Centro Cultural Banco do Brasil

*Marie-Amélie torce um pouco os ombros com o diálogo entre os dois homens. Guillermo é desaforado e tem muito a aprender sobre as sutilezas do clã, em sua opinião, no entanto não fizera nada ali passível de repreensão, ao que pensa, então simplesmente adota um tom conciliatório*

- Há espaço no clã para os negócios e o poder... e por que não para as duas coisas, para os que sabem equilibrá-las?

*Dá um sorriso significativo. Marie-Amélie era conhecida ao longo de sua longa existência como uma mulher de negócios, mas também pela maneira de se manter influente numa corte onde os ventrues não eram exatamente bem vistos, o que lhe granjeara todo o prestígio que possuía. Inclina-se para Paul G, abaixando a voz para um tom quase conspiratório*

- O mais rápido possível. Temos que... nos orientar para objetivos comuns, depois de tudo que aconteceu. Podemos nos reunir no final da próxima noite, no meu hotel na Glória... se a reunião se estender, tenho bastante espaço para todos.

Bruno continuava no café tomando uma pra esquentar os ossos e olhando o movimento.

Guillermo toma ojeriza pelo outro Ventrue, deixaria para Marie tomar conta dele... Seu tempo seria melhor aproveitado de outra forma.

Com sua licença Praetor, avisarei a Principe q estamos aqui para a ritualistica.

Com um meneio de cabeça

Sr. Paul G...

O Ventrue ganha espaço dentro do Elisio se perguntando como encontraria a Principe. Finalmente chega a um cainita que bebia algo.... suas vestimentas indicavam a Guillermo como se portar.

Com sua licença meu caro. Creio que esteja aqui a mais tempo do que eu. Saberia me dizer se encontro a Principe por aqui?

Com um sorriso então se despede de Emilie, o Xerife caminhava em sua direção e aparentemente teriam companhia, o Brujah então cumprimenta John com a cabeça.

"- Bora lá rapaziada, que não tá ficando mais cedo e a gente tem trabalho pra fazer."

O Primógeno era simpático mas já estava com pressa. Ele caminha em direção ao carro que deixara a uma quadra, percebendo que finalmente parara de chover, não seria o fim das confusões, mas ao menos não se molhariam mais do que já estavam.

Stevie caminha até o carro, esperando que Luis e John o seguissem, e então senta no banco de passageiros e fala para Luis.

"- Pode pilotar Luis, não sei nada dessa cidade insana."

Eugênio acena positivamente diante das palavras da príncipe e, com o consentimento dela, se prepara para sair. Tinha coisas a fazer.

"- Com sua licença Príncipe, mas se não precisa mais de meus préstimos vou cuidar dos preparativos para a reunião da primigênie."

O Ventrue, assim que autorizado, caminha até a porta e sai da sala. Do lado de fora, para sua surpresa, ele observa sua primogena que ainda conversava com Paul G. Aproveitando a oportunidade ele se aproxima aguardando o momento para cumprimenta-la.

"- Boa noite, Primogena Bourdon. É um prazer voltar a encontrá-la."Ele pega a mão de Marie e beija como manda o protocolo.

"- Sr. G." Como Eugênio já encontrara Paul anteriormente ele se resume a um simples meneio.

"- Primogena... se não estiver ocupada gostaria de conversar com a Sra. sobre os preparativos para a reunião da primigênie da próxima noite. Como novo secretário da príncipe, ela me pediu para supervisionar pessoalmente os preparativos como forma de evitar surpresas desagradáveis."

Bruno já estava de saco cheio daquilo tudo. De um momento para o outro aquele lugar se tornara uma ilha quadrada. Nem mesmo o café para onde havia caminhado tinha a porra de um uísque obrigando o Toreador a dar um trago numa dose de licor.

"- Tem álcool?" Pergunta pra atendente que acena positivamente. "- Manda ver."

Ele vira de uma vez o copo com a bebida.

Definitivamente aquilo era bebida de viado. Primeiro que a dose era mínima. Parecia aqueles pratos de Francês que você acaba com duas garfadas. Segundo que a porra da bebida era DOCE.

"- Puta que pariu... Isso é xarope de criança." Resmunga o vampiro enquanto faz uma careta e afasta o copo vazio.

Nesse momento um estranho se aproxima do bicheiro e pergunta pela príncipe. *Pronto, agora virei guia turístico nessa merda.* Bruno não reagia bem à falta do que fazer. Logo sua mente produziria alguma grosseria o que não lhe era rotineiro.

"- Sei não, pergunta lá no posto Ipiranga." O Toreador não se dá nem ao trabalho de se virar para proferir a resposta. Não tinha problema com o desconhecido, mas a chatice do ambiente deixava o bicheiro um pouco impaciente.

