[CAERN] Clareira Central

Mantendo a seriedade, a Fúria Negra apenas olha para Kiba com um olhar de "o que você tá fazendo aqui?" quando ele vem abordar Bruno. Vendo que os dois conversavam pacificamente, a Fúria Negra praticamente dá de ombros e segue para seu lugar na Assembléia, aguardando que Danniel e Adan fizessem seu trabalho enquanto observava as histórias que iam sendo contadas e tomava real dimensão do que havia sido aquela noite para a história daquela seita.

A meia lua segue para o local da assembleia e, atendendo ao chamado de Falcão de Prata, se vira na direção de Meet e diz para o Alfa de sua matilha com um tom calmo:

- Vou fazer o meu trabalho, Herança Selvagem, depois queria sua opinião sobre minhas palavras.

Fala com cumplicidade, olhando nos olhos do líder da sua matilha. Madame-Satã, logo em seguida, aborda a juíza e pede para acompanhá-la e aprender com ela. A Garou, sem hesitar, apenas diz:

- Claro, me acompanhe, estou indo agora.

Lúcia segue ao centro, onde cumprimenta Falcão de Prata e olha para o conjunto de Garous da matilha dizendo:

- A matilha Titãs passou por muitas turbulências que dificultam o trabalho de um Meia-Lua. Nos últimos tempos tivemos 3 lideranças, sendo que 2 delas abandonaram a matilha, uma abdicando em nome de um Garou de posto mais alto - olha para Sarah - e outro abdicando ainda sem que saibamos o porquê - olha para Iurd - e agora que finalmente temos um Alfa que parece firme no propósito de desenvolver a matilha eu tenho muito orgulho de dizer que não vejo violações de Litania graves a serem comentadas. Todos os contratempos que houveram foram frutos das mudanças constantes feitas por Benção de Gaia no seio da matilha e consertadas com diálogo.

Lúcia faz uma pausa, olha para todos e diz:

- Todos, à excesão da Ragabash Olhos que Riem, podem ser julgados como confiáveis. A Ragabash, por ser muito nova e por ter cometido erros que levaram a colocar esse Caern em risco, na opinião dessa juíza não merece o título de confiável. De resto, todos tiveram um desempenho próximo do aceitável e merecem uma nova chance de seguir as leis de Gaia à risca. Esse é o meu julgamento, como Meia Lua, filha da Barata e Forsten dos Titãs.

Sem dizer mais nada, Lúcia olha para Madame Satã e com um gesto chama o Roedor para acompanhá-la de volta. Lúcia se coloca próxima de Meet e aguardava para ver as demais manifestações.

Lúcia permite que Madame a acompanhe e ele o faz. Assim que Lúcia v~e Falcão de Prata ela o cumprimenta e Madame a segue neste cumprimento, meneando a cabeça positivamente. Madame tinha que aprender todos os procedimentos necessários para que um Philodox fosse realmente um Philodox na seita e em sua matilha. Tinha que aprender a ser útil para que todos pudessem engoli-lo como ele realmente era.

A Beta da matilha é muito direta e sucinta em suas palavras, não dá maiores detalhes ou fica rodeando a carniça antes de expor seus dentes. Não fala bem de Olhos que Riem e quando diz que todos os outros membros da matilha eram confiáveis uma esperança surge na mente de Madame. Depois de suas palavras ela demonstra em que Madame deveria segui-la e a dupla segue para perto de Meet. No caminho Madame diz:

-Foi rápida e rasteira. Tão rápida que quase não consegui acompanhar. Uma assembleia acontece desse jeito mesmo?

Madame tinha mais perguntas do que qualquer outro ali e de alguma forma começava a se afeiçoar a Beta da matilha. Assim que chegam próximos de Meet, Madame acena positivamente com a cabeça para o Alpha.

* Ryan permanecia em silêncio e adotava uma postura respeitosa mesmo com o final das cerimonias pelos falecidos. Sentia um peso incomum rodear o cemitério e não tinha duvidas de que o pesar ainda assolava inúmeros corações ali. Aguarda e assiste o líder da Seita se despedir demoradamente de Coração-Valente e não consegue evitar pensar: *

"Se o cara era tudo o que disseram e conseguia dialogar com todas as tribos.. então essa Seita vai sentir na pele a falta dele."

