Hotel Glória - bairro da Glória

Abriu um sorriso assim que Lupinatti concordou com as palavras de Vincent sobre o interrogatório de Jhon Smith e possivelmente Calebros. Era bom ter o apoio de pessoas sensatas de vez em quando. O Tremere se apresenta e então comenta sobre o novo inimigo da Camarilla, na verdade, dos Tremeres para ser mais exato.

”Legião? Um lobisomem com uma espada mágica que destruiu quatro anciões Tremere? O poder deste lobisomem parece imensamente interessante.”

Se recostou na cadeira e quando iria comentar sobre a Legião, Linda toma a palavra e apoia a opinião do Toreador. Olhou-a sem sorrir e meneou positivamente com a cabeça. Talvez Emilie não gostaria muito da ideia de ter um membro de seu clã interrogado. Ainda mais com a ajuda do clã Tremere. Calebros provavelmente também seria interrogado.

Pensando erroneamente que a Legião era um inimigo apenas dos Tremere, isso caiu em ruínas ao passo que Linda comenta que eles tentaram tomar os esgotos, domínio Nosferatu. Uma afronta dessas contra o clã da príncipe e contra o clã Tremere denotava guerra contra a Camarilla. Somava-se mais um inimigo à Torre de Marfim.

Já tinha dado sua opinião sobre os acontecimentos recentes e aguardaria as palavras de Emilie e de Marie Amélie.

*Filippi apenas escuta, com seu rosto franzido, registrando tudo. Quando Vincent sugere que ele interrogue Smith, faz um gesto de concordância com a cabeça, lançando um olhar de soslaio para Emilie, e responde para Linda apenas*

- O quanto antes. *faz um gesto de cabeça para Lupinatti, surpreendentemente amistoso para um homem tão mal-encarado* Tu ou um dos teus?

Emilie entra para a reunião, com seu olhar distraído e perturbado, escolhendo rápidamente um lugar para se sentar. Chegou a pensar no que ia defender para a reunião, mas recebe sabitamente a informação de que Jonh Smith havia sido capturado. Tentou disfarçar seu espanto e desconhecimento da notícia. Havia trocado SMS's com o irmão de clã há pouco. Bom, não podia esperar que ele contasse algo dessa gravidade pelo telefone, mas ele podia ao menos ter dito que precisava conversar com ela. Ou estaria John tentando protegê-la? Não era fácil entender o que motivava seu irmão de clã.

Acena em concordância ao pedido de Vincent para questionar Smith, mas a príncipe Linda passa por cima de qualquer autorização que ela pudesse dar e coloca os tremeres no meio disso, o que desagrada bastante a malkaviana, que não confiava no clã, mas confiava em Filippi, o que era algum alívio.

- Pedirei a John Smith para se reportar aos senhores e acompanharei o interrogatório.

As informações sobre a Legião e os Lobisomens também capturam a atenção da malkaviana, mas faz reflexões silenciosas a respeito.

Ao descer uma escadaria o bicheiro percebe que Guille cumprimenta um desconhecido com traços orientais. Pela proximidade ele consegue ouvir algo parecido com suco ou Lee suco. Devia ser o nome do peso mosca, todo oriental se chama Lee. Bruno observa o oriental até que o lutador resolve apresentar ele e o outro cara, que Bruno também não conhecia. Ele sorri amigavelmente para o oriental e com seu sotaque carioca carregado dispara:

“- E aí Japa, tudo tranqs? Foi mal, mas qual seu nome mesmo? Kisuco...Lee suco...Lee Sung? Tô meio velho e não consegui ouvir direito”

O bicheiro é simpático até mesmo no momento em que tenta acertar o nome do novato. Não queria ridicularizar o japinha, apenas saber qual era seu nome. Como todo bom carioca da gema a pergunta era feita tirando onda e com um sorriso no rosto.

