Ruas - Zona Oeste

* Julian guiava o carro da matilha, atravessando as ruas da zona de atuaçao do Esquadrao em velocidade aceitavel. Seguiam para a zona norte. *

Aquela era a terceira ou quarta noite de sua jornada. Não tinha se preocupado muito em calcular o tempo que iria gastar entre sua antiga morada e o Rio de Janeiro. Deixou sua casa no começo de uma das noites passadas apenas com o carro e alguns equipamentos de segurança. A viagem não duraria mais de cinco ou seis horas, se ele fosse direto, mas dirigiu cerca de 3 horas por noite, para que pudesse vier o Rio de Janeiro nas primeiras horas de seu dia.

Assim chegou à Cidade Maravilhosa pela Zona Oeste. Ali poderia se encaminhar para sua nova casa, ou quem sabe para o elísio. O erudito já tinha sido avisado sobre a localização do ponto de encontro da nascente camarilla naquela cidade. Quando foi possível, ligou o rádio para captar as ondas de alguma estação local. Queria se informar sobre as últimas novidades de seu novo lar.

E, aparentemente, o caos ainda estava instalado. Boatos antes de sua viagem tinham dito que alguns almofadinhas tinham organizado a cidade, tomando-a do sabbat... mas aquele símbolo... aquele modus operandi. Muito ainda havia por fazer, se é que algo fora feito.

Já estava dentro da cidade, mas ia prosseguir por sua jornada até o Elísio, na Ilha Fiscal.

Em seu carro, dirigido por seu parente, Mayra seguia em direção à chácara em alta velocidade.

Quando Mayra nos dá a palavra, Balik a questiona e eu prontamente respondo:
-Quando recebemos o ataque outro dia Ferida-no-Vento, isso aconteceu de tarde e a rua estava muito movimentada. Então não podemos ficar esperando muito pois eles não ligam para isso e se forem nos atacar será do lado de fora onde o véu será muito mais danificado.

Me viro para Mayra:
-Bom eu possuo o dom de abrir objetos e com isso não precisaremos arrombar nada onde nos dará a vantagem do elemento surpresa, e como eu e o Balik temos amissão de conseguir informações isso também nos dará a vantagem de não sermos visto e com isso conseguir agir de uma forma melhor.
É o que eu penso.

Post Relocado:
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Respondo ao aceno de cabeça de Anksu positivamente e adentro ao carro da matilha após Kiba se pronunciar.

Seguiamos pelas ruas enquanto ouço o plano atentamente, e quando Mayra abre a brecha para perguntas sem pestanejar cuspo a pergunta entalada em minha garganta:

- E não há humanos no local? Estou com isso entalado desde cedo, chutar a porta e sair dilacerando tudo pela frente não me parece inteligente se houver chance de rompermos o véu, correto?

-E quanto ao sistema de segurança do local, há câmeras? Talvez o hospital seja apenas uma fachada para alguma coisa subterrânea.

Com o carro parado, Mayra ouve as colocações e ponderações. Nada que traçasse um plano e nada que fizesse com que pudessem finalmente começar a agir para resolver aquela missão. A Fianna depois de pensar um pouco se manifesta dizendo:

- Eu não acredito que tenhamos problema com humanos, não faz muito tempo que atacamos esse lugar e deixamos ele em uma situação que não poderia ser reaberto. O Hospital deve estar em obras. E, a essa hora, espero que não tenham operários trabalhando. Câmeras devem ter e vamos ter que resolver isso...

A Fianna olha para Amir e diz:

- Você tem como derrubar as câmeras e ver também se temos alguma condição de proceder a invasão pela Penumbra? Acha viável?

E, para o Philodox dos Filhos de Gaia diz:

- Pedro, veja se seus contatos tem como isolar o local. Nunca é demais manter os humanos longe. Mande que espalhem algo como vasamento de gás hospitalar. Isso assusta e ninguém vai pagar para conferir de perto.

Em seguida volta a falar com todos:

- Nós já tivemos por aqui duas vezes. Na primeira, invadimos e fomos bem sucedidos. Na segunda, perdemos uma companheira para o inimigo que atacaremos hoje sem saber exatamente o que nos espera. Kiba nos pediu uma missão básica, entrar, destruir, pegar informações e por o local abaixo. E vamos fazer exatamente isso. Os Ragabashs vão entrar por último e, na confusão, Balik e Anksu, não se preocupem em atacar, se preocupem em descobrir tudo que puderem sobre o local sem se distanciar do nosso grupo.

Aquilo não era um plano e Mayra deixa claro dizendo:

- Isso não é um plano. Eu fui tão pega de surpresa por essa missão hoje como vocês. Sabemos o que temos que fazer, mas absolutamente nada sabemos sobre nosso alvo. Não temos medo do que está pela frente, mas se nignuém aqui der uma ideia melhor, será assim que entraremos para por tudo que estiver no nosso caminho abaixo.

