de Roedores que agora não teria mais as doações de Radar. Com certeza Kiba faria alguma coisa. Isso ele não tinha nenhuma duvida.

Ao final de todos os discursos o Presa de Prata caminha em direção aos túmulos e para pausadamente diante de Uivo Trovador, Ira de Bran, Dimas e Craker.

- Obrigado Uivo Trovador, por ter me tirado do frenesi quando fui atacado... Obrigado Ira de Bran por ter me salvado do fogo do dragão mais de uma vez...

Entre os túmulos de Dimas e Craker o Presa de Prata termina:

- Vocês são e sempre serão parte da Esquadrão da Fúria... Obrigado por tudo que fizeram por nós... Prometo que, enquanto eu viver, seus nomes jamais serão esquecidos nesta matilha... Até breve irmãos...

Hrist estava próxima a matilha com a expressão fechada, os braços cruzados na altura do peito enquanto encarava o restante do Caern até a cerimônia começar e... E, porra, como o Kor gostava de falar.

A verborragia do Senhor das Sombras tem um efeito dispersivo em Hrist que começa a repassar mentalmente - de forma incontrolável e involuntária - tudo o que havia acontecido até ali, até que finalmente se lembra das palavras de Sombra-de-Loki, de que havia mandado uma aberração para aquela matilha... Ela não entendera na hora, mas isso agora a deixava repentinamente preocupada.

Hrist olha para seus companheiros, compenetrados em suas dores, tentando compreender o que ele quisera dizer. Ela olha atentamente para seus novos irmãos de matilha, especialmente para os que haviam chegado agora e então, só então, ela percebe com uma curiosidade misturada com um sentimento de desaprovação cada vez mais crescente que a Fúria Negra era...bem, era um Fúrio Negro.

Ou seja lá que porra de nome eles se davam.

Meio surpresa pela revelação, a Cria de Fenris uiva um segundo atrasado para os que estavam ali caídos. Claro, ela lamentava a perda de tantos Garou, apesar de não nutrir qualquer sentimento por nenhum em específico, e honraria a memória dos caídos naquela missão ao lado de sua Matilha... Mas seu próprio luto a impedia de lastimar-se mais, e ainda tinha aquela nova surpresa a deixando aturdida. Parecia apenas ruim demais para ser verdade.

Como se precisasse apenas comprovar aquilo que seus olhos confirmavam - porque aquilo era um nível tão baixo até mesmo para as Fúrias Negras que Hrist tinha dificuldades de aceitar aquela possibilidade -, a Meia-Lua estica, dali de onde estava mesmo, o pescoço um pouco e fareja o ar na direção daquela bizarra criatura, de forma discreta, utilizando o Dom Faro para a Forma Verdadeira.

Sombra da Noite - Esquadrão

Declan permanecia em silêncio junto a sua matilha, alguns deles conversavam, outros estavam calados, assim como ele, Kor se preparava para sua Cerimônia e toda a Seita já estava ali esperando. No momento que Kor começa o Ragabash toma sua forma de batalha. Kor fala sobre sentimentos da perda e com certeza ele tinha razão em certos aspectos, aquilo nunca era uma coisa agradável, tinham noção que seus companheiros cairiam em combate mas nunca estariam preparados para aquilo.

O Galliard dá início a homenagem pelos caídos em combate junto à matilha, tinha muitos garous e de fato eram heróis, lutaram e deram suas vidas em prol de Gaia e aquilo era admirável, era o certo a se fazer, todos os garous deveriam estar dispostos a cometer sacrifícios.

Tão logo seu irmão de tribo termina e uiva, Declan acompanha o mesmo e na sequência outros garous começavam a prestar suas homenagens aos mortos, seus amigos, companheiros de matilha, irmãos de augúrio e tribo, todas as classificações se misturavam ali, a dor da perda era algo que unia a todos. Conforme todos uivam, Declan os acompanhava e uivava em homenagem à seus companheiros caídos.

Antes que a cerimônia começasse, Cabelinho estava trocando palavras com Mayra, e ele nota a simpatia do Ragabash, e como ele tratava a companheira de matilha como uma amiga muito próxima, aquilo era muito legal, e arranca um desengonçado sorriso de Philip, que assim que Kor começa a falar assume a forma Crinos para acompanhar a cerimônia.

