A Umbra Rasa (Penumbra)

Diante das palavras positivos de Uli, Yuri sorri para o Galliard e acena positivamente concordando. Quando ia responder, Glorioso-Punho-de-Odin os chamam. Uli confirma isso então rapidamente se levanta acompanhando o mesmo e vai até ele. Quando escuta o que o Glorioso-Punho-de-Odin dizia procurou ver com os olhos. Antes que pudesse dar a sugestão de ir lá, ele mesmo vai em passos rápidos e apressados com seu martelo em mãos. Yuri desabsorveu seu arco deixando ele em punho. Coisas como aquelas não eram boas. Já tinham tido muitas surpresas naquela missão e mais uma não seria agradável, não enquanto todos estavam de guarda baixa.

Disse para Uli.

- Talvez teria sido melhor se eu fosse ver o que era. A missão é ele voltar pra Seita sã e salvo, e se acontecer alguma coisa, tudo isso vai por água abaixo.

Mais mantinha prontidão e aguardava ver se Uli conseguia farejar algo. Tentava visualizar com os olhos também.

O velhote caminha até chegar no ponto e claramente entra em combate. Yuri firma seu arco e o primeiro pensamento foi ajudar, mas a visão não era clara e facilmente Glorioso-Punho-de-Odin volta carregando algo com chifre e de baixa estatura. Yuri fica olhando notando o rastro de sangue deixado por aquela criatura que ainda não fazia ideia do que era. Só quando o velhote se aproximou que notou que era mais um Garou. Ficou próximo dos demais escutando atentamente as palavras de que estava vivo, apesar de muito ferido e a cor da pelagem denunciava que também era um Presas de Prata. Aquilo era interessante. Mais um.

Glorioso-Punho-de-Odin deixou o corpo ali e voltou para sua posição de guarda. Agora era responsabilidade dos dois. Nota então que Gregory começava acordar. Aqueles chifres ainda chamava a atenção de Yuri. Até que Uli começa um diálogo já prestando ajuda e com muita dificuldade o desconhecido se apresenta. Rapidamente Yuri se agacha colocando a mão em seu ombro com o intuito de acalmar o mesmo. Seu nome era Gregory, era de seu campo, tão próximo quanto Iurd.

Reforçou as palavras de Uli.

- Se acalme, irmão. Você está seguro e bem agora. Já já vai ser curado, segura a onda aí.

Escutou Uli dizendo para ver se algum Theurge tinha terminado de meditar, olhou viu que não e então respondeu.

- Não, ainda nenhum, mas já já vão terminar. Estão ali há um bom tempo e precisam se recuperar também.

Voltou sua atenção para Gregory.

- Sou Yuri Kraken, "Sombra-de-Gelo", Ragabash Cliath dos Presas de Prata, sou da família Kraken, da Cabana do Sol, da casa dos Inimigos da Wyrm e também sou do campo dos Anjos Guardiões, assim como nosso Alpha. Apesar das circunstâncias, fico feliz de encontrar um irmão tão próximo assim à nós.

A intenção acima de tudo era dar tranquilidade à Gregory. Ainda não sabia absolutamente nada dele. Mas precisava ajudar. Completou.

- O que aconteceu? Como veio parar aqui?

Glorioso-Punho-de-Odin entra com os 4 pé em todo mundo. Não deixava de ter razão porque ainda Gregory era um desconhecido, mas o que ele poderia fazer de mal na situação que estava? Estava mais morto do que vivo! Talvez estivesse vivo até agora por um milagre. Enfim, atrapalhar a meditação dos que estavam meditando era algo que ninguém iria fazer, claro.

Respondeu para Glorioso-Punho-de-Odin o tranquilizando.

- Tá tudo sob controle, Glorioso-Punho-de-Odin.

Olha de volta para Gregory e aguarda sua manifestação. Se pudesse se curar sozinho, aquilo seria bom.

Gregory realmente estava muito mal. Disse que ficaria contente em contar o que havia acontecido, mas estava impossibilitado de fazer isso devido a sua condição. Era verdade. Quase nem dava pra entender direito o que Gregory queria dizer e por outro lado, também seria imprudência de Uli e sua já ir dando Gregory como um conhecido sem suspeitas. Tinha que saber quem era ele, se era digno de confiança, apresentar à Iurd, conhecer a história dele e só assim contar como um de todos ali. A situação tava complicado, mas Yuri tenta achar uma solução com o irmão de campo.

- Gregory, tem certeza que sua situação não permita que invoque o espírito Unicórnio, irmão? Ele pode te ajudar, se conseguir... Caso contrário, infelizmente não temos outra opção a não ser esperar aqueles que estão se recuperando. Eu e Uli não podemos fazer nada, acredito, no entanto, nosso Alpha já já deve tá disponível e aparece por aqui.

A solução talvez fosse simples. Unicórnio curaria-o, assim ele contaria sua história e poderia prosseguir com o resto.

'- Vamos.' - Responde Wolfhere que começa a caminhar com Iurd.

Glorioso-Punho-de-Odin seguia em guarda ao mesmo tempo que os Theurges e Bolvar estavam em profunda meditação. Yuri e Uli, por sua vez, estavam dialogando com um estranho e Falcão-de-Prata ao avistar Glorioso-Punho-de-Odin, pergunta:

'- Quem é ele?'

Referia-se ao estranho. O Fenris apenas diz:

'- Um Theurge da tribo de vocês...'

O ancião completa o raciocínio:

'- Eu falei pra ele invocar um unicórnio para que se curasse, já que os Theurges estão meditando, mas ele acha que não tem condições.'

Parecia duvidar que o Theurge não tinha condições pelo tom de voz usado. Wolfhere, no entanto, diz:

'- Ele deve estar assustado, eu curo ele.'

Glorioso-Punho-de-Odin parece não entender o que Wolfhere dizia mas o Presas de Prata apenas chama Iurd com um gesto com a cabeça e segue até o trio. Logo que chega, toca em Gregory que tem todas suas feridas curadas e fala:

'- Muito prazer, eu sou Wolfhere Falcon, Falcão-de-Prata, Athro Ahroun dos Filhos de Falcão.'

Trata o jovem sem hostilidade, mas tinha um tom de voz muito firme. Estende a mão para um cumprimento formal. Havia muita raça pura emanando de Wolfhere. Todos os Presas de Prata já haivam ouvido alguma vez falar na história do renegado pela Família Falcon. Wolfhere fora humilhado e expulso por seu pai de Chicago após a falha em uma missão ainda Cliath. A vida fizera o Garou crescer no Rio de Janeiro, mas sem nunca ter o reconhecimento da sua família. Entre os membros do campo dos Anjos Guardiões essa história é muito contada e divide opiniões, mas a maioria, pelo respeito ao pai de Wolfhere que é o futuro líder do campo, dão razão a este sem se meter no assunto.