A Umbra Rasa (Penumbra)

O Presas de Prata continuava seguindo, Ingrid tinha que manter sua concentração, se não fosse por isso eles seriam atacados de todos os lados, mas ele confiava nela. E em sua matilha e por isso continuava protegendo a retaguarda com atenção e segurando fortemente sua klaive.

Águia Real - Todos

O caminho era árduo, aquele pântano fazia com que o avançar dos Garous fosse lento mas pelo que Benção de Gaia dizia, os Garous já estavam quase no fim. Bolvar tem a ideia de fazer com que os Presas de Prata ativassem Chama Tremulante mas Iurd concordava plenamente com Ingrid, Wolfhere pelo visto não concorda e já ativa o Dom, uma vez ativado podiam ver tudo que estava a sua volta e a cena não era das mais agradáveis.

Aquilo não amedronta o Ahroun, tinham o poder de Gaia a seu lado e aquilo não seria obstáculo para os garous, dariam um jeito, permanecia a retaguarda atento para qualquer coisa que pudesse vir. Em meio a cena que tinham em vista, Iurd diz:

-'Mantenham-se firme, sem desespero, eles não podem passar pela barreira de Elo Espiritual e se passarem, esmagaremos eles!!'

Bolvar seguia atento por todo o caminho, mesmo quando começavam a ver a "luz no fim do tunel". Conseguiriam passar, mas como iriam se livrar daquele mar de malditos encima da barreira?

A duvida do Fianna não é respondida, mas evidenciada quando Ingrid simplesmente some diante de seus olhos. Agora precisava arrumar uma resposta para sua pergunta, ou estava todos mortos.

- CORRAM!!!

O Philodox brada enquanto começa a seguir com os demais, sempre mantendo-se perto dos Theurges. Pensa em colocá-los embaixo do braço e leva-los dali, pois o solo não era nada confiável, mas talvez eles fossem a melhor esperança de sairem vivos dali.

Então, sem perder mais tempo, Bolvar toca o ombro de Benção de Gaia, que é rapidamente envolto por uma luz. A mesma luz que cobria o corpo do Fianna. Daria sua vida se preciso, mas o Filho de Gaia ficaria vivo.

Off:
Narração, você não postou quantos sucessos tive no Presa de Javali;
Bolvar gastou 1 de gnose para ativar o segundo poder de Muralha Glacial. A partir deste instante, todo e qualquer dano recebido pelo Theurge será transferido e absorvido pelo Philodox.

Bolvar ativa a Presa de Javali.

OFF GAME: O Fianna teve 2 sucessos na ativação.

Ao toque no braço de Ingrid, Gregory percebe segundos depois que ela era sugada pela lama. Não tinha imaginado que aquele tipo de coisa poderia acontecer e nem tem tempo de fazer nada. A theurge desaparece e a barreira que protegia os garous também se vai.

Bolvar e Benção de Gaia estavam ao seu lado. O Impuro observa que Bolvar usara algum tipo de dom em benção de gaia e que Glorioso Punho de Odin e Wolfhere já tentavam abrir caminho para a saída a frente. Mas tinham um problema, malditos e outras duas criaturas estranhas entre eles e a saída.

-Bolvar...eu te curo se alguma coisa acontecer....vamos tentar abrir caminho contra aqueles dois seres corrompidos a frente. A saída é logo ali....

Gregory era um Theurge, mas até que sabia se defender. Sem pensar duas vezes ele avança na direção de um dos seres corrompidos e o ataca com uma mordia na perna, visando desequilibrá-lo para que seus companheiros pudessem ter a chance de ataca-lo com mais facilidade.

Ele consegue morder o ser e sente em sua boca um gosto horrível. Provavelmente era algum veneno ou o próprio sangue da criatura corrompida. Só não queria que ele fosse contaminado de alguma forma.

OFF: Não causou dano no ataque.

Uli via Ingrid sumindo, malditos!!! Ela não podia se perder assim, filhos da puta. E agora a barreira há era e precisavam correr, estavam quase saindo do pantano. Gregory tenta um ataque à fala de Bolvar e então Uli passa rosnando em Crunos por eles.

"- Atravessem, não temos tempo pra lutar."

Era fato, estavam caçando eles e se os pegassem entre um grupo e outro eles já eram. Uli passa correndo pelos dois e dá uma trombada forte numa das criaturas, no entanto ela apenas da um passo pra trás, ainda não tinham um espaço livre para sairem dali, ainda.

Águia Real - Todos

As coisas estavam cada vez piores, prosseguir naquele local era complicado, a escuridão não os deixava enxergar, a água dificultava seu andar, o cheiro dificultava o olfato e os monstros dificultavam a pouca visão que os garous conseguiram adquirir.

Em determinado momento, alguma coisa surge e puxa Ingrid para baixo, talvez tivesse sido a mesma coisa que pegou Yuri, sem tempo de agir Iurd assiste aquilo e só, sua atitude se resumia a olhar. O outro grupo avançava e a Vingadores tinha que avançar também, porém entre os garous haviam inimigos e atrás da matilha tinha mais inimigos ainda, não podiam ficar parados se lamentando naquele momento, observa a expressão de seus inimigos e assim que o combate começa, Iurd ergue sua Gran Klaive e com um uiva a plenos pulmões:

-'AVANCEM VINGADORES!!!! CRIATURAS DA WYRM, SINTAM O PODER DE GAIA!!'