O Senhor das Sombras fala bem, nos limites do caos que era um combate daquele porte, porém, toda vez que ele cita a palavra Rastejante Nexus um frio e um aperto na barriga era o que Philip sentia. Aquilo sensibiliza o Theurge com cara feia, ele sabia que aquele era um momento de dor, e talvez fosse uma dor causada por seus erros, ao final do discurso de Kor olha para Mayra antes de uivar, o mais próximo efeito de seu erro era ela.

Acompanha o uivo do ritualista e então houve os outros discursos, a prece indígena, mesmo não entendida pelo Fianna o lembra de casa, ele sabia por instinto o som das palavras que vinham, e as repetia mentalmente, mesmo sem saber o que era, era uma cena triste.

Eles haviam visto muita morte e destruição por um dia, e Drink não via a hora de começarem a encher a cara e comemorar. Ele olha finalmente para Hrist, que além de toda a brutalidade da luta havia perdido um irmão. Mas ela parecia distraída disso no momento, farejava o ar, na direção da Fúria Negra. Talvez ela finalmente tenha achado estranho aquilo.

O Theurge pensa:
É Hrist, esse é o preço que se paga por romper a Litania. Oremos que seus filhotes não sejam uma perversão tão grande a Gaia.

E mais uma cerimônia acontece, e mais uma vez o Crinos de pelos negros, com uma cicatriz na têmpora acompanha a tudo sem se sensibilizar. Ele era acostumado com a morte, sabia que os mortos deviam ser honrados para não retornarem e ficarem perdidos na Umbra Negra, porém, não entendia porque tanto choro, nem vela, nem fita amarela.

Os corvos que gostariam de estar ali, e se pudesse, seu amigo corvo estaria excitadíssimo em comer alguns olhos. Com esse pensamento em mente, o Ahroun segue o ritual e uiva, sem tanta empatia. Nymmeria não o tinha respondido, mas ele ainda estava ao seu lado. A assembléia seria mais interessante, porque se fosse pior Flávio iria se arrepender de não ter dado o tiro com bala de prata.

Outros garous, das matilhas que perderam os seus e alguns representantes das tribos de alguns falecidos tomam a palavra para relatarem sobre os caídos. Cabelinho sentia uma tristeza enorme, gritante e teve vontade de uivar até o amanhecer. Mas de algum modo, a música tocada pelo Gloriosa Honra do Cervo é a única coisa que consegue confortar Cabelinho naquela hora taciturna. A tristeza era substituída aos poucos por conforto e boas lembranças de Dimas e Dereck.

A cada uivo, Cabelinho segue uivando também. A cena era triste, isso era um fato e o Ragabash se perguntava quanto tempo demoraria para ele estar em uma cova como aquelas a sua frente. O que o deixava de certa forma feliz era estar vivo e ter tido “apenas” duas baixas em sua matilha. Em sua mente ficava as palavras do abrigo que Radar ajudava com doações. Já sabia para quem daria o dinheiro que ganhara de Kor durante o dia e mais, iria pedir doações para ele, já que ele era rico. Uma doação por mês não faria tanta falta para ele, seja lá como for que ele ganhava o seu dinheiro.

Kiba vai até o encontro de alguns túmulos e se despede deles. Cabelinho apenas observa. Era incrível como em um primeiro momento ele não tinha ido com a cara de Asa Solitária e depois de uma única missão já o tinha como amigo devido à ajuda que proporcionara ao Roedor. Síndrome do ninho vazio? Ele estava tentando substituir Dimas e Dereck? Não sabia dizer ao certo, talvez sim.

Em meio a tristeza ele nem percebe as ações de Hrist e Philip. Estava ferido ainda e imaginava que Igor poderia curá-lo se soubesse aquela mágica bem legal dos Theurge e seria cara de pau suficiente para pedir para ele já que Drink estava sem gnose, ou seja, sem Magic Points (MP).

A cerimônia finalmente começam a as despedidas são muitas. O clima não era tão pesado quanto da cerimônia anterior embora a tristeza fosse uma realidade. Não precisava enxergar para imaginar o cenário que se desenhava ali no Caern. Sua tribo registrava baixas consideráveis, e o som da Gaita de Fole entoado por um irmão que Mayra não conhecia acabava por remetê-la a lembranças que a fazem não conter algumas lágrimas.

