Reino do Campo de Batalha

O Fianna já estava preparado para aquilo. Já tinha aceitado que tinha subestimado demais o espírito e estava pagando por sua língua grande. Um novo raio é lançado do cajado de King e tudo que Bolvar faz é dar um sorriso para o animal quando o golpe lhe acerta e lhe joga do outro lado da sala.

Sua armadura espiritual não havia conseguido resistir ao golpe desta vez e antes que pudesse se dar conta o Fianna estava partindo para o mundo dos sonhos.

Quando Bolvar acorda, tem a sensação de ter se passado apenas um segundo. Com exceção do bigode, tudo em seu corpo doía. Estava largado no meio de uma sela. Estava nu, mais uma vez, algo que faz o Fianna dar uma rápida risada diante da ironia.

Conseguia ouvir vozes de onde estava, vozes que pareciam ser de seus companheiros. Com cuidado ele se coloca de pé e vai na direção da grade, mas para pouco antes de toca-la.

- Prata...

Ele balbucia enquanto olhava para as barras. Não fazia ideia de onde estava e nem entendia o porque estava ali. Até onde ele sabia se alguém é derrotado no campo de batalha era enviado para fora do reino.


Off:

Bolvar levou 3 agravados;
Bolvar ganhou 1 de fúria;
Bolvar esta nu mais uma vez.

Diante das perguntas de Edwin, com praticidade Ingrid responde o que suas observações lhe revelavam:

- Essa Pedra da Lua pode nos ligar às Masmorras de Malfeas. O problema é o que iremos encontrar lá. Somos três Theures e um Galliard, dificilmente encontraremos a moleza que encontramos aqui por lá. Temos que ser cirúrgicos e não cometer nenhum erro.

A Uktena observava a Pedra da Lua e comenta com os demais:

- É uma missão suicida, mas se quisermos realmente tentar resgatar os outros vamos ter que entrar lá, caminhar no meio dos malditos, achar o local exato onde eles estão e voltar. Uma missão com poucas chances de vitórias.

Era a hora de cada um ali decidir e Ingrid apenas diz, firme:

- Quem vai comigo? Precisaremos que alguém fique aqui para que essa Pedra da Lua não seja tomada. E que mais alguém fique de guarda do outro lado quando limparmos o entono da Pedra da Lua de destino.

Lembrava que alguém podia ficar para dar a chance de quem tinha receio sair com o mínimo de dignidade. Não julgaria ninguém ali, ela mesma só estava indo porque tinha dívidas antigas com Iurd. Devia isso a ele e, em nome dos velhos tempos avançaria no que poderia ser sua última ação em vida.

* Ryan ainda encarava Yuri com profundidade e indignação enquanto aguardava uma resposta para a frase monosilabixmonossilábica que deixara a boca do Ragabash momentos atrás. Essas palavras reverberavam na mente do Ahroun: *

" Sim.. "

* Não conseguia precisar o que aquilo queria dizer e, em verdade, não queria fazer suposições porque a simples suspeita talvez fosse suficiente para liberar a fúria e dor em seu peito. A dor também existia em um contesto mais físico, de forma que seu corpo todo parecia uma massa de estímulos e dolorosos. Perder um braço deixava o seu sistema interno realmente confuso e o cérebro, apesar de muito superior aos padrões comuns, tinha de se esforçar para assimilar o membro perdido. Houve no entanto pouco tempo para pensar na dor, interna ou externa, pois agora, diante de seus olhos as barras da jaula de prata de Yuri se abrem como que por magica com o mero toque do Ragabash. A incredulidade se transforma rapidamente em indignação e o primeiro instinto de Ryan, denunciado pelo estimulo de seu corpo ao avançar um passo, era de chegar ao Presas de Prata e faze-lo sofrer o mesmo destino que o herói Sem-Nome. Em sua forma Crinos, as presas se evidenciavam em um rosnado baixo e grave enquanto o Andarilho do Asfalto encarava o Presas de Prata com fúria no olhar. Mesmo sem um braço, a irá de um Ahroun poderia ser assustadora de se assistir, e Ryan continua avançando para Yuri de forma deliberadamente lenta sem nunca afastar os olhos raivosos. Yuri não poderia esperar nada menos do que um golpe violento que rasgaria sua carne desgraçada mas, embora High-Tech fosse pura raiva, esse golpe nunca veio. Em Crinos, curva-se sobre o pequeno corpo hominídio do Ragabash e deixa que seus olhos o encarem muito de perto enquanto uma voz gutural rompe o silencio denunciando a dor do Andarilho: *

- Eu devia esmagar seu cranio contra a parede até te ver perder os sentidos, seu filhote desgraçado.