A Ahroun então espera manifestações dos irmãos de matilha.

Suposições marcavam as palavras da Fianna que deixa a Roedora de Ossos apreensiva. E se houvessem humanos lá dentro? Como iriam agir? A Galliard ainda não sabia mas já tinha se desgastado demais tentando por bom senso na cabeça de Kiba, não ia perder o tempo com Mayra já que via nela a determinação de levar aquelas ordens absurdas até o fim.

Tentando criar uma ideia mais produtiva, a Galliard diz para Mayra:

- Já que a ideia é botar os Ragabashs pra investigar, porque não dividimos a entrada. Enquanto a turma do barulho entra quebrando tudo e tocando o terror pela porta da frente, eu vou junto com os Galliards e tentamos entrar por alguma janela lateral ou similar. Todo hospital tem uma saída de emergência, poderíamos procurá-la e tentar entrar para investigar tudo que tem por lá enquanto vocês fazem o ataque.

Ellen não demonstrava medo. O Totem da matilha não permitia isso, no entanto, sabia que a jornada era muito perigosa e todo cuidado era pouco. Agir furtivamente com os Ragabashs poderia ser arriscado mas, se bem feito, poderia ser bem mais útil para a missão, na visão de Ellen, do que se lançar em uma jornada suicida como se desenhava na visão da Galliard o pé na porta que parecia que seria dado no hospital.

Pedro pega o seu celular e liga imediatamente a um dos seus antigos amigos da Polícia, Francisco Mortunato da Silva Prado.

- Francisco! Aqui é o Neto, por favor, preciso de um grande favor seu... Não pergunte o porque que não o direi, apenas o faça... Estou te mandando um endereço por sms, Isole todo o local, o máximo que tiver condições, diga que houve um problema de vazamento de Gás Hospitalar e ninguém pode passar até resolverem tudo, não deixe isto cair na imprensa, de forma nenhuma!.

Acabando a conversa o Philodox liga para sua amiga de infância Ana Carolina Silva e Prado, diretora de um jornal famoso na cidade e tem o seguinte diálogo...

- Ana! É Neto... Preciso de um favor... Não me pergunte o porque... Se por um acaso aparecer algo sobre o endereço que te mandarei por SMS finja que nunca chegou nada em suas mãos, se alguém quiser tentar chegar perto daqui o proíba... Um dia eu te explico o porque...

Após feitas as ligações o Philodox fala com Mayra e diz que já está tudo certo. Pedro nota a aproximação de um homem e de início fica preocupado com quem poderia ser. Quando o homem os cumprimenta o Philodox, saudosamente o cumprimenta de volta.

Ele acompanhava a matiha, ainda sem se permitir qualquer tipo de comentário. Edward estava com pressa de chegarem logo ao hospital e enfrentar cara a cara quaisquer que fosse a ameaça com cheiro podre de wyrm sobre a qual Kiba tinha falado.

Após as palavras de Ellen e de Pedro tocar sua parte, Mayra esperaria Amir sair de sua concentração para saber a situação da Penumbra mas, de antemão, já vai assimilando as ideias que haviam sido dadas pelos demais membros da matilha e diz:

- Ótima ideia Ellen, os Ragabashs seguem com você pela lateral enquanto nós chamamos atenção invadindo pela entrada frontal. Todos de acordo?

Então, Angus finalmente chega e já lhe passa a vodka que Mayra sem cerimônia dá uma violenta golada e devolve a garrafa dizendo:

- A gente ainda não sabe em quem vai bater, Angus. Mas eles vão saber porque estão apanhando. Estamos terminando de fechar o plano, você vem na linha de frente ao meu lado. Entra aí no carro enquanto a gente termina de preparar as coisas.

Diz isso esperando que Amir falasse sobre a Umbra para que ela pudesse terminar de organizar o ataque.

O Philodox resolve então falar com Mayra sobre o ataque que estão prestes a iniciar...

- Mayra... Vocês acham que o melhor é separar o grupo? Já não sabemos o que tem lá dentro, se separarmos o nosso grupo e os que estão em menor número caírem em uma emboscada? O que eles farão? Correr não adiantará... De qualquer forma, mesmo que entremos por mais de um local diferente, o elemento surpresa continuará sendo deles... Ao mínimo sinal de nossa presença eles já estarão preparados para nos pegar de surpresa... Não quero passar por cima do que o Kiba te deixou encarregada, mas acho que esta não é a melhor solução... Nem a mais inteligente... Entrarmos aí já é suicida, entrarmos aí sem um plano, não sobreviveremos mais do que 20 minutos... Mayra... Vamos entrar todos juntos, ao menos teremos todos para se proteger... Estamos em cima da hora... O meu contato da polícia demorará para fazer o que pedi... Como juiz eu não posso deixar com que isto aconteça... Tenho que preservar a nossa integridade também...