* Refletia sobre isso quando ouve Falcão de Prata tomar a palavra e dar início à um mini-assembleia. Aprova a decisão de ausência de desafios. Todos ali estavam fodidos de alguma forma e tantas mortes deveriam ser respeitadas. Aprova, com algum alívio, a brevidade do líder, que abre a assembléia com dizeres absolutamente objetivos. Ainda em Crinos, se adianta alguns passos e toma seu lugar junto aos demais, permanecendo o tempo todo com seus irmãos Vingadores. Quando o Unicórnio é invocado, o CyberDog sente uma energia imaculada e incontestavelmente boa percorrer seu corpo. Abaixa a cabeça com reverência por um instante e então se põe a escutar as histórias daquela noite. Guarda na memória os destaques da batalha no Caern, ativando as lembranças que confirmavam tudo o que era dito sobre a bravura de Wolfhere, Mary Campbell, Rei Byron e Isaack Kraken. Esboça um tênue sorriso, mostrando minimamente suas presas, quando ouve falarem sobre a formação de batalha da Vingadores e capta os semblantes surpresos ante a eficiência da tática abordada. Sabia que aquela menção era justa, haviam feito por merecer e a Wyrm havia vindo para mata-los e morrido ao se chocar com a parede de músculos criada por Ryan. *

" Fomos implacáveis e eficientes mesmo.. mas isso é meramente o esperado. Afinal, eu sou o líder. "

* High-Tech desconsiderava o feito como se não fosse nada demais, como se fosse uma recompensa óbvia, mas, em verdade, estava absurdamente orgulhoso. O Andarilho era auto-confiante demais e se achava, mas sabia em seu intimo que, a despeito de sua liderança, os Vingadores haviam sido individualmente mais do que bons. Essa ideia e reforçada quando ouve menções à um Theurge misterioso que havia controlado um espirito de Guerra da Wyrm. *

"O Theurge misterioso tem nome e é um Vingador."

* Olha instintivamente para Ingrid, admirando a Garou que havia conquistado aquele feito notável que em breve seria detalhado pelo mestre de cerimonias da matilha. Fixa o olhar em Arthur nesse momento, fazendo um sinal confiante e positivo com a cabeça, indicando que, como mestre de cerimonias, ele deveria se adiantar para contar sua história. Em seguida, fita Hrist também, indicando com o mesmo gesto de cabeça que ela deveria seguir e cumprir sua função. Sabia que Hrist e Arthur fariam um bom trabalho e apenas diz enquanto aguarda a atuação dos mesmos: *

- Vocês dois sabem o que fazer. E não tenho duvidas de que farão bem.

* A Vingadores havia sido mencionada em duas notas importantes sobre a batalha e Ryan não teve duvidas de que eram realmente o que havia falado antes: SINISTROS. *

O Fianna aguardava novas manifestações quando nota que Wolfhere dava encerramento as cerimonias para dar inicio a uma mini-assembleia. Aquela atitude faz com que Arthur lembrasse que ainda precisava conversar com Kor para preencher os buracos de sua memória.

Quando Ryan lhes libera o Fianna encara o Alfa e acena positivamente a cabeça dizendo:

- Pode deixar Ryan... Não vai se arrepender...

Dito isso Arthur aproveita-se que Kor ainda estava próximo ao grupo e logo aborda seu irmão de Tribo dizendo:

- Cara preciso conversar com você meio urgente...

O Galliard espera o Senhor das Sombras receber a informação e logo prossegue:

- Eu... Meio que... Quando fomos resgatar Kathya e Wolfhere tava fazendo seu discurso pra entrarmos na Colmeia eu... Invoquei meu avô Braço Forte para ajudar no combate, mas parece que a sede pelo combate deixou ele tão animado que ele tomou conta do meu corpo... A primeira coisa que me lembro é de estar com a barriga aberta e caido no chão enquanto Iurd finalizava um Dançarino de um braço só... Tem como tu refrescar minha memória?

Dito isso Arthur espera que o companheiro de matilha se manifestasse demonstrando seria pressa, pois logo os antigos encerrariam as explicações.

Após a simpática resposta da Theurge dos Fenris, o Garra Vermelha esboça o que seria um sorriso e se assenta ao lado dela para assistir a assembléia. Conforme se preparava para se sentar, assumia a forma de batalha, já que estavam em uma assembléia, mesmo que informal.

