A Umbra Rasa (Penumbra)

Quem o responde com um pesar em sua voz é Iurd Byron. Gregory sente muito que o totem da matilha tenha sido destruído.

-A ação do totem para com a Vingadores foi muito honrada. Sinto muito que ele tenha sido destruído no processo.

Iria comentar se já tinham outro espírito em mente para abençoar a matilha quando Iurd pede licença para se retirar para meditar um pouco.

-Fique à vontade Águia Real. As conversas podem ficar para depois.

Assim que Iurd os deixa para descansar, Gregory se dirige à Uli:

-Sacrifício dos Ancestrais.....você também precisa de descanso?

Sinceramente ele queria que o irmão de tribo e de matilha não precisasse. Queria conversar sobre os acontecimentos recentes da Vingadores.

Uli escutava a pergunta de seu irmão de tribo e agora de matilha, e a resposta de Iurd, então o Alfa se retira para meditar também, e sobra para o Galliard fazer a sala para o novato. Não que ele reclamasse, não queria descansar, pois estava com muito na mente, tudo dos últimos dias no campo de batalha, que não tivera um segundo para raciocinar, agora voltava a sua mente, e insistentemente a imagem do Guaxinim indo enfrentar um lorde Infernal se repetia, jurava mentalmente vingança.

Então responde a Gregory, que aparentemente queria continuar papeando.

"- Tô com muita informação na cabeça pra descansar... Se quiser trocar uma ideia... Só vamos pra perto da fogueira que tá uma friaca do caralho aqui..."

Ele convida com a cabeça o Impuro para seguirem para a fogueira que estava acesa no acampamento da matilha.

"- Mas fala ai brother... Essa menina que te guiou até aqui... Não pode ter sido um espírito-ancestral? Não sei se você tem o típico contato mental com os antepassados, mas vejo essa possibilidade."

Falava enquanto caminhava.

Pelo menos Uli queria conversar. Isso era bom. O Theurge queria muito saber sobre a matilha e sobre os acontecimentos até o Guaxinim ser destruído e qual seria a outra missão da Vingadores. Sacrifício dos Ancestrais convida Greg para irem para mais perto da fogueira e ele o acompanha até ser questionado sobre o menino, que se chamava Jake, que estava junto com ele na Umbra e que desapareceu em uma fenda.

-Eu não sei....acredito que possa ter sido algum ancestral da nossa tribo, mas não tenho certeza. Talvez ele estivesse me guiando até vocês desde o começo. Como eu estava fraco e ferido não consegui de forma nenhuma identificar o que Jake era. Talvez fosse apenas meu instinto...uma ilusão também.

Suspirou fundo e continuou:

-Mas me diga....qual a missão que a matilha está indo fazer? E outra coisa.....não sei, se não quiser responder a pergunta que vou fazer....não tem problema nenhum.

Sorriu e encarou Uli:

-Você não tem Cabana e nem casa?

O Galliard se senta ao lado da fogueira escutando os questionamentos de Gregory. Falar sobre a cabana e a casa faz com que Uli olhe para um ponto fixo, aparentemente, se lembrando de tempos distantes.

"- Estamos na missão de resgatar dois Anciões perdidos na Umbra. O primeiro era o Fenris que te resgatou, Glorioso-Punho-de-Odin, resgatamos ele no Campo de Batalha, que aparentemente estava corrompido, servindo de porta de entrada para uma prisão em Malfeas."

Aquilo lembra da missão e da dificuldade, e dos companheiros caídos, aquela seria uma historia longa, para uma fogueira maior e mais quente.

"- Agora estamos indo atrás de General-de-Prata, um ancião da nossa Tribo. Reza a lenda que ele está no Reino da Atrocidade, e é pra lá que vamos."

E finalmente, ele se vira para Gregory e fala com um meio sorriso meio envergonhado.

"- Quando tive minha Primeira Mudança não conhecia nem ao menos meu nome, me chamava apenas Uli, não conhecia meus pais nem nenhum Parente. Quem me encontrou foi um Cria de Fenris. Os ancestrais que me guiaram pela historia de nossa Tribo, eles me ensinaram sobre nossas tradições e sobre minha família. Cabana posso dizer que nunca tive contato com um Caern para poder me juntar, e casa, se considerar um juramento feito a 2000 anos atrás, sou da Casa da Garra Conquistadora."