Enquanto questionava o Cainita Guillermo verifica que um terceiro deixava uma sala reservada do local... Imaginava o Ventrue se seria ali o Gabinete da Principe. Enquanto raciocinava o Sangue Azul recebe o fora categórico daquele que havia inquirido... Pela primeira vez naquela noite o Ventrue sorrira com prazer... Via alguem ali que a primeira vista, era como ele... Havia vindo de baixo... Aquilo trazia lembranças à Guillermo da sua vida mortal.... Simpatizara com aquele estranho...

Meu caro, me perdoe se lhe pareceu que lhe fazia de meu serviçal, não foi minha intenção

O Ventrue saca do paleto um bem desenhado cartão de visitas de uma de suas termas e deixa ao lado do Canitia... Aquilo decerto o agradaria.

A guiçá de desculpas peço que aceite esse pequeno convite para conhecer um dos meus estabelecimentos na noite que se iniciará... Peço tão somente que se identifique como amigo de Crow.

A demora em responde-los não fora proposital, John Smith estava mergulhado em conjecturas a respeito do que poderia acontecer a cada instante. Ele tinha visto, na face de Emilie, um pouco mais de otimismo do que ele mesmo tinha em relação ao fim dos tempos. Crianças, poderia pensar, se o malkaviano fosse um pouco mais velho. Só que ele era jovem e sua preocupação não era baseada em visões ou pressentimentos, como boa parte de seus irmãos. John Smith não era um profeta, apenas reunia o que os outros viam.

Ele retribui o aperto de mão de Fillipi, respondendo-o.

- Emilie disse tudo o que há pra se dizer a meu respeito, senhor. os acompanharei, então. Que meus préstimos sejam úteis à camarilla. - despediu-se da bailarina com um sorriso e seguiu o xerife.

Ele tentou não demorar com as baratas. Em poucos sinais fez seu pedido, esperando que elas fossem capazes de entender o que dizia e deixarem o CCBB antes que o veneno as matasse.

Bruno permanecia quieto cagando para o que o desconhecido dizia quando o mesmo coloca um cartão sobre o balcão. O Toreador num gesto extremo de bondade olha de soslaio para o cartão e pensa ver a palavra Termas. Curioso ele gira um pouco seu corpo na cadeira em direção ao cartão e confirma sua primeira impressão: Termas.

Uma chama acende no fundo dos olhos do bicheiro enfadado. Era como se a vida voltasse àquele corpo morto. Ele dá uma conferida em seu relógio para ter certeza se não poderia ir hoje mesmo pra putaria, mas pela hora acha melhor deixar pra outro dia. Tentando disfarçar sua alegria pela notícia ele se vira para o desconhecido e diz:

"- Tu tem um...PU-teiro?"

Definitivamente o bicheiro não era muito afeito a eufemismos. Cada coisa tinha seu nome e ele devia ser usado: bunda é bunda, viado é viado, puta é puta e puteiro é puteiro. *Termas é o caralho.* Mantendo essa filosofia seu olhar percorre o Ventrue buscando analisar seu jeito e suas roupas. *E cafetão é cafetão.*

"- Prum cafetão até que tu tá numa beca do caralho."

Ele guarda o cartão no bolso e já apresenta um semblante mais amigável.

"- Bruno Modenesi do clã Toreador."O gordinho estica a mão para entregar um cartão ao recém conhecido Cafetão."- Será um prazer conferir a qualidade das suas putas."

Ele retorna sua caminhada em direção ao salão principal do elísio. Quando alcança aquele espaço ouve, por acaso, que o ventrue recém chegado, com quem tinha conversado antes que ele se apresentasse à príncipe, tinha sido nomeado secretario da mesma. Sorrindo, Andre cumprimentou o pequeno grupo.

- Boa noite de novo, senhores. Paul G, Eugenio de Beauharnais. - voltou-se para a distinta dama, cortesmente. - Senhora, sou Andre Gabrois, dos nosferatu!

Guillermo conseguira atrair a atenção do cainita que descobrira ser um Toreador... O ventrue sorria... ate quando fazia amigos era manipulador...

Na verdade possuo três estabelecimento meu caro amigo e ficarei honrado com sua visita.

Ele estende a mão ao Toreador e se apresenta

Chamo-me Guillermo Crow do clã Ventrue. No verso do cartão que lhe entreguei esta meu contato pessoal. A caso queria me ligar de terminarei uma de nossas meninas apropriadas para o atendimento a pessoas de nossa estirpe

O celular da Primógena Malkaviana começa a tocar. Era Vincent Lyon.

Emilie fica um pouco decepcionada que John Smith não acrescente nada sobre si mesmo, mas não faz mais que um olhar para o irmão de clã. Dá um sorriso meigo para Filippi, assim que ele a toca, e antes do Xerife vá embora, ela sussurra.
- Boa sorte.

