Reino do Campo de Batalha

A calma que precede o esporro... o ahroun sempre detestou calmarias, embora constantemente se forçava à tal situação, conhecia seu real temperamento e por algum motivo acreditou que aquela aparente paz, trazida com a saída de seus irmão de tribo, que curiosamente lutaram para sabotar sua liderança, era auspiciosa, mas eis que a verdade natural da vida do ahroun vem à tona.

A surpresa do ahroun era perceptível, ele não tenta fingir ou maquiar o 'choque' que aquelas informações viriam.

Não tinha absolutamente nada contra aquele garou...

- ... mas se iria tomar a liderança, pq não o fez antes de sairmos em misssão...?

Ele ouviu as palavras e estava sem entender aquilo, afinal...

- ... em todo momento parecia que teria ao menos uma chance...

E o garou olha para Iurd com um misto de perplexidade e incredulidade percebendo que, sem querer, seus pensamentos foram verbalizados... ele balança a cabeça por um instante e, intencionalmente, fala...

- Eu não tenho nada contra você Iurd, respeito como o grande garou que você é, e eu sei que eu não estou à altura, mas eu sempre o respeitei... Não aceitei a forma como minha tribo te trata pois sua história prima por aquilo que um verdadeiro Cria de Fenris preza... força, garra e capacidade de lutar e você possui esses atributos.

Ele olha para o chão e então volta a falar com Iurd...

- Mas... Você consegue imaginar o que acontecerá quando nós voltarmos? O primeiro Fenrir a assumir a liderança de uma matilha desde que a liderança da minha tribo mudou, deposto no meio da missão em que ele foi chamado à participar, em que ele foi convidado...!? Eu odeio políticas Iurd, pq acredito que a capacidade deve ser medida pela força de suas ações e não de suas maquinações mas nem todos são como eu... e eu serei o líder de meia missão... aquele que não foi capaz de manter-se... E eu gostaria de saber onde eu errei.

Ele fica sério enquanto olha para Iurd enquanto pergunta.

- Pelo que eu me lembro, foi a saída do antigo alpha que me fez estar aqui quado você não quis assumir... eu fui acusado de tentar me impor quando eu pensei em tentar te ajudar, dado o momento e você ser o Inimigo da Wyrm de um caern como o nosso, mas no final, foram suas palavras que deixou vago o cargo... e agora eu preciso saber... eu tenho o direito de saber onde foi que eu errei. Por que dessa mudança...!? nós tínhamos um acordo, eu tinha a sua palavra... é o mínimo que eu mereço.


Não havia desafio, mas havia indignação, o garou buscava as palavras, era nítido que ele buscava falar sem que suas palavras fossem interpretadas de forma errada, e deixava isso bem evidente já que o posto estava sendo o grande fator naquele momento.

- Eu só preciso saber Iurd, é a única forma de eu crescer... é sabendo meus erros... Te asseguro, você não tem que se preocupar comigo, eu não vou criar problemas para você, mas você foi um alpha, e me diga o que seria de você, como você se sentiria em meu lugar, enquanto cliath em uma situação igual a minha? Embora alpha da Vingadores, eu honrei nosso acordo de que as decisões das ações seriam suas... e eu só te pedi uma única coisa, já que eu fui convidado para a missão, na verdade eu mais sugeri do que pedi... e você aceitou. Sabe... eu notava a expressão dos demais questionando o pq eu não liderava, mas em honra ao nosso acordo eu indicava que as decisões eram suas pois a missão é sua... eu irei respeitá-lo, e irei seguí-lo pq eu respeito a hierarquia Iurd, vc tem o direito, e eu não sou um juiz para julga-lo... mas me responda onde eu errei...

Ele pensa em falar mais, mas lembra que daquele momento em diante, ele era um subordinado e fica quieto.

- Quer saber...!?... Eu te respeito, vc trocou o luto pela luta, e o seu nome confere à cada um de nós grande glória e honra, eu te asseguro que eu não serei um estorvo, não precisa se preocupar em ter em mim, o que os meus irmãos de tribo fizeram comigo enquanto eu fui o alpha, eu não irei sabotá-lo, conte com cada parte de mim para fazer as missões que tiverem que ser feitas, te asseguro isso.