Ele não sabia nem se o Theurge conheceria a casa, estava extinta a tanto tempo, e os Roth eram a ultima familia a cair. Eram o motivo que Uli jamais desistiria e se entregaria, não podia morrer, era o ultimo Roth e seria vitorioso.

Quando Uli comenta sobre Malfeas o Theurge até estremece por dentro. Sabia que este lugar existia, mas sabia tão pouco sobre ele e que ele era tão terrível que nem queria conhecê-lo. Glorioso Punho de Odin era um Ancião então. Era bom saber que estavam conseguindo resgatar garous presos pela Wyrm.

-Estou impressionado que tenham conseguido sair de Malfeas, que dizem ser o coração da Wyrm. O reino da atrocidade fica relativamente mais perto do que Malfeas e pode ser mais fácil chegar nele.

Precisariam mesmo se preparar para chegar ao reino da atrocidade.

-E qual seria o plano para chegarmos ao reina da atrocidade? Já sabem como faremos?

Sobre a casa e Cabana de Uli, Gregory espera um momento para falar. Estava buscando em sua mente a história da Casa da Garra Conquistadora.

-Conheço a história da Casa da Garra Conquistadora. Infelizmente sua história não é muito bonita de se contar....mas é interessante conhecer, talvez o último membro da casa da Garra Conquistadora. Quem sabe você não seja o renascimento da casa....ou deva se integrar a uma das outras sete casas já existentes. Agora só lhe resta escolher a qual Cabana fará parte.

Abriu um sorriso.

-Eu particularmente lhe indico a Cabana da Lua...sou um pouco suspeito em falar dela já que sou um deles. Mas qual sua inclinação? Assuntos materiais, política entre as casas, história e assuntos recentes? Ou casos místicos e mais espirituais?

A inclinação de Uli já mostraria a qual cabana ele era mais indicado.

-Gostaria muito de saber mais de seus ancestrais...de sua história. Elas sempre nos querem falar alguma coisa ou mostrar o que devemos ou não fazer no nosso presente. Caso queira me contar, é claro. Sou um pouco curioso demais neste aspecto e peço-lhe humildemente que me perdoe.

Esquentando suas mãos na fogueira que Uli responde ao Impuro.

"- Foi em Malfeas que o Guaxinim fez seu sacrificio e nos salvou de um ser infernal, algo como o General-do-Inferno. Os Theurges disseram que temos que sabem mais ou menos como chegar lá. Imagino que devemos seguir os sentimentos ruins de nosso coração e chegaremos lá, mas isso quem diz é um ancestral com quem tive contato."

Agora respondendo as questões pessoais ele diz.

"- Poxa, eu sempre fui um cara muito prático e pragmatico. Mas toda a realidade espiritual sempre foi um misterio interessante, mas infelizmente, tem motivos na vida real que acabam me afastando disso, e por consequencia, me deixando mais próximo a Helios."

O Galliard pausa antes de continuar.

"- Meus ancestrais contaram todo o passado de minha familia. E a historia da Garra. E aparentemente isso foi um grande sacrificio para todos, o que me rendeu meu nome do qual me orgulho muito. No entanto, não acho que a Garra tenha salvação nos dias modernos, infelizmente os espiritos me disseram que devo guiar os Roth para o futuro. Os Roth, que bobagem de se falar, sou o unico sobrevivente."

Uli fala aquilo e da um sorriso meio triste, daria tudo por Esquecer tudo que sabia, era muita informação, e saber o que foi feito de seu pai fazia a Fúria efervescer dentro de si.

Continuou ouvindo as palavras de Uli e ela continha certa razão. Os sentimentos ruins eram a origem da Wyrm e poderia funcionar. Talvez os Ancestrais de Greg poderia lhe dizer mais alguma coisa.

Sobre a resposta que Uli poderia fazer parte da Cabana do Sol, Gregory sorri, mas era perceptível que queria que Sacrifício dos Ancestrais fizesse parte da Cabana da Lua.

-Entendo. Seria prudente então ingressar na Cabana do Sol. Quando de meu Ritual de Passagem foi-me informado que aqueles que não escolhem nem Casa e nem Cabana não são tratados muito bem entre os Presas e não conseguem ascender muito na hierarquia interna. Pior que aqueles que não escolhem as casas e cabanas.....

