Caern de Cura Nível 5 - Floresta da Tijuca - Totem: Unicórnio

O Senhor das Sombras acompanhou a apresentação dos demais membros de sua Matilha. Era uma matilha bem mista, sem tribos dominantes ou coisa assim. Notou que com exceção da Fianna que chegava e de Esquecido, eram todos Cliath, o que era bom de certa forma. Querendo ou não, a nação se organiza de maneira hierárquica, e ser um Cliath em uma matilha em que muitos possuem postos elevados dificulta o desenvolvimento de funções. Além disso, todos eram hominídeos, o que tornava a comunicação muito mais fácil. Estava absorto em pensamentos quando a cena do casal (ou ex-casal) o pegou de surpresa.

"-Uou! - foi um belo soco. Kiba pediu para que ninguém interferisse, o que era sábio. - Acho que é por isso que somos o Esquadrão da Fúria, não? hahaha - O Senhor das sombras riu com vontade. Parece que nesse Caern muitos garous nutriam um interesse físico por outros garous, o que era obviamente uma estupidez. Queria saber mais sobre a matilha, mas reparou que alguns ainda precisavam chorar seus mortos. Talvez só os Theurge compreendessem que a morte não era o fim da luta de um Garou. Pensou em seus ancestrais. Aguardou então que as prioridades fossem cumpridas.

O filho de Cervo nota que, depois do ultimo golpe que jogou cada um para um lado, o primeiro que levantasse seria o vencedor. Seus musculos estavam rigidos, seus olhos focados e seus punhos fechados.

Quando Ira de Thor levanta os Fenrir explodem em um uivo de vivas. Nesse instante Arthur não uiva, mas suspira longamente enquanto da um sorriso e comenta com Kor.

- Que luta...

Realmente os dois haviam dado tudo de si e Helene estava de parabens. Nunca imaginou ver alguem aguentar apanhar tanto. Ela podia ter perdido, mas havia sido a mais incrivel naquele combate.

Ira de Thor pede que os uivos parassem e logo tenta se aproximar de Helene, mas é impedido por Lucca. Naquela hora o Fianna volta a ficar sério.

"O que esse cara ta pensando?"

Com certeza ele não seria louco de se aproximar da Furia Negra, mas pelo visto era isso mesmo que ele pretendia fazer caso o Senhor das Sombras não tivesse cortado suas asinhas.

Arthur acompanha o caminhar dele até que o Fenrir simplesmente derruba de proposito Ingrid. Os olhos de Arthur se enchem de raiva. Rapidamente o Fianna começa a levantar Ingrid enquanto olhava com raiva para o Fenrir.

Não sabia como Iurd conseguia se controlar, mas ele mesmo não acreditava no que aquele imbecil havia acabado de fazer. Sem um pingo de honra o Cria de Fenrir simplesmente sai dali seguindo na direção da lagoa.

Esperava, de verdade, uma reação de Ryan antes que o Fianna acabasse tomando um atitude contra o Fenrir.

Helene perde. Era uma crônica já anunciada que a Uktena previa. A Theurge chega a ter esperanças quando nota Helene tomando a iniciativa do combate e quando vê que os dois se acertam, mas o resultado final, infelizmente, era o que já era esperado. E, obviamente que depois disso viria o surto de imbecilidades do Fenris que, sendo impedido por Lucca de chegar perto das Fúrias Negras, caminha na direção de sua matilha, provocando Iurd e a jogando no chão. Após pensar bilhões de ofensas em sua mente, a Uktena se levanta com a ajuda de Arthur e diz ao Fianna:

- Obrigada Arthur. Esse babaca ainda vai ter a lição que merece, escreve o que eu estou lhe dizendo...

Arhtur, Iurd, Ryan, todos estavam ali. Sua matilha. A que tinha sido provocada. A Theurge, sabendo que haviam dois Ahrouns ali e conhecendo o temperamento de Iurd fala para todos que estavam à sua volta:

- Por favor, não vamos dar a ele o que ele quer. Imbecilidade e força bruta em detrimento de capacidade mental se vence, acima de tudo, com sabedoria.

