Hotel Glória - bairro da Glória

O Brujah sorri para Marie-Amelie e para Mick. Então segue a Ventrue, apontando com a cabeça para Mick seguí-los, chegando na outra sala fala.

"- Espera ai com o delegado, vou tentar agilizar o processo. Até mais."

Stevie via agora a Primógena Malkaviana, ela sussurrava algo que não escutava, no entanto apenas a aguarda para entrar na sala e começar aquela massada.

Guille acena com a cabeça para Marie-Amelie.

"- Claro, o guiarei quando chamado."

Olha então fixo, porém simpático para Richard, seu Carniçal lhe manda uma mensagem, atrasada como sempre, e ele olha o celular, havia entregue o oriental no hotel.

"- Senhor O'Brien. Temos um Toreador novo na cidade também, ele já está aqui, podemos nos juntar a ele."

Se volta para os que iriam entrar, principalmente Fillipi.

"- Se virem um oriental chamado Henry, por favor, digam que o espero na recepção."

Emilie sorri para o toreador.
- O prazer é meu, senhor Lee Sung. - a pronúncia oriental do sobrenome dele é entoada com correta perfeição pela loira.

Apesar de Henry não poder ajudar, a polidez e a prestatividade dele parecem agradá-la.
- Obrigada...

Recebe o chamado de Marie Amélie, bem como percebe os membros que estavam se juntando a eles na sala, Filippi, que se coloca a seu lado, Stevie e Mick um pouco mais afastados,  e responde amávelmente para a ventrue.
- Oh! Claro. Perdo-me por atrasá-los... - e voltando a olhar para Henry, acena com a cabeça para ele em despedida - até breve, senhor Lee Sung.

Abre um sorriso ao ouvir a perfeita pronuncia da jovem ao dizer seu nome. E então observa outros se aproximarem dela e por um instante conversarem. Quando por fim a jovem retorna o olhar a ele, ela apenas se despede. Era provável que eles teriam algum tipo de reunião como o Sr. Lyon, se não fosse participar da mesma, ou seja, nada com que ele devesse se intrometer. Apenas esperar.
-Até breve senhorita Blanc. - lhe deu um aceno com a cabeça e depois tornou-se as outras pessoas que ali haviam chegado - Senhores... - fazendo a eles um breve reverência a todos como cumprimento.
Permanece ali de pé esperando que eles saiam, para depois voltar a acomodar no sofá com seus fones de ouvido até que o senhor Lyon retornasse.

O bicheiro desce do carro e caminha calmamente para o interior do Hotel. Sua fisionomia é séria e seus pensamentos se concentram na notícia que acabara de receber e sua consequências.

*Marie-Amélie olha para Guille*

- Oras, podem esperar lá embaixo, há uma sala reservada onde podem ficar...

*A ventrue saúda Henry com um movimento de cabeça e depois caminha com eles até a sala onde está a príncipe*

- Com licença, exaltada príncipe, aqui estamos para a reunião.

*Marie-Amélie teria preferido definir os lugares de cada clã à mesa, espelhando as lealdades e rivalidades, como fizera em seu belo Elísio de Nantes, mas não houvera tempo para isso. Poderia pensar em tal coisa no futuro. Por enquanto, apenas faz um gesto para os outros e espera em pé que todos se sentassem, antes de fazer o mesmo.

Stevie segue a Ventrue para a sala da mesa oval, ao entrar percebe um homem que não conhecia e a asquerosa Príncipe, a mesa tinha muitos lugares vagos, seria desrespeitoso sentar longe de Linda automaticamente, mas não seria agradável sentar perto. Era um dilema que poderia segurar um Toreador e um Ventrue por horas discutindo.

Já o Brujah não se acanha nenhum pouco e senta-se na cadeira mais perto da porta, onde poderia observar a Príncipe e provavelmente toda a discussão. Sua voz retumbante seria o suficiente para se impor se precisasse, mas seria bom ter conversado com Lampião antes de ter ido ali, ele sabia da política dos Nosferatu, pena que não tivera tempo, teria que se virar.

Assim que senta apoia os braços na cadeira e acena com a cabeça para os dois Membros que ali já estavam, aguardava a massada começar, ainda tinha muito o que fazer.

*Mick faz um movimento vigoroso de cabeça em resposta a Stevie e volta-se para Guille*

- Richard, por favor! Então não sou o único maluco a pular nas brasas.