O Philodox espera agora que Mayra ouça o que ele falou e mude o que planeja fazer... Aquela não era uma ideia perfeita, porém, seria a ideia que os faria sobreviver, talvez por mais 10 minutos do que a expectativa atual...

A Fianna ouvia o discurso do Philodox. Achava interessante as ponderações dele, até que ele vem com o papo de "não poder permitir como juiz" alguma coisa. Quem ele achava que era naquela situação? Tiveram todo tempo do mundo para que ele tentasse exercer o papel de augúrio dele. Inclusive na frente do líder da matilha e agora ia crescer pra cima de Mayra? Não! A Fianna sempre ouviu a todos, mas na base da imposição nada iria rolar.

- Como juiz, em um momento de guerra, você deveria ser o primeiro a não se opor à minha liderança, já que esta foi determinada pelo líder da matilha e, se não fosse, meu posto por si só justificaria, Filho de Gaia. Não tenho intenção de colocar nossos Ragabashs para lutarem e a Galliard estaria com eles para lhes ajudar caso necessário. Não ache que seu Augúrio lhe coloca acima das próprias regras, Juiz. Estamos em uma situação de eminente combate então acho que seria bom, antes de achar que está em condição de não permitir algo, que aprenda a respeitar ou a hierarquia dessa matilha, ou a hierarquia de posto aqui presente.

Diz séria e sem se preocupar se seria ofensiva já que Pedro não se preocupara. A Ahroun então lança a pedra para os dois Ragabashs:

- Sem rodeios, Anksu e Balik, o trabalho de infiltração é de vocês. Preferem entrar após nós iniciarmos o ataque frontal, se esgueirando pela retaguarda e avançando conforme as condições lhes permitirem ou preferem a ideia de Ellen de entrarem por uma entrada lateral enquanto atraímos a atenção do inimigo pela porta da frente? Vocês decidem por onde será melhor que vocês entrem para executar a missão de vocês, que é descobrir os planos que a Wyrm tem nesse lugar.

A Garou olha mais uma vez séria para Pedro e diz:

- Nós não precisamos de quem tem medo aqui. Nosso totem nos proíbe isso. Guarde seu medo para você. Estamos em missão e suicida ou não há o cheio podre da Wyrm lá dentro e nós vamos combatê-lo. Devemos combater a wyrm onde ela estiver e sempre que proliferar, se não recorda de nossas leis. Devemos respeitar o líder em tempos de guerra. Se o medo da morte lhe consome, pode fugir como um desertor, mas vamos honrar nosso Totem e, sem medo, vamos cumprir a ordem que nosso Alfa nos deu. Não viemos até aqui à toa.

Mayra encerra jogando para todos:

- Alguém mais está com medo e quer fugir ou recuar?

Pedro apenas ouve o que a nova "ditadora" tem a dizer... Mesmo com o totem não permitindo ainda assim temos pessoas envolvidas, e esta missão suicida estava sendo liderada por uma suicida... Não pensou, apenas agiu, não fez seu trabalho como um bom líder o faria. Após ouvir as asneiras Pedro completa:

- Ainda assim eu defendo que todos juntos temos mais chances do que todos separados... Até agora eu estava falando com você em tom de voz baixo, e jamais tentei passar por cima da tua liderança, porém, a primeira coisa que fazes é vir com pedras para cima de um membro. Não fugirei, não tenho medo, porém, temos mais pessoas nisto, e assim como uma corda, após separada fica frágil, todos os fios juntos a deixam muito forte. Meu papel dentro da matilha não é fazer número e sim ter sabedoria e passar isto ao líder, se o líder não aceita eu não posso fazer nada, porém, meu papel está sendo desempenhado. Como tu mesma falou, a doninha não nos permite ter medo, e ninguém aqui está demonstrando isto, estou apenas te dizendo que é mais seguro entrarmos juntos do que separarmos a todos... Pense o que quiser, eu sou o Philodox, sou o juiz e tenho o dever usar a minha sabedoria para auxiliar ou orientar em períodos como este!

O que deixa o Filho de Gaia cada vez mais indignado é que ele não queria desafiar, estava fazendo o seu papel e usando a sua sabedoria e passando-a a "líder" que no momento parecia não estar nem um pouco disposta a ouvir, apenas a agir sobre impulso. O philodox lembra que um pouco antes antes da discussão ela falara que se alguém tivesse um plano que o falasse, porém, ela deve ter esquecido das suas palavras..