Ingrid olha para Ryan e então fala com seu líder:

- Eu vou ver Helene...

A Uktena olha para Iurd:

- Você vem?

Não diz mais nada, apenas caminha para se aproximar de onde estava sua velha amiga Fúria Negra.

O ragabash via a expressão em Kiba, ele entendia que devia aguardar Mayra, e emsmo não querendo ele aguarda. Não havia mais nada a se fazer. Sua memórias retornam em sua mente, fogo e sangue se misturam e sua mente turva e demora a processar.

Ao ouvir Mayra caminhando, ele apenas ouve seu nome e palavras que ela balbuciava, seus olhos eram raivosos, seu corpo não respondia as suas emoções, ela queria explodir, Kiba então completa suas palavras.

O wendigo não podia fazer nada por Mayra, era uma batalha que ela devia vencer sozinha, a batalha contra suas próprias emoções. Essa que o wendigo não ia lutar, ele não queria lutar, ele não podia vencer.

O wendigo caminha vagarosamente até o túmulo, e observa a Garou em sua forma racial, ele buscava palavras racionais para expressar-se, mas deixou sua alma cantar, e uma cantiga veio em sua boca, a cantiga que cantou quando todos de sua vila morreram, a qual cantou quando seu amor morreu, a qual que cantou sozinho nas chamas, a qual que aqueceu sua alma durante anos nas noites escuras e solitárias da floresta, a qual, move suas ações.


- "Oh Grande Espírito,
Cuja voz eu ouço nos ventos,
E cujo sopro dá vida a todo o mundo, ouça-me!

Que as estrelas levem a sua tristeza para longe,
Que as flores enchem seu coração com beleza,
Que a esperança sempre enxugue suas lágrimas,
E, acima de tudo, que o silencio torne-o forte.

O que é a vida?
É um flash de um vaga-lume à noite.
É uma lufada de um búfalo no inverno.
É como a pequena sombra que corre pela grama,
e se perde no pôr do sol.

Quando você sabe quem você é,
quando a sua missão é clara, e você
queima por dentro com o fogo da vontade inquebrável,
nenhum frio pode tocar o seu coração,
nenhum dilúvio pode umedecer o seu propósito.
Você sabe que você está vivo."

...

- Quando você nasceu, você chorou e o mundo se alegrou.
Viva a sua vida de forma que quando você morrer, o mundo chore e você se alegre.

O wendigo então coloca a mão sobre a face de Lauren, fecha seus olhos, e da meia volta e sai.
Ele para de joelhos sobre uma rocha largando sua cabeça relaxar e cair sob seu peito, sua mãos passam na terra e buscam cascalhos e terra para apertar. E ali fica, percebendo o vento soprar em seu rosto, o balançar das árvores, e o movimento da terra sob ele. Ele não podia fazer nada, além de assistir. Nada podia ser feito.

*"A morte não é a maior perda da vida. A maior perda é o que morre dentro de nós enquanto vivemos."*

O garou assente para Sylvia e segue quando Danniel convoca a matilha para assistir à luta.

A força de ambos os guerreiros era estupenda, e faz o ragabash se sentir satisfeito em ter aquela Fúria em suas frentes e não consegue deixar de olhar para o novo Ahroun que chegava, buscando de alguma forma medir se ele teria ao menos metade do que aquela garou tinha em determinação.

O resultado porém era o esperado por Ethan, torcia por Helene, mas depois de ver como o Fenrir vencera Iurd, a lógica levava ao resultado evidente.

Tão logo Lucca determina o encerramento da luta, Ethan se aproxima de Danniel e indica com a cabeça para Sylvia e então para Helene como que aproveitando o ganho do Fenrir de que a mesma necessitaria dos cuidados de uma theurge, e se alguém deveria cuidar de Helene (ou ao menos tentar) seria sua matilha, apesar de que com toda certeza haveriam alí theurges das Fúrias pronta para auxiliar sua lider.

Então o garou simplesmente aguarda pela manifestação do Alfa sobre o que fazer.

