Caern de Cura Nível 5 - Floresta da Tijuca - Totem: Unicórnio

Não pôde deixar de sentir algum nervosismo quando seu nome foi pronunciado, mais uma vez, pelo Juiz da seita. Como se Lucca pudesse ler seus pensamentos, reconheceu o benefício causado pelas ações do Ragabash, e de Sylvia: “É, parece que existe alguma justiça aqui...” Pensou, mantendo um ar sério e postura humilde.

Mais do que por si próprio, estava feliz por Sylvia, que havia se livrado de uma situação ainda mais complicado que do Andarilho. Sorriu então de volta para a bela loira, tentando passar, inutilmente, tudo que sentia com um simples sorriso. Em seguida, virou-se para Lucca: “Agradeço não só a confiança, como as palavras. Certamente todo esse episódio não vai passar sem deixar duros e consistentes ensinamentos!”

Ignorando completamente o que Gavião-Prateado havia dito, Bruno se pôs a caminhar junto com os demais, sempre procurando ocupar espaço de pouco destaque.

Helene observa o julgamento e as palavras finais de Trovão Inquisidor. O Presas de Prata havia se entregue e encontrava uma morte mais rápida do que merecia. Helene ainda estava muito puta com tudo que ele havia causado, mas a história terminaria ali e ela não iria mais ter com o que se irritar naquele dia. Ou não.

Sylvia e Bruno são liberados de suas punições. Apesar de ainda não confiar 100% em nenhum dos dois, tinha que admitir que no fim do dia acabaram saindo por cima. Ficaria de olho em ambos para não ter mais surpresas. Um novo dia como aquele, nem pensar.

A Fúria Negra segue com os demais para o cemitério onde nota o corpo de Lauren. Assim como fez Ingrid (e mais tarde Iurd), Helene vai para perto do corpo. Não era tão boa com palavras quanto a Uktena que começa a falar uma macumbaria que Helene não entende nada. Nem talvez como Iurd, que suscinto faz uma bela despedida. A Fúria Negra, que apesar de ter ouvido os vômitos que saíram da boca do Fenris mantinha a calma possível, se abaixa perto de Lauren e apenas fala:

- Descanse em paz, companheira, guereira, irmã, amiga.

Helene se levanta e quando ia voltar para seu lugar ouve o novo vômito do Fenris. Um vômito que faz ela perder a paciencia e esbravejar para que todos ali ouçam:

- IRA DE THOR, LÍDER DOS FENRIS! NÃO VOU PEMITIR MAIS QUE DESONRE A MEMÓRIA DE NENHUMA MULHER NESTE CAERN! VAI SER UMA MULHER QUE VAI CALAR SUA BOCA E LHE COLOCAR EM SEU DEVIDO LUGAR!

A Ahroun olha para Trovão Inquisidor e diz:

- Eu quero um desafio honrado.

Helene olha para Ira de Thor e diz novamente em tom elevado, agora para que todos no caern possam ouvir:

- EU, IRA DE ÁRTEMIS, LÍDER DAS FÚRIAS NEGRAS, ADREN AHROUN DAS AMAZONAS DE DIANA, LHE DESAFIO, IRA DE THOR, LÍDER DOS FENRIS.

Hrist escuta o cala-bocas de Ira-de-Thor e respira fundo para se acalmar, estreitando os olhos o que em geral significava que ela estava ficando muito irritada...ela segue o olhar de Ira-de-Thor, procurando o que era tão importante para o Ahroun e quando vê Benção-de-Gaia, Hrist respira fundo mais três vezes antes de voltar a falar, e ainda assim sua voz parece artificalmente controlada até demais.

- Ulrick................... você é o líder da minha tribo, você é um Athro, você é um Modi, você é meu irmão mais velho e eu te devo respeito, mas pelo menos hoje não abusa da minha paci....

E então Hrist ouve o uivo de uma Fúria Negra o desafiando e tudo o que Philodox pode fazer é sacundir a cabeça em negativa e dar de ombros, desistindo.

- Ah, deixa pra lá.

E nem esperando mais que ele sequer escute, Hrist olha para Sombra de Loki e diz, fatalmente:

- Eu nasço, morro, volto à vida...e ele não muda né?