*Segura o toreador, em vez de seguir com a companhia, e diz, fitando seus olhos com os belos olhos cinza-verdes que quase desaparecem embaixo da aba do chapéu e um sorriso peculiarmente humano, quase infantil*

- Você está há bastante tempo na cidade? É que eu não sei ainda onde ficar, não queria me meter nos lugares mais perigosos, mas também não tenho tanto dinheiro assim... Um delegado deve saber algo assim, não, os lugares mais seguros?...

*Só então prepara-se para descer, sem dar muita atenção ao homem que chega na recepção*

*Filippi apenas vai atrás dos outros e, ao passar pelo oriental, diz para ele com uma cara tão amarrada que Henry pode achar que vai levar uma bronca*

- Guille França espera você lá em cima.

*E segue para a sala de reuniões, sentando-se sem perda de tempo ao lado de Stevie*

O forte Toreador com complexão de um lutador, e que parecia sempre pronto para uma briga, mas mesmo assim com um grande sorriso no rosto responde Richard.

"- Lugar seguro não estão sobrando no Rio hoje em dia... Os morros são do Sabá e as florestas dos Lupinos..."

Quando fala dos lobos desfoca seu olhar para um ponto neutro atras de Richard, seu devaneio se lembrando da noite na Igreja é breve, porém marcante, ele continua depois de uma pequena vacilada na voz.

"- Mas o porto é relativamente seguro, assim como as regiões mais nobres, qualquer lugar afastado do centro, e das praias não é recomendado pra quem não tem... um coração de luta... digamos assim."

Guille vê que seu companheiro de conversa intentava descer, assim como vê Bruno chegando. Então acena para o bicheiro, apontando para ele os seguirem.

"- Bruno... Venha conosco."

Sorri então para Richard, enquanto descia para a sala dos Membros, junto com o Brujah.

Espera a saída dos senhores da sala, porém um deles ao passar por si lhe lança um olhar fechado e denso o que fez o oriental se segurar para não dar um passo para trás. Porém para a sorte de Henry não houve nada além de um aviso singelo. O senhor França o esperava.
Observou todos saírem,enquanto pensava sobre o nome ‘Guille França’, foi impossível não se formar um sorriso ao relacionar o nome do senhor França com o personagem do jogo Street Fighter.
- Um personagem de Street Fighter e um país da Europa... Nome peculiar... – sussurrou para si mesmo.
Pegou sua bagagem, malas e violino, e saiu da sala seguindo pelo corredor onde antes viera, de forma a tentar encontrar o tal Guille França, que nunca vira antes.

Lupinatti começa a ouvir passos vindo do corredor e fica levemente aliviado pela chegada dos outros Primógenos. Finalmente poderia começar a por suas ideias em pratica.

A cada um dos Cainitas que entra pela porta o Tremere os cumprimenta com um aceno de cabeça, sem maiores formalidades a principio. Provavelmente havia tempo de sobra para apresentações, mas Linda devia guiar a palavra.

Bruno entra no hotel e logo vê um rosto conhecido que lhe acena mais adiante. Era o lutador de nome Guile que tinha em sua companhia alguém ainda não conhecido pelo Bicheiro. Bruno respira fundo, alguns hábitos não se perdem, e, com esforço, tenta apagar de sua fisionomia qualquer sinal de preocupação ou irritação.

Ele retribui ao convite do lutador com um leve sorriso no rosto e um aceno positivo com cabeça. Seguir a dupla era a melhor coisa a fazer.

Guille termina sua descida para a sala dos Membros e localiza lá um Cainita que não reconhecia, e que além do mais era oriental, devia ser o tal que havia sido buscado. O forte e alto lutador se aproxima e fala com Henry.

"- Boa noite... Henry Lee Sung eu presumo."

Stevie silenciosamente aguardava o começo da reunião.