O Xerife foi bem sucinto em sua resposta. Parecia bem reservado e um pouco truculento, mas se dirige à Lupinatti de forma educada. Vincent olhava para Emilie enquanto aguardava a resposta da Malkaviana. Lembrou-se de que Xica tinha deixado seu sangue com os Tremeres para averiguação, o que era um problema e isso seria tratado com Lupinatti depois. Até o momento, nada desabonava a Toreador e ele desejava ter o sangue de sua irmã de clã de volta, para devolvê-lo.

Deu um sorriso breve para Emilie, mas o sorriso de Vincent parece carregado de pesar. Se Jhon Smith tivesse algo que o acusasse, com certeza seria preso e possivelmente destruído. Perder um membro de seu clã, Emilie já tinha perdido Claudia pelas mãos de Vincent, era doloroso, perder dois seria complicado para a cainita. E queria muito que ela não o acusasse de novo por isso.

O que é estranho é que Calebros não foi comentado pela Príncipe para também ser interrogado. Calebros conseguiu libertar Jhon Smith, mas como agira? Talvez ele também tivesse informações a respeito da FESN.

-Monsieur Calebros também pode ter informações importantes sobre a FESN, já que conseguiu resgatar monsieur Smith. Talvez sua base de operações...creio que ele deva também ser interrogado.

Olhou para os membros presentes e continuou:

-E com esta guerra e cada vez mais inimigos aparecendo para nos desafiar...não seria prudente um local privativo para as reuniões da Primogenia com o Principado? Podemos ter este Elísio, de conhecimento de todos os membros, e um outro prédio para assegurar a segurança da Primogenia diante de possíveis ataques contra nós que seria de conhecimentos dos Primógenos, da Príncipe e do Xerife. Já tivemos o Elísio da Ilha Fiscal incendiado, o refúgio Tremere atacado, dentre outros acontecimentos que visavam a destruição da base e dos alicerces da Torre de Marfim, que acredito que sejam os membros aqui presentes. Isso pode evitar futuros ataques, não nos protegerá eternamente, é claro, mas seria mais um tipo de proteção para nós.

Quando terminou suas palavras, lembrou-se de que a senhora de Natanael iria participar da reunião, mas ainda não tinha aparecido. Começou a explicar seu ponto de vista:

-Não estou querendo duvidar da proteção do Zelador do Elísio...mas o conhecimento por todos os membros pode ser um agravante na descoberta do local. Quanto menos mentes souberem da localização...mais seguro ele será. Não sabemos ainda quais equipamentos a FESN possui e se pode extrair informações de nossas mentes, mas temos que trabalhar com todas as possibilidades. Uma outra coisa que desejo pontuar são os independentes. Eles estão presentes na cidade e podem ser um reforço para a Camarilla se pudermos trazê-los para nós com os movimentos certos, antes que o Sabá consiga que eles se unam a eles e a Espada de Caim cresça em poder.

Aguardava as palavras dos outros Primógenos a respeito de um Elísio privado e sobre os independentes.

*O brujah dá um sorrisinho, mais para si mesmo. Ninguém poderia dizer que Michael Collins, o chicote que dobrara os britânicos até a mesa de negociação, não tinha um coração de luta, mas ainda assim, numa cidade desconhecida, melhor seria evitar os lugares mais obviamente perigosos.*

- O porto, o centro, as regiões mais nobres. Vou me lembrar disso, obrigado, a chara! *faz questão de usar o vocativo irlandês, embora não o usasse o tempo todo habitualmente*

*Quando o gordinho se junta a eles, dá um sorriso e estende a mão, falando com seu sotaque de corkiano, não totalmente definível para um não irlandês, com uma pronúncia portuguesa. É um homem alto, corpulento e bem vestido, usando um chapéu que lhe esconde metade do rosto bonito, de queixo vigoroso e boca generosa, mas nem um pouco de seu charme encantador*

- Muito prazer, senhor Modenesi. Richard O'Brien.

*Cumprimenta da mesma maneira Henry, estendendo a mão sem parecer compreender sua reverência*

- Muito prazer. Também sou recém-chegado aguardando para cumprir os ritos *tem que fazer um esforço para fazer a cara mais neutra ao dizer isso, e sacode-se de uma perna para a outra, olhando discretamente o relógio de pulso* Então teremos que esperar... parece que teremos de gostar da companhia um do outro por um instante!