* A batalha agora chegava em seu ápice. Os sons da luta chegavam claros aos seus ouvidos. O local onde o combate acontecia parecia pairar num silencio curioso, sendo rompido apenas pelos sons dos golpes ao acertarem carne dos uivos dos que torciam. Fenris e Fúrias Negras estimulavam seus respectivos representantes e Ryan teve a oportunidade de notar que poucos Garou de outras tribos torciam para Ira-de-Thor, isso era bom. *

* Apesar de achar aquilo tudo desnecessário, acompanhava o final da luta e não pode deixar de admitir que havia presenciado uma batalha de titãs. Fenris e Furia Negra se chocam com arvores e caem, sangue jorra, ossos se quebram e um silencio atônito toma conta do local enquanto o Juiz aguarda para pronunciar o vencedor. Infelizmente, não é a fêmea quem se levanta. Ira-de-Thor, agora de pé, é anunciado como vencedor e interrompe os uivos de vitória dados por seus irmãos. Ryan já tinha certeza de que agora o Ahroum vencedor começaria a agir como um imbecil, fazendo provocações generalizadas, mas foi pior do que isso. Agora o cara queria bancar de magnânimo. *

" O filho da puta causa essa porra toda e agora vem com esse papinho de parabéns e grande guerreira?! Mano.. esse cara é uma piada.. "

* As provocações, por obvio, também não ficaram de fora. Afinal de contas, não podemos esquecer que estávamos falando do grandioso líder Fenris que representava a tribo com magnificas demonstrações de deficiência mental. Ira-de-Thor seguia em direção aos Vingadores e, enquanto passa, esbarra com Ingrid antes de seguir dizendo sua habituais merdas que, dessa vez, eram direcionadas ao Anjo-Guardião. Ryan automaticamente se adianta para levantar Ingrid mas Arthur estava mais próximo e o faz. Apesar de se gabar de ser absolutamente rápido de pensamento e mentalmente dotado, havia ficado furioso ao ver Ingrid ser jogada ao chão e uma fagulha em seu peito o incitava à selvageria. Seus olhos se estreitam, estampados com o desprezo que sentia. Controla-se a tempo de ouvir as palavras da Theurge, que ecoam pelo local ao mesmo tempo que o Alfa coloca uma mão firme no ombro de Iurd, fazendo coro às palavras dela: *

- A Ingrid tá certa.. Esse é o jogo do imbecil, e essa não é a hora nem o lugar.

* Continuava segurando o ombro de Anjo-Guardião, como a garantir que ele não sairia correndo enfurecido atrás do Fenris retardado, mas o solta imediatamente após adicionar as seguintes palavras: *

- Você ainda vai ter sua chance de fazer o filho da puta pagar.

* Pouco adiante, observa o Inimigo da Wyrm trocar farpas com o líder Fenris, mas não da atenção. Volta-se para Ingrid, que lhe avisava sobre sua pretensão de seguir para junto de Helene. Ryan sustenta aquele olhar por um instante sem nada dizer. Agora que Ingrid havia se manifestado, o Andarilho percebia o quão fria e calculista a Theurge poderia ser. Isso era realmente bom. Como essa noite já havia provado, poucos Garous conseguiam se controlar, continuar pensando e manter a cabeça fria quando confrontados. Ingrid conseguia. *

* Ryan parece sair de seu curto devaneio e acena com a cabeça positivamente para Ingrid, indicando que havia entendido e que não havia problemas. Ato continuo, corre os olhos ao redor até focalizar Arthur e diz para ele: *

- Semblante-de-Aquiles, você vem comigo.

* Volta-se para todos os demais Vingadores, acrescentando: *

- Os outros estão liberados, mas podem nos acompanhar se quiserem.

* O Andarilho fica apenas mais um instante, aguardando alguma eventual reação de seus irmãos de matilha. Somente então segue com Arthur (e com quem mais vier) para onde Benção-de-Gaia estava, aguardando que ele sinalizasse que poderiam falar. *

A Roedora de Ossos, após as devidas apresentações, nota que uma mulher descontrolada ataca o Crinos de porte físico considerável que havia lhe cantado há alguns minutos. Kiba ordena que ninguém intervenha. Obvio que era uma briga de casal. As palavras de Julian eram as únicas que poderiam ter alguma chance, mas a descontrolada continuava nervosa e ignora o Garou indo falar com a matilha. E nesse processo, meio que ignora também todos os novatos. Ellen opta pelo silêncio. Imaginava do que a doidinha faria se soubesse que o ex dela tinha flertado com ela há alguns minutos atrás e, com isso, sorri. Sem dizer nada, Ellen apenas aguarda para ver o que ia acontecer.

