Caern de Cura Nível 5 - Floresta da Tijuca - Totem: Unicórnio

Kaoro finalmente chegava à clareira onde lá vários Garou se encontravam, alguns em forma crinos, outros em lobo e outros na forma hominídea. O novo lobisomem varria com os olhos e tentava decorar os rostos que via porém manteve-se um pouco à parte, afastado, sua expressão era tranquila e fria, mostrava-se impassível em todas as situações.

O Peregrino Sombrio encosta-se em uma árvore cruzando os braços e varrendo o local com os olhos, não conhecia Anksu nem sabia seu rosto mas esperava ficar longe de multidões justamente para ele poder destaca-lo. Provavelmente ele conseguiria achar Kaoro, novato e com sotaque oriental, não era nada difícil de até deduzir, que o novo rosto é oriental. O lobisomem ficou ali esperando tanto pelo anuncio quanto por Anksu e sua matilha.

Logo, Benção-de-Gaia em sua forma Crinos desceu até um púlpito bem improvisado e começou o anunciado. Indiretas haviam sido jogadas durante esse anunciado, o Garou oriental pôde perceber isso, mas não sabia a quem e isso no final das contas era indiferente, Kaoro não teve sua tranquilidade pelo idioma abalado pois falavam na linguagem dos crinos e isso entendia perfeitamente. Parecia que estavam em guerra, Kaoro havia chegado no Rio de Janeiro em tempos sombrios, mantinha-se no mesmo estado de espirito, não se abalara, não tinha medo, se tivesse que matar mataria, principalmente aquela mulher, uma verdadeira inimiga da Wyrm e inimiga pessoal do Vendeta-Sombria, sua expressão mudou para uma de raiva, sempre que aquela mulher vinha em sua mente não conseguia esconder o ódio, e também não queria.

A liderança havia sido passada, Falcão-de-Prata era o novo líder da seita, isso também soava a indiferença para Kaoro já que não conhecia o cenário políticio, porem percebeu que os Garou gostaram da mudança, com algumas exceções de uivos hesitantes que ouviu e também do Garou conhecido como Ira-de-Thor que desafiava abertamente o novo líder, uma atitude corajosa, de fato corajosa mas ainda estava a pensar se havia sido uma atitude de confiança ou apenas um ato estupidamente impulsivo. Ira-de-Thor faria melhor? Deixaria esse assunto por aqui, pois nada disso lhe interessava.

Na continuidade do pronunciamento, Falcão-de-Prata avisava da missão do Esquadrão da Fúria, matilha ao qual deveria se juntar e prestar a uma missão na tal Colmeia, avisou dos caveirões mais abaixo, Kaoro se prontificou, se ao findar do Discurso Anksu não o encontrasse, no final do discurso contornaria o local evitando cruzar com os outros Garou e esperaria em um dos caveirões encostado, era mais do que provável que encontraria sua futura matilha por ali.

O Presa de Prata estava em silencio e ouvia tudo que era dito por Benção de Gaia, palavras fortes para alguém que era considerado por muito (mas não por Kiba) um fraco. O Ahroun dos Presas de Prata uivaria, mas não queria quebrar o discurso do Filho de Gaia e com certeza ninguém queria.

As informações das Colmeias era algo realmente surpreendente. Nunca havia imaginado que poderiam existir tantas Colmeias em uma única cidade, mas aquilo poderia ser algo bom no fim das contas. O grande problema era ter aquela informação compartilhada com os traidores da Seita e Kiba nitidamente lança o olhar por todos os ali presentes na tentativa vã de saber quem seria o traidor.

Mais e mais informações chegam e a aplicação da Lei Marcial deixa o Presa de Prata um pouco incomodado principalmente porque se dissessem “não” sobre se continuaria ou não como líder da Esquadrão da Fúria visto que sua morte acarretaria em inúmeros problemas, teria que aceitar para não ter a cabeça arrancada.

Kiba se recorda do esporro dado na noite anterior a Vingadores e quando ele é reforçado por Benção de Gaia o Presa de Prata olha na direção deles. Sabia que lá haviam Garous bons e o que o lupino tinha feito na noite passada nada mais era do que se preocupar com a Beta da matilha, mesmo que depois tenha perdido a noção em suas palavras.

Sem tecer comentários ou destinar olhares feios aos Garous da Vingadores o Presa de Prata apenas volta a olhar para Benção de Gaia e esperar a continuação do discurso. E este vem como uma bomba para o Presa de Prata. A renuncia de Benção de Gaia só não é sentida mais pois a nomeação de um Anjo Guardião como o novo líder da Seita trás uma enorme alegria ao coração do Valentine.

Kiba uiva em homenagem ao irmão de Tribo assim como vários outros Garous. Os lideres, um a um, vão jurando sua lealdade a Wolfhere e até mesmo o infeliz do Ira de Thor, que faz Kiba franzir o cenho quando se manifesta, jura lealdade.

Quando Coração Valente jura a lealdade dos Presas de Prata Kiba lança um novo uivo aos céus e coloca seu filho no chão, mantendo apenas a mão sobre seu ombro. Estava feliz, visivelmente feliz com o que ouviu.

As informações sobre seu ataque a Colmeia eram dadas e absorvidas pelo jovem Ahroun e o reforço recebido por outras Seitas o deixa ainda mais tranquilo de que teriam um lugar seguro esperando por eles quando voltassem vitoriosos do ataque.

Votos de confiança são destinados às matilhas que irão para o ataque e agradecidos e confirmados por um novo uivo e um aceno de cabeça. Logo que Wolfhere manda todos seguirem para os caveirões o Presa de Prata vira para sua matilha e diz:

- Todos para os caveirões! Sem perder tempo! Vou deixar Manto Branco com Coração Valente antes de ir!