*Olha um pouco para o relógio de novo, pensando em como pode fazer para tornar esse tempo produtivo*

*De início, Marie-Amélie apenas escuta, discretamente, totalmente ereta, mas fica visivelmente ofendida quando Vincent sugere que tenham um segundo Elísio. Parece prestes a responder, mas Linda é mais rápida, e a ventrue só acrescenta, deixando a língua se embolar em seu sotaque francês*

- Decerto o sr. poderia ter as qualidades para dirigir um Elísio secundário, M. Lyon, algum dia *sua voz tem um certo tom afiado, quase sarcástico* Eu não teria nenhum problema de instruí-lo, quando o monsieur dominar os fundamentos do que é necessário para tanto. O mais básico, évidemment, é que qualquer lugar onde a prince estiver é Elísio, não importa se oficializado ou não. Onde ela quiser se reunir conosco, ali será Elísio naquele momento, mas évidemment nem eu, nem M. Filippi poderemos garantir a segurança desse lugar a não ser no momento. Se não confia na segurança do Elísio neste momento, poderia decerto nos dizer onde estão as falhas *completa com praticidade quase aborrecida*

‘Japa’, ‘tranqs’, ‘kisuco’, aqueles termos inicialmente não faziam sentido para o oriental que tinha confusão estampada na cara enquanto raciocinava sobre o que ouvira. Numa postura quase séria se não fosse a cara de perdido que tinha começou tentando se explicar ao homem mais corpulento que se dirigia a ele.
- Sou coreano, não ‘japa’, japonês presumo que foi o que quis dizer... É comum as pessoas se confundirem com nacionalidades asiáticas... e...
Ele não conseguia distinguir o que era ‘tranqs’, ou ‘kisuco’, e julgou que o segundo termo fosse apenas o erro de audição do outro. Abre então um sorriso discreto, tentando ser gentil em troca da simpatia do homem e escondendo a sua confusão com os termos que ainda não sabia o que significavam.
- Henry Lee Sung -  disse devagar e pausadamente entre o meio sorriso – Pode me chamar apenas de Henry ou Lee... Bem, fique a vontade ao escolher como me chamar, senhor Modenesi. E, se me permite dizer, não me parece velho, me parece estar em boas condições.
Tentou, ao seu modo, ser gentil e cavalheiresco para com o bicheiro, sem muito saber o se tinha acertado na forma de tratament. Na sua mente ainda se perguntava o que era ‘tranqs’.
Então torna seu corpo ao outro homem que estendia a mão para ele. Já estava acostumado com aquele tipo de cumprimento pelo tempo que havia passado na Europa, e mesmo preferindo seguir o gestual que havia aprendido desde a infância, seguiu o gesto do outro e lhe ofereceu a mão para um aperto. Porém, é notável que pela falta de firmeza ao segura e balançara mão, que Henry não tem possuía costume.
- É um prazer, senhor O´Brien. Hm... Espero que tenha sido bem recebido aqui, com fui. – nesse comentário lança um olhar discreto a Guille e lhe sorri gentil - E sim teremos que aguardar. Talvez não tivéssemos chegado num horário oportuno a nossos amigos...
Fala a Richard e dá de novo um olhar a Guille lhe acenando com a cabeça de leve num uma expressão indicando um pedido desculpa e humildade pelo incomodo gerado.
Volta a observar o homem com quem conversava, que parecia um pouco incomodado ou apressado, e ele logo fala sobre fazerem companhia um ao outro. Não entendo se aquilo fora algo positivo ou não.
- Senhor, não se preocupe, eu não tenho interesse em incomodá-lo. – o observa com humildade – Posso esperar  no canto sem problemas e sem gerar nenhum tipo de transtorno a mais...
Passa os olhos então pelos três homens esperando a reação deles, porém acaba por notar como eles eram bem diferentes em si, bem distintos, como os sons de diferentes notas musicais, e por um instante, tem sua mente alheia ao mundo e presa em teoria musical e como poderia combinas 3 distintas notas numa música. Notas que fossem como aqueles três.