* Ainda estava furioso e sua voz rouca ecoava pelas celas ao redor enquando o Ahroun procurava um motivo para liberar de uma vez por todas sua raiva: *

- Mas nao vou fazer isso porque prometi ao Roedor de Ossos sacrificado pela sua incompetência que nos tiraria daqui e isso é mais importante do que estorar uma criatura débil. Mas saiba que o sangue de Sem-Nome tá nas tuas mãos, não nas minhas.

* Dito isto, simplesmente vira-se de costas e retorna à passos firmes ao local onde encontrara o dispositivo que poderia liberar à todos, dizendo para Yuri enquanto se volta mais uma vez para encara-lo: *

- Agora vem até aqui e faz alguma coisa útil pra tentar diminuir o peso da sua consciência, se é que uma alma desgraçada igual você tem alguma.. Porque a divida de sangue que você vai carregar nas costas eu sei que não vai pagar nunca.

* Olha para cima, fronte ainda pesada de dor e raiva, completando: *

- Eu preciso alcançar esse caralho de painel.

A primeira coisa que faz quando o Ragabash surge é tentar sentir a Wyrm nele. O resultado demonstra que ele não fedia à corrupção em nível que representasse preocupação e diante da resposta dele à Edwin arrisca confiar que ele estava ali para somar. A Theurge olha para os presentes e diz:

- Benção de Gaia, Oráculo das Sombras, eu preciso que fiquem aqui. Não apenas para guardar esse local, mas para serem nossa última esperança caso algo dê errado. Eu darei um jeito de enviar uma mensagem se as coisas não saírem como planejado. Agora, por gentileza, abram a Ponte da Lua para que atravessemos.

Não sabia como faria isso, mas sabia que teria que fazer. Ingrid olha para Nathan e Dean e diz:

- Vocês sabem dos riscos, não podemos errar. Temos recursos para vencer. E que Gaia nos acompanhe.

Bolvar ouvia as vozes de onde tava e aparentemente elas eram de sua matilha. Próximo a grade, mas sem encostar nas mesmas, o Fianna fala em tom que pudesse ser ouvido pelos demais:

- Ei gente... Alguém faz ideia de onde estamos?

Não tinha certeza se haviam guardas rondando por ali, então tenta falar o mínimo possível e fica atento para aproximações.

O ahroun escuta o som da cela ao seu lado se abrindo e então nota as expressões de Ryan à sua frente e diante das palavras que o mesmo profere já podia imaginar o que havia acontecido...

Ele fica calado... mas percebendo que a hora de sair se aproximava, muda para sua forma de batalha e aguardaria. O momento do Presa de Prata chegaria, e ele teria que se explicar.

- Se aquieta Ryan...

Ouve então a pergunta do recém chegado e fala...

- Estamos no que parece ser a sala de tortura da Wyrm... e se o Yuri mexer logo esse traseiro branco dele pra fora da cela, em breve poderemos atacar essa puta de dentro.

Águia Real - Monstro

Iurd passava por um pouco de dificuldade com aquela neve atrapalhando, o monstro se aproveitava da situação e atinge o Presas de Prata com uma rajada de gelo. Ao ser atingido o Garou se fere bastante, bem mais do que quando foi atingido pelo Fenris, sentindo que sua fúria aumenta, o Ahroun já faz uso da mesma e parte pra cima do seu oponente.

Assim que usa sua Gran Klaive o monstro desvia do ataque com muita dificuldade e por um triz não é atingido mas já o segundo ataque do Athro é certeiro e Iurd fere bastante o Bicho maldito.

Off: Levei 4 Agravados e Causei 11

* Ryan continua encarando Yuri, imaginando se ele iria ou não faz algo. Sabia que em breve o inimigo perceberia a fuga e cairia sobre eles.. Nao tinham muito tempo. *

Uli vê que Yuri consegue abrir as portas sem problemas. Então o Ragabash toma um esporro de Ryan. Muito bem dado, se ele sabia como sair dali tão facil o sacrificio do Impuro havia sido em vão.

"- Vamo embora minha gente que meu rabo já ta gelado de esperar aqui."

O Galliard esperava ser liberto logo, aparentemente não haviam guardas. Mas talvez aquilo mudasse em breve

Ingrid deixa seus irmãos passarem primeiro pela Ponte da Lua. A Uktena encara Edwin e Miguel olhando para os dois e dizendo a ambos:

- Sabem o que fazer se não voltarmos.

Não era preciso dar instruções a membros tão experientes, mas como Filhos de Gaia são sentimentais em excesso deixa claro. Sabia que podia ser um caminho sem volta e com fé em Gaia e nas suas capacidades, Ingrid respira fundo e atravessa a ponte da lua rumo às masmorras.

Águia Real - Narração

O combate continuava, Iurd já estava no limite de ferimentos, as coisas não estavam muito boas para o Presas de Prata, aquela neve dificultou demais os movimentos do Ahroun e aquilo o colocou em uma desvantagem impar tendo em vista que o Ancião tinha o dom de dançar em cima da neve, Iurd já tinha visto Isaack usar aquele dom e era bastante útil naquela situação.