Já em Crinos, iniciou-se a assembléia. O lupino nada dizia, apenas observava aquela situação toda. Foi então que teve um outro estalo.

'Olhos-que-riem...'

Discretamente, falou para a Fenris que estava ao seu lado.

"- Vingança... a minha irmã de tribo que chegar na hora da luta também sumir!"

De braços cruzados, o Portador simplesmente responde, sério:

"- O grupo de Portadores que eu vivia foi atacado de forma inesperada. Um subgrupo de Ouroborans que caiu para a Wyrm traiu o grupo por considerar-nos um perigo eminente. Vou levar justiça a cada um deles."

Isacknewton ouvia as declarações de todos, sobretudo de sua Beta, ao indicar todos ali como confiáveis.

"Véi, na moral... ela deve ter uns olheiro... como que ela acompanhou os perdido do SS? io cara é tipo mario bros.. entranu num cano e saindo em outro"

Ele para um instante erguendo as sobrancelhas Crinadas.

"Oxê carai! quase que me fodo"

Lembrando-se do SS, ele mesmo caminha lentamente para nao chamar a atenção e discretamente fala com Joshua:

-Ô doido....Psiu.. Joshua - ele sussurrava- passa um resumão ai de como foi a parada lá nas colméias... e esse papo ai de vc pegar uns traidores... resume ai e relaxa que nóis deixa bonito.

O Fianna termina de ouvir todas as explicações de seu companheiro de matilha e não esconde a surpresa em certas partes. Sabia que seu avô era orgulhoso e nervoso, mas não louco.

Depois de processar tudo que tinha sido dito Arthur olha na direção do circulo de anciões onde todos os Galliards estavam contando suas histórias e diz para Kor:

- Valeu mesmo meu amigo... Não conseguiria sem você... Você tem uma memória boa pra cacete. Agora deixa eu ir lá... Mas depois quero trocar uma ideia com você.

Dito isso Arthur bate no ombro do companheiro duas vezes em sinal de despedida e segue até o circulo aproveitando para mudar para sua forma de batalha. No momento nenhum Galliard falava, então Arthur aproveita para se manifestar dando um passo a frente e dizendo:

- Eu sou Semblante de Aquiles, Cliath, Galliard dos Fiannas e Mestre de Cerimônias da Vingadores, uma das matilhas mais sinistras dessa Seita e o que tenho para contar a vocês é sobre nossa missão... Resgatar um membro de nossa matilha de uma Colmeia cheia de malditos... Brilho Prateado, também conhecida como Kathya Campbell, foi sequestrada em nossa ultima missão quando salvamos o Caern Rokea de ser destruído pela Legião. Também contarei a vocês sobre a queda de Assassino das Sombras, líder da Legião que teve a infelicidade de ter ficado em nosso caminho...

Arthur faz uma pequena pausa para retomar seu fôlego e então começa sua narrativa sem economizar em gesticulações com as mãos ou expressões:

- Quando chegamos a Colmeia tivemos que ganhar tempo, pois o portal de entrada cancelava os efeitos de nossos dons e fetiches. Nosso Inimigo da Wyrm rapidamente agiu e com o Ira de Gaia afugentou todos os malditos para nos dar o tempo que precisávamos. – Neste instante Arthur leva a mão em sua bolsa e retira algumas pedrinhas negras com pequenas runas. Rapidamente ele joga uma das pedras em uma das fogueiras que iluminava o cemitério. Logo uma enorme labareta se levanta e toma a forma de um Garou de fogo uivando e afugentando criaturas menores que ele. Quase em um piscar de olhos a imagem desaparece completamente e Arthur retoma sua narrativa: - Entramos logo em seguida e High Tech usou uma bomba que liberava um pulso para cancelar as maquinas que eram tanto uma defesa da Colmeia como um meio de se comunicarem com as outras.

O Fianna caminha um pouco em volta dos Garous que ali estavam e prossegue:

- Com as maquinas desligadas e os malditos afugentados, nos tomamos nossa formação diamante que levou muitos malditos a morte e começamos a avançar buscando encontrar Brilho Prateado. Adrens... Athros... Até Anciões tentaram se impor contra nós, mas nós tínhamos reforço... – Novamente Arthur lança uma das pedras na fogueira e a silueta de Isack Kraken, Wolfhere Falcon, Mary Campbell e o Rei Byron aparece na fogueira por um instante: - Com a retaguarda garantida por ninguém menos que Isack, Wolfhere, Rei Byon e Mary Campbell nos continuamos a avançar...