Aquela era uma discussão tola e fora de ora. Ellen não gostava nem um pouco do que estava acontecendo ali, até porque quando ela falou as coisas que Pedro ponderava agora, Pedro estava me silêncio. E agora, na visão de Ellen, não adiantava mais e após nova falação do Philodox, a Galliard diz:

- Ô Pedroca, se situa rapá, se é tão sábio como tá arrotando aí para de dar corda em discussão já acabada porra! Não é hora de bate boca e você devia saber disso. Ela já não falou que os Ragabashs vão decidir? Caso encerrado, vamos esperar e agir porque eu acho essa merda tão suicida quanto você mas ao contrário de você eu fui a única que interpelou Kiba enquanto todo mundo botava o rabo entre as pernas, ok?

Dá um tapa no ombro de Anksu para acordá-lo pra vida e diz para ele e Balik:

- Hey, dá pra vocês falarem o que é melhor pra vocês antes que o Philodox e a líder da missão resolvam ficar lavando roupa suja o resto da noite na nossa frente?

Após ouvir mais uma das mulheres que pareciam estar de TPM pedro resposnde...

- Tudo bem... Então FODA-SE... Vamos fazer o que a nossa "líder" deseja... depois vamos ver no que isto deu... Isto é... se alguém sobreviver...

O Philodox resolve que já que as mulheres de TPM ali resolveram que mandam em tudo, tudo bem, meteu o foda-se e deixou para ver o que iria acontecer, apesar de já saber...

Ouvia tudo aquilo em silêncio, todos sabíamos que a missão é de alto risco desde o inicio da noite, não era agora que iria repetir tal informação.

-Não se preocupe vamos todos voltar vivos. - sorria para o jovem integrante que ainda não tinha visto a ruiva em ação.

Devolvendo o olhar para Ellen, ainda pensava e ponderava a melhor estrategia. Em silêncio, observo Anksu buscando talvez uma linha de pensamento ou argumentação sobre o assunto. Então indaga à todos:

- Temos pelo menos algum mapa!? Entrar chutando a porta não é interessante nem para os Ahrouns, precisamos nos infiltrar e encontrar o que viemos procurar na surdina. Com certeza eu e o Anksu somos melhores em fazer isso, e acho válido talvez irmos por lados opostos, mas precisamos ter comunicação, ou pelo saber onde cada um está. Talvez as informações estejam nas salas mais seguras.

- Amir, vc teria como descobrir se há alguma rede de internet ativa agora? Talvez o espírito da barata possa nos ajudar a encontrar uma entrada que possamos entrar sem sermos notados.

*Mayra é uma incrível guerreira, mas não muito capaz de se mover em silêncio, ficar separados será altamente perigoso. para todos.*

Pedro, não satisfeito em tumultuar tudo antes do ataque, resolve dar um foda-se xiliquento para a matilha. Xilique por xilique, Ellen era especialista e já se espalhando pelo carro não hesita em falar num tom de voz alto para quem estava no carro mas que também não ficasse chamando a atenção de todos que passassem pela rua:

- É isso aí, FODA-SE. F-O-D-A-S-E-. Quer mais uma vez, Foda-se. Fuck off. Foda-se, foda-se, foda-se. FODA-SE. Se for pra ser no grito ou no xilique, eu também sei fazer Philodox. Aliás, nem sei se devo chamar alguém que perde a paciência quando confrontado pelo papel de augúrio. Da próxima vez, fala na frente do líder da matilha, se tiver coragem pra isso, porque tudo que eu vi em você até agora foi passividade total e, somente na hora do vamos ver, a criação de problemas desafiando quem foi colocado na liderança para agir. Então não vamos fazer como a nossa "líder" quer, vamos fazer como nosso Alfa mandou e você com o rabinho entre as pernas não o contestou em momento algum quando ele nos mandou atacar com bem menos cuidado do que a Mayra tá colocando aqui.

A Roedora de Ossos ouve, então, as ponderações de Balik e comenta com ele, já em tom normal, demonstrando que não era com ele - dessa vez - seu problema:

- Não temos comunicadores aqui, a menos que alguém me surpreenda e tire alguns do bolso. Temos nossos celulares e podemos nos comunicar por mensagens, é a única alternativa que eu vejo se entrarmos separados. Não temos mapa, não temos nada, é uma missão suicida com a cara e a coragem do jeito que Kiba nos mandou e que...

Ellen olha de rabo de olho para Pedro e volta-se para Balik e reforça:

- .. e que eu fui a única que levantou-se contra a insanidade de um ataque às escuras, mas já que estamos aqui e assumimos a responsa de colocar o plano de ação, vamos à luta...