O líder da Esquadrão da Fúria então afaga a cabeça de seu filho e abaixa-se para olhar nos olhos do Garou. Com um semblante sereno diz:

- Vamos filho...

Sem perder mais tempo o Presa de Prata corta caminho entre os Garous em direção de Coração Valente e assim que consegue chegar até ele diz:

- Isack, por favor, leve Manto Branco para junto dos outros filhotes. Preciso ir! Até logo e que Falcão esteja contigo!

O Garou então afaga mais uma vez a cabeça de seu filho e começa a retornar para junto dos demais Garous de sua matilha.

Arthur respira aliviado assim que Ryan lhes da a ordem para seguirem até o centro do Caern e assim que chegam lá o Fianna se posta, mais uma vez, ao lado do Andarilho do Asfalto. De braços cruzados ele esperava pelo pronunciamento de Benção de Gaia e ver o que ele tinha pra dizer de forma tão apressada às vésperas de um ataque a Colmeia. Não tinham tempo para papo furado e tinham de agir logo.

Quando ele começa a falar o Fianna apenas ergue uma sobrancelha surpreso com certas coisas que estavam sendo comentadas.

“Ui nossa... Agora ele virou brabo...”

O Fianna nada diz, apenas mantém o semblante sério e, conforme escuta as seguidas palavras de Benção de Gaia, começa a mudar para puto da vida. Ainda tinha duvidas sobre as colmeias ou os tais traidores, mas as revelações seguintes eram demais pra ele.

A matilha Vingadores era usada como exemplo e alvo de criticas diante de TODA a Seita... Não de Manuel ou de Maria, mas de TODA a Seita. Aquela lei só não era considerada ainda mais um absurdo por Arthur porque estava respirando fundo e fechando os olhos por alguns segundos para manter a boca fechada. Sabia muito bem porque estavam tomando aquele esporro e passando por aquela humilhação, mas não precisava dizer nada porque Ryan com certeza também sabia o porque. E os olhos acusadores do Inimigo da Wyrm davam aos que não sabiam do porque uma ideia de quem era o referido “Garou problema”.

Benção de Gaia em seguida renuncia ao posto como líder da Seita e nomeia Wolfhere como seu sucessor. Arthur não estava surpreso pela escolha, mas sim pela renuncia. Aos olhos do Fianna, e provavelmente de muitos Garous daquela Seita, o Filho de Gaia havia clamado pelos Tempos de Guerra para manter sua liderança incontestável.

Arthur ainda estava sem saber se aquilo havia sido bom ou ruim, mas assume a forma de batalha (crinos) e uiva junto a Forjador de Historias e outros Fiannas quando juram fidelidade a Seita e ao novo líder.

Ira de Thor é o único líder Tribal, tirando Forjador de Histórias, que Arthur faz questão de ouvir o que iria dizer. O Fenrir era realmente muito abusado o que faz o Fianna rosnar baixinho quando o mesmo questiona a força do Presa de Prata.

Não morria de amores pelos Presas, mas definitivamente não gostava de Ira de Thor, principalmente pelo Ahroun ter corrompido a mente de Darkness daquele jeito.

Um discurso novo é iniciado, desta vez por Wolfhere, e o mesmo novamente sita a Vingadores, só que de uma forma bem mais “light”. Arthur, e com certeza todos os Vingadores, iriam limpar aquela vergonha ao qual foram expostos e mostram a todos quem realmente eram os Vingadores.

Quando a ordem de ir aos caveirões é dada Arthur da um uivo em comemoração a guerra que estava por vir e diz olhando para Ryan enquanto colocava uma mão sobre seu ombro, mas para toda a matilha ouvir:

- Vamos mostrar a essa Seita o que é a Vingadores... E que nem nossa gloria, honra e sabedoria devem ser questionadas.

Joshua chegava ao centro do Caern quando escuta o uivo de Meet dando a noticia da chegada da Titãs. Um sutil sorriso formou-se no rosto do Senhor das Sombras ao saber que sua matilha estava bem. O Ragabash então apenas acomoda-se recostado em uma árvore enquanto esperava a manifestação de Benção de Gaia.

Finalmente ele começa e já começa questionando as criticas destinadas a ele, mas era obvio que elas existiam, pois o Filho de Gaia visivelmente havia pedido pelos Tempos de Guerra para manter-se no poder. Um ato que definitivamente era destinado a fracos e covardes.

As informações seguintes, no entanto, fizeram Joshua lançar um olhar na direção de Elo Espiritual com um semblante de “como?!?!”. A Uktena havia descoberto todas as Colmeias da cidade, o que fez Joshua lembrar de ter sentido a presença da Theurge quando estava investigando a Colmeia.

Definitivamente ter uma conversa com a Uktena, em uma situação menos conturbada, seria algo interessante. Por hora o Senhor das Sombras apenas continua a ouvir as explicações sobre possíveis traidores. Seria bom, com certeza, se Trovão Inquisidor ou até mesmo outros Senhores das Sombras, começassem e encontra-los e desmascara-los.

Um rápido comentário sobre lei Marcial é feito e nesse instante os olhos do Garou não se voltam para a matilha usada como exemplo (Vingadores), mas sim para o Juiz da Seita que era quem provavelmente sugeriu aquela medida.

“Desgraçado...”

Daquela forma era bem provável que em um futuro não muito distante o Juiz do Destino “solicitaria” que os Iluminados mudassem seu modus operandi, pois o mesmo colocava a Seita em risco. Definitivamente aquele pronunciamento estava mostrando a Joshua que precisaria agir para não ter seu pescoço posto em uma guilhotina de graça.