O garou vê a explosão de Helene e o tédio se esvai na ferocidade das palavras da Fúria Negra.

Ele conhecera a garou que agora era motivo de discórdia, e se pergunta se ela estaria de acordo com aquilo.

*Esse povo sabe fazer alguém se remexer sem antes mesmo ir a cova. Com certeza Lauren não estaria muito a seu favor irmãzinha, usar o nome dela pra cair na porrada e se provar mais macho que outro homem!?*

Sabiamente porém, as palavras formadas, não chegam nem mesmo perto de serem proferidas.

Sua expressão era de absurda e completa apatia, qndo nota que essa postura não seria condizente ao cenário, ele assume um ar sério e preocupado.

Kiba havia se afastado um pouco de toda aquela confusão. Precisava de algum tempo para respirar e colocar a cabeça no lugar, antes que pensasse em voar no pescoço de Ira de Thor mais uma vez.

"Iurd e Hrist não entendem... Não podem entender... E Iurd ainda se diz amigo de Lauren... Covarde..."

O jovem Valentine encontra uma enorme árvore com raizes que cresciam para fora da terra. Subindo rapidamente em uma delas ele senta-se e respira profundamente enquanto passa a olhar o céu estrelado. Sua cabeça ainda borbulhava de odio pelo Fenrir e pela ousadia de suas palavras.

"Se não fosse pelo posto eu tenho certeza... Tenho certeza que acabava com ele!!"

O Ahroun fecha os olhos, tentando se acalmar e não pensar naquilo. Tinha que se concentrar em outra coisa. Ainda tinha a mensagem que Hrist tinha trago de Lauren. Precisava escrever seu nome, seguir em frente, mas só se sentiria verdadeiramente capaz de fazer isso quando destruisse aquele maldito Sandro.

Kiba então abre os olhos assim que escuta os gritos de Helene vindo da região do cemitério. Aparentemente Ira de Thor havia começado outra confusão, talvez tivesse ofendido Lauren, talvez tivesse ofendido o fato de ser mulher. Não importava, o que importava era que havia atraido pra si a ira de Helene e Kiba não podia perder essa luta por nada.

O Presa de Prata salta da raiz onde estava sentado e começa a correr na direção de onde estavam aproveitando a furia excessiva para mudar para a forma Crinos.

Off:

-1 de fúria

Adan fica em silencio esperando uma resposta de Jimmy e quando esta vem o Filho de Gaia engole em seco. Não tinha muito o que pudesse ser dito. Em poucos minutos o Ahroun estaria morto para lavar a honra de seu nome.

Adan sente-se mal pelo que estava para acontecer, mas antes que pudesse dizer qualquer palavra para o Presa de Prata Trovão Inquisidor age de forma rapida, cortando o pescoço de Jimmy. O Philodox congela por um instante diante daquela cena.

Matar um Garou de Gaia, um irmão, era bem diferente de matar um desgraçado da Wyrm aos olhos de Adan. O Philodox então faz um instante enquanto Trovão Inquisidor chama Sylvia e Bruno para sua frente.

Adan estava tão pensativo no que havia acabado de acontecer que simplesmente não escuta nada do que é dito por eles, apenas voltando a si quando nota que um Presa de Prata recolhe o corpo morto de Jimmy e destina palavras ofensivas para a matilha.

Para o Filho de Gaia não importava o que os demais acreditavam, apenas sentia que haviam perdido, pois a Wyrm havia conseguido, praticamente sem esforço, levar um Garou de Gaia para fora do campo de batalha mundano.

Adan caminha com os de sua matilha em total silencio até a área do cemitério onde nota uma nova confusão se formando. Normalmente ele iria apartar aquilo, mas estava cansado, cansado de Garous burros, irracionais e que não fariam falta alguma a este mundo se simplesmente sumissem.

Sem nem conseguir respeitar uma situação critica como aquela, era mais do que evidente de que jamais se respeitariam. A união que a grande maioria da Tribo pregava era impossivel e uma total perda de tempo.

"Uma pedra sempre será uma pedra... Não importa o quão forte você bata."