O Ahroun não desviava sua atenção da luta, ainda sem demonstrar qualquer interesse em algum dos lados. Nesse momento sua visão periférica pode notar a aproximação de uma silhueta ao seu lado; não olha até que uma mão leve e pequena se apoia sobre seu braço. Aquilo era incomum ao Garou, que olha sério e ao mesmo tempo de forma enigmática nos olhos da Juíza Fenris. Alguns movimentos da luta passam sem que causassem interesse no Lupino, que parecia hipnotizado.

Logo os uivos dos Fenris chamam novamente sua atenção para a batalha. Darkness voltava a analisar os movimentos de ambos os combatentes, enquanto sua mão oposta se põe de forma tranquila sobre a mão de Hrist, cobrindo-a devido a forma que estava.

*Enfim... Acabou! Um Fenris desse porte só pode ser vencido por outro Fenris... Espere por mim Ira-de-Thor...*

Darkness observava a movimentação de seu Líder que ao derrubar Ingrid, despertava ainda mais sua ira. Apesar de acompanhá-lo com os olhos, não apresentava suas intenções, mantendo apenas sua comum animalidade. Voltava então a vigiar o movimento dos demais Vingadores para não perder sua Matilha de vista. Voltando-se em seguida para Fúria-da-Justiça-Implacável:

"-Onde foi mulher? Quem machucar você?"

Tocava com as pontas dos dedos, de forma delicada, a cicatriz no olho da Philodox.

Quando Darkness encara a juíza, Hrist sustenta o olhar do Ahroun em silêncio por todo o tempo que aqueles segundos duraram... Era difícil precisar o que passava por detrás daquele ato, talvez pq ela mesma não entendia muito bem.... E então os uivos e comemorações dos outros Fenris a despertam do transe no qual entrara sem perceber, fazendo-a voltar-se também para o desafio de seu irmão e Helene sem nunca tentar tirar a mão debaixo da do Crinos.

Previsivelmente ele ganha o combate, apesar dela achar que ele precisara de muito esforço para ganhar de uma fêmea de posto mais baixo. Não comemora. E seu irmão ainda faz mais uma cena com a Fúria Negra e depois com Ingrid, arrancando um suspiro indignado da Philodox...mas o pior é que Hrist percebera que o que estava acontecendo com Ira-de-Thor era o mesmo que acontecera com ela quando chegara à este caern: ele simplesmente não entendia que aquela seita não era de Fenris ou de Garous que eles tenham obrigado a deixar de serem fracos...Pelo menos ainda.

Mas Darkness a chama mais uma vez, e de repente seus irmãos, a seita e o resto podia esperar mais um pouco. Ela olha nos olhos do lupino, que toca seu rosto com cuidado a fazendo prender a respiração.Aquilo era estranho e bastante novo. Não entendia, mas sabia que gostava...e sabia que este era um terreno perigoso.

- Eu estava em Helgradth, Darkness... É como nossa tribo chama o mundo para onde vão os Mortos e de onde ninguém poderia sair. Mas eu voltei e é aqui o meu lugar.

Ela coloca a mão diminuta em cima de sua garra e suavemente, não sem demorar um pouco, baixa as duas ainda o encarando por algum tempo.

- Só que esta é uma longa história que eu quero te contar com calma... mas ainda preciso me apresentar à matilha Vingadores agora que o desafio acabou. Só que primeiro eu quero saber da Mão de Tyr o que meus irmãos estão fazendo nesta seita, o que Ira-de-Thor e Sombra-de-Loki andaram aprontando e se toda a fúria que lhes dirigem é justificada ou se é apenas fraqueza das outras tribos.