A revelação a seguir, no entanto, não deixa Joshua nem feliz nem triste, mas sim pensativo. Não tinha tido problemas com Benção de Gaia como a grande maioria dos Garous, mas a pergunta que não queria calar era “porque?”. Qual era o real motivo de alguém que convocou os Tempos de Guerra para ficar no poder abdicar do mesmo assim? Infelizmente só uma resposta vinha na mente de Joshua.

“Ele já conseguiu o que queria... ”

Ao menos estava contente pela nova nomeação, visto que Wolfhere parecia realmente ser um Garou focado no combate contra a Wyrm e havia visto em primeira mão o que os Iluminados eram capazes de fazer, mas não podia ter certeza que o mesmo não criaria caso com os Senhores das Sombras. Joshua olha na direção do outro Iluminado de sua Tribo para ver suas reações aquilo tudo.

Depois de tudo aquilo seu nome era citado a todos os Garous ali presentes, o que faz Joshua olhar na direção do novo líder da Seita e apenas menear a cabeça em confirmação.

Quando a ordem é dada o Senhor das Sombras desencosta-se da árvore onde estava e começa sua caminhada na direção dos caveirões. No caminho, olha para os membros de sua matilha e da um aceno como quem indicava “Adeus” ou “Até breve”...

Ainda no ponto de encontro, Isack "cão" Newton, quase teve um orgasmo quando Sarah, "A mulher mármore", sorriu para ele. Otimista como sempre, ele deletou automáticamente o "Ao seu modo..." do elogio dela e ficou apenas com o que tinha de bom.

"Cara, as mina pira quando falo"

O Garou pulou e acomodou-se no porta-malas do carro, de onde insitiu pra ligar o som num funk ao estilo "Morro do dende é ruim de invadir".

Ao chegar no Caern, assumiu sua forma hominídea. E segiuu para clareira atrás de Meet.

Prestou pouca atenção ao discurso, rememorando o sorriso de Sarah a maior parte do tempo. Só focou no que os líderes diziam quando viu Todo-Errado, ao quem considerava um "Cara maneiro", e quando falaram sobre morte por traição.
Nesse momento lembrou da promessa feita pela matilha ao Alpha, sentiu um frio na barriga seguido de uma vontade de urinar, mas ficou calado e não olhou pra ninguém:

"É ruim que eu vou dar guéla"

Continuou ali, apenas para constar. Vibrando quando todos vibravam, calando-se quando todos calavam. Só ergueu as sobrancelhas quando falaram do número de colméias e da invasão em caminhões do BOPE. Nesse momento ele pensou:

"Malako! Que firmeza desembarcar dessa porra, tudo de preto, mermão! As mina ia cai matano. Isa ak - 47! Aha muleque..."

Após a frustração de lembrar que ele não entraria no carro blindado, ficou em silêncio aguardando as ordens do Alpha.

A Fianna estava perdida em seus pensamentos. Haviam pelo menos um milhão de maneiras diferentes de punir Julian que haviam passado pela mente da Fianna. Uma mais sádica e dolorosa do que a outra. Não haveria perdão, não haveria vingança, haveria Justiça. É com esses pensamentos que a filha do Cervo até que Benção de Gaia começa a falar.

Enquanto as palavras eram ditas, um dejà vú toma conta da Fianna que parecia já ter presenciado aquela cena. Não era há muito tempo. Ou era? Mayra não sabia, mas as notícias de que além da "Wyrm tradicional" ainda haviam Demônios misturados entre eles, essa notícia a deixa com a sensação de que deveria ter enxergado já que pistas não lhe faltavam.

*Tola, como se deixou desviar do foco e não imagnou isso...*

Entretanto, um anúncio no mínimo surreal acontece no final. Os Filhos de Gaia abdicaram da liderança em favor dos que lideravam a tribo antes deles: os Presas de Prata. Mayra nada tinha contra os filhos de Falcão. Mas também não tinha nada a favor. Tudo que sabia era que um deles era pai de Julian e o deixara ser um Roedor de Ossos e, por mais que Julian fosse um porco babaca que merecesse uma morte cheia de requintes de crueldade, isso não era coisa a se fazer.

É. Não simpatizava tanto com os Presas de Prata, mas o discurso de Falcão de Prata lhe agradam. Agradam ao ponto de uivar com os demais e, ante o comando de Kiba assume a forma Glabro e segue sem pestanejar para o Caveirão (sic), entrando nele e esperando que partissem rumo à batalha.

Nada surpreende Ingrid. Não havia porque se surpreender quando seus planos deram certo. Apenas um sorriso de satisfação podia ser notado no rosto da Impura que assume sua forma racial para uivar com os demais saudando a nova liderança.

Como os demais líderes, Ingrid se aproxima, em Crinos, faz uma reverência respeitosa e diz:

- Falcão de Prata, é muito bom ver esse Caern em boas mãos. Eu, Elo Espiritual, Impura Adren Theurge dos Uktenas. Sentinela do campo dos Vigias dos Malditos. Declaro, em meu nome, e em nome da minha tribo, lealdade total à vossa liderança.

A Uktena sorri (se é que é possível sorrir em Crinos) e após as indicações, ainda em sua forma racial se aproxima da sua matilha para com eles seguir ao Caveirão.

*Mas pra que tanto suspense?* - pensava a roedora. Não havia o que justificasse tamanho suspense por parte da liderança da Seita. Ellen, linda como sempre, observava os espécimes do sexo masculino da seita. Sua matilha até que era bem servida. Kiba tinha cara de moleque, mas já fazia moleques. Julian e Amir eram belos espécimes. O Fenris, que sempre que ela olhasse para ele agora ouviria a voz de Mayra ao fundo gritando cuzão, cuzão, cuzão, era frouxo mas dava pro gasto. Os demais, bem... não dá pra tudo ser perfeito.

Depois de relembrar as coisas boas da vida da sua matilha, Ellen fica observando os outros homens até que todo mundo vira Crinos. Ou ao menos os que falavam.