Nesse momento uma poderosa energia Gaiana é sentida por todos ali presentes, uma energia que amedrontava todas as criaturas da Wyrm e mostrava a fúria de Gaia que cairia sobre as criaturas da Wyrm que habitavam aquele local.

Off: Narrador, rola pra mim Ira de Gaia, por favor.

A Ira de Gaia de Iurd afasta os espíritos e os Garous tem a chance de correr para sair do Pântano.

E assim o fazem.

O grupo consegue completar a travessia com baixas importantes. Bênção-de-Gaia, no entanto, para estático quando terminam de atravessar e, enquanto todos olhavam para trás para ver se alguém ainda precisava de ajuda, ele é o primeiro a notar o enorme portão à sua frente:

'- Chegamos...'

Era um gigante portão com cabeças de crianças estacadas em lanças que compunham a própria grade. O chão à frente do portão era todo feito por crânios (e nenhum deles em idade adulta). Havia uma abertura suficiente para que cada um passasse de uma vez pelo portão. Os Garous estavam diante do Reino da Atrocidade.

OFF GAME: Quando entrarem (e se entrarem), os Garous devem postar a sequência da entrada no tópico do Reino da Atrocidade.

Uli conseguia sair finalmente do pantano, com o uso do dom de Iurd. Assim que sai Benção-de-Gaia faz a pausa e aponta o portão.

Pela aparência, podiam estar entrando na Atrocidade ou no proprio Inferno, aparentemente não havia diferença. O Galliard olha para seus companheiros e fala, ainda com o detalhe de uma voz que não era totalmente dele.

"- Alea jacta est."

Então o Crinos branco da crina prateada avança, pisando em crânios infantis e no caminho tortuoso que levava para dentro do Reino e...

OFF: segue na Atrocidade

Bolvar já se preparava para usar seu dom em Gregory também, mas o mesmo avança contra um dos espíritos. Algo que o Fianna simplesmente não esperava.

Ele segue em sua direção, mas o dom de Iurd é mais rapido e afasta todos os malditos de perto deles. Ao menos algo de bom tinha que acontecer naquela jornada.

O grupo avança até um local "seco" e o Philodox literalmente fica feliz de já terem passado pelo pior. Ao menos era isso que ele acreditava até que a manifestação de Benção de Gaia lhe faz olhar para frente.

Bolvar não teve palavras para descrever o que sentiu ao ver tantos cranios de crianças compondo a entrada do reino, um portão que fazia juz ao nome do lugar.

Uli fala algo em um idioma estranho e rapidamente toma a dianteira para entrar no reino e Bolvar iria logo atrás dele se não fosse a reação de Wolfhere.

O Philodox escuta tudo em silencio, mas nitidamente agoniado para entrar no reino. Uli estava lá dentro e poderia estar precisando de ajuda, mas agora tinha que esperar a ordem de Iurd para entrarem no local.

Águia Real utiliza algum poder que faz com que todos os inimigos abram espaço para eles seguirem em frente. Gregory agradece por aquilo e todos avançam até um portão estranhamente macabro. O Reino da Atrocidade estava se mostrando aos olhos do garou pela primeira vez e o Theurge, que estava perdido na Umbra há quase um ano, fica muito feliz em não ter encontrado aquele lugar enquanto estava sozinho.

Em Crinos ele para a frente do portão com as cabeças de crianças. Aquela visão por si só já era terrível, mas além disso os crânios no chão estavam por toda a parte como um tapete para receber os incautos visitantes e um visível aviso de que não eram bem vindos ali. Teve vontade de destruir aquele portão e enterrar a cabeça daquelas crianças como deveria ser, mas sabia que seria inútil.

Sacrifício dos Ancestrais é o primeiro a avançar pisando em crânios. Gregory ouve com nitidez o barulho dos ossos se espatifando sob os pés do irmão de tribo. Wolfhere comenta sobre Uli ter ido na frente e só agora Gregory percebe que ele poderia estar perdido para sempre dentro do reino da Atrocidade. Ele olha de Wolfhere ao portão e de novo a Wolfhere.

Ouve tudo e responde para Benção de Gaia e para todos:

-Claro. Eu fecho o grupo sem problema nenhum.

Glorioso Punho de Odin então faz um comentário sobre chutar bundas e Gregory abre um sorriso feio em sua forma Crinos. E completa:

-Infelizmente não sei nada sobre o reino da Atrocidade, mas não podemos fazer alguma marcação em nossos corpos para evitar algum poder de ilusão ou coisa parecida? Algo que somente nós saberíamos e o inimigo não? Uma frase ou palavra? Uma marcação? Algo do gênero que possamos nos identificar para não sermos atingidos por fogo amigo?

Era uma ideia que poderia dar certo.