Darkness permite que sua mão seja abaixada, percebendo que sem querer colocava Hrist em uma situação bem delicada. Ele porém não se incomodava, sua atitude havia sido tão natural, na inocência de sua raça, que ele não percebe que aos poucos se deixava envolver por algo que nem ele compreendia ao certo. Apenas uma coisa era fato, gostava muito de estar perto daquela Garou.

*Vingadores?! Pelo menos ninguém mais vai machucá-la, não na minha frente.*

O Ahroun não era Theurge, entendia vagamente sobre o que a Philodox falava, mas tentava ajudar como podia. Caindo nas quatro patas ele se colocar a fazer um trio com Réquiem-de-Tyr, falando então sério para a Juíza enquanto apontava os Garous com o focinho:

"-Justiceira-Implacável cair em combate como Darkness dizer, Réquiem-de-Tyr liderar Mão de Tyr agora... Aquele ser High-Tech, Alpha dos Vingadores, indo com Semblante-de-Aquiles, Galliard. Vingadores liberados, quem ocê quer falar primeiro?"

O Ahroun havia ponderações a fazer, informações que podia dar, mas se mantém neutro naquele momento. Outrora sozinho com a fêmea, conversaria sem receio.

Hrist olha na direção que o Ahroun apontara, via o garou que Benção-de-Gaia mandara procurar indo falar com o líder do Caern e então volta sua atenção aos outros membros do seu campo rapidamente, permanecendo em sua forma natural.

- Antes de ir me apresentar, quero que me respondam apenas se devo me preocupar...mais do que já estou. Eu os conheço bem o suficiente para saber que eles podem ser bem.......difíceis.....de lidar, mas também conheço as outras tribos e sei que choram demais quando um Fenris mostra à eles suas fraquezas. Eu vejo o que acontece, conheço a tolice de Egon e a vaidade de Ulrick e sei até que ponto estas coisas podem cegar um guerreiro dos nossos verdadeiros objetivos para com Gaia e para com Fenris. Amanhã eu irei até eles, mas eu estive muito tempo fora e quero saber o quanto eles são culpados...e o quanto é culpa da fraqueza dos outros.

A batalha estava incrivelmente interessante e disputada, e isso Guardião-Escarlate não poderia discordar.

Com o avanço da batalha, Ira-de-Thor ia se dando melhor, e isso Guardião-Escarlate não poderia discordar.

Após golpes mútuos trocados, chega ao fim a grande batalha entre a líder das Fúrias Negras e o líder dos Crias de Fenris.

A vitória era do Fenris, e isso Guardião-Escarlate não poderia discordar.

O resultado era esperado, porém não desejado... e isso Guardião-Escarlate não poderia discordar.

O que o lupino de pelos vermelhos podia apenas discordar, era do merecimento, pois o Fenris merecia uma lição, e estava torcendo para que fosse agora. O silêncio, acompanho de um aceno negativo de cabeça, era a demonstração do filho de Grifo quanto ao resultado do combate.

'Gaia tem justiça grande para Fenris guardada...'

Isso, era algo que nem Guardião-Escarlate, nem ninguém, ninguém mesmo, poderia discordar.

O Filho de Gaia assistia ao combate até o ultimo movimento. Quando Helene e Ira de Thor voam cada um para um lado o Philodox sabia que o primeiro a levantar ali seria o vencedor.

Infelizmente, como ja imaginava, Ira de Thor levantava e sendo dado como o vencedor do combate. O termino daquela luta preocupava e muito o filho de Unicórnio. Alem de Helene estar ferida, o Cria de Fenrir agora tinha 3 vitorias contra os Ahrouns da Seita.

Talvez aquilo começasse a se tornar um problema, pois aquilo poderia inspirar muitos outros Crias a ter os mesmos comportamentos do Ahroun.

Assim que Danniel os libera Adan corre em ritimo acelerado na direção da Furia Negra. Não tinha mais energias para poder fazer nada por ela, mas talvez seus conhecimentos de primeiros socorros poderiam ser uteis.

Inclinou suavemente a cabeça para baixo, lamentando o desfecho do confronto. Fitava o chão enquanto aguardava ansioso a iniciativa de seu Alpha por prestar auxílio à companheira de matilha.

