[CAERN] Clareira Central

Pedro olha para o cria de fenris a sua frente e sente raiva por ele ser um estereótipo do que a tribo dos crias de fenris representam, porém, depois de um momento ele pensou...

"Eu mesmo não seria um estereótipo da minha tribo aos olhos dos outros garous?"

Pedro refletiu sobre as palavras do fenris e disse:

"-Grande Draven, um garou sereno não seria perfeito para um caern de cura?! Sobre os garous serem sentimentais, amigo Draven, devo te dizer que a furia também é um sentimento, assim como o orgulho, o meu pai me disse uma vez 'Sabio é o guerreiro que não despreza a paz, pois sabe seu valor, tolo é o guerreiro que corteja a guerra, pois está trilhando o caminho da morte.', todos lutamos pelo mesmo ideal Draven, mas eu luto ao lado da paz para que no grande dia da batalha final meu coração guie meus olhos contra os inimigos de verdade!"

Pedro sentia que havia falado demais para um assunto simples, mas ele era assim, não conseguia conter o meia lua dentro dele.

O Cria de Fenrir caminhava ao lado do Filho de Gaia apenas ouvindo as analises que o Garou tinha do cenário em que viviam. Sem demonstrar se incomodar com as palavras do Garou o Theurge apenas retruca no fim:

- A fúria, é sim, um sentimento, mas ela, acima de tudo, é uma arma que Luna nos deu para combater a Wyrm... Só os fracos não reconhecem isso e perdem o controle sobre ela. Quanto ao que seu pai disse, a morte virá para todos nós, mais cedo ou mais tarde... Se for para morrer, quero que seja em uma batalha gloriosa, levando tantos malditos quanto puder.

Draven falava com naturalidade e seu olhar raramente desviada do caminho por onde estavam seguindo. Depois de alguns segundos retomando fôlego ele conclui:

- Todo Cria de Fenrir já nasce aprendendo a não temer a morte, pois, querendo ou não, estamos em guerra e ela é sangrenta e impiedosa. A paz é algo que eu talvez apreciasse por alguns dias... Mas eu nasci para a guerra meu amigo... Só espero que quando vencermos e eu não estiver mais aqui, você esteja para lamber as feridas dos que conseguirem sobreviver e os ensine a viver em paz.

Pedro tinha uma visão diferente sobre a fúria ele acreditava que ela havia sido dada pela wyrm, era a mácula deixada dentro de cada garou, porém,  como explicar isso a draven? Era bem simples...

"-Você esta certo amigão, eu espero que um dia possamos desfrutar dessa paz juntos, mas se tivermos que morrer para ela ser alcançada, saiba que estarei ao seu lado..."

Pedro só conseguia pensar uma coisa...

"Sapatinho branco,  sapatinho azul, sapatinho branco,  sapatinho azul. .."

O Fenrir ouvia o que seu companheiro dizia e um sorriso de canto de boca volta a surgir em seu rosto, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa o mundo a sua volta muda drasticamente.

Tudo é tomado por chamas e braços espectrais começavam a tentar prender ele e Pedro. O Fenrir rosna de raiva e muda para sua forma de batalha. Com uma mão o Theurge alcança o companheiro de matilha e o tira do chão, mas com um piscar de olhos tudo a sua volta muda.

Mesmo na forma crinos, Pedro podia ver que Draven estava confuso. Sem muita sutileza, mas sem deixar Pedro cair, ele coloca o Garou no chão e começa a olhar em volta:

- O que foi isso? Você viu...?

Draven gira por volta do corpo olhando em volta, como quem buscasse alguma coisa ou entender alguma coisa.

Pedro estava feliz com a conversa e quando edtava prestes a dar 2 tapinhas de amigo nas costas do fenris este muda para sua forma de batlha e o arranca do chão como se algo estivesse saindo de dentro dele, Pedro assim que é posto muda para CRINOS também e averigua tudo ao seu redor com sua visão e seu faro se pondo atraz do cria, pronto para a batalha (ou nem tão pronto assim)

"-Não, de onde eles estão vindo?"

Em um ritmo frenético ele pensa:

"Sapatinho Branco, Sapatinho azul, Sapatinho branco, Sapatinho Azul..."