Adan, em total silencio, caminha até onde estava o corpo de Lauren. Havia conhecido a lider dos Portadores no mesmo dia em que havia se tornado vigia. Não sabia como havia acontecido, mas pela contagem do Philodox, pelo menos quatro corpos seriam enterrados ali aquela noite.

O Filho de Gaia coloca a mão sobre a testa de Lauren, que estava rodeada de amigos como Elo Espiritual e Anjo Guardião, e diz:

- Va com Gaia Luz da Lua... Que Quimera destrua as ilusões em seu caminho e lhe garanta uma viagem segura até o País do Verão.

Depois de dito isso Adan começa a caminhar novamente para longe de Helene, que parecia começar uma briga com o lider dos Fenrir. O Philodox não dirige o olhar a nenhum deles, apenas caminha até onde Sylvia e Bruno estavam e aguarda o desenrolar daquela situação.

Joshua nota, quase juntamente com Meet, que um Garou acabava de ser executado naquele Caern. Não conhecia direito o Presa de Prata, mas apenas recordava-se que era o lider da Arautos do Trovão.

O clima deveria estar bem tenso e o Senhor das Sombras olha para Meet, como se quisesse entender o que passava pela mente de seu Alfa, mas aparentemente o Ahroun lidava bem com aquela situação, parecendo estar mais incomodado com Madame Satanas do que com o Presa de Prata morto.

Joshua apenas escuta o esbravejar de Helene vindo da direção do cemitério e balança a cabeça negativamente. A falta de paciencia da grande maioria dos Ahroun era a grande responsavel por inumeras tragedias, isso ja não era novidade para o Ragabash, mas ver que os mais antigos ainda preservavam o mesmo comportamento impulsivo deixa o Senhor das Sombras verdadeiramente desapontado.

A Roedora de Ossos ouve a resposta de John e sorri com malícia para o Ahroun. "Probleas de longa data" era uma resposta que só aguçava a curiosidade de Ellen que após o sorriso, murmurra baixinho para o Andarilho:

- Eu adoro ouvir boas histórias...

Sorri, pisca e segue com os demais para o cemitério. Chegando no local uma confusão se inicia. Uma coisa que não agrada a Galliard. Deveria haver mais respeito para com os mortos e, em meio ao ofende de lá, ofende de cá, desafia de lá, desafia de cá e toda bagunça em pleno cemitério, a Galliard não poupa papas na língua e comenta:

- Aff, depois são os Roedores que não sabem se comportar...

Estava realmente insatisfeita. Era a primeira vez desde que chegara que Ellen não sorria. Cruza os braços e fica esperando uma atitude do líder da seita ou de alguém que tivesse voz de autoridade naquele lugar.

Kor acompanhava Arthur e Guardião-Escarlate e via seu líder junto aos demais seguirem para o cemitério até chegar no local quando escuta o comentário vindo de Arthur. Kor sem nenhum dúvida vendo o tamanho da tensão, sem muito entender, pode deduzir que o bixo tava pegando ali e que pelo jeito desentendimentos eram mais comum do que pensava. Responde Arthur olhando pra ele também.

- Certeza que vai dar merda! Vai vendo...

Tudo tava muito confuso para Kor nesse momento. Era muita gente falando muita coisa, mas percebeu que o desentendimento principal tava rolando por causa da Ira-de-Thor, Ira-de-Ártemis, Hrist e alguns ali. Teve certeza que a chapa iria esquentar quando vê Kiba descendo da árvore correndo e se transformando em Crinos e também quando vê Helene partindo pra ataque e Benção-de-Gaia colocando a mão em seu ombro pedindo calma. Aquilo tava começando a ficar sério e por um momento não gostou nada disso. Sentiu na pela o que era um desrespeito para com os mortos e isso não era justo.

"E eu que tava achando que tinha feito merda, mas esses caras conseguem me superar..."

Após isso observa a intromissão do Trovão-Intromissor dizendo que após a cerimônio iria rolar pancadaria por causa daquela discussão. Particularmente, gostou disso, aquele não era local e nem lugar pra aquilo. Tinha que ter respeitos por aqueles que caíram por terra, uma lição que Kor havia acabado de aprender.

Não que queria desavença, mas por um momento desejou ver o pau comer só pra ver como iria terminar, mas não naquele local. Olhou para Arthur e fez um pequeno comentário.