* Reclamam dos Impuros, mas nem pra me brindar com o colírio de suas formas raciais niguém quer né? * - pensa a roedora decepcionada. Seria sua chance de ver que belezas havia no Caern, mas o assunto começa a ficar sério com um discurso épico do líder da seita. Um líder que denunciava traidores, novos inimgos, trazia o Caos, a Guerra, falava que tudo fudeu e que ninguém sairia vivo, instala o pânico no coração de todos e... renuncia.

* Babaca *

A Roedora então começa a ouvir os juramentos, vê dois homens rivalizarem entre si e, institivamente imagina suas formas raciais belas e másculas (só imagina pois não conhecia) e pensa que poderia se divertir naquele meio com um pouco de sorte.

É. Ellen tinha planos.

Wolfhere, então discursa e chama todos para Guerra. Kiba endossa o discurso. Ellen, com toda sua elegância e classe, passa a mão pelo cabelo e apenas diz?

- Que Gaia nos proteja.

E segue andando, entrando no Caveirão e esperando a partida.

Lúcia mantem o semblante sério enquanto ouvia as informações. Estava relutante com o que os dados analisados lhe diziam. Benção de Gaia parecia ter uma leitura um pouco diferente dos demais Garous e isso a deixa perturbada.

Quando o anúncio da renúncia é anunciada, Lúcia apenas balbucia:

- Por Gaia..

O fato estava exposto, Mas e o porquê? Aquele papo de que ele havia resolvido a Umbra e todo tititi que se segue não convencia Lúcia que nem presta muita atenção nos juramentos dos líderes, sendo sua atenção chamada apenas para a postura de Ira de Thor, que faz com que ela comente com Meet.

- Acho que aconteceu o que os Fenris queriam, Herança Selvagem. Eu espero que vocês tenham um bom plano também...

Os discursos são feitos. Sua matilha iria defender o Caern e Lúcia já assume a forma Glabro e fica ao lado de Meet, esperando por uma ordem dele para agir.

Observo a chegada da minha matilha do outro lado da clareira, mas quando penso em sair de onde estava, eis que vejo os líderes descendo do pico. É chegada a hora do anúncio. Sem me movimentar, permaneço ali ouvindo todo o discurso de Bênção-de-Gaia.

Me espanto com a informação sobre as colmeias, não entendia muito bem do assunto, mas 8 colmeias em uma mesma cidade era de se espantar. * Como eles conseguem se esconder tão bem? *

* O quê? Lei Marcial em tempos de Guerra? Insubordinação, o que ele está falando? Não precisamos de escravos leais, e sim de guerreiros que pensem e façam o que for necessário para a nação. Precisamos de garous sábios. Ele poderia ensinar ao invés de simplesmente matar quem não faz o que ele manda. Tsc. *

Sento-me, perplexo com tal informação. Era destinada a uma matilha em específico, talvez até mesmo sobre um garou em específico como ele disse, mas todos pagariam aquele preço.

* Então ele renuncia seu posto após isso? Muito esperto... *

Os líderes começavam a fazer reverencias, e declarações, talvez algumas falsas. Quem sabe?

* Ah então esse é o Ira-deThor, que havia tido um desafio na noite anterior. Espero poder vê-lo em batalha desta vez. *

Então o novo Líder começa seu discurso.

* Então essa é minha missão, hm... *
* O cara invadiu a Colmeia Sozinho? OK, preciso tomar nota com esse cara. *
* Ta ele nos acha promissores, legal, não precisamos de brilhantismos aqui. *
* O Que!? Uma garou esta como refém dos Malditos? Filhos da puta! *

Quando noto, já estava sobre as quatro patas uivando à Gaia ao término de seu discurso.

Sigo até o caveirão, encontrarei todos lá.

A Fúria Negra sabia o que se seguiria. Acha que Benção de Gaia fez o melhor discurso de sua existência e que agira com a dignidade que lhe faltara em diversos momentos. Ingrid havia sido brilhante. Os Presas de Prata, providenciais. E, Miguel, bem, foi honrado e não criou problemas.

Um a um os líderes tribais vão jurando sua lealdade ao novo líder. Um a um eles tecem suas palavras e até mesmo Ira de Thor vai no auge do que seu ego permitia. Wolfhere começaria sua liderança com o pé direito.

Helene também assume a forma Crinos e vai falar com Wolfhere dizendo:

- Desde que assumi a liderança de minha tribo, os filhos de Falcão e as Filhas de Pégasus andam lado a lado. Agora, não seria diferente. É com muita felicidade que anuncio que eu, Ira de Ártemis, Ahroun Adren das Fúrias Negras. Amazona de Diana. Juro, em meu nome e em nome da minha tribo, lealdade à liderança de Falcão de Prata nesta Seita.

Helene dá dois passos e, ainda em Crinos, volta-se para suas irmãs as conclamando a uivarem:

- VIVA O NOVO LÍDER!!!

Suas irmãs uivam em conjunto e Helene ouve as palavras de Falcão de Prata. Era hora de guerra. Era hora de combater a Wyrm e, assim que ele faz a dispersão, Helene já usa do uvio para dar ordens e diz:

- Ira-de-Thor, Réquiem-Glacial e Presas-do-Inverno, aos seus postos!

A Ahroun então se aproxima de Danniel e diz:

- Conto com a Arautos do Trovão a postos, infelizmente, não posso ficar com vocês nesse momento, tenho muito trabalho a fazer.

A Fúria Negra, então, segue para a região que coordenaria a defesa, observando a disposição dos Garous e os orientando para ficar nos perímetros principais que ela já havia mapeado mais cedo com Forjador de Histórias.