Arthur faz uma pequena pausa e seu semblante se torna sério. Ele toma fôlego e recomeça:

- Os reforços dos Malditos começaram a chegar e utilizar armas inéditas para meus olhos... Fúria da Justiça Implacável foi atingida por uma flecha que tinha como alvo Elo Espiritual. A principio era só uma flecha, mas o veneno era extremamente forte e causava uma dor tão agonizante que fez nossa Juíza se contorcer de dor até entrar em frenesi... Felizmente High Tech agiu rápido e conseguimos conte-la antes que algo pior acontecesse. Mesmo inconsciente era possível ver que ela ainda sentia dor pelo veneno que só cessou quando Elo Espiritual a curou. Ela também controlou um dos espíritos que tinham sido invocados e jogou contra os malditos para nos dar tempo de reagir aquela investida.

O Galliard novamente recolhe uma das pedras e fica examinando-a em sua mão como se quisesse criar algum suspense. Depois de segundos ele volta a se manifestar ainda olhando para o objeto:

- A batalha continuou e mais uma criatura maldita foi invocada para nos deter... Um Rastejador Nexus... – Arthur lança a pedra no fogo e a imagem grotesca e assustadora da criatura surge diante de todos: - Uma das criaturas mais temidas da Wyrm... Neste instante Wolfhere e os demais ficaram para deter a criatura que começava a moldar a realidade do local, transformando primeiramente o braço de Coração Valente em pedra pura... Nós seguimos para concluir nossa missão e em poucos segundos nos deparamos com Brilho Prateado, presa em uma das paredes da Colmeia por laminas de prata, e seu torturador... Assassino das Sombras... O líder da Legião que fez algumas revelações...

Arthur faz uma nova pausa, olha diretamente agora para os anciões e prossegue:

- Ele disse não ser o próprio Garou e sim algo que estava dentro dele... Que havia feito um acordo com Sombra da Meia Noite, Lucian O’Connor, Ancião, Theurge dos Senhores das Sombras, e que este se passou por um simples Garou desta seita para conhecer suas fraquezas e jogar um irmão de matilha contra o outro... Neste instante Fúria da Justiça Implacável despertava a tempo de ouvir suas revelações. A raiva que sentiu naquele momento foi tamanha que a jogou em um novo frenesi. Com ódio no olhar ela se lançou sobre o maldito... Uma batalha sangrenta, porem rápida... – Mais uma pedra é lançada na fogueira e todos podem ver o traidor sem as pernas sendo erguido por um outro Garou: - A Philodox dos Crias de Fenrir subjulgou o desgraçado e deu a Darkness o direito de dar o golpe final na criatura, dando um descanso a seu pai... O verdadeiro Assassino das Sombras... Enquanto nos dávamos cabo dos Dançarinos que restavam...

Um longo suspiro de alivio é dado por Arthur e seu corpo visivelmente relaxa, como se só o fato de relembrar aquela historia trouxesse tensão ao corpo do Fianna.

- Acabamos com nossos inimigos... Agora restava retirar Kathya daquela armadilha mortal... E não teríamos conseguido isso se não fosse pelas habilidades de Elo Espiritual que, com muito cuidado, retirou cada uma das laminas quase ao mesmo tempo que curava as feridas do corpo de Brilho Prateado. Finalmente “fora de perigo”, Kathya foi despertada por Anjo Guardião, mas infelizmente ela passou por muita coisa... E não conseguiu se recuperar psicologicamente assim que despertou... Estava perdida e nervosa, gritando Wyrm o tempo todo e via a todos como seus inimigos.

- Coração Valente e a matilha Esquadrão da Fúria chegaram logo em seguida por uma passagem em uma das paredes da Colmeia... Com a Pedra da Lua deles roubada e Kathya resgatada nós tínhamos que sair de lá. Sem muitas opções do que fazer Anjo Guardião desacordou Brilho Prateado para que pudéssemos sair de lá.