Havia uma nota de decepção e mágoa na voz e no olhar do ahroun mas ele respira fundo e olhando diretamente nos olhos do Presas de Prata finaliza.

- Eu Algoz de Einherjar, Ahroun, Cliath dos Crias de Fenris do orgulhoso campo da Mão de Tyr, entrego à você Águia Real, Ahroun, Athro dos Presas de Prata pelo direito que seu posto lhe confere a liderança da matilha Vingadores, abençoada pelo grandioso Guaxinim, e me submeto à sua liderança sem reservas.

E fica em silêncio... aguardando...

Águia Real - Algoz de Einherjar

Quando o Athro abre mão da palavra para que o Cliath falasse, ouvia cada palavra do Garou, analisava cada expressão e não se surpreendia com elas, imaginava que haveria o choque, pensava que como Fenris, poderia haver revolta e tudo o mais mas esquecera que falava de Henker, ele não era como os outros, era muito diferente e já havia demonstrado isso diversas vezes.

Perguntava ao Presas de Prata onde havia errado, perguntava o que iria acontecer quando voltassem mas Iurd sabia de coisas que Henker não sabia, sabia que Ira de Thor havia assumido a seita e por mais que tal atitude pudesse parecer política, não era pois o Athro não entendia muito bem as questões políticas e nunca se envolveu muito.

Sem ter todas as respostas, Iurd começa:

-'Henker, eu jamais agi na nossa matilha tentando fazer política, o motivo pelo qual eu não quis assumir a Vingadores foi porquê não achei que fosse a hora. Você nunca errou e foi um excelente Alpha pelo tempo que esteve na liderança. Eu era Alpha da Titãs e tive que me ausentar da matilha por conta de um ataque de demônios a Caern de Chicago, onde minha família mora, fui para liderar as linhas defensivas contra a invasão, quando voltei, não fui bem recebido e por isso não achei que fosse a hora de assumir um cargo tão importante, não me sentia parte da família que deve ser uma matilha...'

Havia muita sinceridade nas palavras do Garou e em momento algum, Iurd desviava seu olhar do Fenris. Fez uma pausa e prosseguiu:

-'Cara, ninguém na seita sabe do que irei contar agora, poucos na verdade... Depois da tempestade ocorreu a explosão e eu, Ingrid e toda a antiga Devastadores tivemos nossas habilidades e dons roubados de nossos corpos, tanto poder foi roubado, fetiches foram sacrificados em prol de Gaia e meu poder, acredito que de Kathya e de Ingrid tb, voltou a ser o poder equiparado ao de um Cliath, quando Ira de Thor me venceu em combate, ele não lutou contra um Athro de verdade...'

Ele faz uma nova pausa e prossegue:

-'Ingrid é a melhor Theurge que eu conheço, meu amigo e se ela diz que é chegada a hora de retomar meu caminho e seguir o destino que Gaia escolheu pra mim, eu o farei pois não é atoa. *nesse momento ele coloca uma pata no ombro de Henker* Eu te puxei para conversar pois sei que não é igual aos seus irmãos de tribo e tenho plena confiança na sua palavra quando fiz que vai ser fiel e não me sabotará, você é honrado e por isso eu te admiro e te respeito! Por isso te explico tão detalhadamente meus motivos e te digo que você não tem culpa, meu irmão!'

Iurd estava concentrado em sua conversa, tão concentrado que não nota a imagem ao longe, um Coliseu, com certeza quando visse, iria se animar.

Uli cumprimenta Yuri quando este se apresenta, ele ainda estava tentando descobrir se Henker ia dar mais alguma instrução ou algo assim para a Matilha, mas Iurd o interrompe e o chama para um tete-a-tete, o Presa de Prata observa a conversa de longe, sem ouvir o que estava sendo dito, porém pela expressão facial do Fenris e seus gestos corporais o Galliard imaginava o que estava acontecendo, e tudo estava voltando ao seu lugar natural.