Como Kor havia previsto, Ryan estava em silêncio durante aquela conversa justamente porque estava analisando bem na frente. Era uma característica do Líder que já tinha reparado. Observa o Alpha passar a descrição daquele objeto enquanto conversava com Joshua e com todos. Definitivamente, quando ligasse aquilo, seria ruim para todos ficar sem os dons e os fetiches, porém seria uma desvantagem para todos. High-Tech ainda diz que existia problema naquele dispositivo que tinha que verificar com Spyware. Kor não fazia a mínima idéia do que poderia ser. Tecnologia não era sua praia, mas entendia até bem como funcionava algumas questões dela.

Espera o líder terminar suas conclusões até o mesmo dar a ordem de ir todos para a clareira central. Acompanha o líder até a Clareira central, lugar em que todos param e vê o início do discurso de Benção-de-Gaia. Kor cruza os braços e escuta atentamente todas as palavras de Bençã-de-Gaia. O líder da seita estava dizendo muitas coisas relevantes e o garou prestava atenção em todas elas, afinal todas eram importantes. Benção-de-Gaia falava sobre as Colméias que existem em cada território das matilhas, a estabilidade da Umbra mesmo sendo um lugar perigoso e sombrio, a ameaça da Legião e traidores entre seus irmãos. Quando Benção-de-Gaia falava sobre traidores, o semblante de Kor mudou. Ficou endurecido e suas sobrancelha arquearam mostrando que não havia gostado nenhum pouco daquele assunto. Ter traidores entre seus irmãos garous era uma filhadaputagem tão grande que deveria ser pago com a morte. Por alguns segundos, quando Benção-de-Gaia fez Kor pensar na possibilidade de estar em meio de algum traidor, olhou ao seu redor e ficou analisando quem poderia ser. Não tinha ninguém em mente, mas com certeza não poderia confiar em todos.

" Que desgraça viu... as coisas já estão difíceis e ainda tem algum filho da puta de traidor... vai ser foda descobrir quem é..."

Kor mostrava indignação em saber que existia a possibilidade de existir um traidor entre todos. Mas logo veio outro assunto do Líder-da-Seita que fez com que Kor respirasse fundo. Benção-de-Gaia deu uma comida de rabo em geral da Vingadores. Analisando suas palavras pode perceber que as mesmas teve alguma coisa relacionada a discussão que Darkness tinha tido com Benção-de-Gaia. Isso ficou bastante claro para Kor quando o Líder da Seita disse que não havia espaço para insubordinação, infantilidade ou comportamento mimado. Foi exatamente a maneira que Darkness tinha se comportado na noite anterior. Teve certeza disso quando Benção-de-Gaia diz para o Falcão-de-Prata para ficar de olho em um garou que tinha comentado. Quem estava presente na discussão que houve entre Benção-de-Gaia e Darkness, sabia que essas palavras eram especialmente para o lupino.

Não demonstrou nenhuma reação quanto a isso, mas lamentou profundamente a comida de rabo que a Vingadores inteira tava levando por causa do lupino. De certa forma colocava a matilha exposta ao ridículo, mas também não deixou isso afetar uma vez que conhecia o temperamento de Darkness.

Quando pensava que estava para encerrar esse discurso. Kor recebe outro choque. Benção-de-Gaia passa a liderança da Seita para Falcão-de-Prata. Estava perplexo e tentando digerir todo aquele caminhão de informações despejados prestes a começar um ataque. Enquanto via os líderes das tribos ir fazer um juramento de lealdade para novo líder da seita, somente um pensamento veio a cabeça de Kor.

" Puta que pariu... Porque tinha que ser um Presas de Prata, porra!?!?! "

Kor não tinha gostado dessa nova liderança por ser um Presas de Prata no poder, um rival dos Senhores das Sombras. Só esperava que as coisas melhorassem, porque se ficasse pior do que aquilo, iria ter muitos problemas. Preferiu acreditar no bom senso e na capidade do novo Líder da seita.

Em meio aquele vuco-vuco de todos fazendo um juramento de lealdade. Vê Ira-de-Thor fazendo sua manifestação fajuta de lealdade e desafiando Falcão-de-Prata para um desafio de poder. Kor não gostava do jeito de Ira-de-Thor e torcia por sua queda. Ira-de-Thor merecia pagar muito caro por sua arrogância e colocou um pouco de sua fé no novo Líder para fazer com que isso acontecesse.

" Mas que filho da puta arrogante... Esse desgraçado não pode ganhar nem fodendo, porque se não geral aqui tá na merda... É melhor um Presas de Prata com um bom senso no comando do que um orgulho e arrogante filho da puta... "

Era incrível como uma quantidade de notícias já tinha feito o mundo de Kor dar uma reviravolta, mas não deixou se assustar por isso. Agora era a vez de Falcão-de-Prata fazer seu discurso, o qual Kor presta bem atenção até ser finalizado. Escuta mais um sermão vindo do novo líder. Pelo jeito agora a matilha ficaria marcada por conta desse problema de insubordinação de Darkness.

Focou no que era necessário em meio de tantas tarefas: salvar Kathya, matar os desgraçados que estiverem pelo caminho e voltar imediatamente embora. Mesmo que houvesse uma divergência entre as tribos de Kor e do novo Líder. Suas palavras fizeram borbulhar seu sangue fazendo com que ficasse com vontade de batalhar, guerrear, destruir todos que estivessem pelo caminho e principalmente, teve algo que mais chamou atenção de Kor: o recado que havia deixado para os possíveis traidores que existiam. Kor gostou dessa atitude e pelo visto Wolfhere levaria bem a sério essa questão.

Já tinha escutado o que era pra ser escutado. Os caveirões já estavam à espera e Kor sem pensar duas vezes, mudar sua forma para Crinos, que era sua forma de batalha. Ao ir em direção aos caveirões, passando por todos, escuta Arthur dizendo para Ryan sobre a matilha. Arthur tinha razão. Os líderes estavam esquecendo quem era a Vingadores e isso não era bom.

