A Umbra Rasa (Penumbra)

O Fenris cruza os braços, encarando o espírito e apenas diz:

- E foi isso que eu disse que faria...

O Espirito questiona o método como os Fenris lidam com eles. Draven semi-cerra os olhos, fitando o espírito por alguns instantes:

- Aos Fenris, sempre foi ensinado que devemos mostrar nossa força aos espíritos para honra-los e merecermos seu respeito. Se for por Gaia, é sábio sim forçar o espirito a obedecer. A sabedoria está em saber quando precisamos e quando não precisamos agir dessa forma. Por exemplo, se decidir não me ensinar o dom eu não vou ataca-lo, espirito, apenas vou buscar outro que queira me ensinar.

O Theurge se mantém parado de braços cruzados. Não sabia se a Coruja ficaria feliz de ouvir o que ouviu, mas Draven era sempre sincero em suas palavras.

Como já imaginava a Coruja não havia gostado do que ouviu. A verdade era algo difícil de ouvir e pelo visto os espíritos das outras Tribos eram tão sensíveis quanto elas.

Sem poder perder mais tempo com aquilo, o Theurge começa a buscar outro espírito Coruja para aprender o dom.

Percebendo que aquilo era pura perda de tempo o Fenris sai da Umbra.

Yasmine sai primeiro na Umbra e logo em seguida Draven aparece. A Ragabash olha em volta e espera a resposta de Draven sobre o Dom que ele desejava aprender. Enquanto a resposta não vem, a impura o questiona de novo:

-Que espírito temos que encontrar?

Riu de si mesma.

-Desculpe. Estou fazendo perguntas demais.

Assim que chegam do outro lado Draven faz uma rápida observação a sua volta. Esteve ali faziam pouco tempo, mas preferia sempre ter certeza que tudo estava “em ordem” para não ser pego de surpresa em mais uma armadilha da Wyrm.

O Theurge então se afasta alguns passos de Yasmine e se ajoelha, começando a desenhar algumas rumas no chão.

- O Toque da Mãe... Tinha feito essa promessa a Pantaneiro... E a Selene também.

Era notável que Draven desenha as runas com certa duvida se estava realmente fazendo da forma certa. As palavras “paz”, “amor”, “piedade”, entre outras usadas no ritual de invocação para honrar o espírito Unicórnio não eram tão familiares ao Theurge quanto as outras.

O Theurge então se ergue mais uma vez e leva a mão ao martelo, porém se detém. Golpear as runas para fazer a energia espiritual fluir não parecia ser uma forma de agradar o espírito da paz.

- Vou chamar o Unicórnio...

Dito isso o Fenris ergue as mãos ao céus e brada com toda sua força:

- GRANDE ESPÍRITO UNICÓRNIO, GUARDIÃO DA PAZ E DO AMOR! EU, ORGULHO DE FENRIS, THEURGE DOS CRIAS DE FENRIS, LHE CONVOCO!

Off:

Solicito a narração o teste para invocação.

Toda vez que Yasmine observava a invocação de um espírito por um Theurge ela se impressionava. Não era seu Augúrio invocar tais espíritos, mas sempre se interessou por eles de alguma forma. Draven a responde sobre o Dom a ser aprendido e sobre o espírito a ser invocado. Ela nada diz, porque logo depois das palavras de Draven, ele começa a desenhar algumas coisas no chão. Parecia hesitar de alguma forma, talvez por não estar familiarizado com o espírito a ser invocado ou ainda estar um pouco nervoso.

Gravou as runas em sua mente e depois questionaria Draven sobre o que elas representavam. Imaginou que o Theurge iria utilizar seu martelo de guerra para invocar o espírito, mas não o fez. Em vez disso, ele ergue suas mãos ao céu clamando pelo espírito que era conhecido pelos bons sentimentos.

Era um pouco estranho ouvir Draven comentando sobre paz e amor, sendo que há momentos atrás ele estava com raiva de alguma coisa que Yasmine não pôde identificar ao certo. Quase que imediatamente após as palavras de Draven, um raio cai sobre os dois garous e um arco íris aparece. O unicórnio, belíssimo, indagava quem o tinha invocado. Yasmine não pode de deixar de sorrir diante da bela imagem do espírito. Olhou para Draven, era a vez dele falar com o espírito da cura.

Draven via aquela cena e se perguntava se realmente tinha feito o ritual certo, mas logo que o arco-íris toma a forma de um Unicórnio o Theurge tem certeza que tinha tido sucesso.

Não era muito comum do Fenris conversar com espíritos da Paz como aquele, então tenta ser o mais objetivo possível para evitar perguntas como fez a Coruja:

- Boa noite grande espírito, me chamo Orgulho de Fenris, sou Theurge dos Crias de Fenris e vim em busca do Toque da Mãe para cumprir uma promessa que fiz e para ajudar minha matilha nas horas mais difíceis.