Henry começava a subir o corredor com suas cosias, quando encontra com alguns homens descendo, onde um deles o abordou questionando sobre sua pessoa.
- Sim. Sou eu... Pois não, senhor? – lhe faz um gentil menear de cabeça.
Era até engraçado o contraste dos dois ali, Henry com seus 1,65m de altura num biótipo esguio e o alto e forte lutador que imaginou ser Guille França. E teve que se conter para não rir ao imaginar ele com o topete loiro e sem sobrancelha como o personagem do Street Fighter.
Sorrindo ao homem que se dirgia ele, num misto de gentileza e controle da vontade de rir de sua imaginação o jovem  segue após seu cumprimento.
- Creio que seja o senhor França, que me procurava, é uma honra conhecê-lo. Aliás, agradeço o transporte que me foi ofertado.
O sotaque forte ao falar português junto a escolha de palavras logo notava que o toreador realmente não era do acostumado a estar no Brasil. E numa reverencia de dobrar o corpo e abaixar a cabeça, comum aos  orientais, finalizou seu agradecimento a Guille. Esperava estar certo, e ser mesmo aquele com que falava, o senhor França e não mais uma pessoa para conduzi-lo a um local diferente ou dar um recado sobre o ele. Seria uma gafe, mas, nada muito complicado para se contornar depois. Apenas um pequeno incomodo que preferia não passar. Era bom dar uma boa impressão.
- E quem seriam seus convivas?
Questinou ao observar aqueles que o acompanhavam.

O Brujah escuta a Principe e ela pede a opinião dos outros. Ela gostava daquele truque de fingir que os outros tinham algo importante a dizer que ela não soubesse. No entanto ele era um Brujah e não iria refreear-se de falar porque havia ideias ocultas, Stevie toma a palavra e fala com sua excelente e sedutora voz cantada.

"- Senhores, temos muito acontecendo, e tenho coisas a relatar. Ontem, ao final da noite, acompanhei nosso Xerife em uma busca no Orfanato onde ocorreu um massacre na última noite. Antes de entrar no local, o policial que fazia a segurança da cena disse que a FESN havia investigado o local já. Em poucos minutos que estavamos lá dentro um grupo de ataque cercou o lugar. Eu e o Xerife conseguimos sair de lá pelos esgotos. Mas John Smith dos Malkavianos ficou para trás e foi capturado. Hoje, a pouco, ele me ligou e disse que escapou com a ajuda de Calebros."

Ele deixa a informação assentar e complementa.

"- A Primógena Malkaviana pode se interessar por isso. Mas o mais importante, é que a FESN sabe quem somos e está atrás de nós. A Máscara é cada vez mais importante e difícil de ser protegida. Principalmente quando um homem voador é abatido por um míssil no meio da cidade."

O Toreador se aproxima de seu companheiro de clã oriental. Ouve a apresentação formal deste e quando este se inclina para cumprimenta-lo, Guille se inclina, e um pouco a mais que Henry, como fora ensinado pelo seu Sensei. Havia conhecido dois orientais Cainitas naquela cidade, era interessante.

"- Guille França, uma honra conhece-lo. Espero que o caminho do aeroporto para cá tenha sido agradavel."

Duvidava que tivesse sido, Wand odiava quando tinha que ser o motorista, não o quebrador de ossos. Ri internamente com aquilo enquanto continua.

"- Imagino que em breve seja chamado para se apresentar a Príncipe. Enquanto isso poderá conhecer dois companheiros. Richard O'Brien, Brujah, e Bruno Modenesi, nosso companheiro de Clã."

Guille falava com tranquilidade português, mas um mais arcaico e formal, como se fosse do começo do século XX, mas com o claro sotaque carioca.

Vincent iria responder Lupinatti quando os outros Primógenos, atrasados para variar, começam a chegar na sala de reuniões. O Toreador observa a todos e os cumprimenta com um aceno de cabeça, quando necessário. Luiz Fillipi entra e Vincent abre um sorriso amigável. Já o tinha visto lá fora junto com Emilie e não precisaria de pompas para ele.

Depois que todos adentram a sala, finalmente, Linda se pronuncia a respeito da reunião vindoura. Quando ela comenta sobre o anúncio de alguns cargos, o Toreador tem vontade de suspirar fundo, sabia exatamente que o cargo que ele queria não seria dele por causa do clã tê-la feito esperar. Na verdade nada mais justo. Passou seus olhos para cada membro ali e sentiu que Lupinatti era o mais interessante ali, seguido de Stevie. Era uma pena que o asqueroso François não estivesse presente. Ele seria um peso interessante naquela balança.

O Primógeno Brujah começa a falar sobre a FESN. Vin já tinha noção de que a organização governamental tinha como alvos os cainitas, mas na da forma que Stevie estava colocando. A FESN tem como objetivo todos os seres sobrenaturais, Sabá, Camarilla e lobisomens, isso era certo. Linda responde Stevie sobre o homem voador, que era um membro do clã Tremere, e instintivamente Vincent olha de canto de olho para Lupinatti, mas sem dizer palavra nenhuma.