(( OFF:  Bruno, ri muito aqui com o  Kisuco! XDDDDD Imaginando a cena do Henry encontrando a marca do Ki-suco pela primeira vez e tenho uma crise.... XDDD)))

O olhar de Linda não passa desapercebido por Lupinatti, mas o mesmo não o retribui por muito tempo. Logo o Xerife concorda com o interrogatório e sem pensar duas vezes responde:

- Eu mesmo irei participar...

Não confiava nos demais membros de seu Clã para representa-los na frente dos outros, o que era definitivamente uma tragédia, mas era a realidade.

A conversa prossegue e desta vez o Primógeno Toreador trás um assunto que Lupinatti já havia pensado, mas diante de tantos problemas infelizmente se esqueceu.

Evidentemente trazer os Independentes para a Camarilla, depois de uma demonstração de poder de fogo como a da noite passada, era algo que deveria ser discutido. Poderiam com isso, e com um pouco de sorte, nem precisarem recorrer aos lobisomens como uma arma de destruição desenfreada, mas o assunto teria que esperar, pois o Primógeno agora era alvo de alfinetadas por sua proposta. Lupinatti chega a sentir um pouco de pena do Toreador, pois sua ideia não era de todo ruim, mas já havia escolhido um lado aquela noite, então apenas se manteve em silencio.

A Conversa entre os quatro continua a se desenvolver e Bruno chega com a delicadeza de sempre confundindo nomes e a cabeça do jovem coreano, mas no entanto a conversa não atrái muito a atenção de Guille, que devaneia pensando no que Emilie dissera sobre o Filho do Falcão e o homem que caia, quando Henry lhe dá uma deixa para falar o Toreador quase a perde, então complementa.

"- Imagine, esta área é para Membros exclusivamente, todos são bem-vindos a ficarem quanto quiserem, e já tecerem os laços que serão necessários nesse momento difícil que nosso Rio de Janeiro passa."

Era uma frase meio genérica, mas a simpatia de Guille, mesmo não tendo o melhor carisma da sala por muito, davam confiança a todos que acreditava piamente naquelas palavras.

Internamente Stevie sorria internamente pela informação que tinha dado gerar uma movimentação tão grande, e acabar envolvendo um Nosferatu, era bom dar uma cutucada nos Ratos de Esgoto que tanto haviam feito contra os Brujah, ao menos Carlent não estava ali, com sua presença pútrefe.

A não presença dele ali leva mais ainda a crer que Linda era apenas um fantoche do Ancião, e ele confiava nela, talvez porque a controlava de perto, e não precisava estar na reunião para mante-la na linha. Ou algo muito mais perturbador, que ele estivesse ali ofuscado, escondido dos olhos de todos por suas habilidades, pronto para tocar terror em quem lhe desagradasse. Não era uma ideia agradável.

A discussão sobre a segurança do Elísio também lhe arranca um sorriso interno, pela carcada bonita que tinha tomado o Primógeno Toreador, ele sempre tinha preguiça interna de Toreadores, a Zeladora do Elísio e Primógena Ventrue Marie-Amelie parecia competente, Stevie gostava de trabalhar com gente competente, mesmo levando em consideração seu passado de lutas contra os Sangue-Azul.

"- Creio que o que havia para ser reportado por mim o foi... Ainda não consegui contato com os Gangrel, mas já está encaminhada essa discussão. Agora creio que o principal ponto seja nosso contra-ataque, vamos planejar o ataque à Catedral de Carne? Temos alguma informação nova quanto a isso?"

O Brujah se endireita na cadeira, falariam de ataque e batalha, o assunto que mais interessava a ele e ao seu clã, lembrava que depois precisava falar com Uther e Lampião e repassar as informações para eles, talvez já pudessem planejar incursões, ou grupos de ataque rápido para causar algumas baixas ao Sabá.