Gregory baixou os olhos e pareceu ponderar alguns instantes antes de continuar e encarando o chão da Umbra disse:

-...somente os Impuros.

Ficou em silêncio durante uns dois minutos e suspirando fundo erguendo a cabeça e abriu um sorriso tímido. Uli tinha mudado de assunto e isso agrada o Theurge:

-Entendo sua posição....talvez o destino tenha algo grande guardado para você, Sacrifício dos Ancestrais...talvez os nossos Ancestrais puderam vislumbrar uma fenda do futuro e pode haver esperança para os Roth. Quando estiver de bem com seu coração e com seus sentimentos e quiser conversar comigo sobre a história da Garra Conquistadora e de seus Ancestrais diretos, estarei aberto para ouvi-lo e ajudar se for preciso.

O carisma de Gregory era tremendo. Talvez agora fosse hora de se concentrarem em como chegar ao Reino da Atrocidade.

-Pelo que me foi ensinado sobre a Umbra e os outros Reinos...teremos que nos aprofundar bastante para chegarmos até o General de Prata. Mas sei de uma coisa...nada é impossível para Gaia e Luna....e Hélios. Nós temos muito apoio e isso nos dá força e perseverança de continuar seguindo. Vamos sair vencedores e traremos General de Prata são e salvo.

Abriu um sorriso carismático. A conversa estava ótima na opinião do Valentine.

Uli sorri e responde totalmente simpatico.

"- Uli Jon Roth, Sacrificio-dos-Ancestrais, nascido em duas-pernas sob a Lua Gibosa, membro da Cabana da Lua da Casa da Garra Conquistadora... Até que ficou bonito no curriculo."

O Galliard fala brincando e então completa.

"- Da matilha Vingadores, que resgataram dois anciões da Umbra e purificaram um reino tomado pela Wyrm. Melhor ainda haha"

Uli ri e então pergunta um pouco mais sério.

"- Na Europa, onde nasci, na Alemanha mais especificamente, o Campo dos Anjos Guardiões é apenas uma lenda das Américas, mas aqui aparentemente todos os Presas fazem parte dele..."

Abriu um sorriso das próximas palavras de Uli.

-Ficara uma denominação muito boa. Ainda mais no quesito da Cabana da Lua.

Sobre a última frase de Sacrifício dos Ancestrais o Theurge comenta, retomando a seriedade:

-...concordo com você. Talvez eu te entenda sobre o campo se comparado com sua Casa. Se você é o último membro da Garra Conquistadora...os membros do campo dos Anjos Guardiões estão desaparecendo como ocorreu com a sua casa, mas não dá forma com que sua casa desapareceu. Talvez fosse interessante você integrar os Anjos Guardiões....para fortalecer o Campo e fazê-lo persistir por mais tempo. A propósito Sacrifício dos Ancestrais.....você possui parentes?

O semblante do Garou fica serio antes de responder olhando o chão.

"- Não, todos foram massacrados por um vampiro que persegue minha familia a mil anos. Minha mãe só me salvou me colocando num orfanato, e depois sumindo, nunca a conheci, só sua historia. "

Então ele continua indagando, um pouco menos triste

"- Se souber mais da historia e objetivos do campo, seria uma honra participar do mesmo campo que Iurd e Wolfhere, que são conhecidos internacionalmente... Mas como assim desaparecendo? Vocês tem algum inimigo? Alguem esta perseguindo os Anjos Guardioes?"

O Galliard apenas aguardava a resposta de Gregory, mas em sua mente já começavam a se formar mil imagens de como contaria as aventuras da Vingadores na primeira assembléia que ocorresse quando voltassem. Quando ele finalmente poderia conhecer o Caern e a Seita, sem ser mandado de sacanagem por um Anão pra Umbra.

-Estamos rareando. A maioria dos garous parece não concordar com a visão dos Anjos Guardiões. Sua história e os objetivos de campo não agradam a maioria dos garous.

Sorriu, calmo.

-Mas depois desta missão poderemos ver a sua inserção no Campo dos Anjos Guardiões. Se assim o desejar.

Observa o fogo um pouco e continua:

-A história de sua família, quero dizer, dos seus antepassados é um pouco triste. O tal vampiro ainda vive?

Uli continuava a conversar. Mas Gregory adorava fazer perguntas indiscretas, sorte dele que o Galliard adorava jogar conversa fora.

