[CAERN] Entrada Leste - Santa Tereza (Centro)

Em Crinos o alfa aguarda o desenrolar da cena.

OFF: Esqueci de colocar a forma racial no post anterior.

Não falaria nada, não faria cerimônia e nem deixaria que aquilo se alongasse por demais. Sylvia nota o olhar de ódio de John e o retribui com a satisfação de eliminar aquela maldita família de uma vez por todas expressa em seu olhar. A Theurge, logo que Severino dá o ok, avança com suas garras e simplesmente as crava no pescoço de John, rasgando-o e o deixando sangrar por alguns segundos até encontrar a morte. A Senhor das Sombras olha para ele em cada segundo de agonia até que ele encontre seu fim e, assim que John morre pela hemorragia, a Senhor das Sombras olha para a matilha e os garous que auxiliaram a caçada e fala:

- Está acabado.

E realmente estava, deveriam apenas queimar aquele corpo morto porque nem digno de um enterro cerimonial ele era.

Amanda tenta não desviar o olhar quando Sylvia avança contra John, mas não consegue. Odiava ele pelo que fez, mas preferia não ver aquele tipo de coisa. Pra ela era difícil, muito difícil.

A Garou, em crinos, apenas fica em silencio, de cabeça abaixada, até ouvir o “esta acabado” de Sylvia. Ela então olha para frente e vê a poça de sangue sob o corpo morto do irmão de Tribo. Novamente a vontade de chorar se fez presente, mas ela não o fez, conseguiu conter suas lagrimas, pois John não as merecia. Não mais.

Ela então olha para seu Alpha e tocando-lhe o ombro com a mão livre diz:

- Deixa eu e Michell carregar ele...

Boom visivelmente ainda sentia muita dor pelo golpe que recebeu, mas tinham que tirar o corpo dali, independentemente como fosse feito o “velório” do Andarilho.

Sylvia foi decisiva em seu golpe e não teve nenhuma misericórdia. Infelizmente para a Galliard as informações ainda eram escassas. Sabia que Jhon seria julgado e que a matilha Arautos do Trovão também o seria, mas detalhes não lhe foram contados. O ódio na cara de Jhon diante de Sylvia antes de seu golpe é perceptível. O que ela fizera para ele e vice versa? Talvez nunca saberia dizer ao certo.

Lilibeth não desvia o olhar do sangue se esvaindo do corpo de Jhon nem por um momento. Perder um garou era danoso à Gaia, mas ele tinha sido um traidor das tradições e essa era sua punição devida. Por fim a vida de Jhon termina de forma vergonhosa e era certo que ele não seria enterrado com as honrarias que os garous recebiam quando eram verdadeiros garous.

Para a Galliard, a cabeça dele deveria ficar fincada em uma estaca até apodrecer por completo para servir de exemplo aos outros possíveis traidores. O corpo poderia ser queimado e as cinzas dadas aos Theurges para fazerem o que quiserem a respeito. Mas esta decisão não cabia à Lilibeth e sim ao Alpha da matilha da qual ela acabara de chegar. Conhecia os membros da matilha por nomes apenas e uma apresentação formal deveria ser feita em breve, assim esperava. Permaneceu em Hispo por enquanto, aguardando as próximas ordens do Alpha enquanto ouve uma garou de sua matilha se oferecer para carregar o corpo junto com Michel.

Sylvia ouve as palavras de Boom e as despedidas dos auxiliares na caça. A Senhor das Sombras engolia emoções e se portava, agora, com neutralidade. As palavras de Garras do Trovão a agradam e, dele, não esperava outra postura. Era um dos Ahrouns mais sábios que conhecera.

Mantendo a postura centrada, a Senhor das Sombras compartilha sua opinião com todos:

- Deveríamos queimar o corpo dele na Umbra e oferecer a Gnose oriunda desse ato para Avô Trovão que teve seu nome desonrado pelas ações desse maldito traidor.

Suas palavras não eram carregadas de emoções, embora o adjetivo pudesse demonstrar que havia desprezo por parte de Sylvia para com o falecido.

Bil apenas observa em silêncio Sylvia dar fim à vida do traidor. Seus olhos focam o semblante da SS até o fim. O traidor não era importante. O sangue se esvai e lava a honra de todos os membros da matilha, abrindo uma nova etapa em sua existência.