Draven leva alguns segundos para entender que aquilo havia sido apenas uma visão, mas tinha sido tão intensa que o Garou se perguntou se estava realmente acontecendo. Logo o Cria relaxa a musculatura, mas não muda de forma. Alguma coisa aconteceria, e logo, naquele Caern.

- Tive uma visão... Fogo... Mãos espectrais saindo do chão e segurando você pelas pernas... Hugim deve ter me mandado uma visão do que esta por vir... E será breve...

O Cria de Fenrir não conhecia a historia do lugar e tudo que sabia do que estava acontecendo aquela noite se resumia a "estamos atacando as Colmeias da cidade". Com Ira de Thor no ataque era ilógico imaginar que a Wyrm mandaria um ataque, sendo que ela precisava urgentemente se defender.

Draven começa então a fazer runas no chão com uma das mãos e segura com força seu martelo na outra, fazendo-o brilhar como uma energia branca da mais pura essência.

- Uive chamando Sombra de Loki e um Galliard que conhece a historia desta Seita... Hugim deve querer me dizer algo...

Quando termina as runas o Cria de Fenrir se põe de pé e, com toda sua força, atinge as runas com o martelo enquanto berra para os quatro ventos:

- HUGIM! SENHOR DOS CORVOS! EU, ORGULHO DE FENRIR, LHE CONVOCO NESTA JÓIA!

Off:

Solicito a narração o teste para convocar o avatar do corvo (1 de fdv maroto para que ele não venha e coma minha cabeça)

Pedro havia mudado para sua forma de batalha e esperava pelos inimigos pronto para o combate (Bem ele ao menos imagina ja estar pronto), quando houve as palavras do cria de fenris ele se acalma um pouco, fazia todo sentido, um theurge ter visões frente ao apocalipse ainda mais com essa batalha acontecendo, pedro pensa em acalmar o cria de fenris, mas este ja começa a fazer um ritual sem ao menos explicar a visão, e ainda por cima lhe da ordens sobre o que fazer, pedro ja tinha ouvido falar da arrogância dos fenris, mas não imaginava que o primeiro contato seria assim, mas o filho de gaia levaria aquilo como se fosse apenas mais um teste para que ele aprendesse a controlar sua fúria!

"-Draven o caern esta sobre intensa vigilância não acho sensato chamar pelos guardiões... não agora.. "

Quando Pedro iria pedir que o fenris parasse o ritual o espírito aparece o surpreendendo, Pedro então se cala e ajoelha reverenciando a entidade.

Não demora muito para que o espírito do grande corvo surgisse diante da dupla. O Cria de Fenrir acena com a cabeça em sinal de cumprimento ao espírito, mas antes de falar com o mesmo olha de rabo de olho para Pedro e diz:

- Certo...

Dito isso o Cria se dirige ao grande espírito:

- Hugim, senhor dos corvos, você havia me enviado para esta Joia porque é aqui que vou encontrar a batalha que tanto espero. E agora me manda a visão deste lugar em chamas e mãos tentando nos atacar... É esta a batalha que você me falou?

Draven não temia que aquele fosse o dia de sua morte, mas se aquela era a grande luta de sua vida aquele Caern não sobreviveria a ele, mas o maior mistério em sua mente ainda era quem seria o responsável por uma agressão daquele tamanho a um Caern.

Pedro continuava abaixado olhando o espírito de rabo de olho esperando que ele não precisaria ter que lutar, não naquele momento, não naquele dia.

- Não foi você?

A surpresa era nítida no rosto do Fenrir. Se não havia sido o espírito corvo quem lhe deu aquela visão, quem teria feito? A mente do Theurge viaja longe enquanto o espírito bate as ases e voa até outro galho. Mais explicações são dadas, mas o Cria não as entende. Provavelmente só iria compreende-las quando encontrasse a Titãs. Após um aceno de cabeça ele diz ao espírito:

- Vou cuidar disso... Mas agora preciso saber como impedir o que esta pra acontecer. Até Hugim...