O Toreador apenas observa Linda comentando sobre a sugestão de Vincent a respeito de um outro Elísio para as reuniões e quem sabe um tipo de proteção maior diante dos tempos vindouros que não pareciam promissores. Leva uma alfinetada da príncipe que faz com que mantenha a expressão de entendimento. Pareceu a ele que Linda e que Marie Amélie se sentiram ofendidas diante da uma sugestão simples. Achou que estavam ali para deliberar e não atacar uns aos outros. Não era esse tipo de união que Vincent tinha em mente.

-Perdão príncipe Wilson...foi apenas uma sugestão. Mas a Zeladora Bourdon já se antecedeu a mim na resposta a respeito do que é realmente um Elísio e de forma magnífica, devo acrescentar.

Sorriu carismático enquanto ouvia as palavras de Marie Amélie que sugeria que Vincent queria o cargo de zelador do Elísio e ele se voltou a ela depois de suas palavras:

-Zeladora Bourdon...não quis ofendê-la de forma nenhuma. Confesso que nunca pensei em ter o cargo da Zeladoria do Elísio, mesmo que fosse um Elísio secundário, mas ficaria deveras lisonjeado em ser tutorado por uma cainita de sua origem. Tenho plena certeza de que teria muito o que aprender com mademoiselle.

Vincent era muito carismático e todos ali poderiam perceber que ele não se sentiu ofendido pelas alfinetadas ou que sabia muito bem esconder seus sentimentos. Ouviu Lupinatti dizer que cuidaria do interrogatório ele mesmo, mas nada disse. Iria continuar a conversa a respeito dos Independentes, mas Linda desejava a opnião de Marie-Amélie e de Emilie a respeito da situação da cidade, mas Marie Amélie queria alfinetar Vincent e Emilie estava tão calada quanto uma estátua. Talvez estivesse pensando no Filho do Falcão.

Stevie Armstrong, o Primógeno Brujah, começa a falar sobre o ataque à Catedral de Carne e esperava que com isso a reunião prosseguisse de uma vez por todas.

Linda já sabia dos independentes e os tinha em seu campo de visão, mas não para agora, já que estavam em guerra declarada contra os lobisomens.

”Ótimo....e como os lobisomens saberão que não somos os independentes? Tatuaremos na nossa testa que somos da Camarilla e vamos sugerir os independentes a tatuarem suas testas com a palavra independentes? Tomaremos ataques dos nossos inimigos por eles não terem conhecimento sobre nós, isso é mais que certo.”

Independentes contra os lobisomens que estavam contra a Legião. Uma situação complicada, mas que poderia trazer benefícios à Torre se bem organizadas. Além disso tinha a FESN da qual caçavam todos, pelo menos esta era a visão do Toreador diante da organização recém criada pelo governo.

Finalmente chegaram até a distribuição de cargos. Vincent sorria imaginando que seria o novo Mestre das Harpias. Mas ficou somente na imaginação mesmo.

”Ventrue com dois cargos bem importantes, oks. Tremere com dois cargos importantes, oks. Agora eu como mestre....Secretário da Príncipe? O lambe botas dela? Eu...Vincent Lyon como lambe botas da Nosferatu? Oks. Acalme-se Vincent. Reflita sobre isso antes de se pronunciar...se o cargo de Mestre das Harpias não for para o clã Malkav....”

E ouve que o cargo que era para ser seu é jogado no colo do clã dos débeis mentais. Seu sorriso murchou em sua face e se manteve sério, apenas analisando a distribuição de cargos. Linda tinha sido generosa com o clã Tremere e com o clã Ventrue e MUITO mais generosa com o maldito clã dos idiotas que só sabia ficar gastando energia com ilusões de suas próprias cabeças.

”Acho que terei que entrar em frenesi na frente de Terry Constantine para vagar o cargo de Mestre das Harpias. Isso pode ser arranjado. Um acidente talvez? Ou ele pode me atacar de alguma forma...veremos.”