Assim que Sylvia dá por encerrado o trabalho Boom toca no ombro do pernambucano e se oferece para carregar o corpo junto com o Theurge de nome Michel. Severino acena positivamente concordando com a iniciativa da Ragabash e completa:

"- Achem um canto e queimem o corpo. E não esqueçam as pernas."

Nesse momento os reforços se despedem da matilha. O primeiro é o SS que tem seu cumprimento retribuído por Bil:

"- Obrigado pela ajuda."

Ele observa o Garou se despedir de Sylvia e ouve suas palavras à Theurge. Logo em seguida Falcao-Vingador se despede lembrando do treinamento e incentivando o Ahrou em sua nova e inesperada empreitada.

"- Estarei lá... Não esquecerei."

Depois que os reforços se retiram Severino ouve as palavras de Sylvia. Ele olha para o corpo de John enquanto pensa sobre o assunto e fala:

"- Pode ser. Você pode cuidar disso, Feiticeira? Irei ver o líder da seita para saber o que faremos agora. Encontro vocês em meia hora na clareira central."

Ele olha a novata e complementa:

"- Lá poderemos conversar com calma e nos apresentar."

Ele espera alguns segundos para saber se alguém tinha mais algo a dizer antes de sair.

O Senhor das Sombras e o Presas de Prata se despedem e Lapada dá ordens de como deveriam se livrar do lixo. A ideia de Sylvia era muito boa e quando Severino comenta das pernas de Jhon, Lilibeth logo muda para Crinos e as pega, dizendo com sua voz encantadora:

-Eu me encarrego das pernas.

Coloca uma perna em cada ombro e aguardava Sylvia dar andamento no processo que ela sugeriu. Severino fala das apresentações e Lili o responde:

-Como quiser Lapada. Ajudarei no descarte do traidor na Umbra e aproveitarei para conhecer melhor a matilha.

Encarou Severino e meneou a cabeça em tom de cumprimento. A caçada tinha sido intensa e Lilibeth foi mais um encosto do que uma ajuda em si.

Sylvia da a ideia de queimar o corpo de John na Umbra e oferecer sua gnose a Avô Trovão. Naquele momento, Amanda estava impossibilidade de questionar qualquer coisa, pois qualquer que fosse o destino do corpo seria bom demais para o Ahroun Andarilho.

Severino lhe permite carregar o corpo e com um aceno de cabeça Amanda agradece, caminhando logo em seguida na direção de John juntamente com Michell.

A Garou nova se encarrega de pegar as pernas e Boom se da conta de que só realmente a notou neste exato momento.

"Como a raiva me cegou..."

A pura verdade é que a Ragabash não viu nada além de raiva desde que a maldita caçada começou. Um ritual de "punição" que quase acabou com a Arautos do Trovão.

Enquanto presa em seus pensamentos Amanda se abaixa com cuidado para pegar um dos braços de John, puxando-o com certa força, mas sem dificuldade por estar na forma crinos.

Com um olhar ainda meio triste e uma voz nitidamente cansada ela olha para Michell e diz:

- Você podre abrir a película...?

Aman lentamente retornava a sua forma racial, a morte de John lhe dera um alívio momentaneo, mas o peso de tudo que ouvira na noite e da incrível perda do Caern eram demais para suportar, ela levemente escuta as sugestões, e aparentemente iriam para a Umbra, visto que ela não tinha nada a fazer, apenas seguiria a maioria da Matilha.

O olhar de Michell faz Boom usar todo seu autocontrole para não chorar. Queria abraçar o irmão de Tribo e chorar. Talvez aquilo aliviasse sua dor, mas ela não podia fazer isso agora.

As palavras do Theurge fazem surgir um sorriso fraco, triste, mais sinceramente agradecido.

- Que Gaia te ouça...

Ela então caminha com cuidado para dentro do portal aberto por Michell, seguindo junto com seu irmão e o cadáver de John para a Umbra.

Off:

Segue no tópico Penumbra.

Em Crinos, a Galliard apenas observa a matilha. Uma das garous parecia bem abalada pela morte de Jhon e Lilibeth teve vontade de abraçá-la para que pudesse confortá-la. Mas sabia que isso poderia ser visto com maus olhos pela matilha. Quem sabe uma conversa com a irmã de matilha poderia resolver alguma coisa depois. As pernas de Jhon, uma em cada ombro, pingavam sangue no Caern e o peso delas não parecia em nada com o peso de seus dois maridos em cima dela em uma noite divertida.