Novamente ele toma fôlego e prossegue:

- O trajeto até a saída não teve novos problemas... Ao menos era isso que pensávamos... – O olhar de Arthur desvia dos demais por um instante e se foca nos túmulos que ali estavam. Ele lança um novo suspiro e prossegue: - Quando chegamos até uma estreita passagem Coração Valente pediu para que seguíssemos e ele iria garantir nossa retaguarda. Quando todos nós entramos uma Garou surgiu das sombras e golpeou Isack pelas costas. Tentamos voltar para ajuda-lo, mas ele criou uma parede de gelo para que os malditos não conseguissem nos alcançar. Isack Kraken, Ahroun dos Presas de Prata, morreu como um herói e foi fundamental para nossa retirada da Colmeia.

Arthur olha para todos os Garous ali presentes e diz:

- Com os corações tristes pela perda de mais um companheiro... Nós seguimos até o final do túnel que era no meio da zona oeste da cidade. Lá encontramos o Senhor das Sombras Asa da Morte e seu parente. Ambos estavam completamente nus e inconscientes.

Neste instante Arthur olha para Ryan e depois volta-se para os antigos para concluir:

- Sem dar muitas explicações do que havia acontecido nosso Alfa nos pediu para verificarmos o que tinha acontecido com ele. Quando fomos para a Umbra nossa juíza tentou interroga-lo, pois o mesmo estava fedendo a Wyrm, mas ele se recusou a cooperar e foi desacordado para ser trazido até aqui e ser devidamente julgado. Isso é tudo...

Terminando de falar Arthur não sai do centro, pois imaginava que os antigos iriam perguntar alguma coisa.

O Senhor das Sombras ouvia pacientemente todas as declarações. Algumas destinava uma atenção, outras simplesmente não valiam sua atenção.

Quando Isaack começa a se aproximar Joshua o encara de canto de olho mostrando ao Roedor que já havia notado sua presença. Quando ele questiona o que havia acontecido na Colmeia o Ragabash responde:

- Não sei... Quando deixei todos lá comocei a voltar, mas fui capturado...

Joshua faz um silencio enquanto olhava para Arthur que começava sua narrativa do que tinha acontecido. Ele então prossegue para matar a curiosidade do Roedor:

- Um Nosferatu... Um tipo de vampiro de corpo e alma deformados que vive nos esgotos. Ele me interrogou sobre a Legião... Queria saber o que eles faziam na cidade. Me torturou e me fez comer partes humanas para saciar sua sede diversão doentia. Com sorte convenci ele de que se não nos ajudar a derrotar a Legião logo eles tomarão a cidade e os esgotos, matando tudo que ficar no seu caminho... Depois disso ele injetou uma droga em mim que me fez perder os sentidos e quando acordei... Bem... Foi como o Fianna ali acabou de falar... Com a exceção de que fui ameaçado de ter as pernas arrancadas por uma juíza que não é a juíza de minha matilha, nem do território onde estava e muito menos juíza da Seita... Quando o Alfa deles veio falar comigo fui golpeado pelas costas pela Philodox e quando acordei já estava no Caern...

Ele faz uma pequena pausa, lançando um olhar sério para o Galliard da Vingadores que havia acabado de envolve-lo na historia. Não pretendia mais tocar naquele assunto principalmente com a Vingadores, mas se fosse necessário e se fosse realmente chamado falaria aos Anciões o que tivesse que ser dito. Ele aproveita que ainda não havia sido convocado e diz a Isaack:

- Quanto aos traidores... Eu notei que Guardiã das Lendas estava concentrada demais em defender Benção de Gaia. A principio achei que eram por razões políticas, mas mesmo depois que ele foi confirmado um falso Benção de Gaia a Fianna continuou a defende-lo. Estranhei demais a reação dela e a segui... Ela se encontrou com Pé de Chinelo e Nano Boy e tentava realizar um ritual para prender o espírito do demônio que esta em Benção de Gaia. Isso faria com que Trovão Inquisidor tivesse que mata-lo e isso só tornaria o demônio mais forte ainda... Mandei meu corvo avisar Lucca e vim avisar Wolfhere...

Joshua falava o tempo todo em tom para que apenas os que estivessem próximos a ele pudessem ouvir, mas seu olhar não desviou em momento algum do circulo da Assembleia que estava formado não muito longe deles.

Kiba notava que o tempo as ultimas explicações já estavam acabando e com elas o tempo que tinham para falar. Sabendo que Neto era muito jovem na matilha para julgar qualquer um e Edward havia partido (ação permitida pela narração), o Presa de Prata precisaria se manifestar.