Mayra seca as lágrimas com pata e uiva quando todos uivam. Tentava ter uma postura séria e firme ao longo de toda a despedida. Conhecia pouco os garous que caíam ao seu lado, mas os honraria até que encontrasse seu fim, que seria rápido diante de sua nova condição.

Uivara em honra aos mortos como todos o fizeram e aguardava que tudo se encerrasse. Ainda tinha uma assembleia para enfrentar e não estava com muito ânimo para encarar a mesma. A noite tinha sido muito ruim para a Mayra, que tentava ficar quieta sempre que podia. O silêncio, valia ouro.

- Puta que pariu.

É tudo o que Hrist tem a dizer, em voz baixa, enquanto se empertiga de forma irritadiça e respira fundo... Mais um problema para resolver. Como estavam no meio de uma cerimônia, a Juíza guarda para si ainda o que achava, mas começa revirar em seus pensamentos tudo o que havia para fazer, querendo sair dali tão logo fosse possível.

Estava acompanhando a cerimônia, quieta no meu canto, tentando sentir as dores de perda, por mais que fosse complexo e não seria igual sentir o mesmo que todos estavam tendo em suas emoções, mas estava comovida, afinal ritos fúnebres eram sempre tão, tão tristes. Mais do que isso um incomodo, afinal a caolha estava agora me olhando e ainda achava que estava fazendo cara de nojo pra mim, recalcada prenha, tomara que não se aproxime muito e me deixe em paz. Por hora não tinha nada a dizer, nada a fazer, nada a pensar, era acompanhar aquilo tudo e viver cada dia de cada vez, conhecer cada membro e viver minha nada mole vida.

Como eu queria procurar logo meu apartamento em ipanema.

Transe.

Talvez fosse uma espécie de transe que Adrian estava passando, acabou se perdendo em seus pensamentos, não sabe se foi a carga dramática e os ritos funéreos ou qualquer outra coisa, mas no fim acabara escutando o galliard Kor, Senhor das sombras, falar e como falava, se não fosse um senhor, talvez bateria um papo.

Mas enfim, se deu conta que a sua matilha partira e era melhor correr e alcança-la.

OFF: Tópico Grutas e Cavernas.

Pedro fica perdido em seus pensamentos logo após responder Draven e quando volta a realidade percebe que a cerimônia ja havia acabado e outra ja havia começado e Draven, pantaneiro, Hal e yasmine ja tinham saido dali, provavelmente com os portadores, Pedro começa sair de fininho e percebe Nymmeria e Flávio , Pedro chega ate eles e diz para Flavio:
"-Ae mano, vou procurar a Selene ali, se quiser podemos dar um chega lá! "
Após dizer estas palavras Pedro caminha de fininho para fora dali.




OBS: Próximo post na clareira central.

Ao terminar de se despedir Kiba segue em direção de sua matilha, se postando ao lado de seus companheiros. A sensação que o Presa de Prata tem é que havia lutado por 1 mês inteiro e precisava urgentemente descansar um pouco.

E pelos semblantes ali presentes ele não era o único que precisava disso. Queria conversar com Yuran, com Renly e com Coração Sábio, mas precisava ficar com sua matilha neste momento. Kor não iria demorar muito tempo para terminar a cerimonia e Julian provavelmente iria querer conversar com a Esquadrão inteira.

Pedro fica perdido em seus pensamentos logo após responder Draven e quando volta a realidade percebe que a cerimônia ja havia acabado e outra ja havia começado e Draven, pantaneiro, Hal e yasmine ja tinham saido dali, provavelmente com os portadores,  Pedro começa sair de fininho e percebe Nymmeria e Flávio , Pedro chega ate eles e diz para Flavio:
"-Ae mano, vou procurar a Selene ali, se quiser podemos dar um chega lá! "
Após dizer estas palavras Pedro caminha de fininho para fora dali.




OBS: Próximo post na clareira central.

Nymmeria não esperava que alguém fosse falar com ela, por isso não reage de imediato à aproxiamação de Flávio, imersa em seus proprios pensamentos. Quando o responde, a Cerimônia esta para começar por isso suas palavras sao vagas.
- Foram grandes vitórias, que exigiram grandes sacrifícios...

Assiste a Cerimônia, bem conduzida pelo Galliard da Esquadrão da Fúria. As palavras de Sopro-da-Tempestade são bonitas e verdadeiras, cumprindo com êxito a função de Augúrio. Chama sua atenção a morte de sua irmã de Tribo, Sombra-de-Hades. Não a conhecera bem, mas se lembrou dela na reunião das Fúrias Negras e ficou atenta ao relato que Sopro-de-Atena faz sobre a irmã falecida.