Seu sorriso retornou quando a príncipe questionou se alguém tinha mais alguma coisa a dizer. Vincent encarou-a com uma simpatia gritante e proferiu, calmo e educado como de costume:

-Obrigado pela oportunidade, príncipe Wilson. Aceito de bom grado o cargo de Secretário da Príncipe.

”Me recuso de chamá-la de Linda. Ser asqueroso do inferno.”

Lupinatti ouve uma rápida manifestação do Primógeno Brujah e então a falta de orgulho e dignidade do Primógeno Toreador. Definitivamente ou ele era gentil demais ou queria parecer ser, pois não era possível dar uma resposta como aquela depois de ser alfinetado de tal forma.

O Tremere controla o riso e logo volta sua atenção para Linda que dava foco a mais problemas não citados pelo Brujah, mas que são evidentemente problemas. No fim das palavras Lupinatti é nomeado como conselheiro e então diz:

- Em primeiro lugar quero agradecer a confiança depositada no Clã Tremere. Será uma honra servir como seu conselheiro Príncipe Wilson. Quanto aos lobisomens...

Ele faz uma pausa, olha para o Xerife inicialmente, pois o mesmo talvez tivesse uma ideia parecida com a dele, e então diz:

- Acredito que depois do ataque de ontem à noite, as bestas não vão buscar uma vingança contra os Independentes, mas sim contra toda a raça Cainita. Assim como duvido que seja seguro tentar um dialogo ou qualquer outra forma de comunicação. No momento, já devemos considera-los como inimigos. Sei que podemos ponderar sobre varias razões pelas quais não devemos trazer os Independentes para dentro da Camarilla, mas também temos que pensar se eles irão querer fazer parte... Vocês todos já vivem nesta cidade a mais tempo que eu, então talvez possam me dizer: Por que os Independentes atacaram os lobisomens na noite passada?

O que ia dizer para Lindo Wilson? Sua maior preocupação era achar o Filho do Falcão e impedir a Gehenna que estava se aproximando, lançando seus primeiros efeitos no Rio de Janeiro. FESN, Sabá, Legião eram as fagulhas do problema, não a origem do atrito. Fagulhas perigosas, tinha que reconhecer, o que só aumentava a gravidade do que as causava.
Porém, do que adiantava dizer isso para um grupo de incrédulos? Incapazes de ver e compreenderem os sinais que apareciam. Estava sem forças para enfrentar os desafios da Camarilla fadada ao fim, apenas a missão que fora dada pela criança lhe dava algum fio de esperança.

Missão que parecia cada vez mais dificil, se estava havendo uma guerra entre os lupinos e os independentes. Como se aproximar deles nestas circunstâncias? Sem ser confundida com um inimiga?

A malkaviana, cuja atenção estava tão dispersa, atenta-se quando Linda faz a distribuição dos cargos. Não achou que haveria algo para seu clã, tão pequeno em número de membros, e surpreendeu-se com o anúncio de Terry para Mestre das Harpias. Perguntou-se se o hacker estava interessado nesse cargo, e até mesmo se já sabia que passaria a ocupá-lo...

De qualquer forma, iria avisá-lo depois que a reunião acabasse, e ao ver Vincent e Lupinati serem tão polidos com os cargos que recebem, ela decide usar a mesma cortesia.
- Em nome do clã malkaviano, agradeço a honra oferecida ao nosso membro, Constantine.

A mão do grandão é firme, quase firme demais, e seu olhar é direto, interessado, quase a ponto de invasivo, mesmo embaixo do chapéu.



- Otimamente recebido - mas a agitação toma Richard, junto com um virar mal-humorado de lábios para baixo, quando Henry reitera que terão de esperar. - Chegamos numa porra de um horário inoportuno, mas o que podemos fazer? É o que é...

Mick nunca tivera paciência de esperar, e consegue pensar em uma lista de coisas que poderia estar fazendo nesse tempo, mesmo assim, sorri para Henry e para Guille com seus dentes desiguais.

- Não incomoda de forma alguma, prefiro ter com quem conversar, já que teremos de passar por isso de qualquer jeito, que seja nos conhecendo! Guille tem razão, isso é importante nas noites que vêm.