Ficando sozinha, a malkaviana começou a sondar Marie-Amélie, tentando achar o melhor momento para se aproximar dela. Não queria atrapalhar a atarefada ventrue. Então seu celular toca, mostrando o número de Vincent. A bailarina não fazia ideia sobre o que o toreador queria falar com ela, mas calmamente atende.
- Pois não?

*Marie-Amélie olha para Paul com alguma frieza, mas não faz comentários nem perde a expressão fleumática, diante da observação sobre negócios e poder, e faz um movimento de concordância com a cabeça para mostrar que gostara de sua aceitação. Vira-se para Guillermo*

- Com toda a licença, monsieur.

*Vira-se para Paul novamente e dá um sorriso divertido e algo maldoso*

- Oh, bennozh Doue, eu destruiria uma cria tão mal-educada ante que permitisse que ela pudesse pôr os pés no Elísio! É claro que não é minha cria, mas eu aceitei mentorá-lo, Deus sabe como não estamos em posição de recusar nenhum membro que tenha o desejo de se aperfeiçoar, com as peças lamentáveis que foram derramadas aqui nesta cidade...

*Mal termina de dizer isso, Eugênio se dirige a ela, e por um instante o rosto blasé da ventrue não consegue esconder que o inclui entre as "peças lamentáveis". Mas sorri quando ele beija sua mão e inclina a cabeça*

- Como vai, monsieur de Beuharnais? Vejo que encontrou um pouco de sua educação desde a última vez que nos vimos...

*Também não consegue esconder, nos lábios que se viram para baixo, seu choque quando Eugênio diz que fora nomeado secretário da príncipe. Mas, recuperando rapidamente a postura elegante, inclina um pouco a cabeça e diz, no tom mais imparcial*

- Claro, monsieur, tudo precisa estar perfeito! Podemos conversar agora?

*Seu rosto se fecha novamente e seu salto bate no chão com alguma impaciência quando são sucessivamente interrompidos por André e Victoria. Forçando um suspiro, espera que Paul e a toreador se afastem para forçar um sorriso para o nosferatu*

- Muito prazer, monsieur Gabrois *pronuncia o nome à francesa, inconscientemente*, sou Marie-Amélie Bourdon, primógena do clã ventrue.

- Então vamos, camarada! *diz Filippi a John, guiando-o atrás de Stevie*

*Sem hesitar, senta-se ao volante do carro, fazendo um gesto para John entrar também, e com o evidente prazer e suavidade de quem gosta de dirigir começa a rumar para o local*

OFF: próximo post ruas

Realmente imaginou que Emilie não atenderia o celular quando visse que a ligação era de Vincent. Afinal de contas ele rasgara a irmã de clã dela nos jardins da Capela Tremere depois de um descontrole causado pela própria diabinha Claudia. O Toreador se arrependia disso? Claro...que não. Afinal a menina estava querendo dividir a atenção de Natanael com ele. Apesar de que o descontrole não fora de todo a intenção de Vincent, mas servira aos seus propósitos.

Acalma na voz da Malkaviana em atender o celular fez com que Vincent tirasse o aparelho do ouvido e o colocasse a frente de seu rosto, o que durou alguns poucos segundos:

”É a Emilie mesmo? Como ela está calma......que preocupante.”

Recolocou o celular na orelha e proferiu. Tão calmo quanto ela:

-Bon soir Primógena Blanc. Pardon por incomodá-la. Mas podemos conversar sobre a aliança que surgiu no submarino de monsieur Constantine? Estou em minha residência e vi muitas notícias terríveis que aconteceram esta noite na cidade do Rio de Janeiro.....e mais do que tudo precisaremos nos apoiar uns nos outros para sobreviver. A aliança ainda está de pé?

O bicheiro retribui o cumprimento do Ventrue sem se levantar e completa:

"- Ligarei."

Bruno continuava aborrecido pela falta do que fazer e, por causa disso, ele é seco em sua resposta. Aguardava o Cafetão ir atrás da príncipe para ir embora daquele lugar. Queria dar umazinha em casa antes de dormir.

Não era preciso ser um exímio conhecedor da natureza vampírica para entender a ironia e arrogância nas palavras de Paul G. O ventrue teria o que lhe era de direito. Achava que podia tratar, assim, os escondidos no Rio de Janeiro? Depois de tudo o que os sangue azul provocaram na cidade tudo o que eles não mereciam era o título de realeza. Sequer se dignou a responde-lo, já que foram também interrompidos por Victoria Ash, que levou o arrogante dali.

A pronuncia de Marie-Amelie, entretanto, lhe agrada. Apesar do suspiro e do toque no chão.

- Encantado, senhorita Marie-Amelie. - a pronuncia de Andre também carregava no acento da língua franca, embora a bretã pudesse reconhecer um toque belga na fala do rato.