Então um fedor da Wyrm muito forte invade suas narinas, ele observa aquela ilha com um coliseu no meio, ele sorri pois sabia que a batalha se aproximava mais uma vez, uma voz antiga e poderosa se manifesta em sua mente.

Coliseu, há, lembro de como queimamos isso inteiro. Uli responde mentalmente à voz. É vovô, conta as histórias do seu tempo. O ancestral responde. Mais respeito, ou vou ter que te mostrar como.

Uli sabia que o Ancestral podia tomá-lo, o anterior, que lhe havia informado sobre a segunda guerra havia partido, e só aquele insano, que o Galliard ainda não havia conseguido descobrir o nome, e aparentemente perseguia todas as gerações de sua família, uma após a outra, os tentando deixar malucos, ou talvez querendo ajudar, mas não tendo como, Uli pensava que era a primeira opção.

Sacrifício-dos-Ancestrais, Uli achava que o sacrifício era seu, de aguentar aquelas vozes em sua mente, e então, resolve tirar o espírito de seus pensamentos, se aproximando da amurada do navio e apontando para o Coliseu fala para os outros.

"- Há! Olhem lá onde chegamos, saindo da Segunda Guerra direto pra Roma! Aposto 50 paus que os lobos que a gente tá procurando tão sendo usados de gladiadores pela puta da Wyrm... Vamo arrebentar essa porra e sair logo desse reino que cada vez tá fedendo mais..."

Não era normal, mas as vezes vinha naturalmente sua função de Galliard, tentar motivar os companheiros e tal, ele queria lutar, e liderar, mas Luna as vezes tinha outros planos para ele.

A sensação da presença da Wyrm em grande força incomoda Ingrid. A Theurge começa a sentir-se mal e disfarçadamente busca as escadas para sentar-se nas mesmas. Observava o horizonte não se importando nesse momento com a conversa de Iurd e Henker. Esperava maturidade da dupla para que se entendessem. Seu foco era naquele Coliseu e diante do comentário de Uli, diz:


- Isso na melhor das hipóteses...


Ingrid não tinha um bom pressentimento com relação àquele lugar. A energia da Wyrm era concentrada demais ali e sua intuição lhe dizia que iriam encontrar muito mais do que procuravam quando atracassem. A Vingadores parecia uma matilha em mutação, mas com um destino. Assim como a Devastadores tivera o seu. Com um pouco de esforço, Ingrid fica de pé, próxima às escadas e se concentra clamando por uma visão. Seus olhos ficam totalmente brancos enquanto o dom premonitório é invocado pela Theurge.

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Buscando o uso do dom Visões

2014-06-12 08:36:40

Ingrid rolls 10 dice to Visões (Diff 7)

2,7,10,1,7, 10,2,4,3,6, 9,7 [6 successes]

O garou estava contrariado, e não tentava esconder, mas vai concordando com a cabeça a medida que Iurd fala, sem se deixar surpreender com nada, mas sua expressão muda quando ele fala sobre Ingrid.

Pela segunda vez o ahroun fala sobre ela ditando o fato de que ele deveria assumir, e ele grava aquela informação, não gostara do que ouviu, não gostou de saber que as decisões que saiam da mente do seu alpha, passavam primeiro pela theurge, mas isso não era problema, imediato, dele.

- Sem problemas Iurd.

Ele fora direto, não havia motivos para duvidar da palavra do garou, mas no seu intimo não gostou da informação que recebera sobre a forma como Ira-de-Thor o enfrentou, mas decidiu guardar a impressão para sí, ciente de que seu descontentamento pela situação seria capaz de mascarar qualquer outra emoção.

E então nota a silhueta daquele colosso em pedra e fala...

- Acho que acabou o descanso, isso será bom, to precisando bater em alguém e ver que as minhas garras conseguem efetivamente trazer dano.

E rí, já que, com efeito, até agora não havia matado um inimigo sequer, e nada melhor do que uma boa luta, para aliviar a tensão.

De mais, não havia o que acrescentar, a ação fora feita, agora era seguir para o próximo round.