Com um aceno positivo de cabeça enquanto olhava para Arthur, Ryan e os demais, Kor complementa as palavras de Arthur em um tom firme e crescente mostrando indignação pelo sermão que havia ouvido de Benção-de-Gaia e também de Falcão-de-Prata, que tinha sido um pouco mais leve.

- Não vamos deixar que a Vingadores seja vista dessa forma e tratada como um problema!! Nossa matilha é muito mais do que isso e é inadmissível que seja colocado como exemplo do pior!! Vamos mostrar pra todos aqui quem é a VINGADORES e do que ela é capaz!!! Temos força de sobra para isso e que GAIA esteja ao nosso lado essa noite!!!


Kor terminava sua fala enquanto passava lentamente por toda a matilha. Seus punhos estavam cerrados e levantados na altura do peito. Seu semblante mostrava uma seriedade absoluta e seu tom de voz mostrava que suas palavras era de indignação pelo que tinha ouvido. Vingadores era sua família agora e não iria deixar que seu nome servisse como marca de algo que não deveria ser feito. Seu discurso simples era para inflar o peito de todos da matilha com mais ódio do que já se tinha para com a Wyrm e incentivar a todos da matilha a dar o melhor dentro do campo de batalha.

Ao encerrar sua falava, apenas da uma olhada para High-Tech indicando que já entraria no Caveirão, e foi exatamente isso que fez. Se pôs a andar de uma forma que pudesse esperar todos. Ao esperar Ryan entrar no Caveirão, também entraria com os demais da Vingadores e de outras matilhas.

Hrist meneia silenciosamente a cabeça, mas nada diz. Permanece ao lado do lupino e apenas presta atenção ao que se desenrola ao seu redor...Logo o pronunciamento do Lider da Seita começa, primeiro falando sobre as colmeias e sobre como a Wyrm seria expurgada das terras de Gaia. Benção de Gaia não fazia mais do que sua obrigação. Depois Hrist não se surpreende com as notícias sobre a Umbra, ela vira muito em seu caminho de volta....E para ser sincera, nem a presença de traidores na seita. Naquela mesma manhã estivera falando com seu irmão de que aquele era um caern de Garous fracos...e a fraqueza era a porta de entrada para a Wyrm. Os Fenris vinham falando isso há centenas de anos, mas as outras tribos se recusavam a ouvi-los.

Mas se algo realmente a surpreende no meio de tudo isso é até que nível Benção de Gaia conseguia descer... A juíza sabia do que ele estava falando, e sabia bem o porque, mas estava longe de concordar com tudo o que dizia o Filho de Gaia de ego frágil... Ao contrário, achava-o covarde em tratar Darkness daquele jeito e as ameaças veladas e críticas indiretas apenas comprovavam isso. E então, no meio da troca de olhares acusatórios de Benção de Gaia e sua matilha, Hrist subitamente perde o ar e leva a mão à cabeça, cambaleia um pouco, mas se mantém, fechando o olho por alguns segundos...A Visão que tivera durante a noite voltando à sua mente de uma vez.

- Benção de Gaia... mas...é Óbvio.

A Philodox diz, sem fazer muito sentido.

Abre o olho, buscando na clareira a imagem de Ingrid... não estava mais ouvindo direito o que acontecia, nem tinha mais o foco. O Filho de Gaia renunciava, seu irmão o desafiava em meio a seu plano idiota de dominar o mundo, o chamado às armas, os Galliards da Vingadores... nada disso tinha tanta importância naquele momento quanto encontar Ingrid... Quando a Theurge se aproxima da Matilha, a Philodox vai poucos passos em sua direção, sua expressão passava urgência e sua voz era muito séria quando diz:

- Elo-Espiritual precisamos falar, com urgência sobre Benção de Gaia, aqui não é hora, nem lugar, mas caso eu não volte dessa missão, você precisa saber... Eu vi Benção de Gaia e aquele não é ele. Benção de Gaia está preso em algum lugar das Terras Mortas... Precisa dos Uktena para sair, ele se mostrou para mim noite passada porque eu estive lá e eu voltei... Eu não te encontrei durante o dia e agora os possuidores de corpos sabem que nós estamos atrás deles.

Hrist estava completamente ciente do peso daquela acusação e da responsabilidade com a qual arcaria em qualquer circunstância, mas tinha tanta convicção que sequer titubeia. Apenas olha fixamente para a forma Crinos da Theurge, que tinha certeza que entenderia do que estava falando.

Um líder fraco caía e isso deixava Sarah muito satisfeita. Ao longo de todo discurso de Benção de Gaia, a Fenris ignorara suas palavras. Traidores, Demônios, pra ela tudo era desculpa para manter sua falta de capacidade de liderar à frente do Caern, mas isso é quebrado por um renúncia.

Sarah fica perplexa e passa a prestar atenção em tudo ali. Lealdades são jurdas. Desafios futuros são anunciados. Ira de Thor estava perto. Para Sarah, isso era nítido, mas o discurso de Falcão de Prata lhe incendeia a alma.

Queria ir para a Colmeia, mas saiba que tinha que defender o Caern. Assume a forma Crinos e uiva forte quando os demais uivam. Sua matilha poderia ver, Sarah estava contagiada pelo espírito para a batalha e a mudança de liderança, nitidamente, lhe deixara ainda mais animada para o confronto contra as forças da Wyrm.

A Theurge dos Senhores das Sombras se mantinha ao lado de seu alfa todo o tempo. O anúncio de uma nova lei marcial não lhe surpreende, isso com toda certeza havia saído da cabeça do membro de sua tribo no Conselho, mas uma renúncia? Isso ia contra todas as análises que a Theurge tecia sobre a liderança da Seita.