Quando Danniel o fez, End-Bum novamente tombou nas quatro patas, aguardando ser ultrapassado pelos demais para que em seguida, assumisse a retaguarda da matilha. Suas passadas não eram rápidas nem lentas, e faziam sutil menção ao desconforto pelo armamento que trazia preso em suas costas. Os canos dos rifles, cruzados em forma de “X”, chocavam-se de forma incômoda contra a densa musculatura do Ragabash, que provavelmente denunciava a qual tribo pertencia a cada nova passada, já que o tilintar dos metais que carregava era maior que na maioria de seus irmãos de outras tribos. Porém, esse não era o único motivo pelo qual preferiu ficar para trás... Certamente a necessidade de sua presença não passava de mera formalidade, já que, dificilmente desempenharia algum papel importante naquela situação, preferindo deixar caminho livre para os que realmente podiam ajudar. Nesse momento encarou Adan amigavelmente, assistindo-o disparar em direção à Helene, para em seguida repousar seus olhos com mais demora sobre a silhueta da bela Theurge da matilha.

Quando se aproxima do corpo inerte da Beta, End-Bum se apresenta com uma postura humilde, distribuindo tímidos cumprimentos às Fúrias Negras, quando inevitavelmente precisou encurtar as distâncias. Finalmente, diante de Helene, limitou-se a observar com certa preocupação pela líder Tribal, que acabava de conquistar mais respeito do Ragabash.

Depois de assistir à batalha que terminava com a vitória de Ira de Thor e, ao sinal de Danniel, Sylvia segue na direção das Fúrias Negras que protegiam Helene. A Theurge anda em passos calmos na direção e cumprimenta todas as Fúrias Negras enquanto chega em Helene. Era bom ser educada com a tribo e criar uma boa relação com a mesma.

Se aproximando de Helene, Sylvia nota que Adan já estava próxima ao corpo e diz para o Filho de Gaia:

- Deixa que eu faço isso.

Imaginava que Adan pudesse estar debilitado pelas ações que fizeram e na qual ela não esteve fisicamente presente e, por isso chamava para si a responsabilidade. Tocando a ponta de seus dedos nas feridas de Helene, Sylvia faz com que elas vão se fechando e recupera todos os ferimentos sofridos por Helene, deixando-a apta para despertar.

A Theurge então, notando que ela talvez demorasse um pouco mais a despertar por outros motivos, comenta com todos ali:

- Ela vai ficar bem. Vai acordar em instantes. Mas precisa descansar para recuperar o pleno de suas forças.

Fala e olha para Danniel, o alfa, para ver se ele tinha algo a acrescentar.

A Theurge segue junto com Iurd até onde estava Helene. Cumprimenta as Fúrias de forma simples e direta, elas já sabiam da proximidade da Theurge com a líder de sua tribo e chegando a tempo de ver que Sylvia dá o diagnóstico que Ingrid já esperava, a Theurge diz, dirigindo-se tanto à matilha de Helene, quanto às Fúrias Negras:

- Ela vai ficar bem. Isso só vai fortalecer Helene. Seria bom tirar ela dessa confusão aqui e levar ela para um local onde possa descansar sem maiores interferências.

A Theurge se mantém perto de Iurd e falava em tom muito sério sem esboçar maiores reações. Estava incomodada de ver Helene desacordada, mas em momento algum deixa transparecer qualquer emoção ou sentimentalismo.

A Philodox concorda silenciosamente com a cabeça com o que diz o Galliard de seu Campo, já esperava algo assim. Especialmente a falta de menção ao Sem Lua...

- Amanhã eu falarei com eles... e Ira-de-Thor irá mudar. Agora preciso me apresentar à Vingadores... Até breve.

Fala com absoluta convicção, então ela volta-se para Darkness, que não imaginava ser da mesma matilha com a qual iria correr, e com uma voz mais branda, lhe diz:

- Consigo te encontrar outra hora?