A nuvem negra da Wyrm brotava dos confins do abismo e saía por dentro do coliseu e tomava tudo. Ingrid podia assistir a tudo isso perplexa. Tudo à sua volta era sinônimo de corrupção e o fedor da Wyrm entrava por suas entranhas. Suas mãos, meio que por reflexo, vão ao seu pescoço pois sentia-se sufocada. Começa a tossir e em breve bate em uma parede, deslizando suas costas pela mesma até cair sentada no chão tossindo bastante e logo começando a soltar um agudo grito de dor.

A sensação dura pouco tempo, mas é intensa o suficiente para fazer com que lágrimas verdadeiras rolassem pelo rosto da Uktena que somente fica respirando ofegante, tentando recuperar um pouco do autocontrole perdido com a visão.

Apesar do aconselhamento da Theurge, o Peregrino fora ridicularizado pelo outro Garou e se retraira...

Não estava acostumado a lidar com outros espiritos que não aqueles de seu antigo Povo e os fantasmas que vagam pelo mundo espiritual... Seu erro, de fato, poderia ter sido lamentável... Mas aos olhos de um predador qualquer pequeno mamífero são semelhantes...

Afastara-se do grupo em direção a outro lado do convés se perguntando se deveria ter deixado seu caminho para dar ouvidos ao Escaravelho...

Enquanto pensa nisso vê assomar no seu campo de visão o Coliseu... Já havia visto construções parecidas com aquela na suas andanças pelo Mundo Espiritual... Mas não com tamanha perversão de sentidos...

Tal sentimento eriça os pelos brancos de seu corpo e sente ter sido ratificado pelo acesso da Theurge...

Seus caninos instintivamente se mostram num rosnar silencioso....

- Esse lugar é imundo, sussura...

Percebendo que já atracariam, saca sua D'shia e faz uma prece silenciosa a Grande Coruja

O Presas de Prata escuta o acesso da Uktena em suas costas, se voltando para ela enquanto tossia, o fedor da Wyrm devia ter causado aquilo, alguns eram mais sensíveis às toxinas da Corruptora. Sacrifício-dos-Ancestrais sabia por exemplo, que se usasse o dom de Gaia para localizar a Wyrm ali também seria sufocado, assim como Ingrid.

A Theurge era impura, mas aquilo não impedia de Iurd parecer ser best buddy dela, e se o Athro de sua tribo confiava nela, o Galliard também confiava, talvez a sensibilidade às toxinas fosse o que a definisse como Impura, Uli não sabia. Mesmo assim, se aproxima dela, agaixando ao seu lado, já que Iurd estava em uma conversa com o Fenris, ele veria o que se passava com a Uktena.

"- Está bem Elo-espiritual-rhya?" - Ele era mais bruto que aquilo, sua voz era simpática, mas sempre com um sorriso sarcástico, Uli nunca parecia estar contente com nada, e sempre tinha um tom de brincadeira e zoação em sua voz, a não ser quando usava os termos Garou que ele havia sido ensinado pelos anciões de sua Seita, afinal, as vezes ele tinha que agir como um Galliard, e estava sendo o máximo respeitoso com Uktena, porém, voltando um pouco ao seu tom debochado, mas dessa vez com a situação, não com a Garou ele continua. - "- Parece que encontramos uma coisa muito fedida, espero que tenhamos trazido desinfetante hein?"

Ele dá um sorriso, tentando ser simpático com a Garou que tossia e parecia sem folego, mesmo em Crinos

* Ryan sorri abertamente quando ouve o Ragabash mais uma vez aproveitando a oportunidade para escancarar seu problema com Yuri. Não se envolveria naquilo e apenas comenta, ainda despreocupado: *

- To sentindo que ainda vai virar romance.. O Henker vai ser padrinho?!