O Athro conseguia ser mais rápido que a fera, novamente, ele acerta um golpe com sua Devastadora da Wyrm no peito do polvo e o monstro cambaleia para trás e já acerta o garou com mais uma rajada, se o Presas de Prata não fosse tão resistente aquele seria seu fim, porém, ele resiste a todo dano e permanecia firme naquele combate, iria vencer, não importava como.

Bolvar acabava de chegar e havia pego o bonde andando, mas a rápida explicação de uma das vozes lhe da noção da seriedade da situação. Rapidamente o Fianna pensa em convocar seu escudo, mas o mesmo não estava com ele.

"Já devia imaginar..."

Não sabia quem havia ficado com seu Fetiche, mas iria se arrepender amargamente de tê-lo tocado sem a permissão do Fianna.

Tinha certeza de que havia ouvido falarem de que Yuri daria um jeito. Então, sem querer atrapalhar o trabalho do Garou, apenas diz a voz que lhe explicava:

- Certo...

Ante a fala de Uli, o Fenrir toma a palavra... de uma forma um pouco menos sútil...

- ANDA LOGO SEU PORRA... QUANTO ANTES VOCÊ ABRIR ESSAS MERDAS NÓS PODEREMOS CAÇAR UM RUMO DE SAIR DAQUI...

Esperava que assim ele saísse da inercia e começasse a agir.

* Yuri finalmente deixa seu estado contemplativo e Ryan teve a infelicidade de acreditar que ele se mostraria arrependido. A logica direcionava o pensamento do Andarilho do Asfalto no sentido de que o Ragabash Presas de Prata teria o bom senso de reconhecer a extensão se sua incompetência.. Mas não é isso que ocorre. Yuri inicia um discurso pedante tão tipico daqueles que não conseguem assumir o próprio fracasso e High-Tech apenas o encara em silencio. Assiste o Ragabash se aproximar e quando este finalmente se oferece para ajudar, responde com frieza: *

- Por Gaia, cala a boca. Você falou tanto e deu tantas voltas mas mesmo assim foi incapaz, como esperado, de esconder que sua incompetência causou essa porra toda. Você mancha o sacrifício do Sem-Nome dizendo que sente orgulho do caralho que for, suas maos tão sim sujas de sangue!

* Fixa os olhos no Presas de Prata por alguns instantes e a raiva era nítida ali. Resolve, no entanto, lidar com esse problema depois, única e exclusivamente em prol do bem maior. Olha para a caixa operacional que havia encontrado no teto, avaliando o grau de complexidade fã mesma. Não tinha duvidas de que poderia opera-la, mas de fato seria mais fácil ter o Ragabash efetuando o serviço pela questão logística de que um Ahroun estava sempre em melhores condições de erguer um outro individuo. Retoma, dando um tom pratico e definitivo ao assunto: *

- É mais fácil te levantar em hominídeo do que o contrário. Então para de se fazer de vitima agindo que nem uma putinha e vamo fazer algo de útil.

* Sem mais, High-Tech firma os pés e com o braço que lhe sobrava faz uma especie de escadinha pela qual Yuri seria levantado. Deixaria as pendências para quando estivessem livres daquele inferno. *

____________________________
Solicito à narração a rolagem, se necessária, de qualquer teste apropriado para a situação.[/color][/color]

Mesmo bastante ferido, Iurd ainda tinha a iniciativa de combate.

INICIATIVA DA RODADA: Águia-Real 24 x 22 Espírito da Fúria Gélida Corrompido

Bolvar ouvia o que Yuri dizia e começava a entender o que estava acontecendo ali. Aparentemente Sem-Nome havia se sacrificado para fazer algo que o Presa de Prata poderia ter resolvido. O Fianna retorce a boca diante da situação difícil, mas vendo que o Andarilho e o Presa de Prata poderiam acabar brigando diz:

- Gente... gente... Não é hora e nem lugar pra isso... E nem pra gritar né Tenker? (ele errou o nome do Henker) - Vamos focar em sair daqui primeiro...

Sem ver que Yuri já havia aceitado a ajuda de High-Tech, Bolvar apenas completa:

- Faça o seu trabalho rapaz... Os que ficaram fora do reino podem estar precisando da nossa ajuda...

A quantidade de bobagens que eram proferidas naquelas celas era muito grande, Yuri estava ao menos fazendo alguma bosta para tentar alcançar os comandos e talvez liberar a todos ali. As celas aparentemente estavam vazias fora os da Vingadores, mas o Galliard não sabia o que os esperava naquele grande corredor e dentro das outras salas que ali haviam, portanto, ao menos ele, se mantém atento, e considera que a forma Lupina era a melhor para fazer o papel de vigia que estava fazendo ali, então vira um grande lobo prateado com uma crina cinza escura e fica de ouvidos e narinas em pé para identificar qualquer aproximação.