A Umbra Rasa (Penumbra)

Orgulho-de-Fenris seguia desmaiado e agora era carregado por Pantaneiro. Lâmina-de-Diarmuid abria caminho pela trilha na Penumbra até chegar na região da Cabana do Forjador. O Fianna diz para Pantaneiro:

'- Vamos para o mundo físico. Phillip poderá curar vocês dois.'

O Ahroun rasga a película e atravessa para o plano físico.

OFF GAME: O Próximo post de Pantaneiro, depois de interpretar a saída da umbra, deve ser feito no tópico da Cabana do Forjador.

"Oferenda em prata? Puta merda..."

O Presa de Prata não esperava por essa, mas entendia que a prata honrava Luna e por isso o pedido fazia sentido. Sem ter prata alguma consigo, ele pragueja mentalmente o fato de ter feito uma viagem "perdida" até aquele lugar.

- Qual seu nome espírito? Para que eu consiga te encontrar novamente quando trouxer a oferenda em prata.

O Ahroun concorda com um aceno de cabeça e então se despede:

- Até breve então...

Dito isso o Presa de Prata retorna pelo caminho que seguiu e retoma sua jornada até a clareira central. Assim que chega, Kiba se concentra e rompe a película mais uma vez.

Off:

Segue no tópico Clareira Central

Hrist não apenas acha razoável, como às vezes achava fazer parte da sua obrigação como Garou. Ela simplesmente diz, ainda sentada no chão em frente ao urso:

- Eu farei grande urso. Deseja me dizer quais quer que eu salve? Ou ficará ao meu critério?

Tendo o urso aceitado seu compromisso, a Cria de Fenris meneia a cabeça positivamente, aprendendo o dom que enche seu coração com a coragem do urso... nunca mais, ela pensa, nunca mais, sentiria o gosto amargo do pavor ou fugiria em pânico de forma desonrosa...e aqueles que tentassem forçá-la encontrariam o sabor de sua fúria.

Quando termina, a Meia-Lua agradece ao espírito, doando-lhe um ponto de gnose... era afeiçoada àquele tipo de espírito, pois de onde viera haviam muitos assim como ele. Ela concentra-se e lhe toca o pelo, transferindo um pouquinho de sua energia para ele.

- Obrigada, Grande Urso...Cumprirei com minha palavra e, assim que o fizer, voltarei até você para que saiba que honrei seu nome.

E, dito isso, a Fenris volta para a forma lupina e caminha para onde veio, voltando para o plano físico logo depois...

* Esquecido rasga a película que separa os planos e logo estava embrenhado em um mundo bastante diferente. Aspira fundo, sente seu corpo reagir à nova realidade e os olhos se ajustarem a toda aquela quantidade de novas informações. Não pretendia perder muito mais tempo e tenta ser objetivo. Tão logo se acostuma com o local, começa a buscar ao redor por qualquer resquício ou rastro de algum Espirito-Lobo ou Leão. Eles poderiam lhe guiar pelo caminho que pretendia seguir. *

* Julian se satisfaz ao perceber que encontraria facilmente o objeto de sua busca, o que, no entanto, não garantia sucesso algum ao final da jornada. Fosse como fosse, ainda em hominídeo, o Roedor de Ossos se aproxima calmamente para não afugentar ou interromper a rotina do espírito que busca e então se manifesta na língua Garou com o máximo de educação que conseguiu reunir: *

- E ai grande Espírito Lobo, como vai essa força?

* Dito isto, se concentra e gradativamente promove em seu corpo a mudança de forma que faz o hominídeo se tornar um lupino. Carne se molda, músculos retraem para mostrar uma nova forma, presas surgem, garras crescem e pelos muito brancos tomam conta do corpo do atípico Roedor de Ossos. Buscava se assemelhar à forma do espírito com quem negociaria para gerar familiaridade e, uma vez que já estivesse em lupino, rosna o que seria a continuação do assunto, perdendo os trejeitos e gírias humanas e dando lugar à uma linguagem mais primitiva e instintiva: *

- Meu nome de homem é Julian Kraken, entre os Garou sou Esquecido, Ahroum Adren dos Roedores de Ossos e ultimo portador vivo da herança do Leão Branco. Busco o conhecimento do grande Lobo.

* E dito isto, aguarda qualquer manifestação por parte do espírito. *

Igor deixou a presença do Unicórnio, mas não quis voltar ao mundo físico de imediato.

Tentava organizar em sua mente, naquele lugar que era apenas dele, tudo que tinha acontecido ao longo da noite e dia que chegara ao fim. A Assembléia da seita, a reunião de tribo, os conflitos que já se iniciavam antes mesmo que ele completasse um dia inteiro naquele lugar.

O Presas sentou-se recostando-se numa árvore próxima, observando os falcões que ainda o cercavam, voando por sobre sua cabeça e o som do bater de suas asas eram um calmante para o jovem theurge. Nenhum lugar era tão seguro quanto ao lado deles, nenhum lugar parecia tanto sua casa como ao lado da família espiritual que o adotara. Pensava nas palavras de Fênix-de-Prata, em como foram valiosas para direcionar sua visão para o rumo certo.