"- S... sim, o Alfaiate continua vivo, meu pai falhou na batalha contra ele. Já o encontrei, mas não cheguei a enfrenta-lo, busco ansiosamente o poder de vingar minha familia."

E quanto aos Anjos Guardiões.

"- Se a maioria não aceita o Campo eu já estou tendendo a ele. O que tanto vocês pregam que não é aprovado pela Nação?"

Uli sabia que eram quatro familias membro do campo, mas de fato mais que isso não sabia, ele vê o treino dos ancioes começar e comenta com Gregory.

"- Se o Fenris for treinar com aquele martelo acho que o seu Campo corre risco de perder mais um membro."

”O Alfaiate? Nunca ouvira falar daquele vampiro. Muito menos daquela nomenclatura.”

-Alfaiate? Nunca ouvi falar....talvez eu possa lhe ajudar de alguma forma contra o vampiro.

Desta vez não sorriu e percebeu o “treino” que se sucederia entre Glorioso Punho de Odin e Wolfhere. Seria interessante ver como os dois lutavam.

-Só espero que ninguém se machuque neste treino. Aquele martelo parece realmente perigoso.

Se posicionou para ficar vendo o “treino” confortavelmente e respondeu sobre os Anjos Guardiões.

-O Campo prega a união das 13 tribos e que nós, Presas de Prata, somos os antigos Presas honrados e que eles podem depositar a confiança. Mas isso é muito complicado. As tribos estão muito individualistas atualmente e quando um possível membro ouve o que seria o objetivo do campo eles desistem de participar. Espero que não seja seu caso Sacrifício dos Ancestrais.

Virou o rosto para encarar Uli para observar bem a face do Presas quando de sua resposta. Tinha muito mais sobre o Campo dos Anjos, mas por enquanto este era o ponto primordial para que o irmão de tribo aceitasse ou não o Campo.

O Galliard mantinha a atenção voltada para o treino, mas ainda assim conversava em tom ameno com o Impuro, dizendo.

"- Bom, imagino que você também, mas eu, fui ensinado, pelos espiritos e pelos Crias que me encontraram, que você deve viver pela sua honra, liderar pela sua sabedoria e morrer por sua Gloria. E é isso que eu mais preso na visa. A união é algo mais do que necessario, mas se nem nossa tribo concorda entre si, quem dirá as 13 tribos."

Uli falava palavras que significavam muito para si, toda a conversa sobre familia e destino faziam o lembrar de sua promessa e de seu pai perdido, morto ou desaparecido, não importava, nunca o comheceria e tinha que vinga-lo.

-Sabia que iria comentar algo parecido. Não é somente disso que o campo se resume, apesar de suas palavras serem verdadeiras.

Voltou a olhar o treino e ficou interessado pela história de Uli. Na verdade estava BEM interessado.

-Então você foi criado pelos Crias de Fenris? Que interessante.

Volta ao assunto dos Anjos Guardiões:

-Mas o Campo não lidera porque é nosso direito....se liderarmos é porque fizemos por merecer. Talvez isso possa clarear um pouco suas ideias diante do Campo. Seu interesse ainda está aí, não está?

Abriu um sorriso, mas estava olhando para o treino. Uli podia perceber que Gregory era bem carismático e parecia querer que ele entrasse para os Anjos.

Uli concorda com a cabeça, sabia que Gregory não estava olhando, mas era instintivo.

"- A seita que me encontrou depois da Transformação era quase exclusiva de Crias, afinal, era na Floresta Negra, na Alemanha."

Então o Presas continua.

"- Mas bem próxima tinha uma Seita de Presas de Prata, aliados... passei pelo meu Ritual de Passagem lá... E logo em seguida fui caçar o Alfaiate..."

Ele voltava naquele assunto e continuava.

"- Eu vivi minha infância e adolescência inteira num orfanato, eu sei que quem lidera é sempre o mais forte, mas ele tem que provar isso, diariamente... E é o que eu acho que nossa tribo tem que provar, que somos os Alfas porque somos capazes, no passado, no presente e no futuro..."

O Galliard também era extremamente carismático e parecia muito entretido na conversa e no treino ao mesmo tempo.

"- Sempre gosto de conhecer boas ideias... Admito que não conheço exatamente todos os Campos dos Presas, mas a julgar por Iurd e Wolfhere, os Anjos Guardiões parecem ser o que os Presas devem ser."