* Logo Falcão-de-Prata aceita sua abordagem e explica ao Andarilho do Asfalto o que se passava. Ryan entende imediatamente que estavam ali pelo menos motivo e talvez aquele reencontro não fosse meramente coincidência do destino. Acena positivamente com a cabeça para o líder da Seita, demonstrando que havia compreendido. Estava prestes a responder quando, no horizonte, surge uma figura magestosa e imponente que High-Tech reconheceria em qualquer lugar.. O coliseu se erguia a frente, mas estava tomado por uma sensação forte e podre de corrupção. Comenta então com Wolfhere e todos os demais da sala de comando enquanto segue guiando a embarcação: *

- Então a hora de chegar à vitoria tá próxima.. Esse cheiro não me engana.. Se os lendas tão em algum lugar, tenho certeza que vai ser ali.

* E aponta em direção ao coliseu conspurcado que gradativamente se tornava mais próximo. *

Uli vê que estavam prontos para atracar e assume a forma Crinos, branca pura com uma crina cinza. Ele ainda esperava a resposta da Theurge e em aliança a suas palavras estica sua grande pata de lobo para ajudá-la a levantar se quisesse. Assim que a batalha começasse ele veria se algum de seus antepassados tinha algo a dizer, mas era hora de analisar o que enfrentavam antes.

Ingrid se recupera aos poucos e a primeira pessoa que vê é Uli. A Theurge se levanta e tenta recupera a compostura e não olha diretamente para o Presas de Prata. Seu foco é no Coliseu e enquanto observa, a Theurge diz:

- Aquele é um local maculado pela Wyrm como poucos. De lá vem toda a corrupção do reino. É um local que tem que ser purificado.

Ingrid ouve as palavras de Wolfhere pelo sistema de som e diz para Uli, somente agora focando no Presas de Prata:

- Poucas vezes eu senti a Wyrm tão forte e concentrada em um lugar. Seja o que for que sustenta aquele lugar, nós temos que erradicar desse reino e dar uma nova chance a esse Reino. Acho que estamos diante de algo muito grande e dar um fim nisso pode ser um belo golpe nos planos da Wyrm.

Águia Real - Algoz de Einherjar / Todos

Ao se tocar do que acontecia a sua volta, Iurd começava a sentir a energia que emanava de um centro, ao se virar e observar, via o Coliseu. A energia que vinha daquele lugar era impressionante, a Wyrm estava acumulada naquele lugar com muita força e eles tinham que dar um jeito naquilo, e seria exatamente isso que fariam.

Iurd olha para Henker e então diz:

-'Como sei que você é um Fenris, não irei perguntar se está pronto, apenas te digo, vamos lá!'

Dito isso o Garou faz sua Gran Klaive aparecer e após se harmonizar com ela, imediatamente uma forte energia Gaiana começava a emanar da espada, energia essa que era vista fluindo da arma branca. Ele vira-se em direção ao Coliseu e apontando a Klaive na direção do local diz:

-'Vamos nessa meus irmãos, vamos passar por cima dessa maldita com tudo que temos! Mais uma batalha que iremos superar com glória!!'

Uli ouve as palavras de Ingrid e acente com a cabeça, ele verifica se ela está realmente bem e recuperada, então se volta e vê Iurd se aproximando. O Garou em forma Crinos dá um longo uivo, preparando-se para a batalha e passando a seguinte mensagem.

"- Vamos acabar com a Corruptora! Esse reino já sofreu o bastante! E agora a Vingadores vai libertá-lo! Avante Vingadores! Sigam Águia-Real e lutem com todas suas forças, por Gaia, pelo Guaxinim, por Fenris, por Uktena, pela Barata, pela Coruja e pelo Falcão! AUUUUUU!"

As vezes ele tentava exercer seu papel de Galliard, ele se sentia bem fazendo aquilo, mesmo preferindo arrebentar cabeças com seus punhos. Um sussurro passa por sua mente e o Presas decide não chamar por seus ancestrais ainda, a proximidade com a Corruptora era muito grande, e se seu tataravô insano assumisse no momento sua consciencia, ele e sua matilha estariam em maus lençóis. Da ultima vez ele quase fora dividido em dois por um Sanguessuga, apenas o Falcão o tinha salvo.

A Uktena estava recuperada. Ouve os Presas de Prata querendo inspirar um combate, mas o que ela via era muito mais do que simples batalhas. Com sua presença sempre firme, a Uktena olha para os que estavam próximos a ela e, chamando em vocativo os líderes da empreitada, atenta ao que para ela era mais importante:

- Águia Real, Algoz de Einherjar...