Rompendo seu próprio devaneio, o lua crescente balançou a cabeça, como se tentasse desanuviar sua mente da torrente de pensamentos. Colocou-se de pé e olhou para o alto.

"Obrigado pela companhia" - pensou, quase sabendo que os espíritos podiam ouvi-lo.

Então, rompeu a Película, voltando ao Mundo Fìsico. Tinha muito a fazer naquela noite e não havia mais tempo para se perder em pensamentos.

* Julian esperava algum tipo de observação sobre sua linhagem, motivo pelo qual falara no assunto. Estava preparado para enfrentar oposição por aquilo e responde calmamente na lingua Garou: *

- Sou o ultimo porque to com a grande mãe. Corrompidos não merece o sangue.

* Era sussinto e não pretendia estender o assunto por muito mais tempo, nem refutaria mais, apenas fizera seu ponto. Em seguida, responde o que realmente lhe interessava naquela viagem umbral: *

- Como lua cheia, meu sangue ferve mas o lobo alfa precisa dos instinto no lugar pra guiar a familia pra caçada. Eu busco o "Coração da Furia" e o grande Lobo conhece o caminho.

* Esquecido ouve as primeiras considerações do lobo com calma e pensa: *

" E precisa?!.. "

* Prefere, no entanto, não tecer comentários a respeito. Não ganharia nada batendo de frente com o espirito e queria ir embora dali sabendo o que viera aprender. Reflete alguns instantes sobre a pergunta feita e responde: *

- Sacrifico o meu direito de alfa ao primeiro pedaço de carne e passo à priorizar a matilha como um todo antes do meu próprio nome.

* Julian assente tão logo o espírito anuncia que estaria observando e permite que a pata do Lobo encoste em sua pele enquanto o ensinamento que viera buscar na Umbra finalmente lhe é transferido. Sente a nova sabedoria ser absorvida por sua alma e, de forma instintiva, aprende como utilizar o Dom que lhe fora ensinado. Podia sentir o equilíbrio que acompanhava aquele ensinamento e ficava bastante claro para Esquecido que não poderia haver melhor momento do que o atual para aprendê-lo. Sabia que assumira uma grande responsabilidade, mas do modo como enxergava as coisas, não havia outra maneira de agir senão aquela. Responde ao lobo ao final de suas palavras, fundamentando o que pensava: *

- Lobo pode confiar, minha palavra é minha lei. Tenho minha vingança, mas os tempo são difícil agora e temo que ficar vivo.. os morto não se vinga. Pra ficar vivo, matilha tem que agüentar firme e unida, e é isso que vou fazer.

* Abaixa o focinho em direção ao Espirito-lobo em sinal de respeito e se despede: *

- O lobo sozinho sofre, mas vou fazer minha matilha forte. Foi uma honra..

* E dito isto, espera por qualquer eventual resposta para então seguir seu caminho. Ainda como lupino, corre pela Umbra em direção ao local que reconhecia como o Templo da Justiça e, já em seus limites, rasga o manto que separa os mundos e atravessa novamente para o plano físico. Para encarar a justiça. *


Off: Segue no Templo da Justiça

Ao chegar na Umbra, Draven observa a sua volta. Tinha acabado de chegar, mas não tinha muito tempo para perder.

Tinha feito um acordo com Selene de que buscaria uma resposta espiritual para o problema do Garra Vermelha, enquanto que ela daria um jeito de “quebrar” a maldição que o impedia de ter filhotes Garous.

Por um instante pensou em conjurar Coruja, mas imaginando que todos os espíritos estariam bastante fracos depois do ocorrido da noite anterior, preferiu caminhar um pouco buscando pelo espírito.

Off:

Solicito a narração o teste que julgar necessário para encontrar um espírito coruja.

O Cria de Fenris já havia observado como o plano espiritual estava durante o dia, mas mesmo assim ainda era impactante ver aquela Joia naquelas condições.

Ao menos uma única certeza confortava o coração do Theurge, aqueles que causaram tamanha ferida no coração de Gaia iriam receber a devida punição, isso ele podia garantir.

Ao encontrar a coruja o Garou para por um instante a cumprimenta com um aceno de cabeça dizendo em seguida:

- Saudações, espírito da sabedoria, sou Orgulho de Fenris, Theurge dos Crias de Fenris. Estou aqui para pedir que me ensine o poder para sentir o chiminage para tentar ajudar o Garra Vermelha desta Seita.

Draven não entende o que o espírito queria dizer com aquilo, mas imagina que aquele pedido era por ele se tratar de um filho de Fenris.

Sem querer negar suas origens, mas respeitando o pedido do espírito, Draven diz:

- Prometo usar a sabedoria quando a situação não exigir a força...