Marie-Amélie apenas escuta - às voltas com os problemas internos, o clã ventrue não tivera muita oportunidade de observar a cidade; a própria primógena apenas conseguira dormir em sua própria casa pela primeira vez na noite anterior. Pelo menos, tem orgulho do sistema de segurança que Martine montara para o Elísio, muitas vezes mais rigoroso que no seu belo, organizado e acolhedor Elísio de Nantes. Mas uma coisa era o Elísio de um dos príncipes mais estáveis da Europa, outra era o de uma cidade em guerra, na periferia do mundo. Lança um olhar quase inexpressivo para Vincent, como se estivesse olhando o porteiro do prédio - educado e gentil, mas sem pensar nele mais que o tempo de virar as costas:

- Não me ofendeu, M. Lyon, e seria um prazer instruí-lo, se estiver interessado no que tem a ensinar uma zeladora de província...

Atenta-se ao que Linda fala, e tenta não mostrar nenhuma reação quando ela menciona que colocaria Jéssica como senescal. De forma alguma poderia considerar aquilo inesperado: os dois clãs tinham uma aliança, e ninguém seria mais adequado para uma posição tão relevante que um ventrue, uma vez que não ocupasse o próprio principado. Mas não pode deixar de se sentir orgulhosa de que seu clã ocupasse dois cargos tão importantes na corte.

- Em nome do clã ventrue, agradeço a lembrança de mlle. Montecchio. Se desejar, conversarei com ela a respeito de seu convite, madame la prince.

Como não tem uma resposta sobre os lobisomens a não ser mantenham distância e banhem a seta de suas bestas em prata, continua ouvindo a conversa.

Filippi faz um aceno reconhecido para Lupinatti, como se aceitando a parceria, e vira-se para Emilie.

- Vai participar também, guria? Se for, não é para proteger o piá, é para garantir que ele diga tudo que sabe.


Diante do diálogo, diz simplesmente.

- Um pé na frente do outro. Vamos começar descobrindo o que Smith sabe. Depois tu me passa tudo que sabe sobre essa tal legião, Lupinatti, pra gente tentar saber com o que estamos lidando. Depois lidamos com o assunto mais cascudo.

Dá um sorriso de lado satisfeito ao saber que uma tremere seria enviada para ajudar na sua tarefa. Há anos gostava de trabalhar com tremeres, e não tinha medo de cascas grossas.

Ali as informações importantes eram misturadas com grandes bobagens, como essa formalização de cargos, Stevie busca a moeda de seu bolso, a clássica que sempre carregava consigo e começa a manipula-la entre seus dedos, algo que fazia sempre que precisava se concentrar em algo que não fosse sua música.

Pelo menos Fillipi estava entretido, tinha um interrogatório a fazer, e de preferência alguns ossos a quebrar, por isso sorri para seu companheiro de Clã, no entanto mantendo sua atenção mais na moeda que em qualquer coisa, esperando a Príncipe se pronunciar de novo para retornar finalmente sua atenção ao mundo terreno.

O oriental começava a se perder em seus pensamentos sobre três notas distintas e como se formar numa composição que representasse aqueles homens que estavam a sua frente, quando a voz de Guille o tira de seus pensamentos e o traz de volta a realidade.
Apesar de tranquilizador quanto a dizer que ele não era um incomodo, havia algo na parte do “momento difícil que nosso Rio de Janeiro passa” que o fez estreitar mais os olhos já amendoados. E logo ouviu Richard entrar em acordo com ele.
Forçou um sorriso no rosto num agradecimento aos dois homens.
- Sou grato por tal hospitalidade e aprecio uma boa conversa também, senhor O´Brien.
Então posou os olhos sobre Guille.
- Poderia me explicar o que quis dizer com momento difícil? E teria isso alguma relação com o aeroporto fechado e o noticiário sobre um homem, um terrorista, voador? Eu acabo de chegar e digamos que tais incidentes logo de início, não sejam algo se considerar como bons agouro. Um pouco de informação seria bem quista aqui, e claro, já se torna um assunto a se começar tal conversa. Uma breve explanação sobre o cenário que nos encontramos.
Apesar de ter certa gravidade nas palavras dizia tudo de forma suave num som de voz baixo e calmo. Para não parecer ansioso ou parecer querer causar algum alvoroço. Apenas queria entender o que acontecia. Por dentro, começava a pensar que a vinda até o Brasil fosse algum tipo de armadilha e recordou as palavras de Tatiana sobre talvez ser uma ida sem volta. Imaginou que tivesse falado aquilo a Cecyl ao indicar a liberdade que Henry estava recebendo, mas talvez sua intenção real fosse falar sobre perigos e real morte. Aquilo lhe fez sentir uma pontada de raiva que tentou disfarçar como pode na calma a espera de respostas vinda de seus interlocutores.