Ele acena positivamente em sinal de cumprimento para Bruno e diz ao Andarilho:

- Preciso ir... Preciso falar com os antigos... Até breve End-Bum...

Depois do gesto o Presa de Prata vira-se mais uma vez e segue na direção de onde estava reunida boa parte da Seita. O Ahroun notava que alguns Garous ainda falavam e assim que tem uma brecha diz:

- Boa noite... Sou Asa Solitária, Ahroun, Cliath dos Presas de Prata e líder da Esquadrão da Fúria. Vim dizer apenas que Essência de Garm teve que partir e como Paciencia tem Limite entrou para a matilha faz uma hora eu acredito que não tem como julgar quem é ou não confiável... Obrigado.

Terminando de falar ele se afasta do circulo e volta para perto de Neto e Hans junto com seu filho. No caminho ele avista Anksu e Ellen ao longe e acena para a Galliard com a cabeça, dando a ela liberdade para agir quando quisesse.

Agradeço mentalmente por Ur-Rashid conseguir controlar e nada pior ter acontecido. Enquanto conversava com Ellen o líder da seita se pronuncia também e avisa que será feita uma pequena assembleia para distribuição de renome. Espero Ellen para nos acomodarmos em forma de semicírculo como determinado. Quando o líder da seita pede um Galliard e um Philodox para exercer suas funções naquele momento, olho para Ellen que estava ao meu lado e meneio a cabeça positivamente. Vejo Kiba se aproximar do líder da seita e pronunciar a saída do Philodox de nossa matilha, não entendo nada mais essa questão seria deixada para depois. Agora tinha algo mais para me preocupar, os relatos da nossa Dançarina-da-Lua ao qual minha entrega ao frenesi seria contada aumentando ainda mais a minha vergonha ao saber em detalhes o que eu realmente teria feito durante o meu apagão de consciência...
Durante esse pensamento volto a atenção ao líder da seita e fico com o semblante muito sério.

O mais perto que o ragabash consegue chegar de ter um diálogo com Kiba é quando concorda meneando a cabeça com boa parte do discurso do Presas de Prata. Fazia-o ao mesmo tempo em que articulava uma resposta, quando o Garou demonstrou-se com pressa, saindo tão repentinamente quanto chegou.

Bruno apenas sorri para as costas do crinos com seu filhote, pensando em responder-lhe quando houvesse uma situação menos crítica, como a daquela urgente assembleia menor.

Em seguida, caminhou para onde os demais se reuniam, procurando por Sylvia à medida que assumia a forma crinos, até como maneira de encontra-la mais facilmente. Assim que avista a loira, dirigiu-se para lá, ouvindo julgamentos e discursos pelo caminho, dentre eles, o de Lúcia.

Sem se demorar, colocou-se ao lado da Theurge a tempo de ouvir Danniel e seu relato galliard, que ia ganhando corpo, se estendendo e provocando cada vez mais em Bruno um certo desconforto. No fim do discurso do alpha, o sentimento e sua opinião estavam consolidados para o ragabash... e numa busca de ter suas deduções livres de julgamento, apenas abaixou a cabeça, fitando o chão.

Era a vez da Roedora de Ossos contar sua história. Ellen segue para o centro da assembleia com seu andar rebolativo. Provocava enquanto andava mesmo na forma Crinos porque isso era de sua natureza e, chegando no meio da ferradura, puxa um tronco para li perto, senta, cruza as pernas e casualmente diz:

- Então, galera, vamos bater um papo sobre como que a Esquadrão da Fúria foi eficiente nessa noite?

A Garou olha pra todos e diz:

- Eu cheguei nessa matilha ontem. Achei todo mudo muito esquisito, mas notei que a Esquadrão da Fúria, nome mais do que apropriado para uma matilha onde casais apaixonados preferem trocar socos a trocar beijos...

Ellen faz uma pausa, coça o queixo e completa:

- O que é melhor porque não viola a Litania e não faz você ser destratada ou ter sua morte desejada em combate por um companheiro de matilha, mas palhaçadas de um Senhor das Sombras e de um Wendigo, respectivamente, à parte nem sei se isso é por eu ser linda, por eu ser Roedora ou por ser Impura. Mas quero mais é....