Assim que a atenção da dupla é tomada pela Theurge, Ingrid diz para que todos ali ouçam:

- A devoradora está tentando tomar esse reino e sua força sai de lá. Não sei se o que buscamos está lá dentro, mas sei o dever que temos e por isso vocês não poderão contar com os Theurges lá dentro. Eu precisarei de todos aqui fora comigo tentando purificar o lugar enquanto vocês entram e fazem as buscas devidas.

O tom era sério e para ela aquela era uma decisão mais do que óbvia. Esperava não haver muito debate sobre, mas mesmo assim aguardava as manifestações coletivas.

Avante vingadores... O peregrino ria consigo mesmo. .. a fala do possível galiard remontava a epoca que ele ouvia falar de revistas em quadrinhos com os outros caminhantes. ... so faltava o Garou se chamar Stark....

Outrossim nao precisava da Theurge pra saber que aquele lugar estava infestado da Wyrm... Podia sentir isso nos ossos...

No geral preferia estar deslocado... A posição da matilha o magoara profundamente.... Provaria seu valor nao para eles mas para os espíritos.... Quando desembarcassem poderia ate cair mas cairia em nome do Escaravelho e da Grande Coruja e nao em nome de um Totem que aceitava em suas fileiras garous que fisessem pouco dos outros...

Sua d'shia cantaria a musica da morte e da redenção

Ante ao silêncio do novo alpha, o garou se limita a acenar com a cabeça e então se retira de sua presença, seguindo em direção ao local onde estavam os demais irmãos, e então fala em um tom de voz simples e direto, mas alto o suficiente para que aqueles que não estavam próximo pudessem ouvir, mas sem inflexões de ressentimento, sendo meramente expositivo.

- Águia-Real, Ahroun, Athro dos Presas de Prata, Inimigo da Wyrm do Caern Coração de Gaia, é, por seu direito de posto, o novo alpha da Vingadores, que vocês, Vingadores, honrem e respeitem-no conforme estabelece nossas leis.

Não havia mágoa ou ressentimento, apenas transparência e clareza nas palavras, e assim o garou fica em silêncio aguardando suas ordens enquanto notava o monumento se agigantar a sua frente e via a figura estranha na praia.

Sua mente estava vazia, mas sua boca sedenta por sangue e assim ele começa sua transformação para sua forma bestial... havia uma chance de guerrear...

O Presas ouve a Theurge, ela ficaria para purificar o reino e talvez aquilo nem desse certo, mas se desse seria a maior vitoria dos ultimos anos de Gaia, e Uli cantaria sobre isso, a se cantaria.

Então Henker afirma que Iurd era o lider da Matilha, ele instila que partam pra cima da Wyrm, e o Presas com sangue Fenrir estava ansioso, pediram para que alguem visse quem era o desmaiado, Uli desembarca na praia e fica atento, talvez assim que desembarcassem fossem atacados, ele não era um Ahroun mas sentia que era um guerreiro, portanto não ligava em assumir a vanguarda. O grande Crinos branco se aproxima daquele caído tentando descobrir quem ele era, e se estava vivo. Uli se ajoelha ao lado do corpo e coloca a mão em seu peito para ver se respirava.

* Ryan apenas ria dos comentários de Curto-Circuito e agora deixava a atracação à seu encargo. Havia cumprido bem seu papel e era hora de juntar-se à sua antiga matilha, a Vingadores. Deixa a sala da comando junto com os demais e logo que sai do aposento deveras pequeno assume a forma de batalha, tornando-se um Ahroun de pelos castanhos bastante grande, de aparencia mais ágil do que musculosamente gigantesco, mas a aparência era enganadora. Se junta aos demais a tempo de ouvir Henker divulgar que Iurd agora era o novo alpha da Vingadores e o Andarilho do Asfalto apenas encara tanto o Presas de Prata como o Fenris por um instante, buscando vestigios de uma eventual discussão. Não encontra nada no semblante de Henker, mas duvidava que ele estivesse tranquilo com a usurpação. Reflete: *