O Theurge rasga a película para poderem passar e realizar a queima do corpo do traidor em nome de Avô Trovão. Lili observa os dois garous carregando o corpo sem vida e segue logo atrás, sem dizer nenhuma palavra. Para ela, era apenas mais um funeral, como todos os outros, mas este era um do qual o garou falecido não tinha nenhuma honra.

OFF Próximo Post – Umbra

Aman segue seus companheiros para a Penumbra.

Em Crinos, Sylvia segue para a Penumbra.

A arautos passa para a penumbra carregando o corpo do andarilho alma sebosa e Severino, assumindo sua forma hominídea, caminha em busca do líder da seita.

Quando ela chega da Umbra, percebe que Michell observava o local e que seus olhos pararam na poça de sangue que denunciava a morte de Jhon naquela região. Ela se aproxima dele e o toca no ombro, dizendo com sua maravilhosa voz:

-Está tudo bem?

Abriu um belo sorriso para o Theurge.

Aman chega ao mundo fisico e percebe que Sylvia não estava ali ainda. A aguardaria. Enquanto isso se mantem atenta a resposta de Lilibeth para Michell. Aparentemente ele perguntara sobre a historia da Galliard.

Amanda surge pouco depois de Aman no plano físico. Aparentemente uma nova conversa havia se iniciado enquanto elas ainda não terminavam a travessia.

Parou então do lado da Philodox e esperou para ouvir sobre o que estavam conversando enquanto esperava por Sylvia.

Lilibeth entendia bem os sentimentos de Michell. Uma traição do membro de sua matilha era algo pesado para os outros membros e abalava as estruturas dos membros desde o seu alicerce. Quando o Theurge perguntou da vida da Galliard, ela cruza os braços e séria diz:

-Odeio contar histórias.

Um clima de silêncio pairou no ar por alguns instantes e Lili encarava Michel enquanto a Galliard percebe a chegada de Aman e de Boom. Não demora muito para ela rir e falar, brincando:

-É brincadeira querido. Foi só para descontrair e quebrar um pouco o clima.

Seu sorriso era muito bonito e suas palavras soavam como veludo aos ouvidos. Lili coloca o dedo indicador nos lábios e olha para cima, como se ensaiasse alguma coisa ou tentasse criar um clima para a sua história.

-Bem...eu sou de Pelotas e quando da minha primeira transformação fui designada a um Caern dos Fiannas que ficava na Europa para o rito de Passagem. Depois de todo o treinamento e claro, muito hidromel, tivemos a oportunidade de retornar para nossa Terra Natal.

Ela dizia nossa no plural por causa de seu irmão que acreditava estar a caminho.

-Mas nós resolvemos vir para o Rio de Janeiro. Alguns garou de minha tribo indicaram o Rio para retorno devido aos acontecimentos recentes.

Olhou para o céu e apontou para as duas estrelas vermelhas, completando:

-Aquelas estrelas não são bons sinais...e me culpo um pouco por não ter chegado antes do ataque ao Caern para poder ajudar em sua defesa.

Suspirou fundo e olhou para Michel nos olhos. Era claro que a Galliard não contou nem um terço do que tinha passado em sua vida, para contar a metade levaria de um a dois dias, mas precisaria de hidromel para isso, muito hidromel.

-Claro que o que contei aqui não é nada se comparado ao que contaria ao redor de uma fogueira e de um bom hidromel. peço desculpas por não ser tão detalhista como gostariam. Mas acho que as histórias que vocês tem para me contar também tem importância significativa para mim e para o crescimento da matilha como um todo e gostaria de saber o que a matilha presenciou e fez até agora. Não temos outro Galliard na matilha, Mitty?

Quando se deu conta de que tinha chamado Michel de Mitty, ela questiona:

-Posso te chamar de Mitty?

Sorriu e piscou para ele em tom amistoso. A Fianna era bem carismática.

Lilibeth faz uma brincadeira e começa a contar sua história, a Philodox, como uma boa Peregrino Silenciosa absorve os detalhes, não sabia onde era Pelotas mas pela conotação era no próprio Brasil, e a garota estivera na Europa, o que era interessante.