Lupinatti é soberbo no quesito Independentes. O Tremere pareceu estar lendo a mente de Vincent quando terminou sua fala. Mas nenhum Primógeno o respondeu sobre o ataque aos lobisomens. Vincent resolveu se pronunciar para não deixar o Primógeno Tremere sem nenhuma resposta:

-Infelizmente eu não sei nada sobre o ataque, Primógeno Lupinatti. Mas seu ponto em que os lobisomens nos tratem como inimigos é deveras acertado. Impossível que um lobisomem consiga nos diferenciar dos Independentes. Mas a príncipe Wilson pode ter alguma informação a respeito do motivo do ataque.

Olhou na direção de Lupinatti e completou:

-E porque não desejariam se unir à Camarilla? Somos clãs poderosos que poderão lhes dar proteção contra os lobisomens em troca do poder que eles eventualmente possuem. Um poder que não podemos ignorar. O problema é...O Sabá já não os recrutou?

Deixou a pergunta no ar. A lentidão das decisões sobre os independentes incomodava muito Vincent. Conhecia os clãs indepentes apenas pelo nome: Ravnos, Giovannis e Seguidores de Set. Nada muito aprofundado era conhecido deles, mas o Toreador também não conhecia a fundo os próprios clãs da Camarilla.

Marie Amélie não tinha se ofendido e por isso ele sorri de volta para a Zeladora e a responde, cortês:

-Zeladora Bourdon...aprender nunca é demais. Quando estiver disponível para começar a me instruir, avise-me por gentileza.

”Conhecimento é poder.”

Observou as conversas aleatórios, agradecimentos e blá-blá-blás. Achou estranho que Emilie parecesse tão distante da reunião. Ela ainda pensava no tal Filho do Falcão? Talvez André Gabrois pudesse descobrir alguma coisa sobre esse filho antes que Emilie pudesse.

Ao final das palavras de Fillipe o Tremere concorda com um aceno de cabeça. Não tinha praticamente nada sobre essa tal Legião, mas iria descobrir custe o que custasse.

A manifestação de Lyon é que lhe deixa um pouco surpreso, pois não acreditava que ele enxergava o cenário daquela forma. Então, com um sorriso simpático no rosto o Tremere diz:

- Proteção? Eles acabaram de entrar na casa do inimigo chutando a porta da frente... Quem faz esse tipo de coisa ou é suicida ou tem um plano pra caso algo tenha sobrevivido ao ataque. Eles são fortes, talvez mais fortes que o próprio Sabá. Não podemos esperar que uma promessa de “proteção” vá fazer com que venham até nós... Isso não vai acontecer.

Lupinatti fala sua ultima frase batendo o dedo indicado na mesa em cada uma das palavras. Ao final, ele olha para Lyon por alguns instantes em silencio e então diz:

- A muito anos atrás, eles já recusaram o convite que foi feito quando a Camarilla nasceu por motivos próprios. Se o convite tivesse sido feito antes do ataque aos lobisomens o quadro seria diferente, mas não há mais como pensar nisso agora. Eu apoio a iniciativa de tentar trazer os Independentes pra junto de nós, mas não podemos trabalhar com a ideia de que eles simplesmente vão aceitar nossas regras a troco de “proteção”.