- Eh... vai rolar porradaria depois... o bixo vai pegar...

Fez um comentário complementando o que Arthur tinha dito e dessa forma, de braços cruzados, permaneceu ao lado de Arthur observando a situação. Imaginou o que Ryan faria nesse momento em posição de Alpha já que a situação tava delicada.

Depois do minuto de silencio pela alma de Lauren Arthur volta a abrir os olhos e observar como se resolviam as coisas. Aparentemente o problema "Presas de Prata vs Fenrir" iria duram por muito, muito tempo.

Como era um Galliard, e consequentemente um dos que mais compreendia a seriedade daquele momento, ver o que acontecia ali não agradava em nada o filho de Cervo.

Arthur cruza os braços, não iria se meter em briga de cachorro grande, mas era incrivel ver como cada vez que Ira de Thor abria a boca ele conseguia deixar Arthur mais puto, contudo, como ja imaginava, uma Furia Negra resolveu se irritar com os comentarios.

Helene, membro da matilha de Lauren, foi defender a honra das mulheres como um todo. Arthur olha para Kor depois de seu comentario, suspira para o companheiro de matilha e diz:

- Os "grandões" dão um jeito nisso...

E como havia acabado de dizer, é o que acontece. Logo Trovão Inquisidor e Benção de Gaia se manifestam para impedir que a Furia Negra fizesse as bolas do Cria de Fenrir entrarem em orbita. Por um instante, um instante bem longo, Arthur ficou chateado pela forma como pararam a confusão.

Depois do novo comentario de Kor Arthur o encara de rabo de olho, não com uma expressão ruim, mas apenas estava sério demais. Era fato que torceria por Helene, mas ao mesmo tempo se ela perdesse só serviria pra inflar ainda mais o ego daquele Garou. Arthur então simplesmente comenta para o Senhor das Sombras:

- Esse Fenrir é mais sem noção que o Fenrir mais sem noção. Perto dele o Darkness é uma princesa refinada. Vamos ver se a Helene consegue por um pouco de "juizo" nele.

John observava o julgamento de Jimmy e já poderia imaginar seu fim. Aquilo de certa forma entristesce John, entregar sua vida em troca de honra nunca foi um bom negócio. Era o que pensava naquele momento, sua honra talvez poderia recuperar algum dia, já sua vida não. Mas entendeu sua atitude em não ferir seus amigos de matilha, apesar de desejar a morte da pobre coitada Sylvia. Tinha quase certeza que ela tinha sido uma traidora, falsa e ordinária com toda essa situação, mas não esquentou sua cabeça isso agora. Não gostou do julgamento dela, mas também não se importou, isso não fazia mais diferença neste momento. Sabia que mais cedo ou mais tarde iria cair perante à todos, sua queda seria inevitável, ainda mais agora que sua confiança com os que chegaram ali tinha sido abalada. Uma vez traídor por algum motivo, sempre será, a Voz do Chacal deixava isso bem claro para John. Enquanto escutava as palavras dela para o Juiz, se divertia com seus pensamentos observando toda aquela situação.

" Confiança??? Pssshhtt... Coitada dessa vadia... Sua voz pode até ter voltado ao normal, mas agora todos sabem que você é traíra e tem uma grande propensão em ganhar o prêmio de Rainha das Vadias Ordinárias..."

Após ter finalizado esse pensamento de insignificância para Sylvia, percebe que o Juiz do Destino dá uma leve olhada para John. Parecia que ele havia se incomodado com seus comentários e o recado que havia passado era de não fazer isso de novo. Não viu nenhum problema nisso e alegrou-se ao escutar as doces palavras de Ellen. Se não fosse pela presença da Sylvia estaria em um lugar perfeito. Adorou ver mais uma vez o sorriso e a piscadela da Lírio-Selvagem. Aquilo fazia John borbulhar de tesão por dentro, por um instante sua cueca ficou apertada imaginando o que os lábios dela poderiam fazer naquela região. Tinha a sensação de sentir o perfume bem próximo. Não resistindo ao seu jeito sedutor, responde seu comentário com um belo sorriso e uma piscada das mais sexy do mundo como troco. Apesar de estarem iniciando a movimentação para o cemitério, John faz com que este comentário chegue somente ao seus ouvidos.