Então, educado e carismático como sempre, o Toreador profere:

-Acredito que a FESN tem agido não só contra nós da Camarilla, mas contra todos os seres sobrenaturais que existem na cidade.

Olhou para Linda e continuou:

-Enxergo hoje na cidade oportunidades interessantes em meio ao caos. A FESN está contra todos, os lobisomens estão contra nós e sabe-se-lá mais o que se esconde lá fora que pode nos ameaçar. A minha opinião é que as oportunidades de saber direcionar estas forças contra nossos inimigos pode ser o caminho para nossa vitória e para a boa manutenção da Camarilla. Mas confesso que a cidade está literalmente em guerra e isso é preocupante para a nossa sobrevivência.

Desta vez direcionou o olhar para Emilie:

-Com a autorização da Primógena Blanc, monsieur Smith deveria ser questionado sobre sua captura. O que ele nos disser pode ser muito útil para nós. O Xerife Fillipi pode conduzir os questionamentos para tentar tirar dele informações que nos possam ser de bom uso para nós. Monsieur Calebros também poderia ser questionado a respeito, com a devida autorização de seu clã, é claro. E com a devida autorização do Principado também..

Sorriu para Linda e depois olhou para Stevie desta vez:

-Monsieur Smith comentou alguma coisa a respeito de monsieur Calebros ter sido capturado também, Primógeno Armstrong?

A Príncipe começa a falar e da abertura para que os demais se manifestassem. Lupinatti preferiu não ser o primeiro a falar, deixando para ouvir o que os demais pensavam.

O assunto do “homem voador” entra em questão como Lupinatti já imaginava, mas sua mente não se foca nisso e sim em um outro assunto mais importante.

Após as palavras do Primógeno Lyon o Tremere cruza os braços, recostando-se ainda mais na cadeira e questiona:

- Com certeza seria interessante... Principalmente ter certeza de que a FESN não deixou que ele escapasse, para conseguir chegar até nós... Se ainda não foi, ele precisa ser investigando, física e verbalmente. Não deve ser difícil para uma organização como essa esconder um transmissor em nós...

Lupinatti faz uma pausa e então sorri e diz:

- Perdoem a falta de educação, ainda não me apresentei a vocês. Me chamo Christopher Lupinatti, venho de Vienna para representar o Clã Tremere na cidade do Rio de Janeiro.

Após sua apresentação o Primógeno cumprimenta a todos com um aceno de cabeça e continua:

- Infelizmente tenho que trazer mais más noticias. Ontem, enquanto a Capela de Vargem Grande se recuperava após sobreviver a uma investida do Sabá, fomos alvos de outro ataque, não por nossos antigos inimigos, mas por outro e, até então, desconhecido.

O Tremere fez nova pausa e depois de “tomar um fôlego” prosseguiu:

- Um lobisomem, portando uma espada mágica, atacou a capela que tinha as defesas fragilizadas da Capela. A principio achei que eram nossos inimigos naturais, mas não. Ele fazia parte de um outro grupo que se intitulava Legião. Eu consegui ler a mente dele e pude ver que nossa destruição foi encomendada. Pelo que sei, meu Clã nada fez contra essa tal Legião, mas mesmo assim eles querem a nossa cabeça, talvez sejamos apenas os primeiros da lista, talvez eles sejam aliados do Sabá. Não da para ter certeza. A única certeza que tenho é que eles são poderosos demais para serem ignorados. Uma vez que quatro Anciões de meu Clã encontraram a morte final nas mãos daquela monstruosidade.

O oriental deu um discreto sorriso ao ver Guille se inclinar para cumprimentá-lo.
- Foi uma viagem tranqüila, novamente agradeço pelo esforço despedido a mim. – havia muito bem aprendido a não se reclamar do que se ganha e nem de quem não se conhece bem. Logo não falaria nada sobre o jeito xucro do motorista.
- Sim, correto... O Senhor Lyon já me avisou que tal apresentação a Principe local ocorrerá ao fim da reunião que está ocorrendo agora.... Por isso, me pediu que esperasse aqui.
Observou, conforme foi apresentado por Guille, os homens que o acompanhavam.
- É um prazer conhecê-los... Senhor O´Brien e Senhor Modenesi. – inclina-se numa reverência aos  dois – Espero que estejam todos bem.