" Uma hora ou outra ia acabar acontecendo.. vamos ver agora até que ponto a liderança do posto alto é melhor do que a dos Cliaths.. "

* O navio ancora e Ryan aproveita o momento para afiar suas garras de crinos na lateral metálica da embarcação. Aquilo fazia um rangido cortante ecoar pelo local, mas o Andarilho do Asfalto parecia achar tudo bastante natural. Quando termina, pula na água que chegava até a cintura e faz seu caminho até a margem, onde se aproxima de Iurd e finalmente se apresenta com algum formalismo extra: *

- Cara, tô à disposição da Vingadores pra ajudar terminar a missão de vocês. Só me dizer onde eu sou necessário que eu to dentro. E alias, parabéns pela liderança, você tá com uma matilha excelente em mãos.

* Faz um sinal de respeito com a cabeça, como quem aceita a liderança de um par, e apenas aguarda para descobrir onde poderia ser útil. *

O Fianna estava com uma senhora dor de cabeça. Não lembrava direito o que tinha acontecido, mas depois que chegou ao Reino, guiado pelo Guaxinim, foi arremessado em um turbilhão e... nada.

Quando algo pesado toca seu peito a reação inicial foi pensar em mudar de forma, mas o tempo que gastaria fazendo isso poderia ser a sua morte. Então, com muito cuidado, começou a abrir os olhos.

Um enorme Crinos branco cuidava dele. Uma rapida busca na memória é feita, mas logo teve certeza de que não o conhecia. Movendo-se sem movimentos bruscos, e sem notar que estava pelado, o Philodox ergue as mãos em sinal de não agressão e diz:

- Calma ai parceiro... Não to morto não... Obrigado pela preocupação.

O homem era muito grande, até para um homem comum, e seus porte fisico era extremamente avantajado. A voz do Garou tinha um ar mistico, mesmo com as poucas palavras ditas era possivel sentir isso, assim como a Raça Pura (3) passa a emanar dele assim que ele desperta.

O Presa de Prata ouve as palavras do Garou que estava caído, ele sabia ser um Garou pois reconhecia a Raça Pura dele, coisa que o próprio Presas tinha, até mais do que aquele que lhe falava (4). Ele ouve as palavras de Bolvar e elas tinham um tom místico e interessante, ele era um cara grande e forte, estava nu, mas aquilo não incomodava a maior parte dos Garous, pois era normal quando trocavam de forma sem terem roupas dedicadas.

Uli estica sua grande pata de Crinos para levantar aquele Garou, e então se apresenta, com a pompa tradicional dos lobisomens, mas intrigado com o novo aparecido, e com aquele reino, que parecia cuspir Garous e era cada vez mais perigoso.

"- Levanta ai parceiro. Sou Uli Jon Roth, Sacrifício-dos-Ancestrais, Galliard dos Presas de Prata, você está em frente a Matilha Vingadores, da Seita Coração de Gaia, no Reino do Campo de Batalha? Era prisioneiro da Wyrm que tenta tomar esse reino?"

O Galliard era simpático, mas podia-se notar, mesmo em sua forma Crinos um sorriso sarcástico em seu rosto, mas suas palavras não tinham nenhum tom de voz de caçoar, na verdade, pareciam bem firmes e com um leve tom de preocupação, porque ali não parecia lugar de brincadeiras.

Finalmente terra firme, pensa o Peregrino....

Ficara curioso com homem caído fora do Coliseu e acompanhara o Presas de Prata para verificar... Sua D'shia estava preparada para qualquer problema.

Ele se mostrara um Garou, no fim das contas...

Ouve o questionamento do Presas de Prata...

Provavelmente, mais um guiado pelos espiritos para integrar a Matilha... Se o que estamos predestinados a encontrar aqui não for puro problema eu não sou Albino, comenta Amphw.

Esticando a garra direita para cumprimentar o novo

- Prazer irmão... Sou Amphw, Areias-Da-Justiça, Philodox dos Preregrinos Silenciosos