- E eu gosto de contá-las quando estou em boa companhia, como a sua por exemplo...

Faz uma pequena pausa para que não chamasse atenção dos demais e continua em um tom sedutor que somente Ellen conseguisse escutar.

- Porque não tomamos um bom whisky em algum lugar depois que acabar esse rolo todo aqui?? Te conto boas histórias e caso você se sentir a vontade, te dou oportunidade de fazer parte da minha...

Gostava daquele jogo, aquilo dava prazer para John. Esperava realmente encontrar com Ellen antes que fossem para suas matilhas, porque depois saberia que ficaria difícil encontra-la de novo. Aguardava sua resposta quando chegou no cemitério e viu toda aquela desordem prestes a perder o controle se não fosse pelo Benção-de-Gaia. Pelo jeito iria acontecer a cerimônia dos mortos e depois quebra-pau. Aquilo não agradou nenhum pouco John, que preferiu ficar somente observando a situação ao lado de Ellen queito e sério. Não intrometer nessas horas era importante, tinha garous demais envolvidos nisso.

" Cerimônia aos mortos e depois luta para desfazer desentendimentos?? Belo jeito de desonrar o nome daqueles que deram a vida por Gaia..."


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A imagem representa a piscada mais sexy do mundo que John deu para Lírio-Selvagem.

Kor tava acompanhando o rolo que tava dando lá, quando escuta o comentário de Arthur dizendo que os "grandões" cuidaria do problema. Por um instante Kor se sentiu na obrigação de ir lá e parar com aquela palhaçada toda já que eram os "grandões" que iriam resolver aquela pica toda, mas não conseguiria ser mais foda com que Benção-de-Gaia, então continuou posicionado onde estava. Pensou até que isso poderia ser um "verde" que Arthur tinha jogado para Kor para que fosse lá, mas descartou essa possibilidade quando viu um olhar de rabo de olho. Viu que Arthur tava nervoso com a situação quando fez o comentário sobre o Fenrir. Ao escutar as palavras de Arthur, Kor abaixa sua cabeça discretamente e segura o riso para não soltar naquela situação calaminosa.

" Darkness como uma princesa refinada!! Hahahahahaha"

Recompõe sua seriedade e responde para Arthur sem que exigisse de fato uma resposta dela. Talvez seria mais uma observação à suas palavras.

- É complicado... Fenrir e seu excesso de grandeza, sempre causando... - fez uma pequena pausa e continuo - Helene vai encher o "bonézinho dele de cisco", isso sim...

A Fenris caminhava junto com Darkness e após a pergunta dele, apenas balança a cabeça sinalizando que não tinha nenhum problema. A Fenris segue com o Ahroun até o cemitério onde Ira de Thor apronta das suas com os Presas de Prata. A rivalidade com os filhos de falcão era justa. Não concordava com a postura de Ira de Thor, mas sentia-se, em seu íntimo, traída pelos Presas de Prata desde que havia passado a liderança para Iurd e ele havia abandonado a Titãs.

Sem dizer nada, Sarah apenas observa os acontecimentos. Hrist, que todos achavam estar morta, estava de volta e uma discussão sem sentido, desonrand oos mortos acontecia. A Fenris não conhecia Lauren, mas se aproxima do corpo da Garou e, como Theurge e ex-Galliard achando tudo ali muito desrespeitoso, se abaixa e diz em tom bem baixo para a Galliard:

- Perdoai, eles não sabem o que fazem.

Não diz nada muito além. Faz, durante alguns poucos minutos, uma oração silenciosa pedindo que ela fosse iluminada até o encontro de seus ancestrais. Em seguida, a Fenris volta para próxima dos de sua tribo a ponto de ouvir o comentário de Ira de Thor sobre as mulheres. Achava aquele comentário desnecessário e, por vezes questionava o machismo excessivo da tribo, embora reconhecesse que os machos da tribo dos Fenris fossem superiores aos demais e que as Fêmeas Fenris fossem superiores aos Machos das outras tribos. Mas sabia que as Fenris fêmeas tem lugar ao lado dos machos sendo igualmente capazes com eles. Eram Fenris também, ora. Balança a cabeça negativamente e quando Ira de Thor pergunta o que ele fez, responde:

- Só, mais uma vez, menosprezou as Fêmeas, inclusive as de sua tribo Ira de Thor, que são tão capazes quanto qualquer Fenris.