Com o olhar, Sylvia busca Oráculo do Abismo e Duas Caras. Será que os dois esperavam com isso? Talvez uma captação de expressões tirasse-lhe essa dúvida, se bem que Senhores das Sombras eram mestres em passar o que queriam, não o que sentiam.

Sylvia ouve todo o discurso, que é seguido de juramentos ao novo líder. Um juramento que não passa sem uma provocação dos Fenris. Mas isso até mesmo o líder, que responde sem arredar o pé, já devia esperar.

Ordens são dadas e a Theurge assume a forma Crinos ao lado de Danniel e uiva aos demais, ficando apenas esperando a ordem do líder de sua matilha para agir.

Mercador-Sombrio deixou a Penumbra bem a tempo de ouvir os discursos vindouros. Deixou a fenda e permaneceu um pouco afastado de todo o tumulto, apenas distante o suficiente para que ouvisse com clareza. A clareira central do caern estava completamente lotada. Dezenas de Garous se reuniam para a guerra. Benção-de-Gaia tomou a palavra, e anunciou, além da mudança de liderança e das ações a serem tomadas, aquilo que deixou Mercador-Sombrio mais preocupado. Demônios de fato habitavam entre os garous. No fim das contas, sua mente não era tão conspiratória quanto temeu que fosse. Algo havia mudado, os demônios estavam agindo, e a seita estava a sua mercê.

Em seguida, Falcão-de-Prata subia ao púlpito para tomar a liderança e dar seguimento aos planos de guerra. Aquilo, para o Senhor-das-Sombras, soava simplesmente absurdo. Ir à guerra com traidores em suas fileiras, com pleno conhecimento dessa informação? Não havia registro histórico de algum líder que fosse tão burro para tomar tal decisão. Mas a seita está inflamada pela vontade de lutar, estão todos cegos. O único olho de Mercador-Sombrio valia mais do que os dois olhos dessa gente.

Mercador-Sombrio refletiu por algum tempo o que fazer. Não havia como parar o ataque. Não havia como enfiar inteligência nas cabeças de uma nação inflamada pela guerra, só restava esperar. Havia caído de gaiato em meio à tempestade.

Então ouviu o bradar de Kiba, e foi se juntar à sua matilha. Mercador Sombrio havia apenas esquecido de que sua face ainda estava manchada com marcas do sangue que desceu de seus olhos. As manchas estavam borradas em forma de dedos, e os dedos do Theurge estavam igualmente manchados.

Durante uma conversa com o Alfa da Arautos, tal matilha, juntamente com o restante do Caern, ouvem um uivo de convocação para a clareira do Caern pois haveria um pronunciamento. Então, para lá se foi Mark, com sua matilha.

Bênção-de-Gaia fala sobre as descobertas feitas sobre o mundo espiritual e sobre as colmeias. Colmeias estas que serão atacadas, sendo pelo menos uma nesta noite, enquanto outra parte da seita protege o Caern. Os punhos do portador de fecham fortemente.

Após um discurso considerado até ousado para alguns, dada a natureza até então demonstrada do filho de Quimera, vem uma cena que muitos, inclusive Vento-da-Montanha, não esperavam: Bênção-de-Gaia abdica para que Falcão-de-Prata assumisse. Uivos de contentamento se cruzam com olhares surpresos e não tão contentes. O Portador apenas esboça alguma reação quando o líder de sua tribo jura lealdade ao líder e à seita, curvando levemente seu tronco na direção no novo líder.

De acordo com o novo líder, e isso Vento-da-Montanha concordava, não havia condições de discutir sobre política agora tendo uma guerra pela frente. O discurso inflama o coração do Ahroun, já se preparando para a batalha, assume a forma de guerra.

Após o discurso, Mark Thompson se vira para os seus companheiros de matilha.

"- Será uma honra combater à Wyrm com vocês, irmãos e irmãs em Gaia!" - Apesar do tom sério nas palavras do Garou, a sua tradicional calma ainda pode ser notada.

Ainda.

Cruzando os braços e com olhar imponente, Darkness observa o discurso indigno de Benção-de-Gaia. Suas palavras ofensivas e covardia protegida pelas leis Garous, só retiram um ar de asco do Lupino, acompanhado de um menear de cabeça negativo que não impedia o Fenris de continuar encarando o verme.

*Ordens cegas que devem ser cumpridas ou punidas com a morte?! Tirania humana... Venha arrancar minha cabeça Theurge de merda!*

A expressão de Darkness, de raiva por ainda estarem ali ouvindo aquela politicalha, enquanto uma companheira de Matilha estava sendo estuprada em uma Colmeia, não muda, nem mesmo quando a liderança é repentinamente passada para Falcão-de-Prata. Assim que recebe a encarada do novo Líder, o Ahroun não se intimida, e chega a retribuir com um aceno positivo de cabeça, mesmo sem tirar a face carrancuda. Não era um ato de deboche, e sim de reverência e aprovação. Darkness acreditava que seria diferente, mas se o Presas de Prata quisesse realmente afrontá-lo, sendo manipulado de forma tão idiota, também cairia rapidamente, afinal se fosse esse o caso, mostrara que era um Garou tão obsoleto quanto o antecessor.

A nomeação e as reverências ao novo Líder, são tratadas com total indiferença, para não dizer desprezo. Enquanto aquela palhaçada toda acontecia, um Garou horado continuava sofrendo. Darkness é atento porém, as ordens referentes a invasão e a informação das Colmeias e traidores na Seita. Na última Assembléia conversava com Ingrid justamente sobre isso, e o faro do Lupino e da Theurge não estavam errados, apesar da Uktena ser bem mais poderosa e ir a um ponto que o Fenris nunca seria capaz. Nesse momento os olhos do Ahroun voltam a fitar Benção-de-Gaia, Ethan e até mesmo Arthur...