Ellen põe a mão na boca a tapando e segue falando:

- A Esquadrão, tirando esses pequenos contratempos, se mostrou uma matilha eficiente! Tem um eixo central, seu Alfa, em torno do qual giram todos. E foi sob essa liderança que descemos aos esgotos com uma missão: resgatar a pedra da lua. Missão que nos era dada e que seria cumprida. Porque essa matilha funciona assim.

Ellen olha para todos e continua falando:

- Asa Solitária, nosso alfa, nos dividiu em grupos. Ele seguiu com o Wendigo Ferida do Vento e foram alvejados por inimigos em vantagem numérica. Kiba avançou e rasgou os inimigos com suas garras enquanto as flechas do Wendigo eram mais do que certeiras. Esquecido, com uma espada que trazia em seu fio o gelo das mais gélidas geleiras, rasgava inimigos para Aspecto do Invisível, que invisível para nós alvejava inimigos com suas flechas e um japa esquisito que nada de útil fazia pudessem avançar. Voz de Taranis rasgava por completo tudo que via pela frente deixando Mãos que Curam na posição de espectador. E o Fenris que deveria ser o grande guerreiro do meu grupo foi fraco, não matou ninguém e ainda deixou pra mim, que quase quebrei a unha, e pro senhor das sombras theurge a tarefa de avançar. A Fraqueza do Fenris foi tão evidente que Voz de Taranis assumiu a liderança do grupo, impondo uma nova formação sob a qual avançamos e encontramos os grupos de Kiba e Julian mais à frente. Os Dançarinos caiam antes nossas garras e presas e não havia inimigo naquele local capaz de tirar a Esquadrão da Fúria de seu objetivo.

A Galliard olha para todos para pegar fôlego e continua:

- Chegamos a uma entrada estreita. A Pedra da Lua estava lá, ao nosso alcance, mas entre nós e ela espíritos poderosos e muitos inimigos. Servi de isca, usei um dom e destraí os inimigos com esse corpo perfeito que Gaia me deu, para delírio das invejosas.

Ellen dá um beijo no próprio ombro e faz o ruído "smac" continuando a falar:

- Voz de Taranis saltou, dilacerou um Theurge que fazia algum tipo de rito na pedra e uivou, incitando a Fúria nos corações de todos. O Fenris, Mãos que Curam e Anksu sucumbiram à profanadora. Mãos que Curam acabou atacando um outro Dançarino e comendo sua carne. Anksu e o Fenris lutaram. Kiba, me protegia dos ataques dos Dançarinos que queriam possuir meu corpo nu, Julian avançava lutando contra todos tentando chegar na Pedra. Mayra derrubava um dos grandes espíritos ao passo que Balik derrubou com sua flecha mortal um outro. Kiba contornou a situação de Anksu e o Fenris. Amir reassumiu seu controle e assim o Senhor das Sombras começou a analisar a pedra da Lua e junto com a conversa que eu tive através de um dom tribal com a pedra descobrimos que a Wyrm trama algo terrível envolvendo fetiches poderosos e que apenas um precisa ser achado. Eles estão no reino do Pesadelo, um local desconhecido, mas que pelo nome deve ser terrível. Mercador Sombrio desativou a Pedra e Mayra a carregava. Estávamos indo embora. Encontramos a Vingadores e seguimos, mas no final, houve a maior das tragédias. O pai de Esquecido, que nos guiava, é atingido pelas costas e nos impede de ajuda-lo compondo uma barreira de gelo para que seguíssemos com nossa missão. A missão fora concluída. As perdas irreparáveis. A memória de quem se sacrificou por nós ficará em nossa mente para todo o sempre. Assim concluímos a missão, fomos para a umbra e trouxemos a Pedra da Lua para cá. E assim eu encerro esse pequeno relato.

Ellen sai do centro, joga o tronco que havia puxado de volta para onde pegara e se junta aos seus irmãos de matilha.

O Philodox apenas escuta as homenagens, ouve o que cada um tem a dizer e presta muita atenção.
No momento a única preocupação é como serão os dias dali pra frente.... Apesar de não se pronunciar, o Philodox agradece mentalmente a cada um dos falecidos por seus feitos.