As Fúrias Negras tomam as dores e o machismo continua. Sarah sabia que aquilo não ia terminar bem. Ira de Ártemis ia pagar por ser tão tola a ponto de desafiar um Fenris. O machismo de Ira de Thor ia sair vitorioso, com toda certeza e as Fúrias podiam aguardar uma humilhação sem precedentes.

Com o semblante sério, a Fenris aguarda os próximos acontecimentos. Ira de Thor deveria estar fazendo. Sarah esperava que soubesse, pois a imagem dos Fenris naquela Seita não era, nem de longe, das melhores.
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Galera, sei que andou rápido, mas desculpa pela demora e pelo post sem qualidade. Tô trabalhando num projeto da Prefeitura do RJ para as comemorações de São Jorge, então, mesmo sendo feriado, tô trabalhando que nem louca hoje. Volto ao ritmo normal a partir de quarta.

Parecia que em meio aquele enterro meio que coletivo de garous deixara o brilho de Madame meio ofuscado. Haviam muitos garous, tantos que ele começou até a ficar confuso. Recebeu o menear de cabeça tímido de uns dois ou três garous e então o enterro se deu início. Uma coisa que Madame respeitava mais do que qualquer coisa era o enterro dos mortos, talvez por ter passado por uma situação complicado perante a morte e por Zé Pilintra sempre parecer alguém morto.

Permaneceu em silêncio, mas próximo dos garous da Titãs a quem ele havia se apresentado. Infelizmente a paz e o respeito para com os mortos acabaram por virar purpurina no carnaval de rua. Uma briga se iniciava e terminou em um desafio do qual João nem imaginou que iria presenciar.

Olhava de um garou a outro e em meio a eles viu a preconceituosa Sarah, mas nem deu bola para ela virando o rosto em outra direção. O negro de quase dois metros de altura e meio mulher com certeza chamava atenção, mesmo ante aos nervos sobressaltados de uns. Em seus pensamentos e de olhos fechados João pensava:

”Que vocês que caíram por Gaia encontrem descanso e façam a passagem tranquilamente apesar de toda esta desonra que estamos presenciando. Gaia, cuide de seus filhos vivos e dos mortos.”

E permaneceu em silêncio, de olhos fechados, não queria se envolver em brigas. Não naquelas brigas de gente grande.

Uma expressão de alívio esboçou o rosto de Isack quando o Alpha surgiu. Quanto ao gesto de mãos de Lúcia. Ele nem se importou.

O Galliard se preparava para falar com Meet, quando algo “Bizarro” apareceu. Isack detectou a Fúria que emanava da figura de dois metros e cheia de adereços, portanto, sabia tratar-se de um garou, a dúvida era se o mesmo estava glabro ou Crinos, sua dúvida só desapareceu quando o novo Roedor apresentou-se. Para a pergunta, apenas por humor negro, Isack teve vontade de responder: “Não.. não, a Titãs, é aquela lá... essa matilha aqui chama-se Ka Klux Klan hahahaha”. No entanto, ele apenas respondeu, já recuperado do choque inicial e com um olhar desconfiado:

-Sim, somos a Titãs. Sou Isack Newton, hominídeo (ele deu maior ênfase ao final “o” da palavra), Galliard, Cliath e seu irmão de tribo.


Ele fez uma pausa, realmente admirado com o tamanho do travesti a sua frente.

“Puta merda, já vi traveco... mas isso ai é um segurança vestido de mulher.

Apontou Joshua com a cabeça:

-Esse Garou calado e de olhar meticuloso, obviamente, é um Senhor das Sombras, Ragabash. Homínideo chamado Joshua, Cliath e, infelizmente para os inimigos, conhecido como Asa da Morte.
Ele deu um passo ao lado indicando Lúcia.