A sensação de amor, tranquilidade e segurança que o Unicórnio passava para Yasmine era fantástica. Não hesitou em se aproximar e tocar o pescoço do espírito, dizendo:

-Olá nobre e fantástico Unicórnio. Fez uma reverência. -Sou Yasmine Penda Jawani, Ragabash, Impura, Cliath dos Portadores da Luz Interior. Quero lhe oferecer um pouco da minha gnose por simplesmente me passar esta sensação fantástica que estou sentindo em sua presença.

Sorriu de forma gentil e fechou os olhos, passando um pouco de sua Gnose para o espírito. Adoraria aprender o dom Toque da Mãe também, mas não sabia se poderia fazê-lo. Olhou para Draven, pois não tinha o Dom de Comunicar-se com os espíritos e proferiu:

-Eu poderia aprender o Toque da Mãe também? Sei que me dirigi ao espírito diretamente, mas não tenho certeza se ele me entendeu.

Aquela cena de tranquilidade combinavam muito bem com a Ragabash.

OFF - Yasmine doa 1 de Gnose ao Unicórnio.

O Theurge sente uma sensação estranha, como se aquele espírito Unicórnio fosse diferente dos outros, por mais que não conhecesse muitos.

Enquanto estava em transe, aprendendo o dom, o Fenris pode sentir a poderosa energia do espírito. Ao final do aprendizado, Draven abre os olhos e nota que Yasmine falava com ele.

O Theurge então comenta com a Portadora, mas olhando para o espírito.

- Ele com certeza te entendeu... Porque ele é o antigo Totem deste Caern... Não é?

Draven tinha quase certeza disso, pois diante de tanta destruição era ilógico um espírito tão poderoso estar por ali, vagando, principalmente um Unicórnio.

Philip entra na Penumbra do ponto de encontro da Esquadrão em forma Glabro, esperava o Garra Vermelha para investigarem o paradeiro de Kor.

Enquanto ainda observava Draven, que achava que o Unicórnio presente era o Totem do Caern, ela sente o toque do espírito. Ela é bombardeada por uma sensação de pureza e sabedoria gritantes, e de repente ela sabia exatamente como utilizar o Toque da Mãe.

Yasmine sorri novamente e acaricia o pescoço e depois a crina do Unicórnio enquanto o agradece:

-Obrigada, sábio e benigno Unicórnio Arco Íris.

E ouve que ele era um espírito de um tal de Benção de Gaia. Yasmine não o conhecia e ela se sente bem na presença do espírito. Se ele tinha vindo ajudar, o Caern poderia ter alguma chance de se reerguer. Talvez os outros Theurges e a liderança da Seita deveriam saber da presença do Unicórnio Arco-Íris. Esperava as palavras de Draven, que poderia conhecer Benção de Gaia.

O Cria de Fenris fica surpreso com a resposta. “Benção de Gaia?” Tinha certeza que tinha ouvido falar alguma coisa sobre esse Filho de Gaia, mas nada que fizesse jus a se tornar referencia nas historias Fenris.

- Hmmmm... Vou arrumar uma forma de ajudar a curar os espíritos desta Joia.

Era a forma de Draven dizer “obrigado” ao espírito que tinha lhe ensinado o dom de graça. Quem dera que a Coruja agisse daquele jeito.

- Agora precisamos ir... Os outros já devem estar esperando por nós.

Olha para Yasmine e para o espírito, esperando suas reações antes de partir.

Philip observa que o Theurge era muito grande e forte, ele também tinha esse porte físico, um pouco menor que o Garra, mesmo assim achava ideal para qualquer Garou, mesmo um Xamã. Então ele responde assumindo sua forma Crinos e rosnando.

"- Perguntarei aos espíritos."

Então se aproxima de um espírito próximo, se houvesse, iria perguntar para um espírito pássaro, talvez um bem-te-vi, ou mesmo um corvo se desse muita sorte, esses bichos costumavam saber de tudo que acontecia, se alguém tinha informações seriam eles.

A Portador da Luz Interior ouve Draven e fica completamente impressionada com o espírito Unicórnio. Draven desejava ir embora e o Unicórnio continua o que estava fazendo. Por onde ele caminhava crescia alguma coisa sem forma, estranha e que parecia estar em constante transformação.

-Espere um momento Orgulho de Fenris....

Yasmine aponta para aquilo que crescia e ela não hesita em questionar:

-O que é aquilo que cresce por onde o Unicórnio passa? Você sabe?

E fala mais uma coisa ao Theurge.

-E...qual era seu outro trabalho que não deu certo? Posso ajudá-lo com ele? Talvez onde um não teve êxito, dois possam ter sucesso.

Sorriu para o carrancudo Cria.