A Philodox assente com a cabeça aceitando as tarefas que lhe são incubidas e, imediatamente, olha na direção de Madame Satã. Lúcia não tinha nada para prender mais Meet ali, então nada diz. Deixaria o Alfa partir. E, provavelmente, os demais. Seu papo seria reto com Mademe Satã que já começara mal para quem queria se unir a uma nova matilha. A Andarilho do Asfalto aguarda para ver se ninguém ia falar mais nada antes de Meet deixar o grupo para, somente após isso, se pronunciar...

O garou segue junto aos demais membros, deixando Danniel e Sylvia se aproximassem mais do que ele. Era um ragabash, de nada poderia fazer para auxiliar Helene e principalmente, não queria atrapalhar, por isso fica próximo, quando e se a garou acordasse, ela veria que todos da sua matilha estariam ali, como estiveram durante a sua luta.

Sylvia cura Helene e diz que a mesma ficará bem, e neste momento o garou recorda-se que ele mesmo não estava bem.

Uma das vantagens/desvantagens de não se preocupar e não ter sentimentos, era que sua mente podia perfeitamente divagar para assuntos nos quais ele empenhasse maior atenção, porém, algumas coisas importantes, como o fato de estar ferido, acabavam passando.

Assim o garou apenas aguarda, e olha para Sylvia e então para sí, esperando que ela notasse que ele necessitaria, muito provavelmente dos mesmos cuidados.

Nesse interim chegam Ingrid e Iurd, ambos da antiga matilha de Helene e o garou não pode deixar de pensar o quanto pode ter sido ruim para eles ver a sua antiga irmã de matilha sendo derrotada, e começa a estudar a expressão deles e dos demais ali para que pudesse ele chegar à uma conclusão de como ele deveria forjar as suas emoções para a Ahroun. Felizmente Helene não era do tipo sentimental, e não parecia ser sensitiva também, mas todo cuidado nunca era demais, e por isso, o garou tenta ser sutil em sua análise no semblante de Iurd e de Ingrid.

No meio tempo, o garou tão somente espera que Danniel dê a palavra que irá passar para o ponto de apresentação dos novos membros da matilha.


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OFF:
Desculpem, mas por um descuido eu esqueci de interpretar que estou com 1 de agravado no corpo, buscarei não cometer mais esse erro, e no próximo post seria mais cauteloso (a menos, é claro, q eu seja curado).

Não que Julian não importasse nesse momento, a vontade de pegar uma pedra e começar a bater com ela na cabeça do roedor até esmagá-la por completo ainda havia no coração de Mayra, mas agora algo muito mais sério era colocado por Kiba. Sem dizer uma palavra sequer a Fianna caminha alguns passos até onde Lauren havia sido enterrada. Aquilo era chocante. Não era a melhor amiga de Lauren, mas havia aprendido a lidar com aquela que fora uma beta extramemte leal.

Agachada próxima ao local, a Fianna pouco a pouco vai voltando à sua forma hominídea. A Fianna revelava-se para quem ainda não havia a visto como uma mulher de grande beleza e enorme Raça Pura, mas que agora tinha um semblante triste em sua face. Algumas lágrimas silenciosas descem pelo rosto da Garou que não dizia uma palavra sequer. Ficava ali parada, em pensamentos e orações silenciosas pedindo à Gaia que iluminasse o caminho de Lauren para que ela pudesse se levantar junto com os demais guerreiros que se ergueriam para defender Gaia quando chegasse a hora certa.

Após algum tempo em silêncio, Mayra começa a falar baixinho:

- Que sua memória honre teu nome e abençoe seu caminho com a arduamente obtida luz do esforço passado, que isso te dê confiança e segurança. Que uma janela de luz sempre te surpreenda. Que a graça da transfiguração te cure as feridas da alma para que possas caminhar em paz. Que saibas que, embora a tempestade possa rugir, nem um fio do teu cabelo será jamais desonrado.

Termina a oração celta com as últimas lágrimas tocando o chão e voltando-se para Kiba, enquanto limpava o rosto e dizendo:

- Quem fez isso? Como foi que isso aconteceu?

Já não bastava a desgraça de Julian não ter morrido seco, Lauren havia partido. A Fianna estava abalada mas queria saber o que havia acontecido com uma Garou que conseguira, enquanto vivera, o que parecia impossível: cativar em cada um o que havia melhor de si.