O Fenrir se despede do espírito e depois volta-se para seu companheiro de matilha:

- Esse lugar estará em chamas mais cedo ou mais tarde. Como eu não sei. Quem enviou essa visão eu também não sei, mas sei que temos que impedir que isso aconteça... Essa Seita VAI ser atacada, talvez hoje, talvez amanha... Será logo... Disso tenho certeza... A chuva pode impedir o fogo, mas o fogo pode muito bem não ser verdadeiramente fogo e sim destruição... As mãos que saiam do chão e tentava nos pegar... Você sabe aonde fica o cemitério desta Seita?

Pedro ouve as palavras do corvo atentamente e as guarda no coração. Pedro continua olhando de rabo de olho para o corvo mesmo quando o cria de fenris começa a falar, pedro ainda mantém os seus olhos no corvo, no final das palavras do fenris pedro responde.

"-Cara o pacificador falou algo de uma profecia sobre a nossa matilha e o que esse corvo disse agora faz um pouco de sentido... a matilha que vai resgatar um totem que dormia mas ja acordou... sei onde fica sim, vou te levar até lá...

Pedro continuava olhando para Hugim enquanto se distanciava refletindo sobre o que aconteceu.

O Cria de Fenrir concorda com a cabeça ao final das palavras de Pedro. Após a revelação feita pelo irmão de matilha as palavras do grande espirito faziam mais sentido. Com um aceno rápido para o espírito o Fenrir se despede diz para Pedro:

- Vamos...

Off: Continua no tópico cemitério.

Selene segue Pantaneiro.

Nymmeria fica um pouco curiosa em relação aos novos membros que entrariam na Titãs, mas não perde muito tempo pensando no assunto, e sim, planejando a cerimônia que conduziria, conforme caminha até o Cemitério.

O Wendigo parecia MUITO calado para o gosto de Yasmine, mas isso não era problema para ela. Ouviu que deveria se apresentar ao garou Sombra de Loki dos Crias de Fenris e antes de ´partir ouviu que seria feita uma cerimônia para falecidos.

”Então esta chuva anunciava a morte de todos estes garous? É uma grande perda para a Nação garou...ainda mais em se tratando de Essência da Justiça. Gaia chora a perda de todos.”

Meneou a cabeça em forma de agradecimento para o Wendigo e seguiu até a Clareira Central. Se aproximou de Sombra de Loki e quando achou uma brecha para falar, se dirigiu a ele:

-Boa noite Sombra de Loki. Desculpe incomodá-lo em hora tão inoportuna.

Ela sorriu e sua calma era visível, mesmo em meio aquela chuva que não cessava:

-Sou Estrela Cadente, Impura, Cliath, Ragabash dos Portadores da Luz Interior e acabei de chegar ao Caern. Vim indicada pelo Wendigo Aurora-Boreal para me apresentar a você.

Adrian acenou com a cabeça e confirmava em sinal de respeito ao wendigo, então ia se dirigindo ao local indicado. Só estava um pouco impaciente, chegara aqui, muda pra lá, esperava não ter que ficar indo para mais um local falar com mais uma pessoa. Mas tudo bem, afinal era uma cerimônia fúnebre e escutara a galliard baixinha fazendo seus ritos, era uma experiência boa, para o recém chegado galliard, era bom escutar algo assim, como experiência nesse "estágio."

Para ter um nome assim, obviamente deveria ser um fenrir, sombra-de-Loki, intrigante, fenris são bem exagerados em seus maneirismos. Então rapidamente, atrás de cetro de loki, adrian se apresenta.

-Sombra-de-loki, sou Sinfonia-final-da-morte, galliard, cliath, presas de prata - Adrian abaixa o olhar em sinal de respeito - Estou aqui me apresentando e estando pronto para servir.

Juntamente com o presas de prata vou me direcionando ao local indicado. SOmbra-de-loki, geralmente minhas companheiras de clã não curtem muito os chamados crias-de-fenris, eu por ser quem eu sou, curtia menos ainda, pelos menos eu desfrutava algo que era comum as minhas irmãs, um certo rancor e ódio, mas dane-se em sambo na cara do recalque.

Vou me direcionando com o presas de prata e reparo o quanto ele é bonito, mas melhor ficar na minha, afinal, chegando ao caern, nova e tudo mais. então vou seguindo o presas de prata, até localizar o sombra-de-loki.

-Também vim me apresentar, sou filha-de-artémis, fúria negra, cliath, ahroun.