*Por que será que sinto cheiro de coisa podre?*

Finalmente o discurso termina e a ação começa. Nesse momento ao perceber que Hrist sentira um mal súbito, o Lupino esboça uma cara de preocupação enquanto a apoia de imediato, porém ela não parecia necessitar, já que se recompõe rapidamente, indo eufórica até Elo-Espiritual...

Assim que chegam ao Caern, Guardião-Escarlate desce do furgão e segue com a Titãs para dentro da floresta. Meet uiva a chegada dele e de sua matilha. Dois passos após o uivo de apresentação, já em uma região segura, o lupino volta para sua forma racial, dado o grande desconforto que sentia na forma hominídea.

Mal haviam chegado, e um uivo anunciava que todos deveriam se encontrar no centro do Caern.

'Bênção-de-Gaia deve falar de batalha. Guardião quer rasgar carne de malditos logo!'

Boas informações foram apresentadas, como a solução da questão do mundo espiritual, e a descoberta de 8 colmeias. Além disso, foi informado de que o plano era destruir todas elas. O Garra Vermelha dá um uivo, apoiando a ideia.

No entanto, a notícia mais surpreendente era desistência de Bênção-de-Gaia e sua passagem de liderança para Falcão-de-Prata. A boca do lupino se abre um pouco, como quem tentasse entender.

'Mas mudar de novo?! Por que duas patas mudar tanto? O que acontecer?'

Ele se vira rapidamente para Sarah:

"- É normal coisas mudar assim para os duas patas?"

O novo líder parece não querer perder tempo e ir para a batalha. Isso inflama mais ainda o coração do Ahroun, que uiva após as palavras do Presas de Prata, juntamente com alguns Garous. Conforme uivava, Guardião-Escarlate mudava sua forma para a de batalha. Estava se preparando para defender o Caern, ser um de seus guardiões, representando o nome que ostentava.

Quando a matilha se decidiu por algum lugar, Bruno guardou o aparelho, voltando suas atenções para o que se seguiria. E o que se seguiria faria com que o Ragabash se arrependesse por ter passado tanto tempo debatendo-se entre membros da própria matilha enquanto o Caern ruía em intrigas e segredos.

Precisou esforçar-se para amenizar as feições descontentemente surpresas com praticamente tudo que era revelado. Embora lhe agradasse a ideia de uma nova liderança, não entendia como aquele Filho de Gaia, tão apaixonado pelo poder, pôde fazê-lo de forma tão desapegada. Lançou seus olhares sempre desconfiados para o novo líder, talvez se fosse da mesma laia de Benção-de-Gaia, explicasse porque o Theurge teria aceito com tamanha naturalidade ocupar posto de menos destaque. Obviamente lhe ocorreu que, não tinha sequer suspeitas fundamentadas e tudo que podia fazer era suspeitar de todos, especialmente quando mencionaram traidores.

Fitou disfarçadamente ambos os lados, como se pudesse perceber por entre a multidão algum traço que os denunciasse. Infelizmente, acabou por concluir frustrado que não passava de mais uma peça daquele imenso tabuleiro.

Em dado momento, percebeu seus irmãos tribais assumindo outras formas em diferentes pontos da reunião. Seguiu o fluxo antes que fosse o último a fazê-lo, mesmo que num primeiro momento, não entendesse o porquê. Seu uivo se somou aos demais Andarilhos sempre que oportuno, dessa vez com mais boa vontade que todas as vezes que uivou pelos Filhos de Gaia.

Assumiu a forma Crinos assim que avistou um local onde a matilha pudesse estar, portando-se de lá com postura austera e olhar impetuoso. Parecia atento com os olhos fixos e orelhas voltadas para os garou de alta patente que começavam a se organizar com a clara intenção de discursar. Poucos se arriscariam no palpite de que Herança-Selvagem pescava pouquíssimo do comportamento alheio, deixando passar importantes expressões nas faces de seus líderes.

Entretanto, o sorriso de Ira-de-Thor parecia causar-lhe especial incômodo, ainda mais por simplesmente não poder simplesmente apagar forçosamente aquela expressão sarcástica. Mesmo assim, tinha certeza de sua própria coragem para o caso de uma oportunidade surgir, mesmo reconhecendo sua ampla inferioridade.

Assim que percebe no discurso do Filho de Gaia imundo sinais de que passaria a liderança, redobrou as atenções com certa feição de espanto. A euforia só aumentava à medida que as palavras se alongavam naquela boca suja: “Desembucha logo seu porco!”

Quando finalmente o anúncio de nova liderança é feito, dando lugar a um Presas de Prata, Meet sucumbe a uma ação movida a pura emoção, flexionando as pernas e projetando-se para frente enquanto voltava as palmas das patas repletas de garras reluzentes para os céus, dando um longo uivo em comemoração.

Mais contido diante do restante dos comunicados, Meet aos poucos recobrou a postura anterior após ter desentalado aquele uivo da garganta. Agora seus uivos eram mais protocolados, embora ainda carregados com paixão toda vez que a tribo se manifestava.

Preocupou-se com a própria matilha diante do anuncio tão inflamado sobre traidores na seita, perdendo o foco dos pensamentos apenas quando percebeu o sutil comentário de Lúcia. Meet concordou, meneando a cabeça sem uma resposta verbal, pois não tinha certeza se poderia se expressar sem ofender os Fenris da matilha.

Por fim, sentindo-se “vigiado” de longe, girou rapidamente a cabeça afim de surpreender quem lhe fitava, percebendo então se tratar de Joshua. Cumprimentou-o com cumplicidade, deslocando-se em seguida nas quatro patas para onde a matilha patrulharia.