-Essa é Lúcia, conhecida como Links Aleatórios. Hominídio, Philodox, Fostern. E pelo que a conheci, sua fidelidade, senso de justiça e dedicação com essa matilha são tão fortes, que se todos os garous da nação a tivesse apenas como inspiração, Wyrm seria o nome do bicho papão utilizado para assustar filhotes mal educados.

Ele faz mais uma rápida pausa, observando as expressões de Madame.

-Nossa Theurge, impura dos Fenris, chama-se Sarah e logo você a conhecerá pessoalmente. Não costumo apresentar Fenris... nunca acho elogios suficientes para satisfazê-los.. hehehehe... além do mais, com o talento que tem, você logo saberá mais sobre ela.

Ele respira. Seu tom era sério e ele acreditava no que dizia:

-Por último, nosso Alpha.

Ele sinaliza para o Enorme Crinos, com expressão perturbada.

-Meet,Hominídio, Cliath e Ahroun dos Presas de Prata. Batizado na nação como Herança-Selvagem. Pelo que você pode perceber, também é o tipo de Alpha que sangra antes de você no campo de batalha.

Mais um pausa rápida.

-E é isso que nós esperamos um dos outros, nada menos que o máximo.

O Galliard, para o espanto geral assume um ar verdadeiramente Garou.

-Por que contra o que lutamos, o máximo, ainda pode ser pouco.

Um sorriso aparece em sua face juntamente com seu ar malandro:

-E você.... João? Chamo de João mesmo? Ta disposto ao que véi?

Para um Andarilho do Asfalto, condicionado a refletir antes de agir, não era incomum se perder em suas reflexões em momentos como aquele. Ainda passeava pela retrospectiva que havia começado há poucos instantes alternando entre o que lhe interessava, e os acontecimentos que continuavam aparecendo. Ira-de-Thor havia se tornado o centro das atenções, e mais uma vez de um jeito ruim. Refletia agora sobre como os Cria de Fenris eram imprudentes e inconsequentes, quando Helene mostra toda a impulsividade de uma Ahroun, quase se igualando aos seus irmãos que tanto rivalizava.

Desejou intervir, mas prontamente ponderou sobre como isso seria estúpido. Fitou o resto da matilha, esperançoso, mas aquela não era a matilha mais unida do Caern, e especialmente agora, parecia despedaçada. Cruzou os braços, permanecendo no mesmo lugar enquanto assistia a tudo ainda pensativo.

A cerimônia continua de forma emocionante e quando volta a passar os olhos nos demais garous, a fim de conferir se era o único condoído com o enterro, se espanta com a frieza com que Ethan parecia assistir a tudo.

O Roedor olhou para Meet. Obviamente, seguiria a Matilha. Até mesmo um Roedor sabe a importância de pertencer a algo, e nesse momento a Matilha lhe servira bem.
Como Roedor, ele esperava que Madame entendesse a parte do Alpha ser um "Presas de prata", e que portanto, enquanto novato, ele deveria provar seu valor.

Olhou para Joshua. O Rabash deveria intervor, quebrar o raciocínio do Rei era o papel do BOBO da corte. O Roedor de 2m metros era um travesti, mas era um travesti de 2m e muito músculo. Seria útil mesmo que fosse para morrer primeiro.

Quando Meet virou-se, ele olhou para Madame e sinalizou com a cabeça para que Madame os seguissem.

"Espero que ele saiba diferenciar orgulho gay, de orgulho Garou."

A Senhor das Sombras acompanha as cerimônias. Seu semblante é sério e a Theurge se controla pra não esboçar nenhum tipo de emoção em nenhuma das cerimônias. Apesar de ter sido livre de uma punição, sabia que novos problemas cruzavam o Atântico para lhe perturbar. Durante todo tempo, tentou se focar na cerimônia, mas perguntas sem resposta lhe perturbavam. Mas o importante é que junto com as cerimônias, se enterram, para Sylvia as angústias. Sabia como agir. Sabia o que ia fazer. Sabia como ia se portar. A Senhor das Sombras coloca suas ideias no lugar e com o fim dos Ritos apenas fica observando a disposição dos Garous ali para ir embora assim que possível. Não falaria sobre nenhum dos mortos. Não era necessário e poderia ainda ser interpretado de forma equivocada. O silêncio valia ouro.