A Fenrir, parada como uma rainha de pedra, fitava o desenrolar dos acontecimentos sem expressar maiores emoções. O martelo estava depositado à seus pés, os braços estavam cruzados na altura do peito e os longos pelos acinzentados, da mais pura linhagem dos Crias de Fenris, balançava suavemente com o vento...Com o comentário preconceituoso de seu irmão Sem Lua, a Juíza sorri. Mas é um sorriso frio, pouco perceptível na forma de batalha e que não atinge seus olhos e muito menos sua alma. Volta-se para o irmão e diz, ainda em voz baixa:

- Gaia sentirá falta de cada um deles...

E ela se cala, acompanhando as solenidades finais que aconteciam. Ela não uiva por nenhum dos mortos da seita, mas fazia sua própria oração silenciosa para seus próprios parentes assassinados. Esta noite Hrist cumprira com sua promessa de vingar-lhes e lhes garantira descanso... agora eles poderiam espera-la no Valhalla, os salões dourados de Odin onde os Mortos viviam para sempre. Chama seus nomes um por um, não se esquecendo de ninguém e o último nome de sua liturgia é o de Hagen, que ela chama sem qualquer sentimento de culpa como o que vinha experimentando desde a noite anterior. Eles cumpriram suas promessas um para com o outro e agora estavam livres para seguirem seus caminhos... E isso a fazia sentir-se surpreendentemente bem e estranhamente livre.  E liberdade era uma palavra nova nos vocabulários de todas as línguas que Hrist aprendera a falar desde que nascera. Revigorada com esta noção de que estava livre pela primeira vez para escolher os próprios rumos de sua vida, sem a obrigação da obediência à um casamento que não desejava ou a uma promessa sangrenta que precisava ser caçada implacavelmente, a Meia Lua olha para seu irmão e tranquilamente lhe diz:

- Sabe, Egon... acho que Gaia poderia sentir falta até de você... Acho que isso prova que qualquer Garou, qualquer Garou mesmo, é importante para Ela... Mesmo que seja só para Ela.

E desta vez sim ela sorri visivelmente, porque a paz entre os dois nunca durava mais do minutos como nenhuma relação saudável entre Juízes e Trapaceiros poderia durar. Ela lhe dá alguns tapinhas no ombro, de brincadeira, despedindo-se. Iria se posicionar junto de sua matilha outra vez para a pequena assembleia que teriam e ela tinha uma função para realizar como Ryan se apressa em dizer, como se precisasse. Hrist esperaria o Fianna falar sua história para só então dizer seu veredicto...

...

...E a primeira coisa que Hrist pode pensar sobre o relato do Mestre de Cerimônias da Vingadores é: Só isso?

Era incrível como até mesmo a melhor batalha de sua vida tinha o dom de parecer primária na boca de um Fianna! Conversa demais, sangue de menos! Era muito blábláblá para seu gosto... Hrist gostava de ação, gostava de detalhes! Queria que ele contasse sobre como era eviscerar um inimigo, ou esmagar o crânio de um Espiral Negra e fazer seu cérebro espirrar para todos os lados! Um Skald de sua tribo teria dado emoção à história e não teria jogado pedras no fogo para mostrar imagens como uma professora da pré-escola com um retroprojetor! Um Skald teria cantado canções de guerra, uivado enquanto fazia os Garou da assembleia sentir o gosto do sangue dos inimigos caídos, a fúria da batalha nas veias, a inveja por não ter estado na colmeia junto deles, mas...bem: ele era um Fianna e não um Skald de sua tribo. O relato estava bom... para um Fianna. Hrist podia até aceitar, mas não deixa de dar uma encarada sinistra para o Galliard quando passa por ele, para assumir seu lugar, como se dissesse que esperava por mais. Sem mais delongas, e de forma séria e gelada, diz logo o que precisava dizer:

- Eu sou Fúria-da-Justiça-Implacável, Meia-Lua Fenrir, Cliath e Juíza dos Vingadores e venho dar meu relato sobre a conduta desta matilha: Nesta noite a Vingadores combateu a Wyrm de forma feroz, protegendo uns aos outros sem jamais recuar, como irmãos... Pelo meu julgamento, digo que são dignos de confiança, cada um deles. Eu mesma confiaria minha vida nas mãos de qualquer um...acima de qualquer adversidade. Esta noite, a primeira em que corro ao lado deles, a Vingadores mostrou dignidade e força, teve respeito às Leis da Nação e à Vida de Gaia. Eles foram honrados, foram sábios e, acima de tudo, foram gloriosos... Vocês tem minha palavra como Philodox.