Ouvia tudo o que Uli falava, apesar de estar observando o treino. Observar os dois seria muito interessante. Saber que Uli crescera em um orfanato não surpreende Gregory. Talvez o tivessem feito para protegê-lo e o Theurge queria muito ter crescido em um em vez de ser constantemente humilhado por ser um Impuro. Nada diz a respeito, mas quando Sacrifício dos Ancestrais retorna a conversa dos Campos, Gregory comenta:

-Ainda não o conheço de todo, Sacrifício dos Ancestrais, mas tenho a certeza de que será uma adição muito bem vinda ao Campo dos Anjos Guardiões.

Desta vez virou sua face para encarar Uli:

-Suas palavras, até agora, me agradaram muito. Se não se importar, posso falar com meu primo para que você possa ingressar no campo. Aceitaria o meu convite?

Era engraçada a empatia que o impuro passava para Uli, na verdade, a matilha toda passava aquela empatia, eles pareciam muito unidos, principalmente depois de tudo que passou nos ultimos dias.

"- Seu primo é o Kiba né? Lá do Caern? Foi mal estragar a surpresa, mas acho que depois da missão o Iurd e o Wolfhere vão pra Chicago, e imagino que a matilha toda vai com eles. Vamos ver os pais de todo mundo aqui da Vingadores antes de ver seu primo."

Tirando o Philodox e a Theurge, o resto da Matilha era composta por Presas de Prata e aquilo era interessante. Ele sabia que os tais Anjos Guardiões tinham sua sede em Chicago, e provavelmente era por isso que na carta o anão pedia para eles se apressarem na cidade.

-Isso...o Kiba Valentine é meu primo.

Ficou impressionado que iriam voltar para o Caern de Chicago e Gregory estremeceu só de ouvir Chicago. Lembranças do ataque ao caern estavam bem gravadas na sua memória e depois ele acabou vagando pela Umbra. Estava a tanto tempo na Umbra que até começou a duvidar da presença da Vingadores. Estaria alucinando?

-Hum......entendo. Depois da missão iremos para Chicago. Tenho certo medo do que posso ver por lá, isso se tiver alguma coisa para ver....quando saí...o Caern estava sob ataque....na verdade acabei aparecendo na Umbra, salvo por uma Theurge...desde então estou na Umbra, fugindo dos meus perseguidores. Espero que esteja tudo bem no Caern.....espero realmente.

Baixou um pouco a cabeça pensando na vida que teve em Chicago. Não foi uma vida fácil, mas ainda assim muitos fatos foram muito bons. Talvez sua mãe estivesse viva, talvez.

-Talvez minha mãe ainda esteja viva....espero que sim.

Levantou os olhos e sorriu, mas tinha noção de que ela poderia estar morta há tempos.

Uli não sabia da situação que estava o Caern de Chicago, sua notícia aparentemente não era tão boa para quem havia saído de uma invasão lá.

"- Irmão, quanto tempo você está na Umbra? Quando foi o ataque ao Caern? Lembra o dia?"

Se o ataque estava acontecendo nos últimos dias, talvez os outros não soubessem ainda, mas Gregory tinha contado pra Wolfhere de onde viera, e não levantara alarde. É que Uli não sabia o que haveria acontecido lá.

Gregory pensa um pouco para responder a Uli. Na verdade ele nem sabia que dia era aquele e não tinha como responder. Mas tinha noção de que talvez uma ou duas semanas tinham se passado desde o ataque ao Caern de Chicago.

-Fiquei muito tempo na umbra e perdi um pouco a noção do tempo...mas o ataque aconteceu mais ou menos em Janeiro de dois mil e doze....acredito que estamos em fevereiro não?

Jake ainda estaria vivo? Queria que sim, independente de quem ele era. Queria também que sua mãe estivesse viva. Seria muito bom vê-la depois de dias fora.

O Galliard sorri para seu companheiro colocando a mão no ombro deste após a resposta.

"- De fato estamos em fevereiro cara... Sai do Caern em 2 de fevereiro... Só que de 2013... Acho que realmente a Umbra faz a gente perder um pouco da noção de tempo!"

Ele era simpático e sentia empatia pelo Impuro que estava totalmente perdido no espaço-tempo.