Águia Real - Todos

Ao se deparar com a cena que todos encontravam, crânios infantis estacados em lanças montando um portão para o que era o Reino das Atrocidades, o que esperar de um Reino com esse nome se não uma atitude daquela, por mais que soubessem que encontrariam coisas desse tipo, ver aquele tipo de cena ainda era chocante e por mais que Iurd tivesse visto muita coisa durante toda sua vida, ver aquilo o deixava estático por um momento.

O Presas de Prata estava parado observando aquela cena quando Uli toma a dianteira e já sai entrando no Reino sem eles terem bolado plano, sem terem discutido formação, sem ter ao menos falado nada que fizesse sentido, Wolfhere até tenta impedir o mais novo, porém é em vão, ele não obtém sucesso em sua ação. Logo após sua falha, Falcão de Prata vem em cima de Águia Real falar sobre o ocorrido.

Iurd ouve as palavras do Athro e concorda com cada uma delas, eles bolam um plano de entrada e Benção de Gaia iria a frente e Gregory iria fechar o grupo, não tinham decidido como ficaria o centro do dispositivo, então o Presas de Prata apenas diz:

-'Eu concordo com você, ser ancião não é mais o que eu espero, estou aqui para cumprir a missão. Desde que saímos do Campo de Batalha eu tenho isso em mente, essa missão foi um fiasco, pelo menos para mim. Saí com uma matilha e tô voltando com outra. Mas enfim, Glorioso Punho de Odin está certo, não é hora para isso, vamos entrar lá, salvar os que estão lá e voltar para Seita.'

Faz uma breve pausa e prossegue:

-'Benção de Gaia você vai a frente, Mediador você vai a retaguarda, Glorioso Punho de Odin, você vá junto com o Impuro, ele não é muito experiente e você, como ancião tem mais experiência que eu e Falcão de Prata. Falcão de Prata e Eu iremos a frente junto com Benção de Gaia e Coração Justo ao centro do dispositivo. De agora em diante eu espero que atitudes como a de Uli não sejam mais tomadas!'

O Garou estava sério, não havia gostado do que havia acontecido e não pretendia ver aquilo se repetindo, então continua:

-'Falamos de todos voltarmos juntos mas me digam, como podemos voltar juntos se o cara ignora que estamos aqui como matilha e sai entrando em um Reino hostil como esse?? Eu juro para vocês que darei minha vida por cada um de vocês aqui mas pra isso preciso que estejam comigo, que estejamos juntos! Agora vamos entrar no Reino com a formação que foi estabelecida, máximo de atenção a retaguarda e a frente, não sabemos o que esperar nisso aqui.'

Apesar de não demonstrar, perder Ingrid sem poder fazer nada foi extremamente ruim, não queria pensar onde ela poderia estar, se estava viva ou morta, sabia que quando terminasse aquilo iria tentar de qualquer jeito encontrar a Uktena.

Em instantes Kiba surge na Umbra da Clareira Central. O lugar ali não estava dos melhores, como era de se imaginar, mas o Garou tenta não pensar demais nisso.

Concentrando-se rapidamente o Presa de Prata assume sua forma lupina. Logo um pequeno lobo branco toma o lugar do rapaz que ali estava.

O Ahroun caminhava com calma, afinal seu corpo ainda lhe cobrava descanso, em direção a saída do Caern. Precisava encontrar uma Trilha da Lua, pois sem um Theurge aquela era a melhor forma de encontrar um Luno.

Aquilo talvez se mostrasse inútil, mas Hrist não estava certa com relação à Cosmologia da Umbra ou à natureza das criaturas daquele país.... Mas ela precisava de um espírito-urso e, como era costume em sua terra encontrá-los, acreditava que pudesse fazer o mesmo por aqui.

Ela fareja o ar atrás de alguma essência que pudesse indicar um caminho e verifica também os espíritos em volta, avaliando a possibilidade de encontrar ao menos uma pista.

O Presa de Prata logo acha uma trilha da lua e por ela começa a seguir. Alguns instantes depois ele se depara com um Luno fazendo sua vigília como de costume.

Kiba faz um cumprimento com a cabeça para o espírito e diz:

- Saudades grande espírito, sou Asa Solitária, Ahroun, Fostern, dos Presas de Prata, do Campo dos Anjos Guaridões, da Casa dos Inimigos da Wyrm e da Cabana da Lua e gostaria que me ensinasse o dom da Armadura de Luna...

Agora precisava esperar para saber o que o espírito iria querer em troca do dom.

Hrist fica satisfeita por encontrar o urso com algum facilidade e se aproxima dele, voltando sua forma para a hominídea. Quando ela chega e senta-se diante do espírito urso, ficando em sua mesma posição. Ela então lhe diz, de forma respeitosa:

- Grande Urso... eu sou Fúria-da-Justiça-Implacável, Meia-Lua Adren dos filhos de Fenris. Eu gostaria de pedir que me ensinasse um dom que os seus irmãos ensinam para os meus. O Dom chama-se "Vestir pele de Urso", pois desejo ter em meu coração sempre a mesma coragem que os seus...