Junta-se aos uivos quando necessário, e quando Pedro diz que vai procurar Selene, ela diz.
- Vou esperar ate o fim da Cerimônia. Me junto a você depois.
Olha para Flávio, perguntando-se se ele seguiria com o Filho de Gaia ou ficaria com ela.

* Julian observa conforme Kor se adianta para o centro da clareira naquele local sagrado e inicia a cerimonia pelos que caíram destruindo a colmeia da zona oeste do rio de janeiro. O Galliard fala bela e longamente sobre os irmãos que partiram e sobre a dor que agora habitava o peito doa que ficaram. Esquecido observa Cabelinho de Fogo jogando as cinzas de Cracker aos ventos e naquele momento melancólico pensa em quão pouco conhecia os que haviam corrido ao seu lado. Desejou poder ter mais tempo com Dimas e Dereck e soube que a oportunidade nunca voltaria.. Se pega divagando sobre a extensão de sua própria culpa na queda de seus dois irmãos de matilha mas percebeu que estaria ofendendo suas memorias ao lembrar-se deles como Garous que precisavam ser protegidos. Em verdade, aquilo poderia ter ocorrido a qualquer um e Esquecido sabia que uma hora seu corpo também estaria guardado nas entranhas daquele Caern. Talvez, e só talvez, a queda daqueles que valorosamente deram suas vidas por Gaia servisse para lembrar a todos que jamais poderiam desistir enquanto houvesse força para permanecer lutando. Gostaria que esses pensamentos fossem suficientes para amenizar o pesar.. Mas não eram. *

" Que a estrada seja melhor agora, malandragis.."

* O que mais haveria para dizer?! Julian deixa as palavras faltarem e se manifesta ao convite do Galliard apenas com um uivo solene para ajudar os mortos a encontrarem seus caminhos no outro mundo. Conforme os lideres tribais e representantes de matilha sr manifestam, Julian os acompanha uivando a cada convite em desejo à uma boa travessia. Espera que todos falem e por fim se adianta para novamente prestar publicamente seus respeitos. Fala a todos quando lhe é dada a chance: *

- Sei que é foda despedir dos irmão, mas que a memoria delis fique pra sempre gravada na mente de cada um de nois. Que a coragem dos malandro sejam sempre cantadas pelos nossu Lua Gibosa e que isso nos de força pra lutar e foder a profanadora até o fim. Como Alfa da Esquadrão da Furia e líder dos Roedor de Osso, deixo a letra dos meu pesame tanto por Guardiao-dos-Segredos e Cracker, meus cumpadi de matilha, quanto por todo os irmão que caíram essa noite. Eles vão faze falta pra caralho..

* Uiva após sua despedida pessoal, prestando seu respeito pelas matilhas e tribos que cederam a vida de seus entes pela missao por ele elaborada e conduzida, e então se permite recuar para dar novamente espaço ao mestre de cerimonias, a quem acente com a cabeça sinalizando que poderia encerrar os ritos quando estivesse preparado. *

O Garou escuta todas as homenagens. Sem muita polêmica, mas com um Rastejante Nexus, ele imagina que essa poderia ter sido a missão mais pesada de todas, mesmo assim, tinham voltado vitoriosos, com menos mortos que o grupo anterior. Com certeza eram Garous mais competentes.

Então Pedro, o maconheiro um, queria sair antes de acabar e ainda tem a ousadia de falar desrespeitando mais ainda os mortos, com um rosnado baixo em Crinos o Senhor das Sombras diz.

"- Fique até o final."

Então volta suas atenções ao ritualista para o uivo final.

Sem mais nada a declarar, cansado pelos ferimentos ainda abertos, pela falta de essência espiritual e pelo excesso de mortos, o Theurge apenas aguarda o fim da Cerimonia. Dimas seria um grande companheiro. Cracker ele não havia conhecido bem. De todo modo, agora tinha muito mais o que pensar, planejar e ir atrás. E a noite não havia acabado ainda. Mais uma assembleia antes de ir pra casa, amtes de poder ajudar Mayra.

Philip espera Kor finalizar para poder uivar com ele. E se desculpar por não ter podido curá-lo antes.